Questões de Concurso
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Ano: 2024
Banca:
CESGRANRIO
Órgão:
Caixa
Provas:
CESGRANRIO - 2024 - Caixa - Técnico Bancário Novo
|
CESGRANRIO - 2024 - Caixa - Técnico Bancário Novo - Tecnologia da Informação |
Q2495344
Português
Texto associado
Transporte movido a energia limpa tem a
necessidade de investimento para o
combate às mudanças climáticas
GONÇALVES, D. Revista Fórum Brasil de Gestão Ambiental.
Disponível em: https://revistafbga.com.br/transporte-movido-a-
-energia-limpa/. Acesso em: 2 mar. 2024. Adaptado.
A vírgula está empregada plenamente de acordo com as
exigências da norma-padrão da língua portuguesa em:
Ano: 2024
Banca:
UNIVIDA
Órgão:
Prefeitura de Iguaraçu - PR
Prova:
UNIVIDA - 2024 - Prefeitura de Iguaraçu - PR - Advogado I |
Q2493704
Português
Texto associado
Texto para a questão.
POVOS INDÍGENAS NO BRASIL
Os povos indígenas do Brasil são os habitantes
originários do território brasileiro e estavam presentes
aqui antes da chegada dos europeus no final do século
XV. Existe uma grande diversidade de povos indígenas
no país, e essa população, segundo critérios do Censo
de 2022, é de aproximadamente 1,6 milhão.
Atualmente, ainda existem uma série de
obstáculos na vida desses povos, como a demora na
demarcação das terras indígenas e o desrespeito a
essas demarcações por garimpeiros e madeireiros, que
invadem ilegalmente essas terras.
Não se sabe com precisão qual era a população de
indígenas no Brasil quando os portugueses aqui
chegaram, no ano 1500, mas as estimativas mais
aceitas trabalham com a possibilidade de que havia de
cinco a sete milhões de indígenas no território
brasileiro. Infelizmente, o número de indígenas
atualmente em nosso país é sensivelmente menor.
Um ponto muito importante, quando falamos dos
indígenas no Brasil, é a grande diversidade cultural e
étnica desses povos. Estima-se que existam mais de 300
etnias atualmente no território brasileiro e mais de 250
línguas são faladas. Infelizmente, uma parte
considerável desses povos e desses idiomas está sob
risco de desaparecer permanentemente.
Como foi informado, o Censo de 2022 apontou
para o fato de que cerca de 1,6 milhão indígenas vivem
no Brasil, sendo eles originários de mais de 300 etnias.
Os povos indígenas do Brasil são catalogadas dentro de
quatro grandes troncos étnicos: aruak, karib, macro-jê
e tupi. É importante mencionar que nem todos os
povos indígenas do Brasil podem ser classificados dessa
forma.
Em sua grande parcela, os indígenas vivem em
tribos e sobrevivem por meio do cultivo de alimentos,
bem como da caça e pesca. Alguns povos vivem
totalmente isolados da sociedade nacional, enquanto
outros são mais receptivos. Entre os maiores povos
indígenas presentes no Brasil, podem ser citados
guajajara, terena, guarani, kaiowá, ianomâmi, entre
outros.
Desde a promulgação da Constituição de 1988, os
indígenas têm direito à demarcação de suas terras, e a
obrigação dessa demarcação é do Estado brasileiro,
tendo de ser realizada em diálogo com os indígenas.
Entretanto, muitos povos indígenas ainda não tiveram
seus direitos respeitados pelo Estado brasileiro e não
tiveram suas terras demarcadas.
Mesmo os povos indígenas que tiveram suas
terras demarcadas, como os ianomâmis, sofrem
bastante. Isso porque é bastante comum que as terras
ianomâmis sejam invadidas por garimpeiros e
madeireiros, grupos que procuram explorar
irregularmente os recursos daquelas terras.
A invasão de terras demarcadas tem trazido
morte aos indígenas, que são constantemente
ameaçados pelos invasores. A ameaça à vida dos povos
indígenas no território brasileiro tem sido tão grande
nos últimos anos que o Brasil foi mencionado na ONU
como um caso de possível genocídio se os crimes contra
essas populações não forem controlados.
O caso dos ianomâmis, novamente, é simbólico.
Isso porque em 2023 foi identificada uma grande
tragédia humanitária em curso nas terras habitadas
pelos ianomâmis. Entre 2019 e 2022, cerca de 570
crianças morreram de fome ou por doenças que
poderiam ter sido tratadas. Houve denúncias de que
pedidos de socorro para a situação ianomâmi tenham
sido realizados ao governo Bolsonaro, mas foram
ignorados. Essa situação foi causada pela invasão das
terras ianomâmis pelo garimpo ilegal.
Adaptado de:
https://brasilescola.uol.com.br/brasil
/o-indigena-no-brasil.htm
Analisando o trecho “Os povos indígenas do Brasil
são catalogadas dentro de quatro grandes troncos
étnicos”, identifique a alternativa que apresenta a
correção necessária conforme as regras de
concordância verbal ou nominal da língua portuguesa:
Ano: 2024
Banca:
UNIVIDA
Órgão:
Prefeitura de Iguaraçu - PR
Prova:
UNIVIDA - 2024 - Prefeitura de Iguaraçu - PR - Advogado I |
Q2493703
Português
Texto associado
Texto para a questão.
POVOS INDÍGENAS NO BRASIL
Os povos indígenas do Brasil são os habitantes
originários do território brasileiro e estavam presentes
aqui antes da chegada dos europeus no final do século
XV. Existe uma grande diversidade de povos indígenas
no país, e essa população, segundo critérios do Censo
de 2022, é de aproximadamente 1,6 milhão.
Atualmente, ainda existem uma série de
obstáculos na vida desses povos, como a demora na
demarcação das terras indígenas e o desrespeito a
essas demarcações por garimpeiros e madeireiros, que
invadem ilegalmente essas terras.
Não se sabe com precisão qual era a população de
indígenas no Brasil quando os portugueses aqui
chegaram, no ano 1500, mas as estimativas mais
aceitas trabalham com a possibilidade de que havia de
cinco a sete milhões de indígenas no território
brasileiro. Infelizmente, o número de indígenas
atualmente em nosso país é sensivelmente menor.
Um ponto muito importante, quando falamos dos
indígenas no Brasil, é a grande diversidade cultural e
étnica desses povos. Estima-se que existam mais de 300
etnias atualmente no território brasileiro e mais de 250
línguas são faladas. Infelizmente, uma parte
considerável desses povos e desses idiomas está sob
risco de desaparecer permanentemente.
Como foi informado, o Censo de 2022 apontou
para o fato de que cerca de 1,6 milhão indígenas vivem
no Brasil, sendo eles originários de mais de 300 etnias.
Os povos indígenas do Brasil são catalogadas dentro de
quatro grandes troncos étnicos: aruak, karib, macro-jê
e tupi. É importante mencionar que nem todos os
povos indígenas do Brasil podem ser classificados dessa
forma.
Em sua grande parcela, os indígenas vivem em
tribos e sobrevivem por meio do cultivo de alimentos,
bem como da caça e pesca. Alguns povos vivem
totalmente isolados da sociedade nacional, enquanto
outros são mais receptivos. Entre os maiores povos
indígenas presentes no Brasil, podem ser citados
guajajara, terena, guarani, kaiowá, ianomâmi, entre
outros.
Desde a promulgação da Constituição de 1988, os
indígenas têm direito à demarcação de suas terras, e a
obrigação dessa demarcação é do Estado brasileiro,
tendo de ser realizada em diálogo com os indígenas.
Entretanto, muitos povos indígenas ainda não tiveram
seus direitos respeitados pelo Estado brasileiro e não
tiveram suas terras demarcadas.
Mesmo os povos indígenas que tiveram suas
terras demarcadas, como os ianomâmis, sofrem
bastante. Isso porque é bastante comum que as terras
ianomâmis sejam invadidas por garimpeiros e
madeireiros, grupos que procuram explorar
irregularmente os recursos daquelas terras.
A invasão de terras demarcadas tem trazido
morte aos indígenas, que são constantemente
ameaçados pelos invasores. A ameaça à vida dos povos
indígenas no território brasileiro tem sido tão grande
nos últimos anos que o Brasil foi mencionado na ONU
como um caso de possível genocídio se os crimes contra
essas populações não forem controlados.
O caso dos ianomâmis, novamente, é simbólico.
Isso porque em 2023 foi identificada uma grande
tragédia humanitária em curso nas terras habitadas
pelos ianomâmis. Entre 2019 e 2022, cerca de 570
crianças morreram de fome ou por doenças que
poderiam ter sido tratadas. Houve denúncias de que
pedidos de socorro para a situação ianomâmi tenham
sido realizados ao governo Bolsonaro, mas foram
ignorados. Essa situação foi causada pela invasão das
terras ianomâmis pelo garimpo ilegal.
