Questões de Concurso

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Q3046280 Português





TEXTO 01:


O NAVIO DE TESEU — FILOSOFIA SIMPLIFICADA



          O navio de Teseu é um experimento de pensamento muito antigo que trata sobre a questão da identidade de objetos ao longo do tempo, ou seja, o que faz com que um objeto continue sendo o mesmo ainda que o tempo passe e ele sofra mudanças. Isso é um problema porque o conceito de um objeto sofrer uma mudança parece ser paradoxal: por um lado, se o objeto mudou, ele não deveria mais ser o mesmo objeto; por outro lado, se ele não fosse o mesmo objeto, nem poderíamos dizer que ele mudou, já que teríamos outro objeto, e não o mesmo mudado.


        A história do navio é a seguinte: em comemoração à vitória de Teseu contra o Minotauro na ilha de Creta, os atenienses mantiveram a tradição de anualmente levar o navio do herói até Creta e de volta a Atenas. Isso se manteve por muitos anos e, com o tempo, a madeira do navio foi envelhecendo. Algumas partes foram, então, substituídas. Chegou um momento em que todas as partes foram substituídas e não mais restava nada do navio de Teseu original. A questão que é levantada é: ainda se trata do mesmo navio?


       Thomas Hobbes, séculos depois, imaginou mais uma possibilidade que tornaria toda a questão ainda mais confusa: imaginemos que todas as partes que foram sendo substituídas com o tempo foram armazenadas em um museu. Depois de todas as peças serem trocadas, alguém junta todas as antigas e monta um navio a partir delas. Qual dos dois navios é o navio de Teseu? Seria possível que ambos fossem ele?


       Diversas soluções foram propostas para a questão, com alguns autores afirmando que o navio consertado seria o de Teseu, outros afirmando que seria o das peças antigas. Alguns até mesmo desenvolveram respostas bastante sofisticadas utilizando o conceito de objetos de quatro dimensões, com o navio de Teseu sendo um objeto único disperso por três dimensões espaciais e uma dimensão temporal, que manteria a sua identidade.


         Eu, pessoalmente, adoto uma solução não ortodoxa que tenta mostrar que o problema é, na verdade, um pseudoproblema. Simplesmente entendo que um objeto é formado por todas as suas características e, consequentemente, quando uma destas muda, já não estamos mais falando do mesmo objeto. No momento em que o navio se movesse, por exemplo, ou um segundo passasse e o navio estivesse em outro instante no tempo, uma característica sua teria mudado e não se trataria mais do mesmo navio. A ideia de que um objeto permanece sendo o mesmo apesar de mudanças é apenas uma ficção criada pelo nosso cérebro por ser evolutivamente útil, já que um animal sem o conceito de permanência de objetos dificilmente sobreviveria na natureza.


      Essa tese, é claro, possui muitas consequências contraintuitivas, o que faz com que ela não seja aceita pela maioria dos filósofos. Por exemplo: ela se aplica também aos seres humanos. Logo, a cada momento que passa, nó s não seríamos mais a mesma pessoa. Sendo esse o caso, como poderíamos ser responsáveis pelo que fizemos no passado? Acho que o conceito de responsabilidade pessoal como o entendemos ainda poderia ser mantido pelo direito, por exemplo, já que se baseia em uma ficção de nossas mentes que na maioria dos casos não gera confusões como no caso do navio de Teseu. Mas, no fim das contas, não seria algo que existe de verdade, apenas uma invenção.


      Há ainda várias outras consequências desta tese, não aqui mencionadas por falta de espaço, que a maioria dos filósofos busca evitar. Mesmo assim, acho que é a mais correta, pois nenhuma outra parece ser capaz de provar que um dos navios seria o navio de Teseu “de verdade” sem adicionar premissas metafísicas que não podem ser testadas, como “a essência de um barco” ou algo do gênero.



(Autor: Jerônimo Erig Weiller. Publicado em https://jeronimoerwe.medium.com/o-navio-de-teseu-ϔilosoϔiasimpliϔicada-7631881239f9)




Texto 02: 



       Você já parou para pensar no quanto as células que compõem o nosso organismo trabalham ao longo de nossas vidas? Os cabelos, assim como as unhas, nunca param de crescer, a nossa pele escama, vamos perdendo a memória, os ossos vão se tornando gradativamente mais fracos etc. No entanto, apesar de envelhecermos, as nossas células se mantêm em um constante ciclo de renovação.


