Questões da Prova CESPE / CEBRASPE - 2004 - Prefeitura de Boa Vista - RR - Antropólogo

Foram encontradas 120 questões

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Q1372836 Antropologia

Quanto à questão racial no Brasil, julgue o item que segue.


Uma das grandes polêmicas entre os cientistas sociais que tratam das relações sociais no Brasil gira em torno de saber se o racismo está ligado à natureza estamental da estrutura social brasileira ou à natureza do sistema religioso que é hegemônico no Brasil.

Alternativas
Q1372835 Antropologia

Quanto à questão racial no Brasil, julgue o item que segue.


Gilberto Freyre contribuiu para a criação e manutenção do mito da democracia racial brasileira com seu esforço por demonstrar a convivência entre as “três raças”. Por sua vez, Florestan Fernandes trabalhou para a desmontagem teórica desse mito.

Alternativas
Q1372834 Antropologia

Quanto à questão racial no Brasil, julgue o item que segue.


Segundo Antônio Sérgio Guimarães, um estudioso da questão racial, o racismo brasileiro está inscrito em uma ordem estamental que pressupõe desigualdade de tratamento, mesmo quando prevalece, no plano da doutrina, o princípio da igualdade.

Alternativas
Q1372833 Antropologia
Considere que a seguinte descrição tenha sido reproduzida do diário de campo de um antropólogo que faz pesquisa na própria cidade em que vive.
    
     Abro a janela de meu apartamento e olho para a rua. Na padaria em frente, vejo duas empregadas domésticas que acabaram de comprar o pão e conversam com o balconista na porta da padaria vazia. A conversa parece ser alegre pelo rumor das vozes e dos risos que me alcançam. Há pequenos toques corporais entre o balconista e uma das empregadas. Na esquina, vejo um pequeno agrupamento de homens. São os trabalhadores da construção civil que estão terminando um edifício próximo. Vestem roupas de trabalho sujas e rasgadas. Falam sobre futebol e riem muito. Dá para ouvir daqui o que falam devido ao elevado tom das vozes. Estão sentados, comendo as refeições que trouxeram de casa. São 11 horas da manhã e ainda não decidi o que farei para o almoço. Eles comem rapidamente com as colheres que trouxeram junto com as marmitas. Na entrada de meu edifício, dois moradores trocam algumas palavras. Não consigo ouvir o que falam porque conversam num baixo tom de voz. Mantêm uma certa distância física um do outro. Vestem ternos e levam consigo um exemplar do jornal Valor Econômico. São economistas que trabalham num grande banco no centro da cidade. Na praça ao lado, vejo um grupo de jovens da vizinhança. Vestem calças jeans e tênis. Alguns portam uma camiseta larga, outros estão sem camisa, apreciando o Sol. É dia e horário de aula, mas eles estão deitados em círculo no gramado. Fazem poucos movimentos corporais, riem de vez em quando. No mais, permanecem quietos e deitados no gramado enquanto fumam coletivamente um mesmo cigarro. Fico preocupado com a segurança do bairro. Volto ao meu trabalho de transcrever entrevistas. Almoço só por volta de uma da tarde. Os talheres estavam todos sujos, de modo que tive de comer com colher, a única peça disponível. À tarde, vou à sede de um grande jornal conversar com um jornalista que faz reportagens sobre a cidade. Eu o encontro em meio a uma entrevista com um importante cantor-compositor popular que nasceu e se criou no mesmo bairro em que estou morando. Compartilho com eles a análise antropológica que estou desenvolvendo sobre a vida cotidiana no bairro com base em minhas observações e conversas com os moradores. Minhas conclusões são contestadas pelos dois. Cada um apresenta sua interpretação própria da vida no bairro. Todas me parecem razoáveis, bem fundadas em observações e vivências de muito tempo no local.

Julgue o item subseqüente, referentes às práticas culturais no contexto urbano, considerando o caso hipotético acima apresentado.


Trabalhando em contextos urbanos, a tarefa do antropólogo consiste basicamente em transformar o exótico em familiar. Trabalhando em sociedades indígenas, o dever do antropólogo é transformar o familiar em exótico.

Alternativas
Q1372832 Antropologia
Considere que a seguinte descrição tenha sido reproduzida do diário de campo de um antropólogo que faz pesquisa na própria cidade em que vive.
    
     Abro a janela de meu apartamento e olho para a rua. Na padaria em frente, vejo duas empregadas domésticas que acabaram de comprar o pão e conversam com o balconista na porta da padaria vazia. A conversa parece ser alegre pelo rumor das vozes e dos risos que me alcançam. Há pequenos toques corporais entre o balconista e uma das empregadas. Na esquina, vejo um pequeno agrupamento de homens. São os trabalhadores da construção civil que estão terminando um edifício próximo. Vestem roupas de trabalho sujas e rasgadas. Falam sobre futebol e riem muito. Dá para ouvir daqui o que falam devido ao elevado tom das vozes. Estão sentados, comendo as refeições que trouxeram de casa. São 11 horas da manhã e ainda não decidi o que farei para o almoço. Eles comem rapidamente com as colheres que trouxeram junto com as marmitas. Na entrada de meu edifício, dois moradores trocam algumas palavras. Não consigo ouvir o que falam porque conversam num baixo tom de voz. Mantêm uma certa distância física um do outro. Vestem ternos e levam consigo um exemplar do jornal Valor Econômico. São economistas que trabalham num grande banco no centro da cidade. Na praça ao lado, vejo um grupo de jovens da vizinhança. Vestem calças jeans e tênis. Alguns portam uma camiseta larga, outros estão sem camisa, apreciando o Sol. É dia e horário de aula, mas eles estão deitados em círculo no gramado. Fazem poucos movimentos corporais, riem de vez em quando. No mais, permanecem quietos e deitados no gramado enquanto fumam coletivamente um mesmo cigarro. Fico preocupado com a segurança do bairro. Volto ao meu trabalho de transcrever entrevistas. Almoço só por volta de uma da tarde. Os talheres estavam todos sujos, de modo que tive de comer com colher, a única peça disponível. À tarde, vou à sede de um grande jornal conversar com um jornalista que faz reportagens sobre a cidade. Eu o encontro em meio a uma entrevista com um importante cantor-compositor popular que nasceu e se criou no mesmo bairro em que estou morando. Compartilho com eles a análise antropológica que estou desenvolvendo sobre a vida cotidiana no bairro com base em minhas observações e conversas com os moradores. Minhas conclusões são contestadas pelos dois. Cada um apresenta sua interpretação própria da vida no bairro. Todas me parecem razoáveis, bem fundadas em observações e vivências de muito tempo no local.

Julgue o item subseqüente, referentes às práticas culturais no contexto urbano, considerando o caso hipotético acima apresentado.


A interpretação antropológica da vida social concorre com outras interpretações feitas por artistas, literatos, políticos etc.
Alternativas
Respostas
21: E
22: C
23: C
24: E
25: C