Questões de Concurso Sobre conjunções: relação de causa e consequência em português
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Dados os períodos seguintes,
I. Os governantes, espera-se, querem o melhor para seu país, assim como os pais querem o melhor para seus filhos.
II. Quero que meus filhos sejam felizes, mas também que encontrem um propósito e conquistem seus objetivos.
III. O dinheiro tem uma relação positiva com a felicidade, mas esta é pequena se comparada com fatores não monetários, como as relações sociais.
IV. Conquanto parte dos brasileiros cite a juventude como um fator importante para se sentir feliz, estudos mostram que nosso bem-estar aumenta com o passar dos anos.
verifica-se que os termos em negrito expressam ideia de
Instrução: As questões de números 01 a 15 referem-se ao texto abaixo.
Na linha 13, a palavra Quando, considerando o sentido que atribui à oração que inicia, só pode ser substituída por
TEXTO I:
O Risadinha (I)
Seria melhor dizer que ele não teve infância. Mas não é verdade. Eu o conheci menino, trepando às árvores, armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando as rolinhas, rolando pneu velho pelas ruas, pegando traseira de bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu. Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa infância: o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas.
Nestor, em suma, teve a meninice normal de um filho de funcionário público em nosso tempo, tempo incerto, pois os recursos da fazenda na província eram magros, e os pagamentos se atrasavam, enervando a população.
Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor: era para todos o Risadinha. Falava pouco e ria muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo. Certa feita, na aula de francês, quando entoávamos em coro o presente do subjuntivo do verbo s`en aller, Risadinha pespegou uma bólide de papel bem na ponta do nariz do professor, que era muito branco, pedante a capricho e tinha o nome de Demóstenes. O rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras. Um dos seus prazeres, sendo-lhe vetado por lei castigar-nos com o bastão, era desafiar em cima do culpado uma série de insultos preciosos, que ele ia escandindo um por um, sem pressa e com ódio.
- Levante-se, seu Nestor! Sa-cri-pan-ta! Ne-gli-gen-te! Si-co-fan-ta! Tu-nan-te! Man-dri-ão! Ca-la-cei-ro! Pan-di-lha! Bil-tre! Tram-po-lei-ro! Bar-gan-te! Es-trói-na! Val-de-vi-nos! Va-ga-bun-do!...
Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:
- Vagabundo, não, professor.
Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia conter o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral de Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma.
- Por que o senhorr não está na forma? – perguntou-lhe rosnando o padre, como se estivesse de promotor da Inquisição, diante de um herege horripilante.
- É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.
- E por que senhorr não está mancando?
Risadinha olhou com espanto para os seus próprios pés, começando a mancar vistosamente:
- Desculpe, seu padre, é porque eu tinha esquecido.
(CAMPOS, Paulo Mendes. O Risadinha (I). In: Para gostar e ler – Volume 2 – Crônicas. 7ª ed. Rio de Janeiro: Ática, p. 62-63.)
“Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor; era para todos o Risadinha.” (3.°§)
O ponto-e-vírgula pode ser substituído, sem causar prejuízo ao sentido original da frase, pela conjunção
Texto I
A farra dos sacos plásticos
O Brasil é definitivamente o paraíso dos sacos plásticos. Todos os supermercados, farmácias e boa parte do comércio varejista embalam em saquinhos tudo o que passa pela caixa registradora. Não importa o tamanho do produto que se tenha à mão, aguarde a sua vez porque ele será embalado num saquinho plástico. O pior é que isso já foi incorporado na nossa rotina como algo normal, como se o destino de cada produto comprado fosse mesmo um saco plástico. Nossa dependência é tamanha, que quando ele não está disponível, costumamos reagir com reclamações indignadas.
Quem recusa a embalagem de plástico é considerado, no mínimo, exótico. Outro dia fui comprar lâminas de barbear numa farmácia e me deparei com uma situação curiosa. A caixinha com as lâminas cabia perfeitamente na minha pochete. Meu plano era levar para casa assim mesmo. Mas num gesto automático, a funcionária registrou a compra e enfiou rapidamente a mísera caixinha num saco onde caberiam seguramente outras dez. Pelas razões que explicarei abaixo, recusei gentilmente a embalagem.
A plasticomania vem tomando conta do planeta desde que o inglês Alexander Parkes inventou o primeiro plástico em 1862. O novo material sintético reduziu os custos dos comerciantes e incrementou a sanha consumista da civilização moderna. Mas os estragos causados pelo derrame indiscriminado de plásticos na natureza tornou o consumidor um colaborador passivo de um desastre ambiental de grandes proporções. Feitos de resina sintética originadas do petróleo, esses sacos não são biodegradáveis e levam séculos para se decompor na natureza. Usando a linguagem dos cientistas, esses saquinhos são feitos de cadeias moleculares inquebráveis, e é impossível definir com precisão quanto tempo levam para desaparecer no meio natural.
No caso específico das sacolas de supermercado, por exemplo, a matéria-prima é o plástico filme, produzido a partir de uma resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD). No Brasil são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, que já representa 9,7% de todo o lixo do país. Abandonados em vazadouros, esses sacos plásticos impedem a passagem da água – retardando a decomposição dos materiais biodegradáveis – e dificultam a compactação dos detritos.
(André Trigueiro. Meio ambiente no século XXI. Editora Sextante, 2003. Disponível em: www.mundosustentavel.com.br – Adaptado.)
Em “Nossa dependência é tamanha, que quando ele não está disponível, costumamos reagir com reclamações indignadas.” (1º§), a palavra destacada exprime circunstância de
TEXTO 2
No excerto: "A gente come uma fruta e joga a casca no lixo;" - a conjunção atribui ao período um valor de: