Questões de Concurso Sobre pedagogia para cotec

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Q2328311 Pedagogia
Considerando as definições das citações em relação à religiosidade, qual das conclusões de Valle a seguir corresponde a um processo pedagógico formal do ensino religioso? 
Alternativas
Q2328310 Pedagogia

INSTRUÇÃO: Analise o trecho a seguir para responder a esta questão.  


Em “O espectro disciplinar da ciência da religião”, ao escrever sobre a psicologia da religião, Edênio Valle traz as seguintes citações, ao se referir à religião e à religiosidade: “[...] é um conjunto orientado e estruturado de sentimentos e pensamentos, através dos quais o homem e a sociedade tomam consciência vital do seu ser íntimo e último e, simultaneamente, tornam aí presente o poder divino [...]” (VERGOTE, p. 25); “[...] é religioso tudo o que para os seres humanos encerra uma relação a algo que ultrapassa o humano, prescindindo-se dos modos concretos pelos quais o religioso pode ser concebido e experimentado [...]” (FILORAMO, p. 403) e, ainda, “[...] a religião é um fato humano complexo e específico: um conjunto de sistemas de crenças, de práticas, de símbolos e de estruturas sociais através do qual o homem, de acordo com as diferentes épocas e culturas, vive sua relação específica com um mundo específico: o mundo do sagrado. Este fato caracteriza-se por sua complexidade – nele são postos em movimento todos os níveis da consciência humana – e pela intervenção nele de uma intenção específica de referência a uma realidade superior, invisível, transcendente, misteriosa, da qual faz depender o sentido último da vida [...]” (VELASCO, p. 75).

Tratando da existência de Deus em seu “Compêndio de teologia”, Tomás de Aquino segue o pensamento filosófico de Aristóteles ao afirmar que “Deus é imóvel”, assim posto: “Daqui se infere ser necessário que o Deus que põe em movimento todas as coisas é imóvel. Com efeito, por ser a primeira causa motora, se ele mesmo fosse movido, sê-lo-ia ou por si mesmo ou por outro. Deus não pode ser posto em movimento por outra causa motora, pois neste caso haveria outra causa anterior a Ele, com o que já não seria Ele a primeira causa motora”.
Nessa perspectiva, São Tomás, alinhado ao pensamento aristotélico, reconhece, teologicamente, uma natureza criada que tem um princípio causador de todo efeito e a imobilidade de Deus como “perfeição”. Fundamentando a sua teologia, Aquino afirma, na sequência: 
Alternativas
Q2328309 Pedagogia
INSTRUÇÃO: Considere o trecho a seguir para responder a esta questão. 

¹ No princípio criou Deus o céu e a terra. ² E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. ³ E disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro. E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas. E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e assim foi. E chamou Deus à expansão Céus, e foi a tarde e a manhã, o dia segundo. E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca; e assim foi. ¹ E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom. [...] ² E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. ² E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. ² E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.

Fonte: BÍBLIA. Gênesis 1:1-10; 26-28. Disponível em: https://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/1. Acesso em: 15 set. 2023. 
A teologia e os teólogos ainda afirmam que o começo de tudo e o princípio de todas as coisas está com e em Deus. Na Grécia Antiga Clássica, encontramos o “primeiro motor imóvel” de Aristóteles como causa de todo princípio e de toda a natureza. Diferentemente não foi com a “ideia absoluta” de Platão, no seu construto de um “mundo das ideias perfeitas”, como não fora com o ápeiron que seria a causa originária de todos os seres materiais: esse termo grego que indica o ilimitado, o infinito, uma realidade originária e indiferenciada, sem limites e sem fronteiras, “de onde provêm todos os céus e os mundos neles contidos”. Hans Küng, constatando a preocupação de filósofos e teólogos com o problema da origem desde a Antiguidade, afirma que “Um início que ultrapassa tempo e espaço pode ser expresso pela palavra ‘origem’ (em latim, ‘origo’). Esta palavra lembra inicialmente a fonte ‘nascendo’ do chão, ou o astro subindo do horizonte, mas logo ela se amplia para significar todo e qualquer ponto de partida, também no sentido intelectual. É verdade que ‘origem’ não pode de antemão ser identificada com ‘criação’ nem com ‘criador’. Nesse sentido, teólogos facilmente estão expostos a um curto-circuito. Seja como for, o pensamento filosófico moderno, ao contrário do pensamento medieval ou reformador, já não pode simplesmente começar com Deus: ele precisa começar ‘de baixo’. Para o pensamento moderno, o começo do conhecimento está na experiência do homem”. Como, pois, provar a existência de Deus?. Assinale a alternativa que apresenta respostas apontadas por Küng, em sua obra “O princípio de todas as coisas: ciências naturais e religião”, sobre esse questionamento. 
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Q2328308 Pedagogia
Em pleno século XXI os povos e as sociedades continuam convivendo com intolerâncias de toda ordem. As religiões não escapam aos comportamentos de intolerâncias individuais e coletivos. Em “Ciências das religiões: uma análise transdisciplinar” (vol. 3), lê-se: “No final do século XX as ideias multiculturalistas discutem como podemos entender e até resolver os problemas gerados pela heterogeneidade cultural, sexual, política, religiosa, étnico-racial, comportamental, econômica, já que temos que conviver de alguma maneira (CANDAU, 2011; SILVA, 2011). [...] O multiculturalismo, enquanto movimento teórico, é um meio de compreender os movimentos culturais que colocam em choque algumas bases da sociedade ocidental, como a religião cristã e o casamento heterossexual. Falar em multiculturalismo é falar em diferenças, identidades, grupos historicamente oprimidos que lutam pelo reconhecimento de direitos e pelo combate à discriminação” (HANNA, 2015, grifo nosso). Partindo dessas visões e concepções acerca das intolerâncias e do multiculturalismo como condição de compreensão dos movimentos culturais na contemporaneidade, considera-se pertinente a declaração de Candau (2011, p. 54) ao escrever que “O multiculturalismo intercultural, portanto, a nosso ver, é um ótimo percurso teórico para orientar as práticas de Ensino Religioso uma vez que não propõe uma submissão a cultura/religião dominante e nem, muito menos, criar guetos curriculares, ou seja, ensinar determinada religião apenas para o grupo que acredita nela, mas buscando a boa convivência com a diversidade religiosa presente no ambiente escolar”. O autor da obra “Ciências das religiões: uma análise transdisciplinar” faz as seguintes considerações em relação à instituição escolar, a saber: 
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Q2328307 Pedagogia
A espécie humana, a priori, é a única na natureza que se relaciona com divindades. Essa relação estabelecida se funda na necessidade de identidade de si do homem com o infinito, dado que a finitude o coloca diante da morte. Nessa perspectiva, vê-se que desde os tempos mais remotos a humanidade busca constituir o sagrado concebendo deuses e deusas, do mesmo modo concebendo espaços metafísicos, o que exigiu ao longo da sua história a instituição de religiões e de seus rituais como forma de ligação da natureza humana com a “natureza” divina. Juan Antônio Estrada, em sua obra “Deus nas tradições filosóficas: aporia e problemas da teologia natural” (vol. 1), escreve que “[...] na realidade, a visão do divino está determinada pela consideração do mundano e do empírico, que se nega e se supera desde o paradigma da compreensão do ser proposto por Parmênides [...]” e segue “Surge, aqui, uma metafísica da necessidade que encerra em seu sistema Deus, ao mundo e ao homem com grandes consequências para a posteridade da cultura ocidental. Por um lado, a imagem da divindade se define, em termos de necessidade, imutabilidade e impassibilidade. Chega-se a Deus em conexão com o mundo”. Na sequência da sua narrativa sobre os problemas da teologia natural, Estrada, em relação a Deus, argumenta que se trata de um 
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Respostas
16: E
17: C
18: B
19: E
20: B