Questões de Concurso
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Ano: 2024
Banca:
SELECON
Órgão:
CRO-MT
Provas:
SELECON - 2024 - CRO-MT - Assistente Administrativo - TI
|
SELECON - 2024 - CRO-MT - Assistente Administrativo - Geral |
SELECON - 2024 - CRO-MT - Assistente Administrativo - Fiscal |
Q2472244
Português
Texto associado
Pergaminhos de 2 mil anos são revelados com ajuda de IA:
‘É uma revolução na filosofia grega’
Trio de pesquisadores criou algoritmos que conseguiram ler um
lote de cartas da Grécia Antiga carbonizado pela erupção do
Vesúvio, em 79 d.C.
As Ciências Humanas têm uma nova aliada: a inteligência artificial
(IA).
Um lote de pergaminhos em papiro de quase 2 mil anos de
idade teve seu conteúdo enfim revelado pela primeira vez após
pesquisadores utilizarem IA para decifrar o material, carbonizado
e deteriorado com os séculos. Para a área, a descoberta
pode destravar lacunas que a arqueologia e historiografia não
conseguiram desvendar — uma revolução.
O anúncio foi realizado nesta segunda-feira, 5, como resultado
do prêmio do Desafio do Vesúvio (Vesuvius Challenge), criado
pelo cientista computacional Brent Seales, da Universidade
do Kentucky, e por apoiadores no Vale do Silício, na Califórnia,
EUA. Lançado no ano passado, o objetivo é chamar cientistas
para desenvolverem algoritmos para escanear pergaminhos em
papiro e transformá-los em imagens em alta resolução por meio
de tomografia computadorizada.
Quem levou o prêmio foi o trio de jovens pesquisadores Youssef
Nader (Alemanha), Luke Farritor (Estados Unidos) e Julian
Schillinger (Suíça), recebendo US$ 700 mil, segundo o executivo
americano Nat Friedman, um dos patrocinadores do desafio.
O trio criou um software que leu 2 mil cartas da Grécia Antiga.
O lote era mantido em uma luxuosa villa romana em Heculano,
mas foi queimado no ano de 79 depois de Cristo, quando o
Vesúvio devastou a Pompeia e levou cinzas às cidades vizinhas.
Escavações do século 18 recuperaram mais de mil pergaminhos
do lote, cuja propriedade é atribuída ao sogro do imperador romano
Júlio César — e, até então, o conteúdo dos pergaminhos estava
oculto de pesquisadores, devido à carbonização do material.
O trio se uniu de forma pouco comum. Em outubro passado,
Farritor criou um software que conseguiu identificar a palavra
grega “roxo”, o que lhe resultou um prêmio de US$ 40 mil em
desafio semelhante. Em novembro, ele se juntou a Nader e, dias
depois, a Schillinger, que desenvolveu um algoritmo que revela
imagens de tomografia computadorizada (TC). A inscrição do
trio foi feita no prazo máximo para inscrever o projeto, em 31 de
dezembro.
“Este é o início de uma revolução na papirologia de Herculano e
na filosofia grega em geral. É a única biblioteca que chegou até
nós da antiga Época Romana”, declarou ao jornal The Guardian
a papirologista Federica Nicolardi, da Universidade de Nápole
Federico II.
Link: https://www.estadao.com.br/link/cultura-digital/pergaminhos-de-2-mil-anossao-revelados-com-ajuda-de-ia-e-uma-revolucao-na-filosofia-grega/. Acesso em
05/02/2024
O texto revela um fato inédito na história da humanidade, que é
a/o:
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de Belo Horizonte - MG
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Câmara de Belo Horizonte - MG - Técnico Legislativo II |
Q2471522
Português
Texto associado
Vício na fala
Para dizer milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
(ANDRADE, Oswald. Pau-Brasil. 2. Ed. São Paulo: Globo, 2003. P. 119.)
A variedade linguística representada no texto é:
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de Belo Horizonte - MG
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Câmara de Belo Horizonte - MG - Técnico Legislativo II |
Q2471518
Português
Texto associado
A polícia suburbana
Noticiam os jornais que um delegado inspecionando, durante uma noite destas, algumas delegacias suburbanas, encontrou-as
às moscas, comissários a dormir e soldados a sonhar.
