Questões de Concurso Comentadas por alunos sobre morfologia - verbos em português

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Q3049671 Português
Texto I


    Estava certo. Era preciso passar pelo menos um ano em lugar de bom clima e meu pai decidira mandar-me para Vila da Mata onde os Pereira, nossos primos, me ofereciam a fazenda do Córrego Fundo. O doutor dissera que eu tinha uma lesão de primeiro grau no pulmão direito. Sua luneta de tartaruga, de cordão preto atrás da orelha, dava-lhe um ar sábio infalível. Eu não acreditava na lesão, mas acreditava no doutor.

    À noite, meu pai, já conformado com a ideia da moléstia e da minha próxima ausência, veio ver-me no quarto, fingindo bom humor.

    - Então, seu chefe, as malas estão prontas?

    Nem estavam prontas, nem eu tinha vontade de prepará-las para tal viagem. Francamente ia meterme naquela remota Vila da Mata? Que ideia! Muito mais divertido seria tratar-me na Europa... Na Suíça, por exemplo. Sim, por que não na Suíça? Realmente!

    - Meu pai, se você me deixa ir para a Suíça, eu prometo ficar quietinho num sanatório o tempo todo que você queira. Fico dois, fico três anos. Mas, Vila da Mata, deve ser um degredo. Como é que eu poderia suportar todo um ano na fazenda dos Pereira? Tenho horror à roça, você não ignora.

    - Não senhor, não senhor. O médico é quem sabe. Ele acha excelente o clima de Vila da Mata. Além do que, você estando com os Pereira, não poderá fazer extravagâncias... Terá que proceder com muito juízo. Eles me trarão ao corrente de seus passos...

    Sorriu com ar de triunfo. No fundo, a preocupação de meu pai era apenas aquela: impedir-me de fazer o que ele chamava “extravagância”. Eu compreendia.

    (COUTO, Ribeiro. Cabocla. Rio de Janeiro: Ediouro, 17ª Ed. P.13)
Em “Mas, Vila da Mata deve ser um degredo” (5º§), ocorre uma locução verbal. Sobre ela, é correto afirmar que:
Alternativas
Q3047049 Português

Fim do Livro?

Arlindo Machado


No prefácio à obra clássica de Henry-Jean Martin (1992:14) sobre a história do livro, o historiador Lucien Febvre vislumbrara um possível desaparecimento desse instrumento tido como dos mais fundamentais na construção das civilizações modernas. "Não temos certeza de que o livro possa ainda por muito tempo continuar a desempenhar seu papel, ameaçado como está por tantas invenções baseadas em princípios totalmente diferentes''.


Para o ilustre historiador, o livro, "que começou sua carreira na metade do século XV", parece hoje resumir-se a um acontecimento datado: depois de ter contribuído para a revolução do mundo moderno, ele encontra-se agora constrangido a justificar o seu papel numa sociedade governada pela velocidade, numa sociedade em que as informações circulam segundo a temporalidade própria das ondas eletromagnéticas e das redes de fibras ópticas.


O modo de produção do livro é lento demais para um mundo que sofre mutações vertiginosas a cada minuto. Os atrativos do livro empalidecem diante do turbilhão de possibilidades aberto pelos meios audiovisuais, enquanto sua estrutura e funcionalidade padecem de uma rigidez cadavérica quando comparadas com os recursos informatizados, interativos e multimidiáticos das escrituras eletrônicas.


Como se tudo não bastasse, os custos de produção do livro impresso crescem agora em progressão geométrica (e não apenas no Brasil), chegando mesmo a ultrapassar os custos de muitos dos novos meios, mesmo dos mais sofisticados. Ora, como se sabe, a ampla difusão a preços baixos foi a principal responsável pelo sucesso da imprensa como forma de circulação de ideias a partir do Renascimento. Caso se intensifique a tendência de encarecimento progressivo e de eficácia regressiva, é de se supor que, dentro de mais algum tempo, o livro de papel será um artigo de luxo, vendido em antiquários e lojas de porcelanas para uma seleta clientela de resistentes nostálgicos.


Se o livro vai morrer ou não, essa é uma discussão restrita apenas aos círculos de filólogos, pois, no fundo, tudo é uma questão de definir o que estamos chamando de livro. O homem continuará, de qualquer maneira, a inventar dispositivos para dar permanência, consistência e alcance ao seu pensamento e às invenções de sua imaginação. E tudo fará também para que esses dispositivos sejam adequados ao seu tempo. A sabedoria, como dizia Brecht, continuará sempre passando de boca em boca, mas nada impede que estendamos um microfone às bocas que falam, para lhes dar maior alcance.



(https://www.scielo.br/j/ea/a/TGCqQnq7sScKqsfC54tcDjp/, com adaptações)

[Questão Inédita] “... o historiador Lucien Febvre vislumbrara um possível desaparecimento desse instrumento...”


Transpondo-se o trecho acima para a voz passiva, a forma verbal resultará em:

Alternativas
Q3046997 Português
Julgue o item que se segue.

De acordo com a análise morfológica da língua portuguesa, as classes gramaticais substantivo, adjetivo, verbo e advérbio são consideradas as quatro principais categorias gramaticais reais da língua, caracterizadas pela capacidade de expressar diferentes modos de ser das palavras dentro do contexto linguístico, adaptando-se de maneira flexível conforme a estrutura e o significado do discurso.
Alternativas
Q3046988 Português
Julgue o item que se segue.

Observe a frase a seguir: "Mas nunca, também, houve progressos tão espetaculares na melhoria científica dos adubos", nesse caso, o verbo haver, por referir-se a um substantivo no plural, deveria também ser usado no plural.
Alternativas
Q3046962 Português
Julgue o item que se segue.

Nos contextos do modo subjuntivo, a posição do pronome pessoal oblíquo átono é frequentemente pós-verbal, exceto em casos de ênclise obrigatória ou para enfatizar o pronome.
Alternativas
Respostas
1: B
2: D
3: C
4: E
5: C