Questões da Prova UFMT - 2014 - UFMT - Revisor de Textos

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Ano: 2014 Banca: UFMT Órgão: UFMT Prova: UFMT - 2014 - UFMT - Revisor de Textos |
Q606197 Comunicação Social
As guerras do Brasil  

      Às vezes se diz que nossa característica essencial é a cordialidade, que faria de nós um povo por excelência gentil e pacífico. Será assim? A feia verdade é que conflitos de toda ordem dilaceram a história brasileira, étnicos, sociais, econômicos, religiosos, raciais etc. O mais assinalável é que nunca são conflitos puros. Cada um se pinta com as cores dos outros. 
       O importante, aqui, é a predominância que marca e caracteriza cada conflito concreto. Assim, a luta dos Cabanos, contendo, embora, tensões inter-raciais (brancos versus caboclos) ou classistas (senhores versus serviçais), era, em essência, um conflito inter-étnico, porque ali uma etnia disputava hegemonia, querendo dar sua imagem étnica à sociedade. O mesmo ocorre em Palmares, tida frequentemente como uma luta classista (escravos versus senhores), que se fez, no entanto, no enfrentamento racial, que por vezes se exibe como seu componente principal. Também os quilombolas queriam criar uma nova forma de vida social, oposta àquela de que eles fugiam. Não chegaram a amadurecer como uma alternativa viável ao poder e à regência da sociedade, mas suas lutas chegaram a ameaçá-las. 
      Um terceiro exemplo é Canudos, que também mostra essas três ordens de tensão. A classista prevalece porque os sertanejos, sublevados pelo Conselheiro, combatiam, de fato, a ordem fazendeira, que, condenando o povo a viver num mundo todo dividido em fazendas, os compelia a servir a um fazendeiro ou a outro, sem jamais ter seu pé de chão. Em consequência, não tinham qualquer possibilidade de orientar seu próprio trabalho para o atendimento de suas necessidades. Mas lá estavam pulsando os conflitos raciais e outros, inclusive o religioso.  
      O processo de formação do povo brasileiro, que se fez pelo entrechoque de seus contingentes índios, negros e brancos, foi, por conseguinte, altamente conflitivo. Pode-se afirmar, mesmo, que vivemos em estado de guerra latente, que, por vezes, e com frequência, se torna cruente, sangrento.  

(O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. In DE NICOLA, J. et al. Práticas de linguagem. São Paulo: Scipioni, 2008.)
Sobre a conclusão dada ao texto, analise as afirmativas.

I - O processo de formação do povo brasileiro, que se fez pelo entrechoque de seus contingentes índios, negros e brancos, foi, por conseguinte, altamente conflitivo. constitui a conclusão que o autor apresenta às ideias expostas no texto.

II - A conclusão apresentada pelo autor às ideias expostas propõe solução para a questão dos conflitos interraciais e interétnicos que ocorrem no Brasil.

III - A conclusão dada pelo autor, com fundamentação baseada em exemplos de fatos ocorridos na realidade brasileira, retoma a tese inicialmente colocada no texto.

IV - A coerência argumentativa do texto repousa nos argumentos bem concatenados a comprovarem a tese exposta logo no primeiro parágrafo do texto.

Estão corretas as afirmativas  

Alternativas
Ano: 2014 Banca: UFMT Órgão: UFMT Prova: UFMT - 2014 - UFMT - Revisor de Textos |
Q606196 Comunicação Social
As guerras do Brasil  

      Às vezes se diz que nossa característica essencial é a cordialidade, que faria de nós um povo por excelência gentil e pacífico. Será assim? A feia verdade é que conflitos de toda ordem dilaceram a história brasileira, étnicos, sociais, econômicos, religiosos, raciais etc. O mais assinalável é que nunca são conflitos puros. Cada um se pinta com as cores dos outros. 
       O importante, aqui, é a predominância que marca e caracteriza cada conflito concreto. Assim, a luta dos Cabanos, contendo, embora, tensões inter-raciais (brancos versus caboclos) ou classistas (senhores versus serviçais), era, em essência, um conflito inter-étnico, porque ali uma etnia disputava hegemonia, querendo dar sua imagem étnica à sociedade. O mesmo ocorre em Palmares, tida frequentemente como uma luta classista (escravos versus senhores), que se fez, no entanto, no enfrentamento racial, que por vezes se exibe como seu componente principal. Também os quilombolas queriam criar uma nova forma de vida social, oposta àquela de que eles fugiam. Não chegaram a amadurecer como uma alternativa viável ao poder e à regência da sociedade, mas suas lutas chegaram a ameaçá-las. 
      Um terceiro exemplo é Canudos, que também mostra essas três ordens de tensão. A classista prevalece porque os sertanejos, sublevados pelo Conselheiro, combatiam, de fato, a ordem fazendeira, que, condenando o povo a viver num mundo todo dividido em fazendas, os compelia a servir a um fazendeiro ou a outro, sem jamais ter seu pé de chão. Em consequência, não tinham qualquer possibilidade de orientar seu próprio trabalho para o atendimento de suas necessidades. Mas lá estavam pulsando os conflitos raciais e outros, inclusive o religioso.  
      O processo de formação do povo brasileiro, que se fez pelo entrechoque de seus contingentes índios, negros e brancos, foi, por conseguinte, altamente conflitivo. Pode-se afirmar, mesmo, que vivemos em estado de guerra latente, que, por vezes, e com frequência, se torna cruente, sangrento.  