Dizem mesmo que o delegado-inspetor surrupiou objetos para pôr mais à mostra o descaso dos seus subordinados.
Os jornais, com aquele seu louvável bom senso de sempre, aproveitaram a oportunidade para reforçar as suas reclamações
contra a falta de policiamento nos subúrbios.
Leio sempre essas reclamações e pasmo. Moro nos subúrbios há muitos anos e tenho o hábito de ir para casa alta noite.
Uma vez ou outra encontro um vigilante noturno, um policial e muito poucas vezes é-me dado ler notícias de crimes nas
ruas que atravesso.
A impressão que tenho é de que a vida e a propriedade daquelas paragens estão entregues aos bons sentimentos dos
outros e que os pequenos furtos de galinhas e coradouros não exigem um aparelho custoso de patrulhas e apitos.
Aquilo lá vai muito bem, todos se entendem livremente e o Estado não precisa intervir corretivamente para fazer respeitar
a propriedade alheia.
Penso mesmo que, se as coisas não se passassem assim, os vigilantes, obrigados a mostrar serviço, procurariam meios e
modos de efetuar detenções, e os notívagos, como eu, ou os pobres-diabos que lá procuram dormida, seriam incomodados,
com pouco proveito para a lei e para o Estado.
Os policiais suburbanos têm toda a razão. Devem continuar a dormir. Eles, aos poucos, graças ao calejamento do ofício, se
convenceram de que a polícia é inútil.
Ainda bem.
(BARRETO, Lima. Disponível em: https://cronicabrasileira.org.br. Acesso em: 28/02/2024.)
A concordância está corretamente empregada em: “Os policiais suburbanos têm toda a razão.” (9º§). Assinale a afirmativa
cuja concordância nominal cumpre com as regras gramaticais.
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de Belo Horizonte - MG
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Câmara de Belo Horizonte - MG - Técnico Legislativo II |
Q2471513
Português
Texto associado
O fim do mundo
A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não
me interessavam nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam,
meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.
Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar
com as flores da goiabeira e as cores do tapete.
Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à
força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessara nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos, pareceu-me, de
repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite,sozinha,
ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as
pessoas andavam tão apavoradas? A mim não me causava medo nenhum.
Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez tenha ficado um
pouco triste – mas que importância tem a tristeza das crianças?
Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o mundo
tenha sentido. Deve ter mesmo muitos, inúmeros, pois em redor de mim as pessoas mais ilustres e sabedoras fazem cada coisa
que bem se vê haver um sentido do mundo peculiar a cada um.
Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver
um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus
olhos naquela noite já muito antiga.
O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e
outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos ou tão leais. Por que pensamos tanto em nós mesmos ou só
nos outros. Por que fizemos votos de pobreza ou assaltamos os cofres públicos – além dos particulares. Por que mentimos tanto, com
palavras tão judiciosas. Tudo isso saberemos e muito mais dos que cabe enumerar numa crônica.
Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.
Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus – dono de todos os mundos – que trate com benignidade
as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos – segundo leio – que, na Índia, lançam
flores ao fogo, um rito de adoração.
Enquanto isso, os planetas assumem os lugares que lhes competem, na ordem do universo, neste universo de enigmas a que estamos ligados e no qual por vezes nos arrogamos posições que não temos – insignificantes que somos, na tremenda grandiosidade total.
Ainda há uns dias para a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro,
todos teremos fim, em qualquer mês...
(MEIRELES, Cecília. 1901-1964. Escolha o seu sonho: crônicas. 26ª Ed. Rio de Janeiro: Record, 2005.)
A coesão se refere à ligação ou relação entre os elementos linguísticos ou internos de um texto. Ela é uma das responsáveis pela
coerência, ou seja, pela construção de sentido de um texto. A coesão, portanto, é linguística. Já a coerência é obtida tanto por meio
de recursos linguísticos quanto de recursos extralinguísticos, como contexto, conhecimento de mundo etc. Considerando-se o texto
lido, assinale a afirmativa correta.
Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Câmara de Belo Horizonte - MG
Prova:
Instituto Consulplan - 2024 - Câmara de Belo Horizonte - MG - Técnico Legislativo II |
Q2471512
Português
Texto associado
O fim do mundo
A primeira vez que ouvi falar no fim do mundo, o mundo para mim não tinha nenhum sentido, ainda; de modo que não
me interessavam nem o seu começo nem o seu fim. Lembro-me, porém, vagamente, de umas mulheres nervosas que choravam,
meio desgrenhadas, e aludiam a um cometa que andava pelo céu, responsável pelo acontecimento que elas tanto temiam.
Nada disso se entendia comigo: o mundo era delas, o cometa era para elas: nós, crianças, existíamos apenas para brincar
com as flores da goiabeira e as cores do tapete.
Mas, uma noite, levantaram-me da cama, enrolada num lençol e, estremunhada, levaram-me à janela para me apresentarem à
força ao temível cometa. Aquilo que até então não me interessara nada, que nem vencia a preguiça dos meus olhos, pareceu-me, de
repente, maravilhoso. Era um pavão branco, pousado no ar, por cima dos telhados? Era uma noiva, que caminhava pela noite,sozinha,
ao encontro da sua festa? Gostei muito do cometa. Devia sempre haver um cometa no céu, como há lua, sol, estrelas. Por que as
pessoas andavam tão apavoradas? A mim não me causava medo nenhum.
Ora, o cometa desapareceu, aqueles que choravam enxugaram os olhos, o mundo não se acabou, talvez tenha ficado um
pouco triste – mas que importância tem a tristeza das crianças?
Passou-se muito tempo. Aprendi muitas coisas, entre as quais o suposto sentido do mundo. Não duvido de que o mundo
tenha sentido. Deve ter mesmo muitos, inúmeros, pois em redor de mim as pessoas mais ilustres e sabedoras fazem cada coisa
que bem se vê haver um sentido do mundo peculiar a cada um.
Dizem que o mundo termina em fevereiro próximo. Ninguém fala em cometa, e é pena, porque eu gostaria de tornar a ver
um cometa, para verificar se a lembrança que conservo dessa imagem do céu é verdadeira ou inventada pelo sono dos meus
olhos naquela noite já muito antiga.
O mundo vai acabar, e certamente saberemos qual era o seu verdadeiro sentido. Se valeu a pena que uns trabalhassem tanto e
outros tão pouco. Por que fomos tão sinceros ou tão hipócritas, tão falsos ou tão leais. Por que pensamos tanto em nós mesmos ou só
nos outros. Por que fizemos votos de pobreza ou assaltamos os cofres públicos – além dos particulares. Por que mentimos tanto, com
palavras tão judiciosas. Tudo isso saberemos e muito mais dos que cabe enumerar numa crônica.
Se o fim do mundo for mesmo em fevereiro, convém pensarmos desde já se utilizamos este dom de viver da maneira mais digna.
Em muitos pontos da terra há pessoas, neste momento, pedindo a Deus – dono de todos os mundos – que trate com benignidade
as criaturas que se preparam para encerrar a sua carreira mortal. Há mesmo alguns místicos – segundo leio – que, na Índia, lançam
flores ao fogo, um rito de adoração.
Enquanto isso, os planetas assumem os lugares que lhes competem, na ordem do universo, neste universo de enigmas a que estamos ligados e no qual por vezes nos arrogamos posições que não temos – insignificantes que somos, na tremenda grandiosidade total.
Ainda há uns dias para a reflexão e o arrependimento: por que não os utilizaremos? Se o fim do mundo não for em fevereiro,
todos teremos fim, em qualquer mês...
(MEIRELES, Cecília. 1901-1964. Escolha o seu sonho: crônicas. 26ª Ed. Rio de Janeiro: Record, 2005.)
No texto, é necessário o emprego de alguns mecanismos coesivos em sua construção ou concatenação. Destaca‐se como elemento
de função catafórica o indicado em: