Questões de Concurso Comentadas sobre português para prefeitura de rio verde - go

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Q2278781 Português
TEXTO 1


    Quem dobrasse à esquerda encontraria logo o portão. Abrindo-o, estaria no jardim – modesto jardim, onde outrora houvera uma roseira que morreu de solidão. Do jardim saía a alameda de samambaias que daria acesso à varanda. Em dias de domingo – que os havia plenos de luz e de azul – já a meio caminho, entre as samambaias, um ouvido mais familiarizado conosco, os de lá, poderia distinguir facilmente os risos da gente. Ríamos muito, naquele tempo.
    Da varanda, que dizer? Algumas cadeiras de vime, a mesinha que tinha um pé mais curto que os outros e dois jarrões, um em cada canto, cujas plantas (nunca lhes soubemos o nome) davam umas florzinhas amarelas e cheirosas no mês de abril, para contrariar o outono.
     A entrada era uma apenas, pela direita, subindo-se a escada de mármore de três degraus. O resto da varanda era rodeado pelo patamar onde havia, no centro, uma jardineira. Depois que o último de nós ficou mais crescido e menos travesso, ali floriram gerânios [...].

Fonte: PORTO, Sérgio. A moça e a varanda. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos (org.). As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.
Em relação às palavras acentuadas do texto 1, leia as assertivas abaixo e depois marque a alternativa correta:

I – “Já” e “lá” são acentuadas pela mesma regra: monossílabos tônicos terminados em A devem ser acentuados.

II – A mesma regra que explica a acentuação de “mês” explica a acentuação de “três”.

III – A palavra “mármore” é acentuada por ser proparoxítona, mesmo caso da palavra “ríamos”.

IV – A palavra “saía” é acentuada para diferenciar-se da palavra “saia”, constituindo-se um caso de acento diferencial, o que também ocorre nas formas verbais “pode” e “pôde”.
Alternativas
Q2169993 Português


Imagem associada para resolução da questão

Compreende-se por intertextualidade a inter-relação existente entre as produções humanas, cujo intuito é estabelecer diálogos entre as diversas vozes discursivas a partir de um texto com outro preexistente, sugerindo novos sentidos. Esse recurso linguístico trabalha e existe dentro de uma produção cultural, literária, pictórica, musical ou cinematográfica. A partir da análise comparativa entre essas duas obras, buscando a relação intertextual pautada na linguagem não verbal, a releitura de Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, numa perspectiva contemporânea, representa:

Alternativas
Q2169990 Português
Papos


- Me disseram...
- Disseram-me.
- Hein?
- O correto é "disseram-me". Não "me disseram".
- Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é "digo-te"?
- O quê?
- Digo-te que você...
- O "te" e o "você" não combinam.
- Lhe digo?
- Também não. O que você ia me dizer?
- Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E que eu vou te partir a cara. Lhe partir a cara. Partir a sua cara. Como é que se diz?
- Partir-te a cara.
- Pois é. Parti-la hei, se você não parar de me corrigir. Ou corrigir-me.
- É para o seu bem.
- Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender. Mais uma correção e eu...
- O quê?
- O mato.
- Que mato?
- Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem? Pois esqueça-o e pára-te. Pronome no lugar certo é elitismo!
- Se você prefere falar errado...
- Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me?
- No caso... não sei.
- Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
- Esquece.
- Não. Como "esquece"? Você prefere falar errado? E o certo é "esquece" ou "esqueça"? Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos.
- Depende.
- Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o.
- Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser.
- Agradeço-lhe a permissão para falar errado que me dás. Mas não posso mais dizer-lo-te o que dizer-teia.
- Por quê?
- Porque, com todo este papo, esqueci-lo.

Disponível em: <https://arararevista.com/uma-cronica-de-luis-fernando-verissimo/>. Acesso em: 22 mar. 2023.
Com base na leitura do texto, marque V para verdadeiro e F para falso:
( ) No trecho “O mato”, é possível observar que o uso da próclise do pronome oblíquo gera uma ambiguidade. ( ) No trecho “Vê se esquece-me”, a próclise é necessária já que a conjunção “se” tem a função de atrair o pronome “me”. ( ) Em “matar-lhe-ei-te”, o interlocutor faz o uso correto da mesóclise. ( ) O uso proclítico do pronome oblíquo no trecho “não sabes-o” configura um equívoco, pois o advérbio “não” exige a próclise do pronome “o”.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Alternativas
Q2169988 Português

Observe a tira abaixo. 

Imagem associada para resolução da questão

QUINO. Mafalda aprende a ler. São Paulo: Martins Fontes, 1999. P.45.

Com base na leitura da tira, é possível afirmar que:

I – A tira apresenta como recurso de humor a imaginação de Mafalda ao mencionar suposto ditado de sua consciência para que não tomasse a sopa.

II – As reticências foram empregadas para indicar uma interrupção no “ditado da consciência” de Mafalda.

III – Nas duas primeiras ocorrências da vírgula, o sinal de pontuação foi utilizado para demarcar a oração coordenada “como sabemos”.

IV - No que tange aos sinais de pontuação, o autor nomeia-os como se outra pessoa estivesse fazendo o registro por escrito do que está sendo ditado pela consciência da Mafalda.

V – Na tira, o ponto de exclamação foi utilizado para marcar o espanto da mãe por Mafalda não querer tomar a sopa. 

Alternativas
Q2169984 Português
Um novo José
Josias de Souza


Calma, José.
A festa não recomeçou,
a luz não acendeu,
a noite não esquentou,
o Malan não amoleceu.
Mas se voltar a pergunta:
e agora, José?
Diga: ora, Drummond,
agora Camdessus.
Continua sem mulher,
continua sem discurso,
continua sem carinho,
ainda não pode beber,
ainda não pode fumar,
cuspir ainda não pode,
a noite ainda é fria,
o dia ainda não veio,
o riso ainda não veio,
não veio ainda a utopia,
o Malan tem miopia,
mas nem tudo acabou,
nem tudo fugiu,
nem tudo mofou.
Se voltar a pergunta:
e agora, José?
Diga: ora, Drummond,
agora FMI.
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
O Malan nada faria,
mas já há quem faça.
Ainda só, no escuro,
qual bicho-do-mato,
ainda sem teogonia,
ainda sem parede nua,
para se encostar,
ainda sem cavalo preto
que fuja a galope,
você ainda marcha, José!
Se voltar a pergunta:
José, para onde?
Diga: ora, Drummond,
por que tanta dúvida?
Elementar, elementar.
Sigo pra Washington.
E, por favor, poeta,
não me chame de José.
Me chame Joseph.

Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz0410199904.htm>. Acesso em: 22 mar. 2023.

O texto produzido por Josias de Souza apresenta uma nítida intertextualidade com o poema escrito por Drummond de Andrade. No entanto, é possível observar que se trata de um artigo de opinião na forma de um poema. Com base nos estudos sobre gêneros textuais, é incorreto afirmar que: 
Alternativas
Respostas
11: A
12: B
13: C
14: C
15: C