Questões de Concurso Sobre português para auxiliar de sala

Foram encontradas 84 questões

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Ano: 2023 Banca: LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita Órgão: Prefeitura de Dom Eliseu - PA Provas: LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Agente Ambiental | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Agente de Fiscalização | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Agente Municipal de Trânsito | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Assistente Administrativo | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Auxiliar De Sala De Aula Em Educação Especial - Inclusiva - Aee - Educação Infantil | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Cadastrador Imobiliário | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Fiscal de Obras e Posturas | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Secretário Escolar | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico Agrícola | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico Agropecuário | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico de Enfermagem | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico de Saúde Bucal | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico em Laboratório | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico em Radiologia |
Q2240584 Português
Gosta de ver tragédia? Pode ser curiosidade e prazer pelo sofrimento alheio...

      Muitos creditam o interesse humano por tragédias à televisão ou às redes sociais, onde acidentes, crimes e outras desgraças acabam sendo temas de programas ou viralizando. Mas saiba que esse não é um fenômeno tão recente assim. Pelo contrário, é observado desde a Antiguidade, quando por entre os séculos 4 a.C e 6 a.C os gregos tiveram a ideia de inventar o teatro. A partir daí, a tragédia como entretenimento conquistou as multidões e se espalhou mundo afora.
      "A tragédia como arte explora o sofrimento humano e busca extrair da plateia todo tipo de emoção e surpresa, além de fazê-la se identificar com personagens e vivências", diz Luiz Scocca, psiquiatra pelo HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e APA (Associação Americana de Psiquiatria). Segundo ele, muita gente gosta porque tem curiosidade, mexe com os sentimentos.
Para além da ficção, tragédias reais também podem ser interessantes porque ajudam o ser humano a refletir sobre perigos e questionamentos que o acompanham há milênios, a respeito da morte, do sentido da vida, do bem e do mal. Mas excessiva e recorrente essa "atração" pode viciar, ou revelar que há algo mais sério por trás e que merece investigação, como algum transtorno ou obsessão, mas é raro.
      Consumir tragédia também pode ocorrer em resposta a um sofrimento pessoal, como quando se termina um namoro, morre alguém querido, ou se enfrenta uma decepção. Quando estamos para baixo temos a tendência natural de querer ver coisas tristes, para chorar e se sentir aliviado, ou então refletir por comparação que a vida não está tão ruim assim e melhorar o astral.
      "A pessoa está em busca de produzir mudanças afetivas internas, de se conectar consigo, da mesma forma quando assiste a uma comédia ou um romance. São estímulos extremamente ativadores de emoções, assim como ir ao teatro, meditar, fazer exercícios", diz Henrique Bottura, psiquiatra e diretor clínico do Instituto de Psiquiatria Paulista, em São Paulo.
      A maioria dos seres humanos também gosta de sofrer e torcer em companhia, mesmo que virtualmente. Ao se projetar em alguma tragédia que não necessariamente tenha a ver com o que se vive, a pessoa se sente compreendida. Essa é uma maneira de também aprender alguma lição com aquela situação, sobre como lidar com dificuldades e se superar.
      Gostar de filmes e séries sobre guerras, assassinatos, meteoros apocalípticos ou naufrágios, como o do Titanic, porém, não se compara a uma cada vez mais observada atitude de passar por acidentes reais e registrá-los com o celular.
      Uma coisa é estar no local para acionar o Samu, informar, conscientizar e garantir a proteção de quem possa passar por ali, outra é usar a tragédia para se autopromover, sobretudo nas redes sociais. "É uma necessidade muito grande de se autoafirmar, se exibir, chamar a atenção. 'Já que não olham para mim, vão ver o que eu vi e se impressionar', pensa quem faz esse tipo de coisa e pode ter a ver com insegurança", informa Marina Vasconcellos, psicóloga perita em psicodrama e terapeuta familiar pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
      Embora nessa atitude possa haver também um fundo de curiosidade, a impressão que passa nunca é das melhores e ainda revela uma falta de sensibilidade e de empatia com o próximo. Pode soar perverso, mas da mesma forma que existem pessoas que torcem para os vilões da ficção e mesmo assim possuem uma boa conduta social, há aquelas que também sentem um certo contentamento ou fetiche mórbido ao presenciar o sofrimento alheio.
      Procurar e gostar de conteúdos e acontecimentos trágicos que não se relacionam com a própria existência não configura nenhum tipo de problema psiquiátrico. Entretanto, como já mencionado no início, excessos provocam e estão relacionados a desequilíbrios. Então, faz mal quando esse negativismo passa a dominar o tempo todo as atenções e impede a pessoa de levar uma vida normal, ter ambições, aprender, falar sobre outros assuntos e ser leve.
      Como consequência, ela pode acabar saindo da realidade ou apresentar sintomas depressivos, ansiedade, pânico. Isso porque focar demais no que é ruim libera cortisol, hormônio do estresse e prejudicial à saúde em excesso. Às vezes, pode ser até uma fase, algo que perdura até a curiosidade sobre o assunto se esgotar, mas do contrário, quando não diminui e até piora, a ponto dos outros se queixarem, inspirar ações que ofereçam danos ou afetar as relações, é preciso intervir e tratar.
      Na dúvida, é sempre melhor procurar a orientação de um psiquiatra/psicólogo e fazer uma avaliação, ressalta Yuri Busin, psicólogo, doutor em neurociência e diretor do Casme (Centro de Atenção à Saúde Mental-Equilíbrio), em São Paulo.

(Texto de Marcelo Testoni para a Coluna VivaBem, da Uol. https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/03/02/gosta-de-ver-tragediapode-ser-curiosidade-e-prazer-pelo-sofrimento-alheio.html). 
Na opinião de Henrique Bottura, psiquiatra que é citado no texto, a busca por conteúdos trágicos:  
Alternativas
Ano: 2023 Banca: LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita Órgão: Prefeitura de Dom Eliseu - PA Provas: LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Agente Ambiental | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Agente de Fiscalização | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Agente Municipal de Trânsito | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Assistente Administrativo | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Auxiliar De Sala De Aula Em Educação Especial - Inclusiva - Aee - Educação Infantil | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Cadastrador Imobiliário | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Fiscal de Obras e Posturas | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Secretário Escolar | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico Agrícola | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico Agropecuário | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico de Enfermagem | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico de Saúde Bucal | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico em Laboratório | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico em Radiologia |
Q2240583 Português
Gosta de ver tragédia? Pode ser curiosidade e prazer pelo sofrimento alheio...

      Muitos creditam o interesse humano por tragédias à televisão ou às redes sociais, onde acidentes, crimes e outras desgraças acabam sendo temas de programas ou viralizando. Mas saiba que esse não é um fenômeno tão recente assim. Pelo contrário, é observado desde a Antiguidade, quando por entre os séculos 4 a.C e 6 a.C os gregos tiveram a ideia de inventar o teatro. A partir daí, a tragédia como entretenimento conquistou as multidões e se espalhou mundo afora.
      "A tragédia como arte explora o sofrimento humano e busca extrair da plateia todo tipo de emoção e surpresa, além de fazê-la se identificar com personagens e vivências", diz Luiz Scocca, psiquiatra pelo HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e APA (Associação Americana de Psiquiatria). Segundo ele, muita gente gosta porque tem curiosidade, mexe com os sentimentos.
Para além da ficção, tragédias reais também podem ser interessantes porque ajudam o ser humano a refletir sobre perigos e questionamentos que o acompanham há milênios, a respeito da morte, do sentido da vida, do bem e do mal. Mas excessiva e recorrente essa "atração" pode viciar, ou revelar que há algo mais sério por trás e que merece investigação, como algum transtorno ou obsessão, mas é raro.
      Consumir tragédia também pode ocorrer em resposta a um sofrimento pessoal, como quando se termina um namoro, morre alguém querido, ou se enfrenta uma decepção. Quando estamos para baixo temos a tendência natural de querer ver coisas tristes, para chorar e se sentir aliviado, ou então refletir por comparação que a vida não está tão ruim assim e melhorar o astral.
      "A pessoa está em busca de produzir mudanças afetivas internas, de se conectar consigo, da mesma forma quando assiste a uma comédia ou um romance. São estímulos extremamente ativadores de emoções, assim como ir ao teatro, meditar, fazer exercícios", diz Henrique Bottura, psiquiatra e diretor clínico do Instituto de Psiquiatria Paulista, em São Paulo.
      A maioria dos seres humanos também gosta de sofrer e torcer em companhia, mesmo que virtualmente. Ao se projetar em alguma tragédia que não necessariamente tenha a ver com o que se vive, a pessoa se sente compreendida. Essa é uma maneira de também aprender alguma lição com aquela situação, sobre como lidar com dificuldades e se superar.