Adaptado de:
https://brasilescola.uol.com.br/brasil
/o-indigena-no-brasil.htm
Analisando o uso da vírgula, identifique a
alternativa que apresenta a justificativa correta para o
emprego desse elemento: “Desde a promulgação da
Constituição de 1988, os indígenas têm direito à
demarcação de suas terras, e a obrigação dessa
demarcação é do Estado brasileiro, tendo de ser
realizada em diálogo com os indígenas.”
Ano: 2024
Banca:
FGV
Órgão:
TJ-MS
Provas:
FGV - 2024 - TJ-MS - Analista Judiciário - Área Fim
|
FGV - 2024 - TJ-MS - Analista Judiciário - Área Meio |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Analista de Sistemas Computacionais - Analista de Governança |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Analista de Sistemas Computacionais - Analista de Infraestrutura de Redes |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Analista de Sistemas Computacionais - Analista de Segurança de TI |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Analista de Sistemas Computacionais - Analista de Sistemas |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Analista de Sistemas Computacionais - Analista de Suporte de TI |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Analista de Sistemas Computacionais - Web Designer |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Analista Técnico-Contábil - Contabilidade |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Antropólogo - Antropologia |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Arquiteto - Arquitetura |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Arquivista - Arquivologia |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Assistente Social - Assistência Social |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Bibliotecário - Biblioteconomia |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Engenheiro Civil - Engenharia Civil |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Engenheiro Eletricista - Engenharia Elétrica |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Estatístico - Estatística |
Q2489697
Português
Texto associado
Texto – A bananeira está em perigo. Conheça as soluções.
(Fragmento; adaptado)
Robusta, nutritiva e abundante, ela é a fruta mais consumida do
mundo. Mas também tem um ponto fraco: as bananeiras são
geneticamente idênticas, clones umas das outras. Isso significa
que uma doença poderia arrasar a produção mundial. Entenda o
que ameaça a banana – e a corrida para tentar salvá-la.
Por Bruno Garattoni, Renata Cardoso e Leonardo Pujol
§1º Carlos II, rei da Espanha entre 1665 e 1700, também era
conhecido como Carlos, o Enfeitiçado. O apelido veio da
aparência dele, que tinha o rosto estranhamente deformado, do
seu déficit cognitivo (só começou a falar aos 4 anos de idade) e
dos muitos problemas de saúde que enfrentou ao longo da vida.
§2º A bananeira é o oposto disso. Trata-se de uma planta robusta
e viçosa, que cresce rápido e dá muitos frutos: a banana é a fruta
mais consumida do mundo, com 125 milhões de toneladas
produzidas por ano [...].
§3º Carlos II foi o resultado de uma série de casamentos
consanguíneos, em que os membros da dinastia Habsburgo
tiveram filhos entre si ao longo de várias gerações. [...] Mas a
prática teve uma consequência terrível: os descendentes ficaram
mais e mais parecidos geneticamente, e foram acumulando
mutações causadoras de doenças.
[...]
§4º A bananeira domesticada, cujas frutas nós comemos, não
tem sementes. Isso a torna muito mais agradável de consumir. E
também significa que a planta se reproduz de forma assexuada: o
agricultor simplesmente corta um pedaço dela e enterra em
outro lugar.
§5º Nasce uma nova bananeira – que, eis o problema, é
geneticamente idêntica à anterior. Ela não tem, como Carlos II
não teve, um pai e uma mãe com genes bem diferentes, cuja
mistura aperfeiçoa o DNA e ajuda a proteger contra doenças. As
bananeiras são clones – por isso, um único patógeno pode
exterminá-las todas.
§6º E já existe um: o Fusarium oxysporum. Trata-se de um fungo
que se desenvolve no solo, e infecta as raízes das bananeiras,
impedindo que elas puxem água e nutrientes.
§7º Após a infecção, o solo fica contaminado por mais de 30
anos, e não há nada a fazer: o F. oxysporum é imune a todos os
agrotóxicos.
[...]
O preço da banana
[...]
§8º A banana comestível teria surgido no sudoeste asiático.
Acredita-se que, entre 7 mil e 5 mil a.C., os nativos da PapuaNova Guiné teriam feito cruzamentos e domesticado as
bananeiras selvagens (cheias de sementes duras, de quebrar os
dentes). E voilà: desenvolveram bananeiras que produzem frutos
sem sementes.
§9º Aqueles pontinhos pretos dentro da banana, caso você esteja
se perguntando, não são sementes: trata-se de óvulos não
fecundados. Isso porque os papuásios descobriram um método
curioso para reproduzir a planta: bastava cortar e replantar um
pedaço dela.
[...]
§10º Os séculos se passaram, e, à medida que as rotas comerciais
foram se espalhando pelo mundo, o mesmo aconteceu com a
banana [...].
§11º Foi quando ela chegou aos EUA, contudo, que a coisa
mudou de patamar. [...] Em menos de duas décadas, os
americanos já estavam comendo mais bananas do que maçãs ou
laranjas. De olho nesse mercado, a Boston Fruit Company
começou a comprar terras na América Central para cultivo e
exportação da banana a partir de 1885.
§12º Criada em 1899, a United Fruit Company (UFC) – atual
Chiquita Brands International – se tornou a maior empresa do
setor. Era tão poderosa que, na primeira metade do século 20,
mandava nos governos da Guatemala e de Honduras, onde
mantinha plantações – foi daí que surgiu a expressão “república
das bananas”.
[...]
§13º Em 1951, Juan Jacobo Árbenz Guzmán, de apenas 38 anos,
foi eleito presidente da Guatemala com a promessa de fazer duas
reformas: uma trabalhista e outra agrária, que garantissem
salários justos e devolvessem parte da terra aos pequenos
agricultores.
§14º A United Fruit, obviamente, não gostou. Se opôs duramente
ao novo governo, e em agosto de 1953 conseguiu convencer o
presidente dos EUA, Dwight D. Eisenhower, a patrocinar um
golpe de estado na Guatemala.
§15º A operação, de codinome PBSuccess, foi organizada pela CIA
– que armou, financiou e treinou 480 homens, liderados pelo
coronel guatemalteco Carlos Castillo Armas, e também organizou
um bloqueio naval.
§16º As tropas de Castillo invadiram o país em 18 de junho de
1954, o Exército não reagiu – e, nove dias depois, o presidente
Guzmán acabou forçado a renunciar. A Guatemala mergulhou em
uma guerra civil que duraria 36 anos. E a United retomou seu
poder. [...]
Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/o-futuro-dabanana
Nas alternativas abaixo, vemos, à esquerda, uma passagem do
texto 1 e, à direita, essa mesma passagem reescrita com uma
modificação.
O único caso em que essa modificação NÃO produz erro quanto à flexão ou grafia de uma forma verbal é:
O único caso em que essa modificação NÃO produz erro quanto à flexão ou grafia de uma forma verbal é:
Ano: 2024
Banca:
FGV
Órgão:
TJ-MS
Provas:
FGV - 2024 - TJ-MS - Analista Judiciário - Área Fim
|
FGV - 2024 - TJ-MS - Analista Judiciário - Área Meio |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Analista de Sistemas Computacionais - Analista de Governança |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Analista de Sistemas Computacionais - Analista de Infraestrutura de Redes |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Analista de Sistemas Computacionais - Analista de Segurança de TI |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Analista de Sistemas Computacionais - Analista de Sistemas |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Analista de Sistemas Computacionais - Analista de Suporte de TI |
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FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Antropólogo - Antropologia |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Arquiteto - Arquitetura |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Arquivista - Arquivologia |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Assistente Social - Assistência Social |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Bibliotecário - Biblioteconomia |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Engenheiro Civil - Engenharia Civil |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Engenheiro Eletricista - Engenharia Elétrica |
FGV - 2024 - TJ-MS - Técnico de Nível Superior - Estatístico - Estatística |
Q2489694
Português
Texto associado
Texto – A bananeira está em perigo. Conheça as soluções.
(Fragmento; adaptado)
Robusta, nutritiva e abundante, ela é a fruta mais consumida do
mundo. Mas também tem um ponto fraco: as bananeiras são
geneticamente idênticas, clones umas das outras. Isso significa
que uma doença poderia arrasar a produção mundial. Entenda o
que ameaça a banana – e a corrida para tentar salvá-la.
Por Bruno Garattoni, Renata Cardoso e Leonardo Pujol
§1º Carlos II, rei da Espanha entre 1665 e 1700, também era
conhecido como Carlos, o Enfeitiçado. O apelido veio da
aparência dele, que tinha o rosto estranhamente deformado, do
seu déficit cognitivo (só começou a falar aos 4 anos de idade) e
dos muitos problemas de saúde que enfrentou ao longo da vida.
