Questões de Concurso
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Ano: 2022
Banca:
CPCON
Órgão:
Câmara Municipal de Souza - PB
Prova:
CPCON - 2022 - Câmara Municipal de Souza - PB - Procurador Jurídico |
Q2044967
Português
Texto associado
Leia o trecho do romance A hora da estrela, de Clarice Lispector e, em seguida, responda a questão.
[...] As pancadas ela esquecia, pois esperando-se um pouco a dor termina por passar. Mas o que doía mais era ser privada da
sobremesa de todos os dias: goiabada com queijo, a única paixão na sua vida
[...]
Nesta manhã de dia 7, o êxtase inesperado para o seu tamanho pequeno corpo. Aluz aberta e rebrilhante das ruas atravessava a
sua opacidade. Maio, mês dos véus de noiva flutuando em branco.
O que se segue é apenas uma tentativa de reproduzir três páginas que escrevi e que a minha cozinheira, vendo-as soltas, jogou
no lixo para o meu desespero – que os mortos me ajudem a suportar o quase insuportável, já que de nada me valem os vivos. Nem de
longe consegui igualar a tentativa de repetição artificial do que originalmente eu escrevi sobre o encontro com o seu futuro namorado. É
com humildade que contarei agora a história da história. Portanto, se me perguntarem como foi direi: não sei, perdi o encontro.
[...].
O rapaz e ela se olharam por entre a chuva e se reconheceram como dois nordestinos, bichos da mesma espécie que se farejam.
Ele a olhara enxugando o rosto molhado com as mãos. E a moça, bastou-lhe vê-lo para torná-lo imediatamente sua goiabada-com-queijo.
Ele...
Ele se aproximou e com a voz cantante de nordestino que a emocionou, perguntou-lhe:
— E se me desculpe, senhorita, posso convidar a passear?
— Sim, respondeu atabalhoadamente com a pressa antes que ele mudasse de ideia.
— E, se me permite, qual é mesmo a sua graça?
— Macabéa.
— Maca, o quê?
— Béa, foi ela obrigada a completar.
— Me desculpe, mas até parece doença, doença de pele.
— Eu também acho esquisito, mas minha mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora da Boa Morte se eu vingasse, até um
ano de idade eu não era chamada não tinha nome, eu preferia continuar a nunca ser chamada em vez de ter um nome que ninguém tem,
mas parece que deu certo. — Parou um instante retomando o fôlego perdido e acrescentou desanimada e com pudor: — Pois como o
senhor vê eu vinguei... pois é...
— Também no sertão da Paraíba promessa é questão de grande dívida de honra.
Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de uma loja de ferragem onde
estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e pregos. E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma
ruptura, disse ao recém-namorado:
— Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor?
(LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998. P. 42-45, 1998.)
Sobre o texto lido, avalie as assertivas abaixo:
I- No penúltimo parágrafo, o sujeito dos verbos “Andaram” e “pararam” é classificado como sujeito indeterminado, pois estão conjugados na 3ª pessoa do plural. II- No penúltimo parágrafo, o sujeito dos verbos “Andaram” e “pararam” é classificado como sujeito elíptico. III- No período “Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e pregos.”, temos um exemplo de sujeito posposto. IV- No período “Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e pregos.”, temos um exemplo de oração sem sujeito, pois o verbo denota um fenômeno da natureza.
É CORRETO o que se afirma apenas em:
I- No penúltimo parágrafo, o sujeito dos verbos “Andaram” e “pararam” é classificado como sujeito indeterminado, pois estão conjugados na 3ª pessoa do plural. II- No penúltimo parágrafo, o sujeito dos verbos “Andaram” e “pararam” é classificado como sujeito elíptico. III- No período “Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e pregos.”, temos um exemplo de sujeito posposto. IV- No período “Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e pregos.”, temos um exemplo de oração sem sujeito, pois o verbo denota um fenômeno da natureza.
