Questões de Concurso Comentadas por alunos sobre uso da vírgula em português

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Q2448184 Português
Leia o Texto 3 para responder à questão.

Texto 3

A característica da relação do adulto com o velho é a falta de reciprocidade que se pode traduzir numa tolerância sem o calor da sinceridade. Não se discute com o velho, não se confrontam opiniões com as dele, negando-lhe a oportunidade de desenvolver o que só se permite aos amigos: a alteridade, a contradição, o afrontamento e mesmo o conflito. Quantas relações humanas são pobres e banais porque deixamos que o outro se expresse de modo repetitivo e porque nos desviamos das áreas de atrito, dos pontos vitais, de tudo o que em nosso confronto pudesse causar o crescimento e a dor! Se a tolerância com os velhos é entendida assim, como uma abdicação do diálogo, melhor seria dar-lhe o nome de banimento ou discriminação.

BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: lembranças de velhos. 1994. 
No período “Se a tolerância com os velhos é entendida assim, como uma abdicação do diálogo, melhor seria darlhe o nome de banimento ou discriminação”, a vírgula utilizada depois da palavra “assim” justifica-se pelo mesmo fenômeno sintático que exige o emprego da(s) vírgula(s) que ocorre(m) em: 
Alternativas
Q2448086 Português
Mitigar o perigoso desfecho dos jovens nem-nem?


        O fenômeno dos jovens nem-nem, aqueles que nem trabalham nem estudam, é uma preocupação crescente, especialmente em países em desenvolvimento como o Brasil. Estudos recentes, incluindo dados do IBGE de 2022, mostram que cerca de 20% dos jovens entre 15 e 29 anos se enquadram nesta categoria, ressaltando a necessidade urgente de abordagens inovadoras e eficazes.
        Eles representam uma parcela significativa da população jovem, configurando um desafio para o país que aspira prosperar. Diante deste cenário, diversas estratégias têm sido propostas e implementadas, tanto globalmente quanto no contexto brasileiro - apesar de em nosso país ser mais ‘estrutural’ o menor empenho das políticas educacionais voltadas para o adolescente.
      Lembro-me de algumas palestras que ministrei em Brasília a convite de Anna Penido, que estava empenhada no fundamental 2, quando poucas eram as ações relevantes para esta fase. Neste Seminário Internacional Desafios e Oportunidades para os Anos Finais do Ensino Fundamental, de 2017, promovido pelo Ministério da Educação, em parceria com o Banco Mundial, Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e o Instituto Inspirare, o evento reuniu adolescentes, especialistas e gestores educacionais de todo o país para debater os desafios e as possibilidades para os anos finais do ensino fundamental.
       Pena que pouco caminhamos desde então, pois potencializado pela pandemia, está menos provável a chegada do adolescente ao ensino médio, quiçá sua conclusão.
      No entanto, o ensino técnico tem se mostrado uma solução promissora em vários países. Na Alemanha, o sistema de ensino técnico dual tem sido extremamente eficaz na preparação dos jovens para o mercado de trabalho. No Brasil, a valorização e promoção do ensino técnico como uma alternativa viável poderia oferecer caminhos claros para emprego e realização profissional. Programas de qualificação profissional, especialmente para jovens de baixa renda, são essenciais para aumentar a empregabilidade.
      Exemplos como os Centros de Formação Profissional na Coreia do Sul mostram como esses programas podem ser efetivos. No Brasil, a adaptação desses modelos poderia envolver parcerias entre governos, instituições educacionais e setor privado. Além disso, intervenções focadas na juventude, que incluem orientação profissional, desenvolvimento e treinamento de habilidades cognitivas e socioemocionais e apoio no desenvolvimento de projetos de vida, são fundamentais.
       Políticas públicas integradas que combinem educação, saúde, assistência social e desenvolvimento econômico podem atender às necessidades específicas dos jovens nem-nem. Essa abordagem integrativa é essencial para criar um ambiente propício ao desenvolvimento juvenil.
       No Brasil, a implementação de políticas inspiradas em modelos bem-sucedidos de outros países, adaptadas ao contexto local, pode oferecer novas oportunidades para os jovens. Isso inclui a expansão do acesso ao ensino técnico e profissionalizante, bem como a criação de programas de mentorias e estágios que facilitem a transição para o mercado de trabalho.
       Além disso, fortalecer o suporte à saúde mental dos jovens, oferecendo serviços acessíveis e eficazes, pode ajudar a mitigar os fatores que contribuem para a marginalização dessa população. Investir em programas de qualificação profissional e na reformulação do sistema educacional é crucial. Estes programas devem focar em habilidades práticas e técnicas, bem como as soft skills: planejamento, organização e resolução de problemas. O objetivo é equipar os jovens com as ferramentas necessárias para navegar no mercado de trabalho contemporâneo.
     A solução para o desafio dos jovens nem-nem não é simples… e ‘nem’ impossível. Reforço: com abordagens inovadoras e colaborativas, baseadas em modelos bem-sucedidos de outros países e adaptadas à realidade brasileira, é possível criar um caminho para que esses jovens não apenas encontrem seu lugar na sociedade, mas também contribuam ativamente para o crescimento e o desenvolvimento do país.
       Ao investir em educação, suporte psicossocial e oportunidades econômicas, podemos ficar mais perto em garantir que todos os jovens tenham o fundamental: a chance de um futuro mais promissor e equitativo.


(Adriana Fóz. Disponível em: https://revistaeducacao.com.br. Acesso em: 05/02/2024.)
Assinale a alternativa em que as vírgulas separam oração adjetiva explicativa. 
Alternativas
Q2447282 Português

Assinale a frase correta quanto à pontuação.


Alternativas
Q2446460 Português
Há erro no uso da vírgula na seguinte alternativa: 
Alternativas
Q2446074 Português
Polenta: história secreta de uma das comidas favoritas da Itália

    É dourada, granulada, pegajosa e tem um sabor bastante insípido se servida sozinha. Mas a versatilidade da polenta transformou-a em uma estrela culinária, com o famoso prato de fubá cozido da Itália combinando perfeitamente com uma infinidade de sabores. As coberturas podem incluir desde carne de veado, peixe, coelho, javali e vitela refogada até cogumelos, molho de tomate e queijo derretido. Também pode ser utilizado em sobremesas, incluindo biscoitos, tortas e panquecas -alguns até comem com Nutella. E não se pode esquecer das texturas, ela vem em vários formatos e pode ser extremamente cremosa.

    A polenta é consumida em toda a Itália, mas há três regiões principais no norte do país onde é particularmente popular – Veneto, Lombardia e Piemonte. Giovanna Gilli, 85 anos, tem boas lembranças de sua avó piemontesa mexendo lentamente o mingau de fubá dentro de um enorme caldeirão de cobre na lareira, depois servindo em uma mesa de madeira, derramando molho de tomate, salsichas e cebolas por cima antes que todos pegassem sua parte. “Pegávamos uma colherada e colocávamos em nossos pratos. Era uma delícia, derretia na boca”, lembra ela. “No dia seguinte, a polenta crocante e seca que sobrou era cortada em palitos para nós, crianças, mergulharmos no leite ou polvilharmos com açúcar no café da manhã.”

     Hoje, acredita-se que a polenta seja o alimento básico mais popular da Itália, depois das massas e da pizza. Na sua essência, continua a ser um humilde prato comunitário, mas durante os anos da Segunda Guerra Mundial foi consumido, principalmente, por necessidade. No final de um árduo dia de trabalho, alguns familiares reuniam-se à volta da mesa e partilhavam a polenta. Usando as mãos como colheres, esfregavam cada mordida em um arenque seco pendurado por um barbante no teto da cozinha para dar mais sabor à polenta simples e, ao mesmo tempo, conservar o peixe.

   Embora os historiadores da culinária observem que os antigos romanos costumavam comer um tipo mais macio de polenta, feita com espelta moída cozida, a versão que as pessoas conhecem e amam hoje tem suas raízes no Oceano Atlântico, nas Américas. Tudo começou quando Cristóvão Colombo trouxe consigo para o Velho Continente uma safra “exótica” de milho, produto que não era familiarizado até sua viagem em 1492.

     Segundo o chef e o historiador alimentar Amedeo Sandri, o milho foi posteriormente importado para a Itália por missionários que voltavam das Américas para a região de Friuli. O cultivo em grande escala se espalhou nos anos 1600 para Veneto e Lombardia, substituindo as culturas tradicionais e desencadeando uma revolução agrária. Hoje, existem cerca de uma dúzia de tipos de milho italiano cultivados no país. “Os agricultores perceberam que o milho tinha maior rendimento e ciclo de cultivo mais curto em comparação ao milheto, centeio e trigo, e que dava força suficiente para trabalhar na lavoura”, diz Sandri. “Mas houve alguns efeitos colaterais graves nesta dieta à base de polenta.”

     Diz-se que os europeus ficaram tão viciados em fubá cozido que desenvolveram uma doença peculiar chamada pelagra, causada pela falta de niacina – também conhecida como vitamina B3. Muitos teriam sofrido de demência, diarreia e erupções cutâneas como resultado da doença.

Fonte: Polenta: história secreta de uma das comidas favoritas da Itália | CNN Brasil 
Assinale a alternativa que apresente a justificativa adequada para o uso da vírgula no período: Muitos teriam sofrido de demência, diarreia e erupções cutâneas como resultado da doença.
Alternativas
Respostas
21: A
22: A
23: E
24: C
25: B