Questões de Concurso Sobre português para técnico agrícola

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Q2375723 Português
A questão refere-se ao texto abaixo:



Brasileiro ou Brasiliano? Como você se define?



Há anos fui cativado pelo ótimo artigo “Brasiliana” (Revista O Globo – 29/03/15), da jornalista Leilane Neubarth, sobre o quanto a diferença de sufixo entre as palavras brasileiro e brasiliano ajuda a explicar a falta de noção do brasileiro sobre nação. Gostei tanto, principalmente pelo fato de corroborar minha opinião sobre visões opostas de cidadania fundamentadas pela diferença na motivação da colonização entre Brasil e Estados Unidos, que capturei a página e a guardei.



Dois meses depois, ao ler a matéria “Orgulho de ser brasileiro” (Jornal O Globo – 30/05/15), do jornalista Renato Grandelle, que trata dos portugueses que voltavam ricos da antiga colônia e atuavam como filantropos na terra natal, fui compelido a escrever esse texto conectando as duas abordagens complementares sobre o tema.



Em seu artigo, Leilane nos conta sobre o encontro com o professor e dicionarista Antônio Houaiss, quando, após ouvir suas lamúrias sobre os escândalos de corrupção e sobre pessoas e polı́ticos que só pensam em seu próprio bem-estar, afirmou que o “problema está no sufixo”. Houaiss explicou: o sufixo de nação é “ano”, como em americano, australiano, italiano, mexicano, ou “ês”, como em francês, português, inglês ou japonês. Já o sufixo de profissão é “eiro”, como em padeiro, carpinteiro, jardineiro, relojoeiro, engenheiro e, lamentavelmente, em “brasileiro”.



Surpresa com a descoberta, Leilane desabafou com muita propriedade: “Eu fico imaginando quantas pessoas vieram para cá ser brasileiros. Ganhar dinheiro com nossas terras, pedras, rios e florestas… Milhões ao longo dos séculos usando o Brasil como profissão em vez de trabalhar para ele, por ele, pelo nosso povo, pela nossa nação.”



Eis então que o artigo de Renato Grandelle, que gira em torno de sua descoberta, em um Festival de História no norte de Portugal, de que, a partir de meados do século XIX, o português que voltava rico da antiga colônia (Brasil) era definido como um verdadeiro “brasileiro” por seus compatriotas, revalida o sufixo como parte da explicação de Houaiss para a herança portuguesa de falta de sentimento de nação (e cidadania) entre muitos de nós brasileiros.



Em função do sucesso em fazer dinheiro por aqui, e voltar para Portugal, havia dois tipos de personagens. Aqueles que regressavam ricos, os “brasileiros”, bancavam obras do governo, colecionavam tı́tulos de nobreza e atuavam como filantropos e mecenas na terra natal. Já aqueles que retornavam de bolsos vazios, pois conseguiram apenas o necessário para o próprio sustento, eram debochadamente denominados “abrasileirados”.



Arrasado por uma guerra civil e com a economia estagnada, Portugal tornou-se simples porta de saı́da para o outro lado do Atlântico e o sonho de milhares de portugueses, na maioria semianalfabetos, era ir para o Brasil fazer fortuna e voltar recompensados para ganhar o respeito, a admiração e a reputação que nunca teriam se não tivessem deixado as terras lusitanas. Os “brasileiros” retornavam para suas cidades portuguesas de origem, exibiam seu poder (novo rico) construindo palacetes, escolas, hospitais, estradas e igrejas, ou tornando-se sócios de bancos, seguradoras e outras empresas, e ganhavam reconhecimento do governo e da igreja com comendas e tı́tulos.



Desta forma, o exemplo dos regressos bem-sucedidos retroalimentava e ampliava a imigração dos candidatos a “brasileiros”. O Brasil passou a ser visto pelos portugueses como um paı́s do futuro (deles) e a vinda para cá tinha um objetivo muito claro e pragmático: trabalhar duro e acumular o máximo possıv́el de recursos que somente seriam gastos após o retorno à terrinha. Ou seja, como ainda hoje pensam e agem muitos “brasileiros”, o mais importante é o interesse pessoal e o Brasil que se dane.



Assim como a Leilane se definiu muito bem em seu artigo, eu também prefiro me considerar um BRASILIANO. E você?



(MARCELO SZPILMAN, disponıv́el no link grupocataratas.com/brasileiro-ou-brasiliano-como-voce-se-define/, publicado originalmente em 06/01/2021) 
Analise o termo “brasileiro” nas duas frases a seguir:


I. Os “brasileiros” retornavam para suas cidades portuguesas de origem (...)
II. (... ) como ainda hoje pensam e agem muitos “brasileiros” (...)


No contexto em que estão inseridas, podemos afirmar corretamente que:
Alternativas
Q2375722 Português
A questão refere-se ao texto abaixo:



Brasileiro ou Brasiliano? Como você se define?



Há anos fui cativado pelo ótimo artigo “Brasiliana” (Revista O Globo – 29/03/15), da jornalista Leilane Neubarth, sobre o quanto a diferença de sufixo entre as palavras brasileiro e brasiliano ajuda a explicar a falta de noção do brasileiro sobre nação. Gostei tanto, principalmente pelo fato de corroborar minha opinião sobre visões opostas de cidadania fundamentadas pela diferença na motivação da colonização entre Brasil e Estados Unidos, que capturei a página e a guardei.



Dois meses depois, ao ler a matéria “Orgulho de ser brasileiro” (Jornal O Globo – 30/05/15), do jornalista Renato Grandelle, que trata dos portugueses que voltavam ricos da antiga colônia e atuavam como filantropos na terra natal, fui compelido a escrever esse texto conectando as duas abordagens complementares sobre o tema.



Em seu artigo, Leilane nos conta sobre o encontro com o professor e dicionarista Antônio Houaiss, quando, após ouvir suas lamúrias sobre os escândalos de corrupção e sobre pessoas e polı́ticos que só pensam em seu próprio bem-estar, afirmou que o “problema está no sufixo”. Houaiss explicou: o sufixo de nação é “ano”, como em americano, australiano, italiano, mexicano, ou “ês”, como em francês, português, inglês ou japonês. Já o sufixo de profissão é “eiro”, como em padeiro, carpinteiro, jardineiro, relojoeiro, engenheiro e, lamentavelmente, em “brasileiro”.



Surpresa com a descoberta, Leilane desabafou com muita propriedade: “Eu fico imaginando quantas pessoas vieram para cá ser brasileiros. Ganhar dinheiro com nossas terras, pedras, rios e florestas… Milhões ao longo dos séculos usando o Brasil como profissão em vez de trabalhar para ele, por ele, pelo nosso povo, pela nossa nação.”



Eis então que o artigo de Renato Grandelle, que gira em torno de sua descoberta, em um Festival de História no norte de Portugal, de que, a partir de meados do século XIX, o português que voltava rico da antiga colônia (Brasil) era definido como um verdadeiro “brasileiro” por seus compatriotas, revalida o sufixo como parte da explicação de Houaiss para a herança portuguesa de falta de sentimento de nação (e cidadania) entre muitos de nós brasileiros.



Em função do sucesso em fazer dinheiro por aqui, e voltar para Portugal, havia dois tipos de personagens. Aqueles que regressavam ricos, os “brasileiros”, bancavam obras do governo, colecionavam tı́tulos de nobreza e atuavam como filantropos e mecenas na terra natal. Já aqueles que retornavam de bolsos vazios, pois conseguiram apenas o necessário para o próprio sustento, eram debochadamente denominados “abrasileirados”.



Arrasado por uma guerra civil e com a economia estagnada, Portugal tornou-se simples porta de saı́da para o outro lado do Atlântico e o sonho de milhares de portugueses, na maioria semianalfabetos, era ir para o Brasil fazer fortuna e voltar recompensados para ganhar o respeito, a admiração e a reputação que nunca teriam se não tivessem deixado as terras lusitanas. Os “brasileiros” retornavam para suas cidades portuguesas de origem, exibiam seu poder (novo rico) construindo palacetes, escolas, hospitais, estradas e igrejas, ou tornando-se sócios de bancos, seguradoras e outras empresas, e ganhavam reconhecimento do governo e da igreja com comendas e tı́tulos.



Desta forma, o exemplo dos regressos bem-sucedidos retroalimentava e ampliava a imigração dos candidatos a “brasileiros”. O Brasil passou a ser visto pelos portugueses como um paı́s do futuro (deles) e a vinda para cá tinha um objetivo muito claro e pragmático: trabalhar duro e acumular o máximo possıv́el de recursos que somente seriam gastos após o retorno à terrinha. Ou seja, como ainda hoje pensam e agem muitos “brasileiros”, o mais importante é o interesse pessoal e o Brasil que se dane.



Assim como a Leilane se definiu muito bem em seu artigo, eu também prefiro me considerar um BRASILIANO. E você?



(MARCELO SZPILMAN, disponıv́el no link grupocataratas.com/brasileiro-ou-brasiliano-como-voce-se-define/, publicado originalmente em 06/01/2021) 
O texto passa, principalmente, que tipo de conotação para a palavra “brasileiro”?
Alternativas
Q2375721 Português
A questão refere-se ao texto abaixo:



Brasileiro ou Brasiliano? Como você se define?



