Questões da Prova IBFC - 2013 - SEAP-DF - Professor - Geografia

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Ano: 2013 Banca: IBFC Órgão: SEAP-DF Prova: IBFC - 2013 - SEAP-DF - Professor - Geografia |
Q469031 Geografia
No interior do processo de mundialização e do neoliberalismo, a agricultura que antes se baseava na produção dos camponeses sustentada por fortes subsídios agrícolas, na revolução verde, na agroquímica, no sistema de estoques governamentais, passou a conhecer um profundo processo de mudança. De acordo com a teorização de Ariovaldo Umbelino de Oliveira, em “A mundialização da Agricultura Brasileira" (2012) e com seus conhecimentos sobre essa problemática, julgue os itens a seguir:

I. A pregação neoliberal contra os subsídios, e consequentemente, contra a agricultura de base familiar camponesa e o fim dos estoques governamentais e a substituição das políticas de soberania alimentar pela política de segurança alimentar, sacada da área da saúde pública e alçada para a área das políticas públicas de abastecimento alimentar são fatores que influenciaram as mudanças na agricultura, bem como a substituição dos estoques governamentais pelos estoques das multinacionais e a criação da Organização Mundial do Comércio - OMC, órgão mundial de regulação e de decisões mundiais entre os países com contendas comerciais.

II. A agricultura, sob o capitalismo monopolista mundializado, se estrutura na produção de commodities, nas bolsas de mercadorias e nos monopólios mundiais. Todavia, apesar dessas características, a produção agropecuária e extrativista pouco se alterou. A produção de alimentos continua a ser uma questão de estratégia nacional, exceto no caso da soja e do café.

III. a constituição dos monopólios mundiais permitiu o controle monopolista da produção das commodities do setor. Estas empresas mundiais tem nas multinacionais suas bases constituintes. Elas formaram-se pelo processo mundial de investimentos diretos de capitais através das filiais, fusões, associações, franquias etc. As empresas mundiais nasceram pois, tanto de empresas estrangeiras como das nacionais que possuindo o controle monopolista da produção galgam o patamar mundial associando-se majoritariamente com empresas nacionais concorrentes. Essas empresas articulam-se através de dois processos monopolistas territoriais no comando da produção agropecuária mundial: a territorialização dos monopólios e a monopolização dos territórios.

Estão corretas as afirmativas:
Alternativas
Ano: 2013 Banca: IBFC Órgão: SEAP-DF Prova: IBFC - 2013 - SEAP-DF - Professor - Geografia |
Q469030 Geografia
Tomando como base a teoria de Ariolvaldo Umbelino de Oliveira (2001) [A mundialização do capitalismo e a geopolítica mundial do fim do século X X ” In: Geografia do Brasil, 4. ed. São Paulo: EDUSP, 2001] julgue os itens a seguir sobre a mundialização do capitalismo:

I. No final da década de 1980, com a derrocada do polo socialista, a principal característica do mundo passou a ser a mundialização do capitalismo. Consolidaram-se os oligopólios internacionais por meio das multinacionais, favorecidas por três processos inter-relacionados: necessidade de movimentos internacionais de capitais, produção capitalista internacional e existência de ações de governos em nível internacional.

II. Os fluxos internacionais de capitais privados passaram a crescer mais que o fluxo de investimentos diretos feitos pelas multinacionais, fortalecendo o mercado financeiro. Assim, o capital nacional se aliou ao capital estrangeiro. A produção capitalista passou a ser necessariamente internacional para garantir competitividade, assim, a maior parte da força de trabalho empregada pelas multinacionais está fora do país em que se encontra sua sede corporativa. As ações internacionais do governo se fizeram sentir tanto na intervenção do Estado na economia como na definição de projetos de cooperação internacional. Organizações governamentais internacionais e organismos supranacionais passaram cada vez mais a fazer parte dessa nova fase do capitalismo mundializado. A unificação do capital financeiro internacional com a força de trabalho mundial reduz a independência dos Estados nacionais e exige a formação de instituições supranacionais para coordenara interdependência crescente.

III. A mundialização do capitalismo é mais que a internacionalização da economia. A internacionalização é a integração entre diversos países dos fluxos de conhecimentos técnicos, matérias-primas, bens intermediários, produtos e serviços finais. A multinacionalização é a transformação das empresas nacionais em multinacionais por meio da expansão delas para outros países. A mundialização do capitalismo, contudo, é fenômeno novo na economia, é o conjunto de processos que possibilitam produzir, distribuir e consumir bens e serviços em escala global. Assim, internacionalização, multinacionalização e mundialização são fenômenos integralmente interconectados. São expressões do processo de transformação do capitalismo industrial e financeiro centrado nas economias nacionais para um capitalismo centrado na economia mundial.