(O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. In DE NICOLA, J. et al. Práticas de linguagem. São Paulo: Scipioni, 2008.)
Sobre o primeiro parágrafo do texto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) A interrogação Será assim? questiona o que foi afirmado anteriormente, negando-o, e torna o que é dito em seguida coerente.

( ) O uso do adjetivo feia, caracterizando verdade, é expressivo; além de mostrar que a verdade é outra, não a dada anteriormente, enfatiza que é indecorosa.

( ) Não é identificado o agente da ação do verbo dizer – se diz –, remetendo-a para todo o povo brasileiro.

( ) As expressões por excelência e de toda ordem contribuem para ressaltar a ideia de povo cordial e pacífico, corrente nos dias atuais.

Assinale a sequência correta.  

Alternativas
Ano: 2014 Banca: UFMT Órgão: UFMT Prova: UFMT - 2014 - UFMT - Revisor de Textos |
Q606195 Comunicação Social
As guerras do Brasil  

      Às vezes se diz que nossa característica essencial é a cordialidade, que faria de nós um povo por excelência gentil e pacífico. Será assim? A feia verdade é que conflitos de toda ordem dilaceram a história brasileira, étnicos, sociais, econômicos, religiosos, raciais etc. O mais assinalável é que nunca são conflitos puros. Cada um se pinta com as cores dos outros. 
       O importante, aqui, é a predominância que marca e caracteriza cada conflito concreto. Assim, a luta dos Cabanos, contendo, embora, tensões inter-raciais (brancos versus caboclos) ou classistas (senhores versus serviçais), era, em essência, um conflito inter-étnico, porque ali uma etnia disputava hegemonia, querendo dar sua imagem étnica à sociedade. O mesmo ocorre em Palmares, tida frequentemente como uma luta classista (escravos versus senhores), que se fez, no entanto, no enfrentamento racial, que por vezes se exibe como seu componente principal. Também os quilombolas queriam criar uma nova forma de vida social, oposta àquela de que eles fugiam. Não chegaram a amadurecer como uma alternativa viável ao poder e à regência da sociedade, mas suas lutas chegaram a ameaçá-las. 
      Um terceiro exemplo é Canudos, que também mostra essas três ordens de tensão. A classista prevalece porque os sertanejos, sublevados pelo Conselheiro, combatiam, de fato, a ordem fazendeira, que, condenando o povo a viver num mundo todo dividido em fazendas, os compelia a servir a um fazendeiro ou a outro, sem jamais ter seu pé de chão. Em consequência, não tinham qualquer possibilidade de orientar seu próprio trabalho para o atendimento de suas necessidades. Mas lá estavam pulsando os conflitos raciais e outros, inclusive o religioso.  
      O processo de formação do povo brasileiro, que se fez pelo entrechoque de seus contingentes índios, negros e brancos, foi, por conseguinte, altamente conflitivo. Pode-se afirmar, mesmo, que vivemos em estado de guerra latente, que, por vezes, e com frequência, se torna cruente, sangrento.  

(O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. In DE NICOLA, J. et al. Práticas de linguagem. São Paulo: Scipioni, 2008.)
Quanto ao gênero textual, é correto afirmar que se trata de gênero argumentativo, visto que o autor
Alternativas
Ano: 2014 Banca: UFMT Órgão: UFMT Prova: UFMT - 2014 - UFMT - Revisor de Textos |
Q606194 Comunicação Social
Leia o texto abaixo.

Relatividade

Educação → é aquilo que nos faz olhar o bife maior e tirar o menor.

Cinismo → é aquilo que nos faz olhar o bife menor e tirar o maior. Miséria → é aquilo que nos faz olhar o bife maior e o bife menor e não tirar nenhum.

Gula → é aquilo que nos faz olhar o bife menor e o bife maior e comer os dois.

(NUNES, Max. O pescoço da girafa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.)

Sobre o emprego da conjunção e, analise as afirmativas.

I - Na primeira definição, a conjunção e tem valor semântico de adição.

II - Na segunda definição, a conjunção e tem valor semântico de oposição.

III - Na terceira definição, a primeira ocorrência da conjunção e tem valor semântico de adição e a segunda, de oposição.

IV - Na quarta definição, as duas ocorrências da conjunção e têm valor semântico de oposição.

Estão corretas as afirmativas 


Alternativas
Ano: 2014 Banca: UFMT Órgão: UFMT Prova: UFMT - 2014 - UFMT - Revisor de Textos |
Q606193 Comunicação Social
As preposições estabelecem grande variedade de relações semânticas. Marque V para a análise correta das relações apresentadas nos exemplos e F para as incorretas.

( ) Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis. (Machado de Assis) → durante indica tempo e preço, evidenciando ironia.

( ) Neste mês, sobre as frutas maduras cai o beijo áspero das vespas. (Cecília Meireles) → sobre indica lugar, mesmo em ordem sintática inversa.

( ) Na verdade, não existem meninos De rua. Existem meninos Na rua. (Marina Colasanti) → De e Na estabelecem relação de localização.

( ) A igreja era grande e pobre / Havia poucas flores / Eram flores de horta. (C. D. de Andrade) → de estabelece relação de causa.

( ) Em praias de indiferença navega meu coração. (Cecília Meireles) → Em estabelece relação de lugar, mesmo em ordem sintática inversa.

Assinale a sequência correta. 

Alternativas
Respostas
11: B
12: A
13: B
14: C
15: D