§2º A bananeira é o oposto disso. Trata-se de uma planta robusta
e viçosa, que cresce rápido e dá muitos frutos: a banana é a fruta
mais consumida do mundo, com 125 milhões de toneladas
produzidas por ano [...].
§3º Carlos II foi o resultado de uma série de casamentos
consanguíneos, em que os membros da dinastia Habsburgo
tiveram filhos entre si ao longo de várias gerações. [...] Mas a
prática teve uma consequência terrível: os descendentes ficaram
mais e mais parecidos geneticamente, e foram acumulando
mutações causadoras de doenças.
[...]
§4º A bananeira domesticada, cujas frutas nós comemos, não
tem sementes. Isso a torna muito mais agradável de consumir. E
também significa que a planta se reproduz de forma assexuada: o
agricultor simplesmente corta um pedaço dela e enterra em
outro lugar.
§5º Nasce uma nova bananeira – que, eis o problema, é
geneticamente idêntica à anterior. Ela não tem, como Carlos II
não teve, um pai e uma mãe com genes bem diferentes, cuja
mistura aperfeiçoa o DNA e ajuda a proteger contra doenças. As
bananeiras são clones – por isso, um único patógeno pode
exterminá-las todas.
§6º E já existe um: o Fusarium oxysporum. Trata-se de um fungo
que se desenvolve no solo, e infecta as raízes das bananeiras,
impedindo que elas puxem água e nutrientes.
§7º Após a infecção, o solo fica contaminado por mais de 30
anos, e não há nada a fazer: o F. oxysporum é imune a todos os
agrotóxicos.
[...]
O preço da banana
[...]
§8º A banana comestível teria surgido no sudoeste asiático.
Acredita-se que, entre 7 mil e 5 mil a.C., os nativos da PapuaNova Guiné teriam feito cruzamentos e domesticado as
bananeiras selvagens (cheias de sementes duras, de quebrar os
dentes). E voilà: desenvolveram bananeiras que produzem frutos
sem sementes.
§9º Aqueles pontinhos pretos dentro da banana, caso você esteja
se perguntando, não são sementes: trata-se de óvulos não
fecundados. Isso porque os papuásios descobriram um método
curioso para reproduzir a planta: bastava cortar e replantar um
pedaço dela.
[...]
§10º Os séculos se passaram, e, à medida que as rotas comerciais
foram se espalhando pelo mundo, o mesmo aconteceu com a
banana [...].
§11º Foi quando ela chegou aos EUA, contudo, que a coisa
mudou de patamar. [...] Em menos de duas décadas, os
americanos já estavam comendo mais bananas do que maçãs ou
laranjas. De olho nesse mercado, a Boston Fruit Company
começou a comprar terras na América Central para cultivo e
exportação da banana a partir de 1885.
§12º Criada em 1899, a United Fruit Company (UFC) – atual
Chiquita Brands International – se tornou a maior empresa do
setor. Era tão poderosa que, na primeira metade do século 20,
mandava nos governos da Guatemala e de Honduras, onde
mantinha plantações – foi daí que surgiu a expressão “república
das bananas”.
[...]
§13º Em 1951, Juan Jacobo Árbenz Guzmán, de apenas 38 anos,
foi eleito presidente da Guatemala com a promessa de fazer duas
reformas: uma trabalhista e outra agrária, que garantissem
salários justos e devolvessem parte da terra aos pequenos
agricultores.
§14º A United Fruit, obviamente, não gostou. Se opôs duramente
ao novo governo, e em agosto de 1953 conseguiu convencer o
presidente dos EUA, Dwight D. Eisenhower, a patrocinar um
golpe de estado na Guatemala.
§15º A operação, de codinome PBSuccess, foi organizada pela CIA
– que armou, financiou e treinou 480 homens, liderados pelo
coronel guatemalteco Carlos Castillo Armas, e também organizou
um bloqueio naval.
§16º As tropas de Castillo invadiram o país em 18 de junho de
1954, o Exército não reagiu – e, nove dias depois, o presidente
Guzmán acabou forçado a renunciar. A Guatemala mergulhou em
uma guerra civil que duraria 36 anos. E a United retomou seu
poder. [...]
Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/o-futuro-dabanana
Nas alternativas abaixo, vemos, à esquerda, uma passagem do
texto 1 e, à direita, essa mesma passagem reescrita com o
acréscimo ou supressão de pelo menos uma vírgula.
O único caso em que essa alteração NÃO produz mudança substancial de significado NEM acarreta erro gramatical é:
O único caso em que essa alteração NÃO produz mudança substancial de significado NEM acarreta erro gramatical é: