Questões de Concurso Sobre português para procurador municipal

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Q2460786 Português
As frases das opções abaixo possuem palavras homônimas, que, apesar de terem mesmo som, apresentam significações diferentes. Um desses homônimos contém propositalmente um equívoco em sua grafia. Em que opção se encontra esse homônimo?
Alternativas
Q2460784 Português
Furto de flor


Carlos Drummond de Andrade



Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor.


Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.


Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem. 


Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer.


Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me.


– Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!
“Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente”
Analisando morfologicamente a palavra “murcha” no contexto em que se encontra aplicada no texto, só é adequado o que se encontra em: 
Alternativas
Q2460783 Português
Furto de flor


Carlos Drummond de Andrade



Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor.


Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.


Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem. 


Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer.


Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me.


– Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!
A oração “se a contemplarmos bem” foi adequadamente analisada em:
Alternativas
Q2460782 Português
Furto de flor


Carlos Drummond de Andrade



Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor.


Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.


Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem. 


Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer.


Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me.


– Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!
Conforme Evanildo Bechara em sua Moderna Gramática Portuguesa (39ª ed., Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019, p.234), a categoria verbal “tempo” assinala a relação temporal do acontecimento comunicado com o momento do ato de fala. Com relação a essa categoria, analise os verbos destacados nos segmentos retirados do texto e, em seguida, indique a opção que apresenta a única consideração INCORRETA. 

I. “eu assumira a obrigação de conservá-la.” II. “mas a flor empalidecia.” III. “O porteiro estava atento e repreendeu-me.”
Alternativas
Q2460781 Português
Poema de Sete Faces
[Carlos Drummond de Andrade]



Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode,
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.



Disponível em: https://www.culturagenial.com/poema-de-setefaces-drummond/





Com licença poética
[Adélia Prado]


Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.

Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.

Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.



Disponível em: https://www.pensador.com/frase/MTY4MzUz/

A expressão em destaque em “Cumpro a sina”, do poema Com licença poética de Adélia Prado, poderia ser substituída, sem prejuízo de sentido, pela seguinte expressão de valor semântico semelhante: 
Alternativas
Respostas
1: D
2: D
3: C
4: A
5: B