Questões de Concurso Sobre português para professor - biologia

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Ano: 2020 Banca: IDECAN Órgão: IF-RR Prova: IDECAN - 2020 - IF-RR - Professor - Biologia |
Q2425063 Português

Texto 1


Para as turmas desafiadoras, novas práticas


O que fazer quando aquela classe faz o professor questionar a sua capacidade e prática docente


Por Felipe Bandoni


“A turma mais dificil é o 7º ano. Nunca tive alunos

que me fizessem sentir tão vulnerável. Acho que

desaprendi a ser professor” Essas palavras foram ditas

por um colega muito experiente. Fiquei perplexo, pois ele

5 é uma referência, querido pelos alunos e admirado pelos

colegas; o tipo que sempre traz soluções. Levei um

choque, e sua fala me fez perceber que todos

enfrentamos turmas que colocam em xeque nossa

habilidade e experiência.

10 Quando percebemos que uma turma será muito

dificil, é porque nosso repertório está se esgotando.

Precisamos de outras saídas e, para chegar a elas, é

fundamental conversar com colegas, coordenação e

direção. Um ótimo início é fazer uma análise aluno a

15 aluno, buscando entender o que é do grupo e o que é

individual. Uma vez detectados quais os casos mais

sérios, é importante definir encaminhamentos que toda a

equipe realizará: em que situações alunos poderão ser

excluídos da sala, por exemplo? Em que casos pedir

20 ajuda à direção? É muito importante que a equipe faça

intervenções conjuntas e consistentes.

Os alunos percebem rapidamente quando estamos

desarticulados e usam isso em seu enfrentamento: “Se a

outra deixou, por que você não deixa?” Também é preciso

25 assumir nossa parcela de responsabilidade. Em que

medida nossas aulas contribuem para gerar indisciplina?

Ninguém propõe intencionalmente atividades que

estimulam o tumulto, mas é preciso reconhecer que

algumas não funcionam com certas turmas. Pode ser um

30 problema da nossa prática, mas também ser um choque

entre ela e os estudantes que, muitas vezes, estão

imaturos para certas propostas. Nas classes dificeis que

enfrentei, por exemplo, percebi que aulas expositivas são

ruins, pois eram gatilho para a distração. Aprendi, na

35 marra, a reduzir esse tipo de aula para as inquietas.

Turmas assim dão muito trabalho, mas também as

maiores recompensas. Caso os professores revejam suas

práticas e se organizem como grupo para fazer

intervenções consistentes, serão aquelas que ficarão na

40 nossa memória e que nos farão acreditar que

contribuímos para a transformação dos nossos alunos.


Felipe Bandoni é professor de Ciências na Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Colégio Santa Cruz, em São Paulo. Disponível em: https://novaescola.org.briconteudo/18218/para-as-turmas-desafiadorasnovas-praticas. Acesso em: 03/12/2019 (adaptado)

Assinale a alternativa que exprima corretamente a função sintática do trecho grifado da oração “Os alunos percebem rapidamente quando estamos desarticulados” (I. 22-23) retirada do Texto 1.

Alternativas
Ano: 2020 Banca: IDECAN Órgão: IF-RR Prova: IDECAN - 2020 - IF-RR - Professor - Biologia |
Q2425060 Português

Texto 1


Para as turmas desafiadoras, novas práticas


O que fazer quando aquela classe faz o professor questionar a sua capacidade e prática docente


Por Felipe Bandoni


“A turma mais dificil é o 7º ano. Nunca tive alunos

que me fizessem sentir tão vulnerável. Acho que

desaprendi a ser professor” Essas palavras foram ditas

por um colega muito experiente. Fiquei perplexo, pois ele

5 é uma referência, querido pelos alunos e admirado pelos

colegas; o tipo que sempre traz soluções. Levei um

choque, e sua fala me fez perceber que todos

enfrentamos turmas que colocam em xeque nossa

habilidade e experiência.

10 Quando percebemos que uma turma será muito

dificil, é porque nosso repertório está se esgotando.

Precisamos de outras saídas e, para chegar a elas, é

fundamental conversar com colegas, coordenação e

direção. Um ótimo início é fazer uma análise aluno a

15 aluno, buscando entender o que é do grupo e o que é

individual. Uma vez detectados quais os casos mais

sérios, é importante definir encaminhamentos que toda a

equipe realizará: em que situações alunos poderão ser

excluídos da sala, por exemplo? Em que casos pedir

20 ajuda à direção? É muito importante que a equipe faça

intervenções conjuntas e consistentes.

Os alunos percebem rapidamente quando estamos

desarticulados e usam isso em seu enfrentamento: “Se a

outra deixou, por que você não deixa?” Também é preciso

25 assumir nossa parcela de responsabilidade. Em que

medida nossas aulas contribuem para gerar indisciplina?

Ninguém propõe intencionalmente atividades que

estimulam o tumulto, mas é preciso reconhecer que

algumas não funcionam com certas turmas. Pode ser um

30 problema da nossa prática, mas também ser um choque

entre ela e os estudantes que, muitas vezes, estão

imaturos para certas propostas. Nas classes dificeis que

enfrentei, por exemplo, percebi que aulas expositivas são

ruins, pois eram gatilho para a distração. Aprendi, na

35 marra, a reduzir esse tipo de aula para as inquietas.

Turmas assim dão muito trabalho, mas também as

maiores recompensas. Caso os professores revejam suas

práticas e se organizem como grupo para fazer

intervenções consistentes, serão aquelas que ficarão na

40 nossa memória e que nos farão acreditar que

contribuímos para a transformação dos nossos alunos.


Felipe Bandoni é professor de Ciências na Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Colégio Santa Cruz, em São Paulo. Disponível em: https://novaescola.org.briconteudo/18218/para-as-turmas-desafiadorasnovas-praticas. Acesso em: 03/12/2019 (adaptado)

Assinale a alternativa que represente a tipologia textual que predomina no Texto 1.

Alternativas
Q2409319 Português

Máscara no chão


A oscilação do arco narrativo russo acerca de sua campanha militar contra a Ucrânia segue fielmente o desempenho de suas tropas, no solo do vizinho desde 24 de fevereiro.

Assim que os primeiros mísseis caíram, Vladimir Putin declarou o objetivo de desmilitarizar o rival, além de evitar sua entrada em estruturas ocidentais como a Otan, a aliança militar liderada pelos EUA, e garantir a autonomia dos separatistas russófonos no leste ucraniano.

Pode-se argumentar que a Ucrânia esteja se militarizando mais rapidamente, apesar de a enxurrada de armas ocidentais parecer distante de deter os russos. O sucesso de Putin é maior, contudo, na inviabilização do Estado ucraniano.

A União Europeia pode até prometer uma vaga a Kiev, mas isso é ilusão: mesmo sem o conflito o país não reunia condições para ser aceito no bloco. Quanto a chegar à Otan, o caminho é ainda mais bloqueado por temores de ampliação da guerra.

Putin optou pelo cinismo. Agiu para derrubar o governo de Volodimir Zelenski numa tacada única, mas, ao fracassar militarmente por soberba tática, negou buscar isso. Descartou querer ganhos territoriais, apesar de ter anexado a Crimeia em 2014 e fomentado a guerra civil no Donbass, que incubou a tragédia ora em curso.

Agora, a máscara caiu. Em duas falas, o chanceler russo entregou o jogo. Segundo Serguei Lavrov, um dos decanos da diplomacia mundial, a Rússia não se contentará com o Donbass. Quer o sul ucraniano, a saber se o território que já ocupa ou toda a costa até o enclave que mantém na Moldova, e tem por meta livrar os ucranianos do “fardo desse regime absolutamente inaceitável”. Ou seja, destruir a soberania do país.

No campo de batalha, ganhos lentos, mas firmes, sugerem a consolidação da posição militar russa, mais sóbria agora. Reveses poderão fazer Putin buscar remendar as fantasias rasgadas, o que será inócuo tanto para adversários céticos como para aliados que já não se importam com o estado delas.


(Editorial. Folha de S.Paulo. São Paulo, 26 jul. 2022. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2022/07/ mascara-no-chao.shtml>. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase escrita a partir do texto está em conformidade com a norma-padrão de colocação pronominal.

Alternativas
Q2409318 Português

Máscara no chão


A oscilação do arco narrativo russo acerca de sua campanha militar contra a Ucrânia segue fielmente o desempenho de suas tropas, no solo do vizinho desde 24 de fevereiro.

Assim que os primeiros mísseis caíram, Vladimir Putin declarou o objetivo de desmilitarizar o rival, além de evitar sua entrada em estruturas ocidentais como a Otan, a aliança militar liderada pelos EUA, e garantir a autonomia dos separatistas russófonos no leste ucraniano.

Pode-se argumentar que a Ucrânia esteja se militarizando mais rapidamente, apesar de a enxurrada de armas ocidentais parecer distante de deter os russos. O sucesso de Putin é maior, contudo, na inviabilização do Estado ucraniano.

A União Europeia pode até prometer uma vaga a Kiev, mas isso é ilusão: mesmo sem o conflito o país não reunia condições para ser aceito no bloco. Quanto a chegar à Otan, o caminho é ainda mais bloqueado por temores de ampliação da guerra.

Putin optou pelo cinismo. Agiu para derrubar o governo de Volodimir Zelenski numa tacada única, mas, ao fracassar militarmente por soberba tática, negou buscar isso. Descartou querer ganhos territoriais, apesar de ter anexado a Crimeia em 2014 e fomentado a guerra civil no Donbass, que incubou a tragédia ora em curso.

Agora, a máscara caiu. Em duas falas, o chanceler russo entregou o jogo. Segundo Serguei Lavrov, um dos decanos da diplomacia mundial, a Rússia não se contentará com o Donbass. Quer o sul ucraniano, a saber se o território que já ocupa ou toda a costa até o enclave que mantém na Moldova, e tem por meta livrar os ucranianos do “fardo desse regime absolutamente inaceitável”. Ou seja, destruir a soberania do país.

No campo de batalha, ganhos lentos, mas firmes, sugerem a consolidação da posição militar russa, mais sóbria agora. Reveses poderão fazer Putin buscar remendar as fantasias rasgadas, o que será inócuo tanto para adversários céticos como para aliados que já não se importam com o estado delas.


(Editorial. Folha de S.Paulo. São Paulo, 26 jul. 2022. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2022/07/ mascara-no-chao.shtml>. Adaptado)

O termo destacado na oração do quinto parágrafo “… ao fracassar militarmente por soberba tática, negou buscar isso.” exprime a noção de

Alternativas
Q2409317 Português

Máscara no chão


A oscilação do arco narrativo russo acerca de sua campanha militar contra a Ucrânia segue fielmente o desempenho de suas tropas, no solo do vizinho desde 24 de fevereiro.

Assim que os primeiros mísseis caíram, Vladimir Putin declarou o objetivo de desmilitarizar o rival, além de evitar sua entrada em estruturas ocidentais como a Otan, a aliança militar liderada pelos EUA, e garantir a autonomia dos separatistas russófonos no leste ucraniano.

Pode-se argumentar que a Ucrânia esteja se militarizando mais rapidamente, apesar de a enxurrada de armas ocidentais parecer distante de deter os russos. O sucesso de Putin é maior, contudo, na inviabilização do Estado ucraniano.

A União Europeia pode até prometer uma vaga a Kiev, mas isso é ilusão: mesmo sem o conflito o país não reunia condições para ser aceito no bloco. Quanto a chegar à Otan, o caminho é ainda mais bloqueado por temores de ampliação da guerra.

Putin optou pelo cinismo. Agiu para derrubar o governo de Volodimir Zelenski numa tacada única, mas, ao fracassar militarmente por soberba tática, negou buscar isso. Descartou querer ganhos territoriais, apesar de ter anexado a Crimeia em 2014 e fomentado a guerra civil no Donbass, que incubou a tragédia ora em curso.

Agora, a máscara caiu. Em duas falas, o chanceler russo entregou o jogo. Segundo Serguei Lavrov, um dos decanos da diplomacia mundial, a Rússia não se contentará com o Donbass. Quer o sul ucraniano, a saber se o território que já ocupa ou toda a costa até o enclave que mantém na Moldova, e tem por meta livrar os ucranianos do “fardo desse regime absolutamente inaceitável”. Ou seja, destruir a soberania do país.

No campo de batalha, ganhos lentos, mas firmes, sugerem a consolidação da posição militar russa, mais sóbria agora. Reveses poderão fazer Putin buscar remendar as fantasias rasgadas, o que será inócuo tanto para adversários céticos como para aliados que já não se importam com o estado delas.


(Editorial. Folha de S.Paulo. São Paulo, 26 jul. 2022. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2022/07/ mascara-no-chao.shtml>. Adaptado)

Assinale a alternativa em que, na redação que completa o enunciado a seguir, o uso do sinal indicativo da crase está em conformidade com a norma-padrão da língua.


A oscilação da narrativa russa sobre a guerra…

Alternativas
Respostas
6: A
7: D
8: B
9: A
10: C