          De acordo com o pessoal do how stuff works, pesquisas realizadas nos anos 50 demonstraram que, em média, 98% dos átomos presentes no interior das moléculas que compõem as células do corpo humano são renovados anualmente através do ar que respiramos, dos alimentos que ingerimos e dos líquidos que consumimos.


      Alguns anos depois, outro estudo, baseado na medição do carbono-14 no organismo — absorvido do ar pelas plantas que consumimos e, portanto, presente em nosso DNA —, demonstrou que as células também se renovam periodicamente. Isso ocorre por meio de um ciclo constante no qual as células vão envelhecendo e morrendo, sendo substituídas por outras novas.


         No entanto, embora o corpo passe por uma “recauchutagem celular” da cabeça aos pés em intervalos que variam entre 7 e 10 anos, vale lembrar que as células de diferentes órgãos e tecidos se renovam com ritmos diferentes, dependendo do quanto cada uma precisa trabalhar para desempenhar suas funções.



(Disponível em https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/44648-everdade-que-as-celulas-do-corpo-humano-se-renovam-acada-7-anos.htm)
Analise as frases abaixo:

I. A biblioteca é ali. II. Viva! Ganhamos o torneio! III. Dançar conforme a música. IV. Um chopp, por favor!

Os termos destacados em cada uma das frases podem ser classificados corretamente como: 
Alternativas
Q3046277 Português





TEXTO 01:


O NAVIO DE TESEU — FILOSOFIA SIMPLIFICADA



          O navio de Teseu é um experimento de pensamento muito antigo que trata sobre a questão da identidade de objetos ao longo do tempo, ou seja, o que faz com que um objeto continue sendo o mesmo ainda que o tempo passe e ele sofra mudanças. Isso é um problema porque o conceito de um objeto sofrer uma mudança parece ser paradoxal: por um lado, se o objeto mudou, ele não deveria mais ser o mesmo objeto; por outro lado, se ele não fosse o mesmo objeto, nem poderíamos dizer que ele mudou, já que teríamos outro objeto, e não o mesmo mudado.


        A história do navio é a seguinte: em comemoração à vitória de Teseu contra o Minotauro na ilha de Creta, os atenienses mantiveram a tradição de anualmente levar o navio do herói até Creta e de volta a Atenas. Isso se manteve por muitos anos e, com o tempo, a madeira do navio foi envelhecendo. Algumas partes foram, então, substituídas. Chegou um momento em que todas as partes foram substituídas e não mais restava nada do navio de Teseu original. A questão que é levantada é: ainda se trata do mesmo navio?


       Thomas Hobbes, séculos depois, imaginou mais uma possibilidade que tornaria toda a questão ainda mais confusa: imaginemos que todas as partes que foram sendo substituídas com o tempo foram armazenadas em um museu. Depois de todas as peças serem trocadas, alguém junta todas as antigas e monta um navio a partir delas. Qual dos dois navios é o navio de Teseu? Seria possível que ambos fossem ele?


       Diversas soluções foram propostas para a questão, com alguns autores afirmando que o navio consertado seria o de Teseu, outros afirmando que seria o das peças antigas. Alguns até mesmo desenvolveram respostas bastante sofisticadas utilizando o conceito de objetos de quatro dimensões, com o navio de Teseu sendo um objeto único disperso por três dimensões espaciais e uma dimensão temporal, que manteria a sua identidade.


         Eu, pessoalmente, adoto uma solução não ortodoxa que tenta mostrar que o problema é, na verdade, um pseudoproblema. Simplesmente entendo que um objeto é formado por todas as suas características e, consequentemente, quando uma destas muda, já não estamos mais falando do mesmo objeto. No momento em que o navio se movesse, por exemplo, ou um segundo passasse e o navio estivesse em outro instante no tempo, uma característica sua teria mudado e não se trataria mais do mesmo navio. A ideia de que um objeto permanece sendo o mesmo apesar de mudanças é apenas uma ficção criada pelo nosso cérebro por ser evolutivamente útil, já que um animal sem o conceito de permanência de objetos dificilmente sobreviveria na natureza.