IV. Esses processos criam novas bases para as relações entre Estado e empresas, passando para uma situação na qual o Estado regula a atuação das empresas na economia mundial. Por sua vez as multinacionais precisam da legitimidade dos Estados locais para garantir a ordem interna, regular a economia nacional, implementar políticas sociais. Consolida-se, assim, a mundialização do capitalismo por meio da unidade das empresas multinacionais e das classes sociais nacionais, evitando a tendência monopolitas e a formação de oligopólios e cartéis.

Estão corretas as afirmativas:
Alternativas
Ano: 2013 Banca: IBFC Órgão: SEAP-DF Prova: IBFC - 2013 - SEAP-DF - Professor - Geografia |
Q469029 Geografia
A emergência teórica e a relevância da questão urbana no mundo contemporâneo são amplamente discutidas teoricamente. Expressam a inevitabilidade da centralidade do fato urbano, quando as redes de informação e de articulação da economia capitalista ganham dimensão global têm nas cidades seu principal espaço de comando. Ao mesmo tempo expressa a escala local, da cidade e das referências sócio-espaciais, presentes e fortalecidas em qualquer escala de vida ampliada e sempre localizada, sobre a temática da urbanização. Em relação a essa temática, leia as afirmativas a seguir:

I. Entre os pioneiros da articulação do tempo/espaço, em relação à urbanização, temos Henri Lefebvre, para quem o espaço se resumiria a um reflexo das relações sociais de produção, e a urbanização enquanto processo de disseminação do urbano, que se ampliava e generalizava-se em escala mundial, e deveria ser entendida enquanto expressão das relações sociais ao mesmo tempo em que incidiria sobre elas (LEFEBVRE, 1972). O significado dos termos urbano e urbanização para Lefebvre, contudo, restringia-se aos limites das cidades. Em seu entender a urbanização seria uma condensação dos processos sociais e espaciais, que decorriam das relações essenciais de produção do capitalismo, e estaria baseada na criação de um espaço social crescentemente abrangente, instrumental e mistificado (LEFEBVRE, 1991).

II. A produção teórica a partir da década de 70, sobre o espaço e a urbanização, tanto a estruturalista quanto a de reação ao positivismo estruturalista, corporificou- se em uma economia política da urbanização e do desenvolvimento. A interdisciplinaridade epistemológica levou a diferentes conceituações e definições do espaço e do urbano e à percepção das mudanças da urbanização conforme o capitalismo se ampliava e avançava, num constante processo de reestruturação e globalização.

III. Após analisar a produção teórica relativa à urbanização Castells define-a enquanto uma noção ideológica (CASTELLS, 1978); por partir da proposição que esta se refere tanto a formas espaciais quanto a um sistema cultural específico, de onde consequentemente não haveria uma problemática especificamente urbana. Descarta-a, assim, enquanto objeto de estudo e propõe que mais que falar de urbanização, trataremos do tema da produção social de formas espaciais (CASTELLS, 1978), e reduz o urbano ao espaço funcional onde se concentra uma população.

Estão corretas as afirmativas:
Alternativas
Ano: 2013 Banca: IBFC Órgão: SEAP-DF Prova: IBFC - 2013 - SEAP-DF - Professor - Geografia |
Q469028 Geografia
As transformações recentes do mundo rural e da relação rural-urbano têm desafiado estudiosos a construírem teorias e conceitos para explicar essa nova realidade. Por essa razão, diversas teorias surgiram, de forma que alguns estudiosos chegaram a decretar o fim do rural. Outros, porém, admitem o seu “renascimento" ou então, em uma via integradora, optam por uma análise que considera a leitura regional mais eficiente que a dicotomia urbano-rural. A questão agrária sempre esteve presente no debate dos rumos do país, permeando a formação sócio-territorial brasileira, assumindo posição às vezes secundária, às vezes estratégica nos projetos nacionais de desenvolvimento econômico. O papel do Estado, como gestor de projetos, deve ser enfatizado quando se analisam os processos econômico-sociais no espaço agrário, efetivados através de políticas públicas: as agrárias, que envolvem os projetos de colonização e reforma agrária; e as agrícolas, voltadas ao crédito e aos preços mínimos. Sobre essa temática, julgue os itens a seguir:

I. Desde o início do regime militar, o Estado adotou instrumentos políticos para exercer suas funções. No caso da agricultura, para promover o desenvolvimento rural elaborou políticas que contribuíram não só para expandir o capitalismo no campo, mas, principalmente, para promover, ainda que timidamente, a reforma agrária. O principal mecanismo da política agrícola foi o Sistema Nacional de Crédito Rural - SNCR (1965). A concessão de financiamentos subsidiados favoreceu a modernização tecnológica da agricultura e a desconcentração de recursos, beneficiando significativo número de proprietários. Guedes Pinto (1995) salienta que a maior parte dos recursos destinados à operacionalização da política agrícola e agrária atenderam direta ou indiretamente os interesses dos pequenos e médios proprietários, contribuindo para reduzir o grau de concentração da propriedade da terra no país.

II. A modernização tecnológica da agricultura iniciada no pós-guerra ganhou intensidade na década de 1970 e acarretou significativas transformações no espaço agrário, nos meios de produção e nas formas de exploração agrícola. Embora a modernização da agricultura não seja sinônimo de mecanização, o uso intensivo de máquinas e implementos foi importante indicador de mudança no padrão agrícola. Vários fatores contribuíram para incrementar a tecnificação da agricultura: a internalização da indústria de tratores e implementos agrícolas, os incentivos dos mercados interno e externo, a criação de linhas especiais de financiamento, os subsídios, a taxa de juros negativos e os longos prazos para pagamento (GONÇALVES NETO, 1991; ABRAMOVAY, 1992).

II. A concentração da terra e dos meios de produção provocou o êxodo rural. Na busca de melhores oportunidades de sobrevivência, os migrantes tiveram duas alternativas: as cidades ou as regiões de fronteira agrícola. Martine & Garcia (1987) sustentam que, ao contrário do que se pensa, a emigração do campo mais intensa não começou no Nordeste ou nos outros estados mais pobres, mas sim nas regiões de maior desenvolvimento. O forte êxodo rural dos tempos modernos se iniciou nas regiões onde o processo de capitalização e mecanização do campo ocorreu primeiro e mais intensamente.

É correto o que se afirma em:
Alternativas
Ano: 2013 Banca: IBFC Órgão: SEAP-DF Prova: IBFC - 2013 - SEAP-DF - Professor - Geografia |
Q469027 Geografia
Oliveira (2009), ao tecer algumas considerações sobre os processos de ensino-aprendizagem da Geografia em seus diferentes níveis (pré-escola, ensino fundamental, ensino médio e ensino superior), argumenta que estes deveriam ser planejados em sua totalidade, compreendendo cada um deles. Conforme recomenda a autora, seus objetivos deveriam corresponder às heterogeneidades, às aspirações e às necessidades das múltiplas clientelas; respeitar suas diversidades; levar em consideração as diferentes etapas do desenvolvimento intelectual de cada uma e visar à formação do cidadão responsável, consciente, crítico e atuante na realidade em que vive. Sobre o ensino- aprendizagem em Geografia, julgue os itens a seguir:

I. Vesentini apud Cavalcanti (2005, p. 23), o tipo de geografia é apropriada para o século XXI, ainda é aquela tradicional baseada no modelo “A Terra e o Homem", onde se memorizavam informações sobrepostas àquele outro modelo que procura “conscientizar" ou doutrinar os alunos, na perspectiva de que haveria um esquema já pronto de sociedade futura.

II. Muitos autores afirmam que o ensino de Geografia nas escolas brasileiras apresenta mudanças perceptíveis, mas ainda mantém uma prática tradicional, tanto no nível Fundamental quanto no nível Médio. Entre eles, destacam-se Cavalcanti (2002, 2003), Carvalho (2004), Simielli (2007), Guimarães (2007), e outros. Essa prática é caracterizada, na maioria dos casos, pelo enciclopedismo, pela utilização excessiva e descontextualizada do livro didático, pelo caráter descritivo, voltado para a memorização e para a reprodução de conteúdos e pela negação dos conhecimentos anteriores dos alunos. Em razão disso, o ensino de Geografia ainda contribui para a reprodução de um conhecimento conteudista, descritivo, desarticulado e fragmentado, dissociado da realidade social.

III. O ensino de geografia no século XXI, portanto, deve deixar o aluno descobrir o mundo em que vivemos, com especial atenção para a globalização e as escalas local e nacional, deve enfocar criticamente a questão ambiental e as relações sociedade/natureza deve realizar constantemente estudos do meio e deve levar os educandos a interpretar textos, fotos, mapas, paisagens. As diversas representações cartográficas, quando utilizadas ou trabalhadas em sala de aula, com base em uma metodologia que defina tais métodos cartográficos, constituem elementos importantíssimos para a compreensão e localização do espaço.

É correto o que se afirma em:
Alternativas
Respostas
6: D
7: B
8: C
9: D
10: B