      Gostar de filmes e séries sobre guerras, assassinatos, meteoros apocalípticos ou naufrágios, como o do Titanic, porém, não se compara a uma cada vez mais observada atitude de passar por acidentes reais e registrá-los com o celular.
      Uma coisa é estar no local para acionar o Samu, informar, conscientizar e garantir a proteção de quem possa passar por ali, outra é usar a tragédia para se autopromover, sobretudo nas redes sociais. "É uma necessidade muito grande de se autoafirmar, se exibir, chamar a atenção. 'Já que não olham para mim, vão ver o que eu vi e se impressionar', pensa quem faz esse tipo de coisa e pode ter a ver com insegurança", informa Marina Vasconcellos, psicóloga perita em psicodrama e terapeuta familiar pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
      Embora nessa atitude possa haver também um fundo de curiosidade, a impressão que passa nunca é das melhores e ainda revela uma falta de sensibilidade e de empatia com o próximo. Pode soar perverso, mas da mesma forma que existem pessoas que torcem para os vilões da ficção e mesmo assim possuem uma boa conduta social, há aquelas que também sentem um certo contentamento ou fetiche mórbido ao presenciar o sofrimento alheio.
      Procurar e gostar de conteúdos e acontecimentos trágicos que não se relacionam com a própria existência não configura nenhum tipo de problema psiquiátrico. Entretanto, como já mencionado no início, excessos provocam e estão relacionados a desequilíbrios. Então, faz mal quando esse negativismo passa a dominar o tempo todo as atenções e impede a pessoa de levar uma vida normal, ter ambições, aprender, falar sobre outros assuntos e ser leve.
      Como consequência, ela pode acabar saindo da realidade ou apresentar sintomas depressivos, ansiedade, pânico. Isso porque focar demais no que é ruim libera cortisol, hormônio do estresse e prejudicial à saúde em excesso. Às vezes, pode ser até uma fase, algo que perdura até a curiosidade sobre o assunto se esgotar, mas do contrário, quando não diminui e até piora, a ponto dos outros se queixarem, inspirar ações que ofereçam danos ou afetar as relações, é preciso intervir e tratar.
      Na dúvida, é sempre melhor procurar a orientação de um psiquiatra/psicólogo e fazer uma avaliação, ressalta Yuri Busin, psicólogo, doutor em neurociência e diretor do Casme (Centro de Atenção à Saúde Mental-Equilíbrio), em São Paulo.

(Texto de Marcelo Testoni para a Coluna VivaBem, da Uol. https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/03/02/gosta-de-ver-tragediapode-ser-curiosidade-e-prazer-pelo-sofrimento-alheio.html). 
Sobre as ideias defendidas no texto, assinale a alternativa correta:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita Órgão: Prefeitura de Dom Eliseu - PA Provas: LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Agente Ambiental | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Agente de Fiscalização | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Agente Municipal de Trânsito | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Assistente Administrativo | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Auxiliar De Sala De Aula Em Educação Especial - Inclusiva - Aee - Educação Infantil | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Cadastrador Imobiliário | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Fiscal de Obras e Posturas | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Secretário Escolar | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico Agrícola | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico Agropecuário | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico de Enfermagem | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico de Saúde Bucal | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico em Laboratório | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico em Radiologia |
Q2240582 Português
Gosta de ver tragédia? Pode ser curiosidade e prazer pelo sofrimento alheio...

