Questões da Prova CESPE - 2010 - INMETRO - Pesquisador - Engenharia de Segurança do Trabalho

O prontuário de instalações elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade. As grandezas elétricas mensuráveis, previstas nesse prontuário, só produzirão efeitos se houver a chancela do INMETRO quanto à aferição/calibração dos correlatos instrumentos.

Para os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos a serem adotados nas atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores expostos a uma carga instalada superior a 75 kW.

Os estabelecimentos com carga instalada superior a 75 kW devem constituir e manter o prontuário de instalações elétricas, contendo, entre outros, o conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde, implantadas; documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos e certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas

Nas intervenções em instalações elétricas, devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas multivariadas de análise de risco por avaliação de impedâncias reativas, indutivas e capacitivas, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho. Tais medidas devem integrar-se às demais iniciativas da empresa, no âmbito da preservação da segurança, da saúde e do meio ambiente do trabalho.

As medidas de proteção coletiva se iniciam a partir da desenergização elétrica. Quando comprovada pelo empregador a inviabilidade técnica da adoção dessa medida ou quando esta não for suficiente ou encontrar-se em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-se à seguinte hierarquia: medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; utilização de EPI.

Porta de entrada, ou saída, ou de emergência não deve ser fechada a chave, aferrolhada ou presa durante as horas de trabalho, salvo se, durante o horário de trabalho, forem fechadas com dispositivos de segurança que permitam a qualquer pessoa abri-las facilmente do interior do estabelecimento ou do local de trabalho. Em casos inevitáveis, o fechamento só deverá ocorrer de modo expresso e emergencial, e, mesmo assim, com o aval de todos os possíveis transeuntes.

A água nunca será empregada: nos fogos da classe B, salvo quando pulverizada sob a forma de neblina; nos fogos da classe C, salvo quando se tratar de água pulverizada; e nos fogos da classe D.

Nos estabelecimentos industriais com cem ou mais empregados, deve haver um aprisionamento conveniente de água sob pressão, a fim de, a qualquer tempo, extinguir os começos de fogo de classe A, assim considerados aqueles cujos produtos inflamáveis os queimam somente em sua superfície, não deixando resíduos, como óleos, graxas, vernizes, tintas, gasolina etc.

Os exercícios de combate ao fogo deverão ser feitos mensalmente em instalações com mais de cem empregados, objetivando: que o pessoal grave o significado do sinal de alarme; que a evacuação do local se faça em boa ordem; que seja evitado qualquer pânico; que sejam atribuídas tarefas e responsabilidades específicas aos empregados; que seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida em todas as áreas.

Em todos os estabelecimentos ou locais de trabalho só devem ser utilizados extintores de incêndio que obedeçam às normas brasileiras, garantindo-se essa exigência pela aposição, nos aparelhos, de identificação de conformidade certificada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO).

Os materiais e outros componentes de EPI passíveis de receber grandes projeções de produtos quentes devem, além disso, amortecer suficientemente os choques mecânicos. Os EPIs que incluírem aparelho de proteção respiratória devem assegurar cabalmente, em todas as condições previsíveis, mesmo as mais desfavoráveis, a função de proteção que lhes é atribuída.

O EPI que se destina a proteger simultaneamente contra vários riscos deve ser concebido e fabricado de modo a satisfazer as exigências específicas de cada um desses riscos e de possíveis sínfises entre eles, não obstante os materiais utilizados na sua fabricação não poderem apresentar efeitos sinérgicos nocivos à saúde.

O EPI deve adaptar-se à variabilidade racial, cultural e morfológica do usuário quanto às dimensões e regulagens, ser de fácil colocação e permitir uma completa liberdade de movimentos, sem comprometimento de gestos, posturas ou destreza.

As luvas de proteção contra vibração devem possuir, na região dos dedos, as mesmas características de atenuação que a da região da palma das mãos, todavia os EPIs destinados a proteger as mãos contra vibrações devem ter capacidade de atenuar frequências entre 0,0016 Hz e 0,016 Hz.

Os materiais constitutivos e outros componentes destinados à proteção contra o calor proveniente de radiação e convecção devem apresentar resistência apropriada e grau de incombustibilidade suficientemente elevado para evitar risco de autoinflamação em qualquer situação de campo.

O conjunto de microfone e fone de ouvido (head-set) constitui uma espécie de equipamento conjugado de proteção individual, pois permite ao operador a alternância do uso das orelhas ao longo da jornada de trabalho, podendo ser substituídos, de modo simples e rápido, sempre que apresentarem defeitos ou desgaste devido ao uso.

Para trabalho em computador de mesa (desktop), as superfícies de trabalho devem ser reguláveis para qualquer altura, permitindo o apoio das plantas dos pés do trabalhador no piso, de modo a acomodar a vasta antropométrica humana; já o dispositivo de apontamento na tela (mouse) deve estar apoiado na mesma superfície do teclado, colocado em área de fácil alcance e com espaço suficiente para sua livre utilização.

Dever ser fornecido, em qualquer caso, apoio para os pés que se adapte ao comprimento das pernas do trabalhador, permitindo o apoio das plantas dos pés, com inclinação ajustável e superfície revestida de material antiderrapante

Para trabalho em computador de mesa (desktop), o monitor de vídeo e o teclado devem estar apoiados em superfícies com mecanismos de regulagem independentes, sendo aceita superfície regulável única para teclado e monitor quando este for dotado de regulagem independente de, no mínimo, 26 cm no plano vertical.

As análises ergonômicas do trabalho devem contemplar, entre outras, a descrição das características dos postos de trabalho no que se refere a mobiliário, utensílio, ferramenta, e condições de posicionamento e movimentação de segmentos corporais, bem como ao grau de liberdade do trabalhador para fazer o deslinde entre trabalho real e trabalho prescrito.

Com exceção das cores preto, púrpura e marrom, as demais cores padronizadas pela ABNT não devem ser utilizadas na pintura do corpo de máquinas. A ABNT fixa as cores que devem ser usadas para prevenção de acidentes e para identificar e advertir contra riscos.

A cor verde deve ser usada para assinalar segurança; a amarela, para cuidado; e a azul, para indicar uma ação obrigatória. A cor vermelha não deve ser usada para assinalar perigo.

Emprega-se a cor marrom, intercalada por faixas de amarelo, para indicar os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas penetrantes e de partículas nucleares, como portas e aberturas que dão acesso a locais onde se manipulam ou armazenam materiais radioativos ou contaminados por materiais radioativos.

Alaranjada é a cor empregada para indicar perigo que envolva partes móveis; todavia, para partes imóveis, adota-se o vermelho, intercalado por faixas de alaranjado.

O branco é usado para identificar chuveiros de emergência e lava-olhos, localização de macas e faixas de delimitação de áreas de vivência.