Questões de Concurso Sobre português para analista de finanças e controle - comum a todos
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Assinale a opção que constitui continuação coesa e coerente para o texto abaixo.
Até aqui, o governo se dedicou a expor seu ponto de
vista e começou a mover suas pedras no tabuleiro, a
partir de sua opção pela prioridade sul-americana e
do Mercosul. Estabeleceu, em seguida, uma série de
pontes e alianças possíveis com a África e a Ásia,
como aconteceu com o G21, na reunião de Cancun
da OMC, e como está acontecendo nas negociações
do G3, com a África do Sul e com a Índia. Ou ainda,
como vem ocorrendo nas novas parcerias tecnológi-
cas com a Ucrânia, a Rússia, a China, ou com os
projetos infra-estruturais com a Venezuela, a Bolívia,
o Peru e a Argentina.
Os gregos não possuíam textos sagrados
nem castas sacerdotais. Graças à literatura de
Homero, produzida oito séculos antes de
Cristo, os gregos se apropriaram de uma fer-
5 ramenta epistemológica que, ainda hoje, nos
dá a impressão de que eles intuíram todos os
conhecimentos que a ciência moderna viria a
descobrir. O que seria de nossa cultura sem a
matemática de Pitágoras, a geometria de Eu-
10 clides, a filosofia de Sócrates, Platão e Aristó-
teles? O que seria da teoria de Freud sem o
teatro de Sófocles, Eurípedes e Ésquilo?
Os hebreus imprimiram ao tempo, graças
aos persas, um caráter histórico e uma natu-
15 reza divina. E produziram uma literatura mo-
numental – a Bíblia –, que inspira três grandes
religiões: o judaísmo, o cristianismo e o isla-
mismo. Tira-se o livro dessas tradições religio-
sas e elas perdem toda a identidade e o pro-
20 pósito.
(Frei Beto)
Em 2003, são poucos os que ainda acreditam
no mito da globalização. A economia mundial
segue enfrentando um futuro incerto, e a
guerra voltou a ocupar um lugar de destaque
nas relações internacionais. Nessas relações,
os Estados Unidos acumulam um poder militar
inquestionável, mas as grandes potências
divergem cada vez mais sobre a estrutura e
funcionamento da nova ordem política mundial,
em construção depois do fim da Guerra
Fria. Nesse contexto internacional, a maior
parte dos países latino-americanos já deixou
para trás a opção dos anos 90 pelas políticas
neoliberais. Mas tem sido difícil encontrar novos
caminhos econômicos. Ainda não existe
uma consciência clara, nem mesmo um consenso,
de que essa mudança de rumo envolve,
necessariamente, uma redefinição da
política externa do continente.
(Adaptado de José Luís Fiori, "O Brasil no mundo: o
debate da política externa")