      Essa tese, é claro, possui muitas consequências contraintuitivas, o que faz com que ela não seja aceita pela maioria dos filósofos. Por exemplo: ela se aplica também aos seres humanos. Logo, a cada momento que passa, nó s não seríamos mais a mesma pessoa. Sendo esse o caso, como poderíamos ser responsáveis pelo que fizemos no passado? Acho que o conceito de responsabilidade pessoal como o entendemos ainda poderia ser mantido pelo direito, por exemplo, já que se baseia em uma ficção de nossas mentes que na maioria dos casos não gera confusões como no caso do navio de Teseu. Mas, no fim das contas, não seria algo que existe de verdade, apenas uma invenção.


      Há ainda várias outras consequências desta tese, não aqui mencionadas por falta de espaço, que a maioria dos filósofos busca evitar. Mesmo assim, acho que é a mais correta, pois nenhuma outra parece ser capaz de provar que um dos navios seria o navio de Teseu “de verdade” sem adicionar premissas metafísicas que não podem ser testadas, como “a essência de um barco” ou algo do gênero.



(Autor: Jerônimo Erig Weiller. Publicado em https://jeronimoerwe.medium.com/o-navio-de-teseu-ϔilosoϔiasimpliϔicada-7631881239f9)




Texto 02: 



       Você já parou para pensar no quanto as células que compõem o nosso organismo trabalham ao longo de nossas vidas? Os cabelos, assim como as unhas, nunca param de crescer, a nossa pele escama, vamos perdendo a memória, os ossos vão se tornando gradativamente mais fracos etc. No entanto, apesar de envelhecermos, as nossas células se mantêm em um constante ciclo de renovação.


          De acordo com o pessoal do how stuff works, pesquisas realizadas nos anos 50 demonstraram que, em média, 98% dos átomos presentes no interior das moléculas que compõem as células do corpo humano são renovados anualmente através do ar que respiramos, dos alimentos que ingerimos e dos líquidos que consumimos.


      Alguns anos depois, outro estudo, baseado na medição do carbono-14 no organismo — absorvido do ar pelas plantas que consumimos e, portanto, presente em nosso DNA —, demonstrou que as células também se renovam periodicamente. Isso ocorre por meio de um ciclo constante no qual as células vão envelhecendo e morrendo, sendo substituídas por outras novas.


         No entanto, embora o corpo passe por uma “recauchutagem celular” da cabeça aos pés em intervalos que variam entre 7 e 10 anos, vale lembrar que as células de diferentes órgãos e tecidos se renovam com ritmos diferentes, dependendo do quanto cada uma precisa trabalhar para desempenhar suas funções.



(Disponível em https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/44648-everdade-que-as-celulas-do-corpo-humano-se-renovam-acada-7-anos.htm)
 Assinale a alternativa que não contém erro quanto à concordância verbal:
Alternativas
Q3046260 Português
Já ______ mais de cinco anos que ___________ 19 mil candidatos no processo seletivo para novos astronautas.
As palavras que completam corretamente a frase acima são:
Alternativas
Q3046254 Português
Que animais o homem já enviou ao espaço?

Animais no espaço: até moscas já foram enviadas para fora da Terra. 


Entre os terráqueos, o homem não foi o pioneiro no espaço. Mas foi o responsável por enviar várias espécies de animais antes de Yuri Gagarin e Neil Armstrong. Moscas, peixes, tartarugas, lesmas, minhocas e abelhas já tiveram sua experiência extraterrena. Até mesmo aranhas foram enviadas para testar suas habilidades de tecer uma teia em ambiente de microgravidade.


A viagem de animais ao espaço começou em 1947, quando os americanos enviaram moscas-das-frutas em uma cápsula. A partir de então, Rússia e EUA passaram a mandar animais maiores. Primatas eram os preferidos pelos astronautas (NASA/União Europeia), enquanto os cães eram os escolhidos dos cosmonautas (russos). Já na França, um gato ficou famoso por ser o primeiro, e único, felino escolhido para desbravar o cosmos.


Entre todos os animais que estiveram no espaço, a cadela Laika é a mais famosa. Em 4 de outubro de 1957, a era espacial teve início com o lançamento da Sputnik 1. Um mês depois, a cadela foi enviada ao espaço, a bordo da Sputnik 2, sem chances de retornar com vida. Embora sua morte tenha provocado revolta, Laika e os outros animais que ultrapassaram os limites terrenos abriram caminho para os humanos.


De acordo com Douglas Galante, doutor em Astronomia pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP), esse pioneirismo animal foi importante para entender os possíveis efeitos que o ambiente espacial poderia provocar nos seres humanos. “Um dos objetivos na época era o de enviar humanos ao espaço. Nesse cenário, as naves espaciais e os sistemas de manutenção de condições vitais no espaço foram testados sucessivamente, com animais maiores e mais complexos (dos insetos aos macacos), até que houvesse uma confiança grande o suficiente para enviar o primeiro astronauta”, argumenta.


Adaptado
https://www.terra.com.br
GHX Comunicação - maio/2013
A viagem de animais ao espaço começou em 1947, quando os americanos enviaram moscas-das-frutas em uma cápsula.” 2º§
A oração sublinhada nessa frase transmite ideia de:
Alternativas
Q3045714 Português
Censo atrasa e IBGE prevê divulgar resultado definitivo em abril.

Instituto tenta reduzir recusas para concluir contagem da população, marcada por atrasos.

Leonardo Vieceli

02/02/23


RIO DE JANEIRO - O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) afirmou nesta quinta-feira (2) que pretende divulgar resultados definitivos do Censo Demográfico 2022 no próximo mês de abril.


Para finalizar o levantamento, marcado por atrasos, o instituto tenta reduzir as recusas de parte da população em receber os recenseadores.


"Após seis meses em campo, um dos principais desafios para a conclusão do Censo 2022 é o número alto de recusas para responder ao questionário. No país, a taxa média chega a 2,43%, em dados atualizados no último dia de janeiro", afirmou o IBGE.


"Esse percentual é consideravelmente maior em localidades onde há maior concentração populacional. Em São Paulo, que lidera o ranking entre os estados, a taxa de recusas é de 4,49%, o que equivale a cerca de 720 mil domicílios em que o morador se recusou a prestar informações ao IBGE", completou.


O órgão já relatou em outras ocasiões que há previsão de multa para quem negar o fornecimento dos dados, protegidos por sigilo. Segundo o IBGE, uma das dificuldades é o acesso dos recenseadores a condomínios de bairros de renda alta.


"Para o recenseador conseguir abordar um apartamento, é preciso passar por uma portaria ou ter autorização do síndico, do porteiro ou da administração do prédio. Uma situação que ocorre em áreas mais nobres, como na zona sul do Rio ou alguns bairros de classe alta em São Paulo e de outros estados, é o impedimento da entrada dos recenseadores", disse o coordenador técnico do Censo, Luciano Duarte.


Para tentar reverter a situação, o instituto elaborou um protocolo que deve ser seguido por suas equipes. Há um ofício a ser entregue aos síndicos ou à representação dos condomínios.


Conforme o instituto, quando o documento não traz efeito prático, o recenseador é instruído a recorrer à polícia local. O IBGE aponta que, segundo a legislação, ninguém pode impedir uma unidade habitacional de responder ao Censo.


Iniciada em agosto, a coleta das informações estava prevista para ser concluída em três meses, até outubro do ano passado. O trabalho, porém, já levou o dobro da estimativa inicial. O IBGE associou a situação a dificuldades para contratar e manter em campo os recenseadores.


Parte desses trabalhadores, contratados de maneira temporária, reclamou de atrasos em pagamentos e de valores em nível abaixo do esperado. Houve desistências e ameaça de greve durante a coleta.


Nesta quinta, o IBGE disse que a cobertura dos setores censitários (espaços de divisão do território) foi praticamente concluída em janeiro.


O instituto planeja seguir com o processo de revisão, controle de qualidade e apuração do Censo em fevereiro e março. Nessa etapa, estão previstas, por exemplo, tentativas de reversão de recusas e revisitas a domicílios com moradores ausentes.


"A previsão é de que o IBGE divulgue os resultados definitivos do Censo referentes à população dos municípios em abril de 2023", afirmou o órgão. Em dezembro, o instituto havia sinalizado que pretendia publicar os dados em março.



[...]

https://www1.folha.uol.com.br
“Há um ofício a ser entregue aos síndicos ou à representação dos condomínios.” 7º§
O sujeito dessa oração é classificado como: 
Alternativas
Respostas
51: A
52: D
53: A
54: C
55: D