      Muitos creditam o interesse humano por tragédias à televisão ou às redes sociais, onde acidentes, crimes e outras desgraças acabam sendo temas de programas ou viralizando. Mas saiba que esse não é um fenômeno tão recente assim. Pelo contrário, é observado desde a Antiguidade, quando por entre os séculos 4 a.C e 6 a.C os gregos tiveram a ideia de inventar o teatro. A partir daí, a tragédia como entretenimento conquistou as multidões e se espalhou mundo afora.
      "A tragédia como arte explora o sofrimento humano e busca extrair da plateia todo tipo de emoção e surpresa, além de fazê-la se identificar com personagens e vivências", diz Luiz Scocca, psiquiatra pelo HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e APA (Associação Americana de Psiquiatria). Segundo ele, muita gente gosta porque tem curiosidade, mexe com os sentimentos.
Para além da ficção, tragédias reais também podem ser interessantes porque ajudam o ser humano a refletir sobre perigos e questionamentos que o acompanham há milênios, a respeito da morte, do sentido da vida, do bem e do mal. Mas excessiva e recorrente essa "atração" pode viciar, ou revelar que há algo mais sério por trás e que merece investigação, como algum transtorno ou obsessão, mas é raro.
      Consumir tragédia também pode ocorrer em resposta a um sofrimento pessoal, como quando se termina um namoro, morre alguém querido, ou se enfrenta uma decepção. Quando estamos para baixo temos a tendência natural de querer ver coisas tristes, para chorar e se sentir aliviado, ou então refletir por comparação que a vida não está tão ruim assim e melhorar o astral.
      "A pessoa está em busca de produzir mudanças afetivas internas, de se conectar consigo, da mesma forma quando assiste a uma comédia ou um romance. São estímulos extremamente ativadores de emoções, assim como ir ao teatro, meditar, fazer exercícios", diz Henrique Bottura, psiquiatra e diretor clínico do Instituto de Psiquiatria Paulista, em São Paulo.
      A maioria dos seres humanos também gosta de sofrer e torcer em companhia, mesmo que virtualmente. Ao se projetar em alguma tragédia que não necessariamente tenha a ver com o que se vive, a pessoa se sente compreendida. Essa é uma maneira de também aprender alguma lição com aquela situação, sobre como lidar com dificuldades e se superar.
      Gostar de filmes e séries sobre guerras, assassinatos, meteoros apocalípticos ou naufrágios, como o do Titanic, porém, não se compara a uma cada vez mais observada atitude de passar por acidentes reais e registrá-los com o celular.
      Uma coisa é estar no local para acionar o Samu, informar, conscientizar e garantir a proteção de quem possa passar por ali, outra é usar a tragédia para se autopromover, sobretudo nas redes sociais. "É uma necessidade muito grande de se autoafirmar, se exibir, chamar a atenção. 'Já que não olham para mim, vão ver o que eu vi e se impressionar', pensa quem faz esse tipo de coisa e pode ter a ver com insegurança", informa Marina Vasconcellos, psicóloga perita em psicodrama e terapeuta familiar pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
      Embora nessa atitude possa haver também um fundo de curiosidade, a impressão que passa nunca é das melhores e ainda revela uma falta de sensibilidade e de empatia com o próximo. Pode soar perverso, mas da mesma forma que existem pessoas que torcem para os vilões da ficção e mesmo assim possuem uma boa conduta social, há aquelas que também sentem um certo contentamento ou fetiche mórbido ao presenciar o sofrimento alheio.
      Procurar e gostar de conteúdos e acontecimentos trágicos que não se relacionam com a própria existência não configura nenhum tipo de problema psiquiátrico. Entretanto, como já mencionado no início, excessos provocam e estão relacionados a desequilíbrios. Então, faz mal quando esse negativismo passa a dominar o tempo todo as atenções e impede a pessoa de levar uma vida normal, ter ambições, aprender, falar sobre outros assuntos e ser leve.
      Como consequência, ela pode acabar saindo da realidade ou apresentar sintomas depressivos, ansiedade, pânico. Isso porque focar demais no que é ruim libera cortisol, hormônio do estresse e prejudicial à saúde em excesso. Às vezes, pode ser até uma fase, algo que perdura até a curiosidade sobre o assunto se esgotar, mas do contrário, quando não diminui e até piora, a ponto dos outros se queixarem, inspirar ações que ofereçam danos ou afetar as relações, é preciso intervir e tratar.
      Na dúvida, é sempre melhor procurar a orientação de um psiquiatra/psicólogo e fazer uma avaliação, ressalta Yuri Busin, psicólogo, doutor em neurociência e diretor do Casme (Centro de Atenção à Saúde Mental-Equilíbrio), em São Paulo.