Há anos fui cativado pelo ótimo artigo “Brasiliana” (Revista O Globo – 29/03/15), da jornalista Leilane Neubarth, sobre o quanto a diferença de sufixo entre as palavras brasileiro e brasiliano ajuda a explicar a falta de noção do brasileiro sobre nação. Gostei tanto, principalmente pelo fato de corroborar minha opinião sobre visões opostas de cidadania fundamentadas pela diferença na motivação da colonização entre Brasil e Estados Unidos, que capturei a página e a guardei.



Dois meses depois, ao ler a matéria “Orgulho de ser brasileiro” (Jornal O Globo – 30/05/15), do jornalista Renato Grandelle, que trata dos portugueses que voltavam ricos da antiga colônia e atuavam como filantropos na terra natal, fui compelido a escrever esse texto conectando as duas abordagens complementares sobre o tema.



Em seu artigo, Leilane nos conta sobre o encontro com o professor e dicionarista Antônio Houaiss, quando, após ouvir suas lamúrias sobre os escândalos de corrupção e sobre pessoas e polı́ticos que só pensam em seu próprio bem-estar, afirmou que o “problema está no sufixo”. Houaiss explicou: o sufixo de nação é “ano”, como em americano, australiano, italiano, mexicano, ou “ês”, como em francês, português, inglês ou japonês. Já o sufixo de profissão é “eiro”, como em padeiro, carpinteiro, jardineiro, relojoeiro, engenheiro e, lamentavelmente, em “brasileiro”.



Surpresa com a descoberta, Leilane desabafou com muita propriedade: “Eu fico imaginando quantas pessoas vieram para cá ser brasileiros. Ganhar dinheiro com nossas terras, pedras, rios e florestas… Milhões ao longo dos séculos usando o Brasil como profissão em vez de trabalhar para ele, por ele, pelo nosso povo, pela nossa nação.”



Eis então que o artigo de Renato Grandelle, que gira em torno de sua descoberta, em um Festival de História no norte de Portugal, de que, a partir de meados do século XIX, o português que voltava rico da antiga colônia (Brasil) era definido como um verdadeiro “brasileiro” por seus compatriotas, revalida o sufixo como parte da explicação de Houaiss para a herança portuguesa de falta de sentimento de nação (e cidadania) entre muitos de nós brasileiros.



Em função do sucesso em fazer dinheiro por aqui, e voltar para Portugal, havia dois tipos de personagens. Aqueles que regressavam ricos, os “brasileiros”, bancavam obras do governo, colecionavam tı́tulos de nobreza e atuavam como filantropos e mecenas na terra natal. Já aqueles que retornavam de bolsos vazios, pois conseguiram apenas o necessário para o próprio sustento, eram debochadamente denominados “abrasileirados”.



Arrasado por uma guerra civil e com a economia estagnada, Portugal tornou-se simples porta de saı́da para o outro lado do Atlântico e o sonho de milhares de portugueses, na maioria semianalfabetos, era ir para o Brasil fazer fortuna e voltar recompensados para ganhar o respeito, a admiração e a reputação que nunca teriam se não tivessem deixado as terras lusitanas. Os “brasileiros” retornavam para suas cidades portuguesas de origem, exibiam seu poder (novo rico) construindo palacetes, escolas, hospitais, estradas e igrejas, ou tornando-se sócios de bancos, seguradoras e outras empresas, e ganhavam reconhecimento do governo e da igreja com comendas e tı́tulos.



Desta forma, o exemplo dos regressos bem-sucedidos retroalimentava e ampliava a imigração dos candidatos a “brasileiros”. O Brasil passou a ser visto pelos portugueses como um paı́s do futuro (deles) e a vinda para cá tinha um objetivo muito claro e pragmático: trabalhar duro e acumular o máximo possıv́el de recursos que somente seriam gastos após o retorno à terrinha. Ou seja, como ainda hoje pensam e agem muitos “brasileiros”, o mais importante é o interesse pessoal e o Brasil que se dane.



Assim como a Leilane se definiu muito bem em seu artigo, eu também prefiro me considerar um BRASILIANO. E você?



(MARCELO SZPILMAN, disponıv́el no link grupocataratas.com/brasileiro-ou-brasiliano-como-voce-se-define/, publicado originalmente em 06/01/2021) 
A ideia pré-estabelecida do autor sobre visões opostas de cidadania fundamentadas pela diferença na motivação da colonização foi fortalecida a partir do seu contato com o trabalho de:
Alternativas
Q2375420 Português

Texto CB3A1 



    O Brasil enfrentou, em 2021, a mais grave crise hidrológica das últimas nove décadas. Além de reflexos na produção agrícola e no abastecimento de água nas cidades, a falta de chuvas colocou em risco a capacidade de geração de energia elétrica. 


