Questões de Concurso Sobre redação - reescritura de texto em português

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Q2474182 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto 04 e, a seguir, responda à questão que a ele se refere.


Texto 04




Disponível em: https://fatimalp.blogspot.com/2012/03/adjetivo-exercicios.html. Acesso em: 5 mar. 2024.

Analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a estrutura de composição da fala de Helga no primeiro quadro.

I. A expressão “o qual” poderia ser substituída pelo termo “que” sem alterar o sentido do que Helga quis dizer.
II. Os termos “que” e “qual” foram usados com a mesma função coesiva na fala de Helga, pois retomam substantivos anteriormente expressos.
III. O uso da preposição “com” que antecede a expressão “o qual” é obrigatório, tendo em vista a regência do verbo “casei”.
IV. O uso do verbo “há”, que se refere a tempo passado, poderia ser substituído, com igual correção, pela preposição “a”.
V. O termo “então” foi usado por Eddie, no segundo quadro, para confirmar a conclusão a que ele chegou de que o marido o qual Helga descreve não é Hagar.

Estão CORRETAS as afirmativas
Alternativas
Q2474057 Português
Não há ciência sem imaginação nem arte sem fato

     A inter-relação entre arte e ciência é essencial para o saber. Para a economia e a inovação. E, principalmente, para a nossa vida cotidiana.
     O raciocínio lógico exigido pela ciência e a criatividade e capacidade de reflexão e abstração essenciais na arte fazem muito sentido quando conectados, sendo cada dia mais imprescindíveis em nossa comunidade.
    Essa convergência nem de perto se limita a esferas acadêmicas, mas se estende para diversas áreas da vida cotidiana, moldando experiências e influenciando inovações. Vamos além: sociologia, política, arquitetura, psicologia, antropologia etc.
     Em meu trabalho como explorador e fotógrafo, preciso considerar como a arte e a ciência são estimuladas nas comunidades que visito. Todas as influências acabam por estar presentes nas imagens. As minhas experiências em campo em alguns países me mostram que sociedades que estimulam a arte e a ciência são mais inovadoras na busca de resolução de problemas, tendem a desenvolver uma economia mais dinâmica e são mais democráticas.
      O título deste artigo é uma frase do escritor russo Vladimir Nabokov (1899-1977), conhecedor de que narrativas literárias que exploram questões éticas, sociais e filosóficas, sempre que ancoradas em princípios científicos, contribuem para uma compreensão mais profunda da natureza humana. Essas histórias influenciam a percepção e a interação das pessoas em suas comunidades. [...]   

(Por Marcio Pimenta, explorador e fotógrafo da National Geographic Society. GZH Opinião. Em: 29/02/2024.)
O primeiro parágrafo do texto “A inter-relação entre arte e ciência é essencial para o saber. Para a economia e a inovação. E, principalmente, para a nossa vida cotidiana.” tem sua reescrita corretamente indicada de acordo com a norma padrão e o sentido original do texto em:
Alternativas
Q2472484 Português
LINGUÍSTICA



       Carta Educação: Há como mensurar o início das fake news? Vivemos uma ascensão das notícias falsas?

        Pollyana Ferrari: “As fake news sempre existiram. No meu livro eu cito relatos e resumos de jornais fake desde Roma Antiga. Então não é que a gente não tinha, sempre tivemos a imprensa marrom, o próprio Cidadão Kane, de 1941, é um exemplo, bem como a Guerra dos Mundos, de Orson Welles. Não estamos diante de um fenômeno novo, que começa em 2016. O que temos de considerar é a questão da escala.

         Com as redes sociais, basicamente as temos há 14 anos, todo mundo ganhou voz, temos produção de conteúdo via celulares, blogs, influenciadores digitais. E, veja, eu não sou contra esse movimento, é positivo termos outras vozes para além da grande mídia. A questão é que nos grandes veículos há etapas de apuração de informação, um mínimo de checagem, independentemente da linha editorial que sigam. Não estou falando de viés político, mas de etapas de apuração. Com a pulverização, isso se perde. E, sim, estamos em um momento de ascensão das fake news, o que é muito preocupante.

            Carta Educação: Qual a relação entre fake news e pós-verdade?

        Pollyana Ferrari: A pós-verdade aponta para uma sociedade informacional que compartilha personas digitais, desejos que não tem lastro com o real. Vejo que às vezes as pessoas até têm dimensão de que determinada informação é falsa, mas como isso vai ao encontro do seu desejo, ela compartilha.

       Carta Educação: Como isso ganha força e pode ser prejudicial no contexto digital da Internet e das redes sociais?

      Pollyana Ferrari: Vamos imaginar duas situações. Um jovem, adaptado à presença nessas plataformas e que acredita mais nos seus amigos e na sua timeline do que nos veículos e até em seu professor. Agora, o idoso que, por sua vez, não está acostumado com a presença digital e que vinha de uma relação com a informação em que se preservava uma checagem mínima. Isso parece inofensivo, mas quando consideramos que só no Facebook há dois bilhões de pessoas, é preocupante. Isso sem contar os aplicativos de mensagens instantâneas, como o Whatsapp, um dos mais utilizados pelos brasileiros e um dos disseminadores de fake news em potencial. O que estou querendo dizer é que, geralmente, o dedo é mais rápido que o cérebro, se compartilha muita coisa sem checar informação,sem questionar de onde vem a foto, o vídeo. É preciso ter senso crítico e questionar o que se recebe.


(Ana Luiza Basílio, Carta Capital. 2018.)
De acordo com a variedade padrão da língua, o trecho destacado a seguir “É preciso ter senso crítico e questionar o que se recebe.” (7º§) tem sua reescrita adequada ao contexto, mantendo a norma padrão em: 
Alternativas
Q2472344 Português

O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


Linhagem de fóssil encontrado no Rio Grande do Sul sobreviveu à maior extinção do planeta


Paleontólogos encontraram o fóssil de um anfíbio que viveu há cerca de 250 milhões de anos, antes que existissem dinossauros. Batizado de Kwatisuchus rosai, o animal, com cerca de 1,5 metro de comprimento, era aparentado a espécies já descritas na Rússia. O achado confirma a suspeita de que os animais da época circulavam pela Pangeia, massa de terra que unia os continentes atuais.

"Era um predador que vivia a maior parte do tempo em rios e lagos", infere o paleontólogo Felipe Pinheiro, da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), no Rio Grande do Sul. O campus de São Gabriel, onde atua, fica a uma hora do local das escavações: uma fazenda no município de Rosário do Sul, oeste do estado. O animal, descrito em janeiro na revista científica The Anatomical Record, foi identificado a partir de ossos fossilizados do focinho, encontrados em 2022.

K. rosai fazia parte de um grupo de anfíbios chamado temnospôndilos, predadores de água rasa de focinho comprido como o dos crocodilos, adaptado para a captura de peixes − por isso foram confundidos com répteis. "Entre as características anatômicas que sugerem parentesco com os atuais anfíbios, alguns temnospôndilos apresentam evidência de estágio larval, como os girinos", esclarece Pinheiro.

O grupo sobreviveu à maior extinção do planeta, no final do período Permiano (299 milhões a 252 milhões de anos atrás), quando em torno de 90% das espécies marinhas e 70% das terrestres desapareceram. Em um mundo devastado onde os animais grandes foram eliminados, esse anfíbio era um dos maiores.

"Esses tipos de animais pequenos, resistentes e pouco diversificados, recolonizaram o planeta", observa o paleontólogo salvadorenho Juan Carlos Cisneros, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), que não participou do estudo. Entre eles estavam os cinodontes, ancestrais dos mamíferos, e os arcossauros, répteis que deram origem aos dinossauros, aos crocodilos e às aves. "Todos tinham menos de 1 metro."

Ele descreve que K. rosai também caçava em terra e contou com a vantagem de uma dieta variada e a provável capacidade de construir buracos revestidos de muco, onde se protegia da estação seca. Segundo ele, quase todos os animais desse período cavavam túneis, para se proteger, e tocas com esqueletos de outros anfíbios parecidos foram encontradas na África do Sul.

Os temnospôndilos se tornaram dominantes no Triássico (252 milhões a 201 milhões de anos atrás), mas foram substituídos pelos crocodilos, que ocuparam o mesmo ambiente, mas eram maiores e punham ovos com casca. Por isso eram resistentes à estiagem, enquanto os anfíbios dependiam da água para se reproduzir.

O nome Kwatisuchus vem do tupi kwati, que significa focinho comprido, e do grego suchus, para crocodilo. O complemento rosai homenageia o paleontólogo Átila Stock Da-Rosa, da Universidade Federal de Santa Maria, que ajudou a localizar, preservar e estudar a formação onde fica o sítio paleontológico, conhecido como Sanga do Cabral.

Retirado e adaptado de: STAM, Gilberto. Linhagem de fóssil encontrado no Rio Grande do Sul sobreviveu à maior extinção do planeta. Pesquisa FAPESP. https://revistapesquisa.fapesp.br/linhagem-de-fossil-encontrado-no-rio-grande-do-sul-sobreviveu-a-maior-extincao-do-planeta/ Acesso em: 29 mar., 2023.

As sentenças a seguir foram retiradas do texto e sofreram alterações. Assinale a alternativa que apresenta uma sentença que, mesmo com as alterações, não sofreu prejuízos à redação. Isto é, assinale a alternativa que continua corretamente grafada:
Alternativas
Q2471510 Português
O fim do mundo


        A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não me interessavam nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam, meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.

       Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar com as flores da goiabeira e as cores do tapete.

       Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessara nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos, pareceu-me, de repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite,sozinha, ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as pessoas andavam tão apavoradas? A mim não me causava medo nenhum.

         Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez tenha ficado um pouco triste – mas que importância tem a tristeza das crianças?

          Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o mundo tenha sentido. Deve ter mesmo muitos, inúmeros, pois em redor de mim as pessoas mais ilustres e sabedoras fazem cada coisa que bem se vê haver um sentido do mundo peculiar a cada um.

        Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus olhos naquela noite já muito antiga.

        O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos ou tão leais. Por que pensamos tanto em nós mesmos ou só nos outros. Por que fizemos votos de pobreza ou assaltamos os cofres públicos – além dos particulares. Por que mentimos tanto, com palavras tão judiciosas. Tudo isso saberemos e muito mais dos que cabe enumerar numa crônica.

       Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.

         Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus – dono de todos os mundos – que trate com benignidade as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos – segundo leio – que, na Índia, lançam flores ao fogo, um rito de adoração.

         Enquanto isso, os planetas assumem os lugares que lhes competem, na ordem do universo, neste universo de enigmas a que estamos ligados e no qual por vezes nos arrogamos posições que não temos – insignificantes que somos, na tremenda grandiosidade total.

       Ainda há uns dias para a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro, todos teremos fim, em qualquer mês... 



(MEIRELES, Cecília. 1901-1964. Escolha o seu sonho: crônicas. 26ª Ed. Rio de Janeiro: Record, 2005.)
A intensificação constitui um processo cognitivo avaliativo do mundo muito produtivo na língua portuguesa, uma vez que as expressões intensificadoras carregam consigo juízos de valores positivos ou negativos, indicam o grau de comprometimento do falante em relação ao que é dito, além, obviamente, de funcionar como um recurso de expressividade. Assinale a transcrição textual que não apresenta nenhum tipo de intensificação.
Alternativas
Respostas
1: C
2: A
3: D
4: E
5: C