(Texto de Marcelo Testoni para a Coluna VivaBem, da Uol. https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/03/02/gosta-de-ver-tragediapode-ser-curiosidade-e-prazer-pelo-sofrimento-alheio.html). 
Ainda segundo o texto, podemos dizer corretamente que: 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita Órgão: Prefeitura de Dom Eliseu - PA Provas: LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Agente Ambiental | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Agente de Fiscalização | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Agente Municipal de Trânsito | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Assistente Administrativo | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Auxiliar De Sala De Aula Em Educação Especial - Inclusiva - Aee - Educação Infantil | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Cadastrador Imobiliário | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Fiscal de Obras e Posturas | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Secretário Escolar | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico Agrícola | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico Agropecuário | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico de Enfermagem | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico de Saúde Bucal | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico em Laboratório | LJ Assessoria e Planejamento Administrativo Limita - 2023 - Prefeitura de Dom Eliseu - PA - Técnico em Radiologia |
Q2240581 Português
Gosta de ver tragédia? Pode ser curiosidade e prazer pelo sofrimento alheio...

      Muitos creditam o interesse humano por tragédias à televisão ou às redes sociais, onde acidentes, crimes e outras desgraças acabam sendo temas de programas ou viralizando. Mas saiba que esse não é um fenômeno tão recente assim. Pelo contrário, é observado desde a Antiguidade, quando por entre os séculos 4 a.C e 6 a.C os gregos tiveram a ideia de inventar o teatro. A partir daí, a tragédia como entretenimento conquistou as multidões e se espalhou mundo afora.
      "A tragédia como arte explora o sofrimento humano e busca extrair da plateia todo tipo de emoção e surpresa, além de fazê-la se identificar com personagens e vivências", diz Luiz Scocca, psiquiatra pelo HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e APA (Associação Americana de Psiquiatria). Segundo ele, muita gente gosta porque tem curiosidade, mexe com os sentimentos.
Para além da ficção, tragédias reais também podem ser interessantes porque ajudam o ser humano a refletir sobre perigos e questionamentos que o acompanham há milênios, a respeito da morte, do sentido da vida, do bem e do mal. Mas excessiva e recorrente essa "atração" pode viciar, ou revelar que há algo mais sério por trás e que merece investigação, como algum transtorno ou obsessão, mas é raro.
      Consumir tragédia também pode ocorrer em resposta a um sofrimento pessoal, como quando se termina um namoro, morre alguém querido, ou se enfrenta uma decepção. Quando estamos para baixo temos a tendência natural de querer ver coisas tristes, para chorar e se sentir aliviado, ou então refletir por comparação que a vida não está tão ruim assim e melhorar o astral.
      "A pessoa está em busca de produzir mudanças afetivas internas, de se conectar consigo, da mesma forma quando assiste a uma comédia ou um romance. São estímulos extremamente ativadores de emoções, assim como ir ao teatro, meditar, fazer exercícios", diz Henrique Bottura, psiquiatra e diretor clínico do Instituto de Psiquiatria Paulista, em São Paulo.
      A maioria dos seres humanos também gosta de sofrer e torcer em companhia, mesmo que virtualmente. Ao se projetar em alguma tragédia que não necessariamente tenha a ver com o que se vive, a pessoa se sente compreendida. Essa é uma maneira de também aprender alguma lição com aquela situação, sobre como lidar com dificuldades e se superar.
      Gostar de filmes e séries sobre guerras, assassinatos, meteoros apocalípticos ou naufrágios, como o do Titanic, porém, não se compara a uma cada vez mais observada atitude de passar por acidentes reais e registrá-los com o celular.
      Uma coisa é estar no local para acionar o Samu, informar, conscientizar e garantir a proteção de quem possa passar por ali, outra é usar a tragédia para se autopromover, sobretudo nas redes sociais. "É uma necessidade muito grande de se autoafirmar, se exibir, chamar a atenção. 'Já que não olham para mim, vão ver o que eu vi e se impressionar', pensa quem faz esse tipo de coisa e pode ter a ver com insegurança", informa Marina Vasconcellos, psicóloga perita em psicodrama e terapeuta familiar pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
      Embora nessa atitude possa haver também um fundo de curiosidade, a impressão que passa nunca é das melhores e ainda revela uma falta de sensibilidade e de empatia com o próximo. Pode soar perverso, mas da mesma forma que existem pessoas que torcem para os vilões da ficção e mesmo assim possuem uma boa conduta social, há aquelas que também sentem um certo contentamento ou fetiche mórbido ao presenciar o sofrimento alheio.
      Procurar e gostar de conteúdos e acontecimentos trágicos que não se relacionam com a própria existência não configura nenhum tipo de problema psiquiátrico. Entretanto, como já mencionado no início, excessos provocam e estão relacionados a desequilíbrios. Então, faz mal quando esse negativismo passa a dominar o tempo todo as atenções e impede a pessoa de levar uma vida normal, ter ambições, aprender, falar sobre outros assuntos e ser leve.
      Como consequência, ela pode acabar saindo da realidade ou apresentar sintomas depressivos, ansiedade, pânico. Isso porque focar demais no que é ruim libera cortisol, hormônio do estresse e prejudicial à saúde em excesso. Às vezes, pode ser até uma fase, algo que perdura até a curiosidade sobre o assunto se esgotar, mas do contrário, quando não diminui e até piora, a ponto dos outros se queixarem, inspirar ações que ofereçam danos ou afetar as relações, é preciso intervir e tratar.
      Na dúvida, é sempre melhor procurar a orientação de um psiquiatra/psicólogo e fazer uma avaliação, ressalta Yuri Busin, psicólogo, doutor em neurociência e diretor do Casme (Centro de Atenção à Saúde Mental-Equilíbrio), em São Paulo.

(Texto de Marcelo Testoni para a Coluna VivaBem, da Uol. https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/03/02/gosta-de-ver-tragediapode-ser-curiosidade-e-prazer-pelo-sofrimento-alheio.html). 
A partir da leitura do texto, podemos afirmar corretamente que: 
Alternativas
Q2126959 Português
O texto seguinte servirá de base para responder à questão.

Rara interação entre botos e pescadores é documentada de forma inédita pela ciência

Escassez de tainha pode ameaçar cooperação, indica estudo com dados coletados ao longo de 15 anos

Pesquisadores descrevem com dados inéditos a complexidade de uma relação entre espécies

Uma dança sincronizada. Uma colaboração cheia de instantes decisivos. Uma interação que resulta em benefícios para o boto e para o pescador. Tradicional e reconhecida no sul do Brasil e no mundo, a parceria entre botos pescadores e homens na pesca da tainha foi documentada de forma inédita pela ciência, em um trabalho que envolveu a Universidade Federal de Santa Catarina, a Oregon State University (OSU), nos Estados Unidos, e o Max Planck Institute (MPI), na Alemanha. A sincronia perfeita e necessária entre o sinal emitido pelo animal e a soltura da rede e os riscos que uma possível escassez de tainha pode trazer à prática estão entre os principais resultados do estudo.

Munida de drones, imagens subaquáticas e tecnologia de captação de sons marinhos, a equipe, na UFSC liderada pelo professor Fábio Daura-Jorge do Departamento de Ecologia e Zoologia, registrou detalhes em frações de segundos do comportamento dos botos e dos pescadores, além de ter se alimentado de um banco de dados de mais de 15 anos de monitoramento da cooperação - uma das poucas registradas na biologia. "Sabíamos que os pescadores estavam observando o comportamento dos botos para determinar quando lançar suas redes, mas não sabíamos se os botos estavam coordenando ativamente seu comportamento com os pescadores", disse Maurício Cantor, professor da OSU, colaborador da UFSC e líder do estudo.

"Usando drones e imagens subaquáticas, pudemos observar os comportamentos de pescadores e botos com detalhes sem precedentes e descobrimos que eles capturam mais peixes trabalhando em sincronia", disse Cantor. "Isso reforça que esta é uma interação mutuamente benéfica entre os humanos e os botos." Essa sincronia é determinante para o sucesso do pescador e para a manutenção da pesca tradicional, explica Daura-Jorge, que coordena, na UFSC, o Programa Ecológico de Longa Duração do Sistema Estuarino de Laguna e adjacências, financiado pelo CNPq. "Temos um longo histórico de estudos da UFSC sobre essa interação, que é muito valorizada localmente", comenta o professor. "Desde a década de 1980, importantes descrições de como funciona essa interação vêm sendo feitas, mas, desta vez, com ajuda de tecnologia apropriada, pudemos testar algumas hipóteses e confirmar que se trata de uma interação com benefícios mútuos", explica.

Os avanços tecnológicos foram fundamentais para os resultados assertivos deste novo estudo. Uma metodologia multiplataforma identificou um "sincronismo fino entre as duas partes", com benefícios para ambas. A pesquisa, publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, uma das principais da área, rastreou simultaneamente tainhas, botos, e pescadores acima e abaixo da água para desenvolver uma compreensão em escala fina de suas interações.

