Questões de Concurso Sobre funções da linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética. em português

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Q2412611 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder às questões que a ele se referem.


A arte do encontro


1------- ENCONTRO – substantivo masculino. 1. Ato de encontrar(-se), de chegar um diante do outro ou uns diante

dos outros. 2. Junção de pessoas ou coisas que se movem em vários sentidos ou se dirigem para o mesmo ponto.

--------Se há algo que o 2020 nos surrupiou sem pedir licença foi o arbítrio do encontro. Lá em março, entendemos

que, para reduzir riscos de contágio durante pandemia, era preciso respeitar as orientações e reduzir ao máximo

5 encontros presenciais. Sem direito a recurso, réplica ou tréplica, nos restou aceitar a decisão e ponto final.

------- Aí veio o mês de abril, maio, junho, julho, e cá estamos, cinco longos meses depois, sob a mesma restrição de

evitar desnecessários encontros presenciais ou aglomerações desnecessárias. [...]

Fato é: de encontros e abraços todos estamos precisados! Mas, porém, contudo, todavia, entretantoE para

acreditar que logo retomaremos essa possibilidade de encontrar quem nos faz bem, por enquanto o foco se

10 concentra nos encontros virtuais. Logicamente, assim como eu exercito minha reflexão a respeito, pergunto a você:

seus atuais encontros têm divertido seu coração?

-------- A gente sabe que encontro bom e verdadeiro é aquele onde se divide muito mais do que tempo e espaço; é o

que nos proporciona a sensação de presença, nos faz sentir acolhidos. E vamos concordar que acolhimento faz um

bem danado em qualquer momento de vida! Será que foi preciso viver um período de limitações para valorizarmos a

15 intensidade de um precioso encontro? Quantas vezes cruzamos com o outro e, imersos na urgência dos dias, sequer

nos permitimos um papo rápido? Talvez tenhamos trocado de maneira desproporcional os amigos reais pelos

virtuais, mas isso é conversa pra outro momento.

Disponível em: https://vidasimples.co/colunistas/a-arte-do-encontro/. Acesso em: 18 set. 2020. Adaptado.

Ao iniciar o seu texto apresentando os significados do termo “encontro”, a autora lança mão da seguinte função de linguagem:

Alternativas
Q2412594 Português

INSTRUÇÃO: Leia, com atenção, o texto a seguir para responder às questões que a ele se referem.


A arte do encontro


1 ____ ENCONTRO – substantivo masculino. 1. Ato de encontrar(-se), de chegar um diante do outro ou uns diante

dos outros. 2. Junção de pessoas ou coisas que se movem em vários sentidos ou se dirigem para o mesmo ponto.

____ Se há algo que o 2020 nos surrupiou sem pedir licença foi o arbítrio do encontro. Lá em março, entendemos

que, para reduzir riscos de contágio durante pandemia, era preciso respeitar as orientações e reduzir ao máximo

5 encontros presenciais. Sem direito a recurso, réplica ou tréplica, nos restou aceitar a decisão e ponto final.

____ Aí veio o mês de abril, maio, junho, julho, e cá estamos, cinco longos meses depois, sob a mesma restrição de

evitar desnecessários encontros presenciais ou aglomerações desnecessárias. [...]

____ Fato é: de encontros e abraços todos estamos precisados! Mas, porém, contudo, todavia, entretanto para

acreditar que logo retomaremos essa possibilidade de encontrar quem nos faz bem, por enquanto o foco se

10 concentra nos encontros virtuais. Logicamente, assim como eu exercito minha reflexão a respeito, pergunto a você:

seus atuais encontros têm divertido seu coração?

____ A gente sabe que encontro bom e verdadeiro é aquele onde se divide muito mais do que tempo e espaço; é o

que nos proporciona a sensação de presença, nos faz sentir acolhidos. E vamos concordar que acolhimento faz um

bem danado em qualquer momento de vida! Será que foi preciso viver um período de limitações para valorizarmos a

15 intensidade de um precioso encontro? Quantas vezes cruzamos com o outro e, imersos na urgência dos dias, sequer

nos permitimos um papo rápido? Talvez tenhamos trocado de maneira desproporcional os amigos reais pelos

virtuais, mas isso é conversa pra outro momento.


Disponível em: https://vidasimples.co/colunistas/a-arte-do-encontro/. Acesso em: 18 set. 2020. Adaptado.

Ao iniciar o seu texto apresentando os significados do termo “encontro”, a autora lança mão da seguinte função de linguagem:

Alternativas
Q2412084 Português

Leia o texto e responda o que se pede no comando das questões.


O texto de Marta Medeiros, Miss Brasil 2000, de 1998, presta homenagem a Regina Casé, hoje, sucesso como protagonista de Amor de Mãe, telenovela brasileira de Manuela Dias.


Miss Brasil 2000


A primeira vez que a vi foi em Trate-me Leão, uma peça que sacudia a juventude brasileira dos anos 70 e inaugurou um novo estilo de humor, gerando o TV Pirata e o que veio depois. Esquálida, dentuça, desengonçada. Mas eletrizante. Hilária. Encantadora. Não nascia uma estrela, nascia uma camaleoa.

Regina Casé, junto com a maioria do elenco do grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone, acabou trocando o teatro pela televisão, fazendo novelas, seriados e programas humorísticos antológicos. Depois resolveu seguir carreira solo e conduziu um dos programas mais inteligentes e criativos da tevê, o Brasil Legal. Agora chegou a vez de Regina testar-se no papel de entrevistadora: sábado passado estreou Muvuca, um talk-show que é a cara da dona. O programa vai pegar? Vai ter audiência? Vai durar mais do que dois meses? Deixo essas questões para análise dos especialistas. Estou aqui para fazer aquilo que alguns críticos acham imperdoável: elogiar.

Por que gosto tanto da Regina Casé? Provavelmente pelo mesmo motivo que você: Regina é a porta-voz do Brasil que nos orgulha, e não daquele que nos envergonha. Ela é inteligente sem ser pedante, é engraçada sem ser. inconveniente, é moderna sem ser datada. Ela unifica o Brasil do norte a sul, circula com naturalidade na arquibancada do Maracanã e no Palácio do Planalto, extingue conceitos como brega e chique, extrai o melhor das pessoas, trata Carlinhos Brown e Fernando Henrique com a mesma sem cerimônia. Tem o dom de transformar celebridades em simples mortais e de alçar desconhecidos ao estrelato. Põe Cid Moreira para jogar peteca e Angélica de touca de banho, ao mesmo tempo que enaltece o talento e a importância de uma empregada doméstica ou de um menino que trabalha como guia turístico no sertão. Regina Casé é o Midas da humanização: tudo o que ele toca vira gente de carne e osso.

Rótulos não a impressionam. Seu entrevistado não é um intelectual, uma socialite ou o rei do pagode, mas alguém que gosta de aspargos, que canta no chuveiro, que cria três filhos. Isso interessa? Taí o show de Truman. E jornalismo? Também. . Estamos vivendo a era do estereótipo, da robotização, da exaltação da imagem em detrimento do conteúdo. O que Regina Casé faz com as pessoas que dividem a cena com ela é rasgar a embalagem e buscar o que há dentro. Ela mesma é um exemplo disso. Extrai de si própria coração, cérebro, humor, sensibilidade, todas essas coisas que substituem o par de olhos verdes e o corpaço que não tem. É a feia mais bonita que eu conheço.

Vida longa a Regina Casé e ao Brasil legal que ela representa, que não é o Brasil dos grampos telefônicos, das fraudes dos desmentidos, das dissimulações. Eu compraria um carro usado mesmo que tivesse placa de Brasília.


Fonte: MEDEIROS, Martha. Trem Bala, p. 153,154. Ed. Nov/98.

Excerto para as questões 3 e 4:


“Estou aqui para fazer aquilo que alguns críticos acham imperdoável: elogiar.”


Às funções da linguagem presentes no excerto são, respectivamente:

Alternativas
Q2407842 Português

Leia o texto abaixo para responder às próximas questões:


Preconceito de linguagem


Na Romênia, segundo dizem os jornais franceses, que agora muito se interessam por tudo quanto diz respeito aos moldo-valáquios, na Romênia há certas palavras que em todas as outras línguas cultas têm significação nobre e que entre os romenos têm significação pejorativa. Chamar, por exemplo, a algum romeno marquês, ou condessa a alguma romena, é cometer injúria e grande. Entre eles, não se diz príncipe em romaico, porque esta palavra tem a significação analógica de jogral; de sorte que adotaram lá a palavra francesa prince, para designar qualquer membro da família real. A palavra rei também é injuriosa. Tanto assim que, na tradução do livro bíblico dos Reis, escrevem os romenos Livro dos Imperadores!

Em português há também palavras de significação primitivamente honesta e que entretanto agora não podem ser pronunciadas diante de pessoas de respeito. No norte de Minas, por exemplo, como no Norte de todo o país, chamar dama a uma senhora é arriscar a pele. Dama, lá por aquelas plagas, é “mulher perdida”.

A palavra moça pode ser pronunciada diante de quem quer que seja. “Esta menina está ficando moça” — “Sua filha é uma bela moça” — são expressões correntes. Entretanto, querendo alguém referir-se à amásia de alguém diz: “A moça de Fulano”!

Rapariga! É uma das palavras mais lindas da nossa língua.

Em Minas, entretanto, rapariga aplica-se mais às mulheres do serviço doméstico, isto é, amas, cozinheiras, arrumadeiras, etc. Aqui, já vai tendo significação pejorativa: casa de raparigas é o mesmo que bordel. Ora, é um absurdo isso. Rapariga é simplesmente feminino de rapaz. Seria encantador poder toda gente dizer, como ainda há dias ouvi dizer a um espírito eminente, que me dá a honra da sua amizade: “V. não imagina que rapariga valente é minha mulher”

Mãe! Não se discute a beleza desta suavíssima palavra. Pois também a palavra mãe vai assumindo significação equívoca. Em certas locuções é um vocábulo pelo menos suspeito. Os jornais já começam a substituí-lo por progenitora. É incrível! Que qualquer palavra possa derrancar com o tempo compreende-se; mas a palavra mãe? O noticiário elegante tem receio de dizer: “Faz anos hoje a Sra. Dona Fulana, muito digna mãe do nosso amigo Sr. Beltrano”. Em vez de mãe, escrevem progenitora, que é uma palavra erudita, seca, como todas as coisas eruditas, fria e pernóstica. Mãe é alguma coisa tépida, doce, nobre como o colo materno. Progenitora é simplesmente uma delicadeza de moleque bem-falante.

Mãe, colegas, mãe! Devemos escrever “a mãe do Sr. Fulano”, da mesma forma que escrevemos “O pai do Sr. Beltrano” e “o filho de Dona Sicrana”. Ninguém diz na intimidade — “vou beijar minha progenitora”, mas simplesmente — “vou beijar minha mãe”.

É para desejar que os jornais abandonem de uma vez a palavra progenitora, que é, etimologicamente, muito mais grosseira do que mãe. Progenitora compõe-se do prefixo pro e da raiz genite, de gigno, gignis, genui, genitum, gignere, que quer dizer gerar. De maneira que, posta em bom vernáculo, progenitora é a pró ou antegeradora do Sr. Fulano. Não sei onde está a delicadeza desta expressão…. Por conseguinte, de uma vez para sempre, estabeleçamos que os homens têm virtuosas e dignas mães, e não ridículas e pernósticas progenitoras.


Antônio Torres

Todo texto possui uma função. Dentre as funções da linguagem previstas pela gramática da língua portuguesa, a que mais se evidencia neste texto é:

Alternativas
Q2407792 Português

Texto para questões 01 a 03


Sempre achei que o meu dono subestimava as minhas capacidades. Bem gostaria nesse momento de poder falar para lhe dizer que até francês aprendi no tempo dos jogos de cartas. E que bem podiam baixar a voz ao mínimo entendível que eu ouvia sem esforço, bastando ajustar o tamanho das orelhas. Mas se tão pouco valor me atribuía, então também não merecia o meu esforço de lhe fazer compreender o contrário, morresse com a sua ideia. Uma desforra para tanto desprezo seria contar toda a sua estória, um dia. Soube então que o faria, apesar de mudo e analfabeto. Usando poderes desconhecidos, dos que se ocultam no pó branco da pemba ou nos riscos traçados nos ares das encruzilhadas pelos espíritos inquietos. Fosse de que maneira fosse, tive a certeza de que o meu relato chegaria a alguém, colocado em impreciso ponto do tempo e do espaço, o qual seria capaz de gravar tudo tal qual testemunhei. (PEPETELA, A Gloriosa Família.1999, p. 394)

Qual a função da linguagem predominante no texto?

Alternativas
Respostas
31: C
32: C
33: D
34: E
35: C