Questões da Prova CESPE - 2010 - IPAJM - Assistente Social

O sucesso dessa metodologia se deve ao fato de os pacientes diagnosticados com DST e HIV/AIDS estarem mais abertos a falar de si e de sua intimidade, graças aos resultados de investimentos do Ministério da Saúde na área de educação sexual em escolas.

Os profissionais da área de saúde são atores privilegiados no contato com os referidos sujeitos e devem estar preparados e capacitados, pois, sendo o aconselhamento uma prática que oferece as condições necessárias para a interação entre as subjetividades, em muitas ocasiões também suscita o conflito.

A modalidade do aconselhamento prevê três dimensões, o levantamento de perfil, o apoio educativo e a avaliação de riscos, sendo que o profissional de serviço social, devido à sua área de saber, participa somente das duas primeiras etapas do processo.

O aconselhamento é um instrumento importante na quebra da transmissão de DSTs e HIV/AIDS, pois propicia uma reflexão sobre os riscos de infecção e a necessidade de prevenção.

O aconselhamento tem como objetivo somente a questão da prevenção, já que 93% dos pacientes diagnosticados com DST e HIV/AIDS têm aderido livremente ao tratamento.

Na realização de um estudo social, o assistente social só deverá se pautar pelo que é dito verbalmente; afinal, sua análise deverá se orientar pelos critérios da objetividade e do rigor científico.

O estudo social tem como objetivo, como o próprio nome indica, estudar a singularidade dos indivíduos envolvidos nesse processo. Não é o momento para realização de análises de caráter universal, que caracterizam outros instrumentais técnico-operativos do serviço social.

Nem as entrevistas individuais ou conjuntas, nem a visita domiciliar fazem parte do estudo social, pois são instrumentais técnico-operativos do serviço social que não cabem nessa abordagem.

O conteúdo significativo do estudo social, que é um processo metodológico específico do serviço social, reporta-se à expressão da questão social presente na situação a ser investigada e sobre a qual o profissional deve buscar o conhecimento aprofundado e crítico.

O ideal é que o estudo social seja realizado a partir das primeiras impressões, do imediato e do que é posto aos olhos, para evitar qualquer tipo de interferência do profissional, que deverá resguardar a neutralidade nesse processo.

O funcionário Antônio, que havia trabalhado em órgão público durante dez anos, estava em gozo de auxílio-doença, quando veio a falecer. Bruna e Cláudia, cada uma com três filhos, compareceram ao setor responsável para solicitação de pensão na condição de esposas de Antônio. Bruna não tem o registro civil do casamento, mas apenas uma declaração de união estável de quinze anos de convivência com o ex-cônjuge. Nessa situação, somente Cláudia e seus filhos terão direito ao benefício.

Adriana, menor de idade, é portadora de uma doença degenerativa rara que, entre algumas sequelas, a deixou com paralisia. Como foi considerada incapaz para o trabalho pela perícia da previdência social, ela passou a fazer jus à pensão da mãe, ex-funcionária pública falecida. Nessa situação, ao completar a maioridade, no entanto, Adriana deverá ter a pensão suspensa, conforme disposto em legislação da previdência social.

A funcionária Juliana, atualmente desempregada, foi demitida por justa causa e somente depois da demissão descobriu que estava no terceiro mês de gravidez. Nessa situação, como já havia adquirido a qualidade de segurada da previdência social, Juliana faz jus ao salário maternidade.

Ana, esposa de Belarmino, recebe auxílio reclusão, pois seu cônjuge se encontra detido e, no período em que foi preso, encontrava-se na qualidade de segurado do INSS. Por esse motivo, Ana tem de comparecer a cada seis meses a uma agência da previdência social para comprovar que seu esposo ainda continua preso. Nessa situação, caso Berlamino se envolva em alguma fuga na prisão, Ana terá o benefício do auxílio reclusão imediatamente suspenso.

O Deusdete sofreu acidente de trabalho que ocasionou sua incapacidade de continuar desenvolvendo qualquer espécie de atividade laborativa, razões por que procurou o setor de recursos humanos do órgão em que trabalhava para dar entrada em sua aposentadoria por invalidez. Nessa situação, caso não tenha contribuído para a previdência social por, no mínimo, dois anos, Deusdete não terá direito ao benefício de aposentadoria por invalidez.

a coordenação de todas as disciplinas ou saberes de um determinado campo com base em um mesmo paradigma, compartilhado. Resulta geralmente na criação de um campo com autonomia teórica, disciplinar.

um sinônimo de pluridisciplinaridade, que significa justaposição de disciplinas diferentes e, no entanto, situadas em um mesmo nível hierárquico, e agrupadas de maneira que transpareçam as relações existentes entre elas.

a presença de várias disciplinas ou áreas de saber simultaneamente em um mesmo espaço, mas sem que se percebam as relações existentes entre elas.

um conjunto de saberes ou disciplinas conexas, organizadas em torno de um paradigma comum, definido em um nível hierarquicamente superior, que apresenta uma tendência à horizontalização de poderes.

um conceito que envolve não só a interação e a reciprocidade entre projetos ou disciplinas, mas a colocação dessas relações dentro de um sistema total, sem quaisquer limites rígidos. Sua finalidade é, portanto, a compreensão do mundo atual, é a unidade do conhecimento; por isso se aproxima da epistemologia da complexidade.

define-se como um procedimento que se pauta pela busca da objetividade, traduzida em dados quantitativos, e pela intensa preocupação com a eficiência, sem perder de vista a dimensão coletiva.

garante o envolvimento e a participação dos formuladores, gestores, implementadores e beneficiários no próprio processo avaliativo como eixo metodológico fundante.

é, por natureza, um tipo de avaliação sempre adequada e suficiente para a análise de programas.

busca prioritariamente a coerência, o rigor metodológico e o exame dos graus de eficiência, eficácia e impacto social.

é considerada superficial por alguns críticos, analistas de políticas públicas, sob o argumento de que se limita a colher informações e opiniões de um coletivo de sujeitos implicados no programa em análise.