O estudo também teve como objetivo quantificar as consequências dessa cooperação, além de combinar os dados em um modelo numérico para prever o destino e propor ações iniciais para conservar essa interação rara. "A tainha é o principal recurso dessa interação, por isso nós utilizamos os dados da pesca local, que sugerem uma provável redução nos estoques de tainhas, para prever o que pode acontecer no futuro, caso persista esse processo de redução da sua abundância", explica Daura-Jorge.

Eles também descobriram que a sincronia de forrageamento - a busca pelo alimento - entre botos e pescadores aumenta substancialmente a probabilidade de pescar e o número de peixes capturados. Outro dado importante identificado pelo estudo é que a interação é benéfica à sobrevivência dos animais, já que aqueles que praticam a pesca cooperativa têm um aumento de 13% nas taxas de sobrevivência. De acordo com Daura-Jorge, isso também ocorre porque, enquanto estão entretidos cooperando e interagindo com os pescadores, os botos ficam longe de outros perigos que podem levá-los à morte, como pescarias ilegais que ocorrem na área.

A pesquisa também apontou que a compreensão dos pescadores sobre a tradição da pesca correspondia às evidências produzidas por meio de ferramentas e métodos científicos. "Questionários e observações diretas são maneiras diferentes de olhar para o mesmo fenômeno e combinam bem, disse Cantor. "Ao integrá-los, pudemos obter a imagem mais completa e confiável de como esse sistema funciona e, mais importante, como ele beneficia tanto os pescadores quanto os botos".

Onde estão e quem são os botos pescadores

Os botos pescadores vivem há anos no sistema estuarino de Laguna e são reconhecidos por suas características morfológicas, sendo também batizados com nomes pela comunidade de pesca. No ano passado, Caroba, o mais antigo boto pescador da região morreu aos 50 anos, possivelmente de causas naturais.

A equipe liderada por Daura-Jorge realiza o monitoramento dessa população há 16 anos. Ele explica que nem todos praticam a pesca cooperativa com pescadores. Na localidade, há entre 50 e 60 botos, mas menos da metade - por volta de 40% - são cooperativos.

Algumas hipóteses são sugeridas para explicar por que apenas alguns botos se envolvem na interação com pescadores. "Essa prática envolve questões de aprendizado e desenvolvimento cultural animal, algo bem discutido na literatura, e alguns botos podem ser mais propícios que outros a aprender, talvez por um traço de personalidade ou por consequência de suas relações sociais com outros indivíduos", explica.

De acordo com ele, no que se refere à população do local, aparentemente não há variações significativas ao longo dos anos, apesar das muitas atividades humanas que contribuíram para a morte não natural de alguns indivíduos. "Esse número constante de indivíduos é uma boa notícia, mas não o suficiente para despreocupações e comemorações. Para uma espécie que pode viver mais de 50 anos e que começa a se reproduzir só depois dos 10 anos, uma população de 50 indivíduos é muito pequena e estará sempre em risco de extinção", explicou, em texto no qual descreve a atividade de monitoramento.

Retirado e adaptado de: MIRANDA, Amanda. Jornalismo UFSC. Disponível em: https://jornalismoufsc.shorthandstories.com/raraintera-o-entre-botos-e-pescadores-documentada-de-forma-in-di ta-pela-ci-ncia/index.html. Acesso em: 16 de mar. 2023.
Analise a seguinte frase retirada do texto "Rara interação entre botos e pescadores é documentada de forma inédita pela ciência":
"A sincronia perfeita e necessária entre o sinal emitido pelo animal e a soltura da rede e os riscos que uma possível escassez de tainha pode trazer à prática estão entre os principais resultados do estudo."
Agora, analise as afirmações a respeito dessa sentença:
I.O primeiro "e" foi empregado para relacionar uma ideia de sincronia perfeita e sincronia necessária, sem necessidade de repetição, a partir de uma elipse.
II.Nem todos os "e" empregados na frase têm valor aditivo.
III.O segundo "e" poderia ter sido substituído por uma vírgula, sem prejuízo de valor da sentença.
É correto o que se afirma em:
Alternativas
Respostas
21: E
22: C
23: B
24: E
25: E