Questões de Concurso Comentadas sobre português para técnico de esportes
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Leia a tira.
(Mort Walker, “Recruta Zero”. Em: https://cultura.estadao.com.br, 17.03.2022)
O efeito de humor da tira decorre de
Leia o texto para responder à questão.
Queda de renda é alarmante
Leia o texto abaixo e responda ao que se pede.
Higiene bucal
A higiene bucal é um componente fundamental da higiene corporal das pessoas. Talvez você não saiba, mas os seus hábitos e estilo de vida impactam diretamente a saúde dos seus dentes.
A obesidade, por exemplo, pode aumentar o risco de doença periodontal. Outro fator é o cigarro. Estudos revelam que os fumantes são mais propensos a sofrerem com doenças periodontais avançadas do que quem não fuma. Além de aumentar as chances de desenvolver uma doença gengival, fumar também torna o tratamento muito mais demorado e complicado por dificultar o processo de recuperação.
Infecções bucais são comuns, mas elas também podem contribuir para dentes quebrados ou lascados. O uso de piercing na região bucal também pode causar uma retração da gengiva, que pode levar os dentes a amolecerem e caírem. Apesar desses dados, o grande vilão dos dentes é o açúcar, por promover o desenvolvimento de placas nos dentes. Essas placas causam acúmulo de ácido, que desmineraliza o esmalte do dente, causando cárie. Sem tratamento, a cárie pode penetrar fundo no dente provocando dor ou, em casos mais graves, a perda do dente.
(www.unimed.com.br)
Considere as afirmações abaixo sobre aspectos da construção linguística:
I- Em “Vossa Senhoria vos enganastes no tratamento daquela questão.”, o verbo e o pronome (vos)deveriam estar na terceira pessoa do singular, conforme recomenda a norma culta da língua.
II- Em “Porque não queria ir ao dentista, o menino apanhou de chinelo.”, a preposição destacada expressa relação de meio.
III- No segundo parágrafo do texto, (L 2), em “Outro fator é o cigarro.”, o elemento destacado exerce função anafórica.
Está correto apenas o que se afirma em:
Mundo de mentira
Paulo Pestana
Tem muita gente que implica com mentira, esquecendo-se de que as melhores histórias do mundo nascem delas: algumas cabeludas, outras mais inocentes, sempre invenções da mente, fruto da criatividade — ou do aperto, dependendo da situação.
Ademais, se fosse tão ruim estaria na lista das pedras que Moisés recebeu aos pés do monte Sinai, entre as 10 coisas mais feias da humanidade, todas proibidas e que levam ao inferno; ficou de fora.
A mentira não está nem entre os pecados capitais, que aliás eram ofensas bem antes de Cristo nascer, formando um rol de virtudes avessas, para controlar os instintos básicos da patuleia. Eram leis. E é preciso lembrar também que ninguém colocou a mentira entre os pecados veniais; talvez, seja por isso que o mundo minta tanto, hoje em dia.
E tudo nasceu na forma mais poética possível, com os mitos — e não vamos falar de presidentes aqui — às lendas, narrativas fantásticas que serviam para educar ou entreter. Entre tantas notícias falsas, há muitas lendas que, inclusive, explicam por que fazemos tanta festa para o ano que começa.
Os japoneses, por exemplo, contam que um velhinho, na véspera do ano-novo, não conseguiu vender os chapéus que fabricava e colocou-os na cabeça de seis estátuas de pedra; chegou em casa coberto de neve e sem um tostão. No dia seguinte, recebeu comida farta e dinheiro das próprias estátuas, para mostrar que a bondade é sempre reconhecida e recompensada.
Os brasileiros vestem roupas brancas na passagem do ano, mas poucos sabem que esta é uma tradição recente, de pouco mais de 50 anos, e que veio do candomblé, mais precisamente da cultura yorubá, com os irúnmolés’s funfun — as divindades do branco. E atenção: para eles, o regente de 2019 é Ogum, o guerreiro, orixá associado às forças armadas, ao mesmo tempo impiedoso, impaciente e amável. Ogunhê!
Mas na minha profunda ignorância eu não conhecia a lenda da Noite de São Silvestre, que marca a passagem do ano. E assim foi-me contada pelo Doutor João, culto advogado, entre suaves goles de vinho — um Quinta do Crasto Douro (sorry, periferia, diria o Ibrahim Sued).
Disse-me ele: ao ver a Virgem Maria desolada contemplando o Oceano Atlântico, São Silvestre se aproximou para consolá-la, quando ela disse que estava com saudades da Atlântida, o reino submerso por Deus, em resposta aos desafios e à soberba de seu soberano e dos pecados de seu povo.
As lágrimas da Virgem Maria — transformadas em pérolas — caíram no oceano; e uma delas deu origem à Ilha da Madeira — chamada Pérola do Atlântico, na modesta visão dos locais — ao mesmo tempo em que surgiram misteriosas luzes no céu, que se repetiriam por anos a fio; e é por isso que festejamos a chegada do ano-novo com fogos de artifício.
Aliás, agora inventaram fogo de artifício sem barulho para não incomodar os cachorros. A próxima jogada politicamente correta será lançar fogos sem luz para não perturbar as corujas buraqueiras. E isso está longe de ser lenda: é só um mundo mais chato.
Disponível em: <http://df.divirtasemais.com.br/app/noticia/mais-lei-tor/2018/12/28/noticia-mais-leitor,160970/cronica-de-paulo-pestana>