É CORRETO o que se afirma apenas em:
Ano: 2022
Banca:
CPCON
Órgão:
Câmara Municipal de Souza - PB
Prova:
CPCON - 2022 - Câmara Municipal de Souza - PB - Procurador Jurídico |
Q2044966
Português
Leia o poema abaixo e assinale a alternativa CORRETA:
Neologismo (Manuel Bandeira)
Beijo pouco, falo menos ainda. Mas invento palavras Que traduzem a ternura mais funda E mais cotidiana. Inventei, por exemplo, o verbo teadorar. Intransitivo: Teadoro, Teodora.
Neologismo (Manuel Bandeira)
Beijo pouco, falo menos ainda. Mas invento palavras Que traduzem a ternura mais funda E mais cotidiana. Inventei, por exemplo, o verbo teadorar. Intransitivo: Teadoro, Teodora.
Ano: 2019
Banca:
FURB
Órgão:
Prefeitura de Timbó - SC
Prova:
FURB - 2019 - Prefeitura de Timbó - SC - Auxiliar de Arquivo Público |
Q2044890
Português
O trecho destacado em “Uma família levou um susto...” exerce a função de:
Ano: 2023
Banca:
FGV
Órgão:
SME - SP
Prova:
FGV - 2023 - SME - SP - Professor de Ensino Fundamental II e Médio - Português |
Q2044856
Português
Observe a frase: “A felicidade consiste em ser feliz. Não consiste
em fazer crer aos demais que o somos.”
Assinale a opção que apresenta a observação adequada sobre a estrutura ou componentes dessa frase.
Assinale a opção que apresenta a observação adequada sobre a estrutura ou componentes dessa frase.
Ano: 2023
Banca:
FGV
Órgão:
SME - SP
Prova:
FGV - 2023 - SME - SP - Professor de Ensino Fundamental II e Médio - Português |
Q2044842
Português
Texto associado
A questão deve ser respondida a partir do
Texto.
Como ensinar a ler
Se eu fosse ensinar a uma criança a arte da jardinagem, não
começaria com as lições das pás, enxadas e tesouras de podar. Eu
a levaria a passear por parques e jardins, mostraria flores e
árvores, falaria sobre suas maravilhosas simetrias e perfumes; a
levaria a uma livraria para que ela visse, nos livros de arte, jardins
de outras partes do mundo. Aí, seduzida pela beleza dos jardins,
ela me pediria para ensinar-lhe as lições das pás, enxadas e
tesouras de podar.
Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música, não
começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as
melodias mais gostosas e lhe falaria sobre os instrumentos que
fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela
mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas
bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas
pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção
da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes.
Se fosse ensinar a uma criança a arte da leitura, não
começaria com as letras e as sílabas. Simplesmente leria as
estórias mais fascinantes que a fariam entrar no mundo
encantado da fantasia. Aí então, com inveja dos meus poderes
mágicos, ela desejaria que eu lhe ensinasse o segredo que
transforma letras e sílabas em estórias.
É muito simples. O mundo de cada pessoa é muito pequeno.
Os livros são a porta para um mundo grande. Pela leitura vivemos
experiências que não foram nossas e então elas passam a ser
nossas. Lemos a estória de um grande amor e experimentamos as
alegrias e dores de um grande amor. Lemos estórias de batalhas
e nos tornamos guerreiros de espada na mão, sem os perigos das
batalhas de verdade. Viajamos para o passado e nos tornamos
contemporâneos dos dinossauros. Viajamos para o futuro e nos
transportamos para mundos que não existem ainda. Lemos as
biografias de pessoas extraordinárias que lutaram por causas
bonitas e nos tornamos seus companheiros de lutas. Lendo,
fazemos turismo sem sair do lugar. E isso é muito bom.
ALVES, Rubem, Ostra feliz não faz pérola.
Ed. Planeta do Brasil Ltda. São Paulo. 2021.
O Texto mostra paralelismo entre elementos de três espaços
diferentes: o da jardinagem, o da música e o da leitura.
Assinale a opção que apresenta uma inadequação entre termos paralelos desses espaços.
Assinale a opção que apresenta uma inadequação entre termos paralelos desses espaços.