A análise e a avaliação de uma política social devem ser determinadas pelo arcabouço teórico que as fundamenta e, para que isso ocorra, recomenda-se que seja adotado rigoroso instrumental metodológico que impeça a interferência das referências teóricas adotadas pelos avaliadores.
Os critérios de acesso a bens sociais, como, por exemplo, a permanência de filhos na escola, não devem ser associados às condicionalidades para a análise de continuidade e universalidade de uma política ou de um programa social.
A abrangência é um indicador que contribui para mostrar a tendência evolutiva, no sentido de se reduzir a desigualdade social. Para isso, deve estar dissociada das análises que priorizem o número de pessoas beneficiadas por políticas ou programas sociais.
Em certas situações, o planejamento social deve estar desvinculado de políticas, por ser esta constituída das tensões entre forças sociais presentes em uma dada realidade concreta.
O planejamento social pode ser entendido como ferramenta de trabalho que propicia prática metodologicamente conduzida e como mediação entre a burocracia e as condições objetivas para efetivação de direitos.