    Sem as chuvas, os reservatórios das centrais hidrelétricas baixaram a índices históricos. Em abril daquele ano, fim do período chuvoso, o nível das represas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que abriga as principais hidrelétricas do país, atingiu 35%, apenas um pouco melhor do que o índice da mesma época em 2001 (32%), quando o Brasil viveu uma grave crise no abastecimento elétrico que causou apagões, deixou as cidades às escuras e, à época, obrigou o governo federal a instituir o racionamento de energia. 


    Para prevenir o colapso do setor e evitar que a situação vivida há 20 anos se repetisse, algumas medidas foram adotadas pelo Ministério de Minas e Energia. Ainda no primeiro semestre de 2021, o órgão decidiu ampliar a geração elétrica a partir de usinas termelétricas, que funcionam com combustíveis fósseis, e também autorizou o aumento de importação de energia elétrica de países vizinhos, como Argentina e Uruguai. 


   Pesquisadores e especialistas reconhecem as dificuldades enfrentadas pelo setor elétrico, altamente dependente de recursos hídricos, mas se tem verificado uma transição energética peculiar do Brasil em relação ao resto do mundo. Dados da Agência Internacional de Energia (IEA) mostram que a geração global de energia elétrica é embasada, principalmente, em carvão mineral (38% do total) e gás natural (23%). A fonte hidráulica, predominante no Brasil, responde por apenas 16% da capacidade instalada global. Enquanto a maioria dos países tem uma matriz elétrica com predomínio da fonte térmica, que vem sendo substituída por alternativas renováveis, o Brasil está mudando de uma fonte renovável para outras duas igualmente renováveis, a solar e a eólica. Dessa forma, o país continuará a ter uma das melhores matrizes energéticas do mundo, capaz de suprir a demanda com fontes variadas de energia. 


Yuri Vasconcelos. Sob o risco da escassez. Ed. 310, dez./2021. 

Internet: <revistapesquisa.fapesp.br> (com adaptações). 

Seriam preservadas a correção gramatical e a coerência das ideias do texto CB3A1 caso fosse suprimido o segmento
Alternativas
Q2375419 Português

Texto CB3A1 



    O Brasil enfrentou, em 2021, a mais grave crise hidrológica das últimas nove décadas. Além de reflexos na produção agrícola e no abastecimento de água nas cidades, a falta de chuvas colocou em risco a capacidade de geração de energia elétrica. 


    Sem as chuvas, os reservatórios das centrais hidrelétricas baixaram a índices históricos. Em abril daquele ano, fim do período chuvoso, o nível das represas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que abriga as principais hidrelétricas do país, atingiu 35%, apenas um pouco melhor do que o índice da mesma época em 2001 (32%), quando o Brasil viveu uma grave crise no abastecimento elétrico que causou apagões, deixou as cidades às escuras e, à época, obrigou o governo federal a instituir o racionamento de energia. 


    Para prevenir o colapso do setor e evitar que a situação vivida há 20 anos se repetisse, algumas medidas foram adotadas pelo Ministério de Minas e Energia. Ainda no primeiro semestre de 2021, o órgão decidiu ampliar a geração elétrica a partir de usinas termelétricas, que funcionam com combustíveis fósseis, e também autorizou o aumento de importação de energia elétrica de países vizinhos, como Argentina e Uruguai. 


   Pesquisadores e especialistas reconhecem as dificuldades enfrentadas pelo setor elétrico, altamente dependente de recursos hídricos, mas se tem verificado uma transição energética peculiar do Brasil em relação ao resto do mundo. Dados da Agência Internacional de Energia (IEA) mostram que a geração global de energia elétrica é embasada, principalmente, em carvão mineral (38% do total) e gás natural (23%). A fonte hidráulica, predominante no Brasil, responde por apenas 16% da capacidade instalada global. Enquanto a maioria dos países tem uma matriz elétrica com predomínio da fonte térmica, que vem sendo substituída por alternativas renováveis, o Brasil está mudando de uma fonte renovável para outras duas igualmente renováveis, a solar e a eólica. Dessa forma, o país continuará a ter uma das melhores matrizes energéticas do mundo, capaz de suprir a demanda com fontes variadas de energia. 


Yuri Vasconcelos. Sob o risco da escassez. Ed. 310, dez./2021. 

Internet: <revistapesquisa.fapesp.br> (com adaptações). 

A correção gramatical e o sentido original do texto CB3A1 seriam mantidos caso o vocábulo “mas” (primeiro período do último parágrafo) fosse substituído por 
Alternativas
Respostas
21: A
22: B
23: D
24: E
25: C