Questões de Concurso
Foram encontradas 131.890 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
Analise o texto e responda à questão.
Cientistas identificam mecanismo do cérebro que pode nos ajudar a superar o medo
No futuro, descobertas como essa podem ajudar a desenvolver tratamentos para fobias, ansiedade e estresse pós-traumático. Entenda.
O coração acelera. Os músculos contraem. Você começa a sentir arrepios e a necessidade de respirar cada vez mais rápido. Não tem jeito: o medo se instaurou.
Tudo isso é cortesia, sobretudo, da adrenalina e do cortisol, hormônios liberados em doses cavalares ao menor sinal de ameaça. O medo é uma reação de sobrevivência que nos acompanha desde os primórdios. Quando nossos antepassados neandertais precisavam escapar de algum animal, era necessário que tivessem energia suficiente para se salvarem. No momento em que o pavor é sentido, o sangue, cheio de glicose, flui do coração para os membros para que seja possível lutar – ou fugir.
Apesar do benefício evolutivo, muitos medos acabam atrapalhando nosso dia a dia atualmente (a não ser que fugir de grandes felinos faça parte da sua rotina). Por exemplo, para quem vive no meio da cidade de São Paulo, medo de grandes estrondos impossibilita uma vida normal.
“Os humanos nascem com reações instintivas de medo, como respostas a ruídos altos ou objetos que se aproximam rapidamente”, escreve Sara Mederos, pesquisadora associada do Hofer Lab. “No entanto, podemos anular essas respostas instintivas por meio da experiência – como crianças aprendendo a gostar de fogos de artifício em vez de temer seus estrondos altos.” [...]
Desaprendendo a ter medo
Junto de pesquisadores da Sainsbury Wellcome Centre (SWC) da University College de Londres, Mederos analisou a resposta de camundongos quando apresentados a uma sombra em expansão em cima de suas cabeças, que simulava a aproximação de um predador aéreo.
Inicialmente, os bichinhos corriam para se esconder em um abrigo – mas, depois de algumas rodadas de teste que não apresentavam nenhum perigo, os ratos aprenderam a manter a calma em vez de fugir. Essa reação criou o modelo que os cientistas usaram para estudar as fases de supressão de medos.
A hipótese da equipe era que um cantinho do cérebro, chamado núcleo geniculado ventrolateral (vLGN), era responsável por essa superação. Estudos anteriores mostravam como essa área conseguia rastrear o conhecimento de experiências antigas de ameaça e suprimir reações de medo. Sabendo disso, os cientistas buscaram descobrir se essa via neural também tinha a função de desaprender o medo de uma ameaça.[...]
(Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/cientistasidentificam-mecanismo-do-cerebro-que-pode-nos-ajuda-asuperar-o-medo/. Acesso em 12/02/2025. Adaptado)
Analise o texto e responda à questão.
Cientistas identificam mecanismo do cérebro que pode nos ajudar a superar o medo
No futuro, descobertas como essa podem ajudar a desenvolver tratamentos para fobias, ansiedade e estresse pós-traumático. Entenda.
O coração acelera. Os músculos contraem. Você começa a sentir arrepios e a necessidade de respirar cada vez mais rápido. Não tem jeito: o medo se instaurou.
Tudo isso é cortesia, sobretudo, da adrenalina e do cortisol, hormônios liberados em doses cavalares ao menor sinal de ameaça. O medo é uma reação de sobrevivência que nos acompanha desde os primórdios. Quando nossos antepassados neandertais precisavam escapar de algum animal, era necessário que tivessem energia suficiente para se salvarem. No momento em que o pavor é sentido, o sangue, cheio de glicose, flui do coração para os membros para que seja possível lutar – ou fugir.
Apesar do benefício evolutivo, muitos medos acabam atrapalhando nosso dia a dia atualmente (a não ser que fugir de grandes felinos faça parte da sua rotina). Por exemplo, para quem vive no meio da cidade de São Paulo, medo de grandes estrondos impossibilita uma vida normal.
“Os humanos nascem com reações instintivas de medo, como respostas a ruídos altos ou objetos que se aproximam rapidamente”, escreve Sara Mederos, pesquisadora associada do Hofer Lab. “No entanto, podemos anular essas respostas instintivas por meio da experiência – como crianças aprendendo a gostar de fogos de artifício em vez de temer seus estrondos altos.” [...]
Desaprendendo a ter medo
Junto de pesquisadores da Sainsbury Wellcome Centre (SWC) da University College de Londres, Mederos analisou a resposta de camundongos quando apresentados a uma sombra em expansão em cima de suas cabeças, que simulava a aproximação de um predador aéreo.
Inicialmente, os bichinhos corriam para se esconder em um abrigo – mas, depois de algumas rodadas de teste que não apresentavam nenhum perigo, os ratos aprenderam a manter a calma em vez de fugir. Essa reação criou o modelo que os cientistas usaram para estudar as fases de supressão de medos.
A hipótese da equipe era que um cantinho do cérebro, chamado núcleo geniculado ventrolateral (vLGN), era responsável por essa superação. Estudos anteriores mostravam como essa área conseguia rastrear o conhecimento de experiências antigas de ameaça e suprimir reações de medo. Sabendo disso, os cientistas buscaram descobrir se essa via neural também tinha a função de desaprender o medo de uma ameaça.[...]
(Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/cientistasidentificam-mecanismo-do-cerebro-que-pode-nos-ajuda-asuperar-o-medo/. Acesso em 12/02/2025. Adaptado)
Analise o texto e responda à questão.
Cientistas identificam mecanismo do cérebro que pode nos ajudar a superar o medo
No futuro, descobertas como essa podem ajudar a desenvolver tratamentos para fobias, ansiedade e estresse pós-traumático. Entenda.
O coração acelera. Os músculos contraem. Você começa a sentir arrepios e a necessidade de respirar cada vez mais rápido. Não tem jeito: o medo se instaurou.
Tudo isso é cortesia, sobretudo, da adrenalina e do cortisol, hormônios liberados em doses cavalares ao menor sinal de ameaça. O medo é uma reação de sobrevivência que nos acompanha desde os primórdios. Quando nossos antepassados neandertais precisavam escapar de algum animal, era necessário que tivessem energia suficiente para se salvarem. No momento em que o pavor é sentido, o sangue, cheio de glicose, flui do coração para os membros para que seja possível lutar – ou fugir.
Apesar do benefício evolutivo, muitos medos acabam atrapalhando nosso dia a dia atualmente (a não ser que fugir de grandes felinos faça parte da sua rotina). Por exemplo, para quem vive no meio da cidade de São Paulo, medo de grandes estrondos impossibilita uma vida normal.
“Os humanos nascem com reações instintivas de medo, como respostas a ruídos altos ou objetos que se aproximam rapidamente”, escreve Sara Mederos, pesquisadora associada do Hofer Lab. “No entanto, podemos anular essas respostas instintivas por meio da experiência – como crianças aprendendo a gostar de fogos de artifício em vez de temer seus estrondos altos.” [...]
Desaprendendo a ter medo
Junto de pesquisadores da Sainsbury Wellcome Centre (SWC) da University College de Londres, Mederos analisou a resposta de camundongos quando apresentados a uma sombra em expansão em cima de suas cabeças, que simulava a aproximação de um predador aéreo.
Inicialmente, os bichinhos corriam para se esconder em um abrigo – mas, depois de algumas rodadas de teste que não apresentavam nenhum perigo, os ratos aprenderam a manter a calma em vez de fugir. Essa reação criou o modelo que os cientistas usaram para estudar as fases de supressão de medos.
A hipótese da equipe era que um cantinho do cérebro, chamado núcleo geniculado ventrolateral (vLGN), era responsável por essa superação. Estudos anteriores mostravam como essa área conseguia rastrear o conhecimento de experiências antigas de ameaça e suprimir reações de medo. Sabendo disso, os cientistas buscaram descobrir se essa via neural também tinha a função de desaprender o medo de uma ameaça.[...]
(Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/cientistasidentificam-mecanismo-do-cerebro-que-pode-nos-ajuda-asuperar-o-medo/. Acesso em 12/02/2025. Adaptado)
Analise o texto e responda à questão.
Cientistas identificam mecanismo do cérebro que pode nos ajudar a superar o medo
No futuro, descobertas como essa podem ajudar a desenvolver tratamentos para fobias, ansiedade e estresse pós-traumático. Entenda.
O coração acelera. Os músculos contraem. Você começa a sentir arrepios e a necessidade de respirar cada vez mais rápido. Não tem jeito: o medo se instaurou.
Tudo isso é cortesia, sobretudo, da adrenalina e do cortisol, hormônios liberados em doses cavalares ao menor sinal de ameaça. O medo é uma reação de sobrevivência que nos acompanha desde os primórdios. Quando nossos antepassados neandertais precisavam escapar de algum animal, era necessário que tivessem energia suficiente para se salvarem. No momento em que o pavor é sentido, o sangue, cheio de glicose, flui do coração para os membros para que seja possível lutar – ou fugir.
Apesar do benefício evolutivo, muitos medos acabam atrapalhando nosso dia a dia atualmente (a não ser que fugir de grandes felinos faça parte da sua rotina). Por exemplo, para quem vive no meio da cidade de São Paulo, medo de grandes estrondos impossibilita uma vida normal.
“Os humanos nascem com reações instintivas de medo, como respostas a ruídos altos ou objetos que se aproximam rapidamente”, escreve Sara Mederos, pesquisadora associada do Hofer Lab. “No entanto, podemos anular essas respostas instintivas por meio da experiência – como crianças aprendendo a gostar de fogos de artifício em vez de temer seus estrondos altos.” [...]
Desaprendendo a ter medo
Junto de pesquisadores da Sainsbury Wellcome Centre (SWC) da University College de Londres, Mederos analisou a resposta de camundongos quando apresentados a uma sombra em expansão em cima de suas cabeças, que simulava a aproximação de um predador aéreo.
Inicialmente, os bichinhos corriam para se esconder em um abrigo – mas, depois de algumas rodadas de teste que não apresentavam nenhum perigo, os ratos aprenderam a manter a calma em vez de fugir. Essa reação criou o modelo que os cientistas usaram para estudar as fases de supressão de medos.
A hipótese da equipe era que um cantinho do cérebro, chamado núcleo geniculado ventrolateral (vLGN), era responsável por essa superação. Estudos anteriores mostravam como essa área conseguia rastrear o conhecimento de experiências antigas de ameaça e suprimir reações de medo. Sabendo disso, os cientistas buscaram descobrir se essa via neural também tinha a função de desaprender o medo de uma ameaça.[...]
(Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/cientistasidentificam-mecanismo-do-cerebro-que-pode-nos-ajuda-asuperar-o-medo/. Acesso em 12/02/2025. Adaptado)
Analise o texto e responda à questão.
Cientistas identificam mecanismo do cérebro que pode nos ajudar a superar o medo
No futuro, descobertas como essa podem ajudar a desenvolver tratamentos para fobias, ansiedade e estresse pós-traumático. Entenda.
O coração acelera. Os músculos contraem. Você começa a sentir arrepios e a necessidade de respirar cada vez mais rápido. Não tem jeito: o medo se instaurou.
Tudo isso é cortesia, sobretudo, da adrenalina e do cortisol, hormônios liberados em doses cavalares ao menor sinal de ameaça. O medo é uma reação de sobrevivência que nos acompanha desde os primórdios. Quando nossos antepassados neandertais precisavam escapar de algum animal, era necessário que tivessem energia suficiente para se salvarem. No momento em que o pavor é sentido, o sangue, cheio de glicose, flui do coração para os membros para que seja possível lutar – ou fugir.
Apesar do benefício evolutivo, muitos medos acabam atrapalhando nosso dia a dia atualmente (a não ser que fugir de grandes felinos faça parte da sua rotina). Por exemplo, para quem vive no meio da cidade de São Paulo, medo de grandes estrondos impossibilita uma vida normal.
“Os humanos nascem com reações instintivas de medo, como respostas a ruídos altos ou objetos que se aproximam rapidamente”, escreve Sara Mederos, pesquisadora associada do Hofer Lab. “No entanto, podemos anular essas respostas instintivas por meio da experiência – como crianças aprendendo a gostar de fogos de artifício em vez de temer seus estrondos altos.” [...]
Desaprendendo a ter medo
Junto de pesquisadores da Sainsbury Wellcome Centre (SWC) da University College de Londres, Mederos analisou a resposta de camundongos quando apresentados a uma sombra em expansão em cima de suas cabeças, que simulava a aproximação de um predador aéreo.
Inicialmente, os bichinhos corriam para se esconder em um abrigo – mas, depois de algumas rodadas de teste que não apresentavam nenhum perigo, os ratos aprenderam a manter a calma em vez de fugir. Essa reação criou o modelo que os cientistas usaram para estudar as fases de supressão de medos.
A hipótese da equipe era que um cantinho do cérebro, chamado núcleo geniculado ventrolateral (vLGN), era responsável por essa superação. Estudos anteriores mostravam como essa área conseguia rastrear o conhecimento de experiências antigas de ameaça e suprimir reações de medo. Sabendo disso, os cientistas buscaram descobrir se essa via neural também tinha a função de desaprender o medo de uma ameaça.[...]
(Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/cientistasidentificam-mecanismo-do-cerebro-que-pode-nos-ajuda-asuperar-o-medo/. Acesso em 12/02/2025. Adaptado)
Analise o texto e responda à questão.
Cientistas identificam mecanismo do cérebro que pode nos ajudar a superar o medo
No futuro, descobertas como essa podem ajudar a desenvolver tratamentos para fobias, ansiedade e estresse pós-traumático. Entenda.
O coração acelera. Os músculos contraem. Você começa a sentir arrepios e a necessidade de respirar cada vez mais rápido. Não tem jeito: o medo se instaurou.
Tudo isso é cortesia, sobretudo, da adrenalina e do cortisol, hormônios liberados em doses cavalares ao menor sinal de ameaça. O medo é uma reação de sobrevivência que nos acompanha desde os primórdios. Quando nossos antepassados neandertais precisavam escapar de algum animal, era necessário que tivessem energia suficiente para se salvarem. No momento em que o pavor é sentido, o sangue, cheio de glicose, flui do coração para os membros para que seja possível lutar – ou fugir.
Apesar do benefício evolutivo, muitos medos acabam atrapalhando nosso dia a dia atualmente (a não ser que fugir de grandes felinos faça parte da sua rotina). Por exemplo, para quem vive no meio da cidade de São Paulo, medo de grandes estrondos impossibilita uma vida normal.
“Os humanos nascem com reações instintivas de medo, como respostas a ruídos altos ou objetos que se aproximam rapidamente”, escreve Sara Mederos, pesquisadora associada do Hofer Lab. “No entanto, podemos anular essas respostas instintivas por meio da experiência – como crianças aprendendo a gostar de fogos de artifício em vez de temer seus estrondos altos.” [...]
Desaprendendo a ter medo
Junto de pesquisadores da Sainsbury Wellcome Centre (SWC) da University College de Londres, Mederos analisou a resposta de camundongos quando apresentados a uma sombra em expansão em cima de suas cabeças, que simulava a aproximação de um predador aéreo.
Inicialmente, os bichinhos corriam para se esconder em um abrigo – mas, depois de algumas rodadas de teste que não apresentavam nenhum perigo, os ratos aprenderam a manter a calma em vez de fugir. Essa reação criou o modelo que os cientistas usaram para estudar as fases de supressão de medos.
A hipótese da equipe era que um cantinho do cérebro, chamado núcleo geniculado ventrolateral (vLGN), era responsável por essa superação. Estudos anteriores mostravam como essa área conseguia rastrear o conhecimento de experiências antigas de ameaça e suprimir reações de medo. Sabendo disso, os cientistas buscaram descobrir se essa via neural também tinha a função de desaprender o medo de uma ameaça.[...]
(Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/cientistasidentificam-mecanismo-do-cerebro-que-pode-nos-ajuda-asuperar-o-medo/. Acesso em 12/02/2025. Adaptado)
Sobre o trecho, analise os itens a seguir e assinale a alternativa CORRETA:
Os gêneros textuais são compostos pelos seguintes tipos textuais:
I. Argumentação.
II. Descrição.
III. Exposição.
IV. Injunção.
V. Narração.
Estão CORRETOS:
Leia o texto a seguir e responda a questão.
Texto 4
Na hora do lobo
Quando um homem consome a madrugada
rabiscando umas folhas de papel
e ele sabe que a vida é tonelada
oscilando na ponta de um cordel;
ele sabe que o fim de toda estrada
não desagua no inferno nem no céu,
e ele pensa na feira, na empregada,
água e luz, condomínio e aluguel;
quando um homem fatiga a voz cansada
com palavras da Torre de Babel
e ele entende que a coisa mais amada
se transmuda na coisa mais cruel;
quando a taça em que bebe está quebrada,
tanto vidro a boiar em tanto fel
e no peito uma dor desatinada
essa dor que é tão nítida e fiel;
quando um homem de boca tão calada
sente a mente girar num carrossel,
ele escreve através da madrugada
com cuidados de abelha que faz mel:
sua vida, talvez, foi destinada
a salvar estas folhas de papel.
Braulio Tavares, O homem artificial.
Leia o texto a seguir e responda a questão
Texto 3
Fonte: Dik Browne. Disponível em:
https://www.maisbolsas.com.br/enem/lingua-port
"O segredo da felicidade é uma preocupação cada vez mais importante na era moderna, já que o aumento da estabilidade financeira proporciona a muitos a oportunidade de se concentrar no crescimento pessoal."
Quanto a sua colocação, o pronome “se” é classificado como:
Leia o texto a seguir e responda a questão.
Texto 1
Bebês reborn e a infância em crise
A cena parece inofensiva: um -realista adulto empurrando um carrinho de bebê com um boneco hiper, de silicone, vestido com roupas de recém-nascido, com nome, certidão de nascimento e... identidade afetiva. Mas por trás do que aparenta ser apenas um hobby curioso, cresce um fenômeno que desafia a psicologia, interroga a sociedade e exige respostas da educação: a “adoção” emocional de bebês reborn por adultos como substitutos de vínculos reais.
Reportagens recentes têm trazido à tona casos extremos — como pessoas que tentam registrar os bonecos como filhos, brigam por sua guarda e os levam a consultas médicas. O que parece inusitado, é na verdade o sintoma de uma sociedade cada vez mais marcada pelo esvaziamento das relações humanas, pela solidão e pela substituição do afeto por objetos.
Essa realidade acontece em paralelo a transformações profundas nas estruturas familiares. Dados do IBGE mostram que a taxa de fecundidade no Brasil caiu de 2,32 filhos, por mulher, em 2000, para apenas 1,57, em 2023, com projeção de 1,44 até 2041. O tamanho médio das famílias também encolheu: de 3,62 pessoas por domicílio, em 2008, para 3,07 em 2018. Crescem os lares unipessoais e as famílias com um único filho.
São modelos de vínculos que estão se reconfigurando. Com menos filhos, mais autonomia infantil precoce e mais presença digital que física, muitos adultos vivem hoje uma maternidade/paternidade emocional frustrada, silenciosa. Em vez de enfrentar o vazio, substituem o vínculo pela ilusão do controle: o bebê reborn não chora fora de hora, não cresce, não contesta. Ele é a fantasia da relação sem conflito e, portanto, sem verdade.
Profissionais da saúde mental já apontam o alerta. Psicólogos têm observado que a “rebornização” das relações é uma tentativa inconsciente de anestesiar frustrações, lutos não elaborados, desejos não realizados. A Organização Mundial da Saúde já havia identificado o isolamento social como um dos fatores mais graves na piora da saúde mental global, agravada após a pandemia.
Mas o que podemos e devemos fazer como profissionais da educação? A escola é, por excelência, o lugar da experiência coletiva. É onde a criança aprende a negociar, a dividir, a esperar, a ouvir o outro e a entender que o mundo não gira ao seu redor. É onde se aprende que a amizade exige paciência. Que o colega é diferente. Que nem sempre o lanche virá na hora exata, nem o jogo terminará com vitória.
O papel da escola, então, não é apenas ensinar conteúdo. É reconstruir o lugar das relações verdadeiras. É frear a lógica do consumo afetivo onde o carinho é terceirizado, a infância é estetizada e o afeto é substituído por performance. A “geração reborn” precisa reencontrar a dor e a beleza da convivência. Precisa voltar a conviver com o inesperado, o outro, o mundo real, imperfeito, barulhento, humano. E a escola é um dos poucos espaços sociais capazes de fazer essa travessia. Porque o afeto não se fabrica. Se vive. Se constrói.
Tatiana Santana é diretora do Colégio Externato São José e coordenadora regional da ANEC (Associação Nacional de Educação Católica do Brasil). Fonte: Gazeta da Semana. Disponível em: https://gazetadasemana.com.br/noticia/229113/artigo-de-opiniao-bebes-reborne-a-infancia-em-crise.
“São modelos de vínculos que estão se reconfigurando. Com menos filhos, mais autonomia infantil precoce e mais presença digital que física, muitos adultos vivem hoje uma maternidade/paternidade emocional frustrada, silenciosa.” (4º parágrafo)
A relação de sentido estabelecida entre as duas frases se dá, sobretudo, por:
Leia o texto a seguir e responda a questão.
Texto 1
Bebês reborn e a infância em crise
A cena parece inofensiva: um -realista adulto empurrando um carrinho de bebê com um boneco hiper, de silicone, vestido com roupas de recém-nascido, com nome, certidão de nascimento e... identidade afetiva. Mas por trás do que aparenta ser apenas um hobby curioso, cresce um fenômeno que desafia a psicologia, interroga a sociedade e exige respostas da educação: a “adoção” emocional de bebês reborn por adultos como substitutos de vínculos reais.
Reportagens recentes têm trazido à tona casos extremos — como pessoas que tentam registrar os bonecos como filhos, brigam por sua guarda e os levam a consultas médicas. O que parece inusitado, é na verdade o sintoma de uma sociedade cada vez mais marcada pelo esvaziamento das relações humanas, pela solidão e pela substituição do afeto por objetos.
Essa realidade acontece em paralelo a transformações profundas nas estruturas familiares. Dados do IBGE mostram que a taxa de fecundidade no Brasil caiu de 2,32 filhos, por mulher, em 2000, para apenas 1,57, em 2023, com projeção de 1,44 até 2041. O tamanho médio das famílias também encolheu: de 3,62 pessoas por domicílio, em 2008, para 3,07 em 2018. Crescem os lares unipessoais e as famílias com um único filho.
São modelos de vínculos que estão se reconfigurando. Com menos filhos, mais autonomia infantil precoce e mais presença digital que física, muitos adultos vivem hoje uma maternidade/paternidade emocional frustrada, silenciosa. Em vez de enfrentar o vazio, substituem o vínculo pela ilusão do controle: o bebê reborn não chora fora de hora, não cresce, não contesta. Ele é a fantasia da relação sem conflito e, portanto, sem verdade.
Profissionais da saúde mental já apontam o alerta. Psicólogos têm observado que a “rebornização” das relações é uma tentativa inconsciente de anestesiar frustrações, lutos não elaborados, desejos não realizados. A Organização Mundial da Saúde já havia identificado o isolamento social como um dos fatores mais graves na piora da saúde mental global, agravada após a pandemia.
Mas o que podemos e devemos fazer como profissionais da educação? A escola é, por excelência, o lugar da experiência coletiva. É onde a criança aprende a negociar, a dividir, a esperar, a ouvir o outro e a entender que o mundo não gira ao seu redor. É onde se aprende que a amizade exige paciência. Que o colega é diferente. Que nem sempre o lanche virá na hora exata, nem o jogo terminará com vitória.
O papel da escola, então, não é apenas ensinar conteúdo. É reconstruir o lugar das relações verdadeiras. É frear a lógica do consumo afetivo onde o carinho é terceirizado, a infância é estetizada e o afeto é substituído por performance. A “geração reborn” precisa reencontrar a dor e a beleza da convivência. Precisa voltar a conviver com o inesperado, o outro, o mundo real, imperfeito, barulhento, humano. E a escola é um dos poucos espaços sociais capazes de fazer essa travessia. Porque o afeto não se fabrica. Se vive. Se constrói.
Tatiana Santana é diretora do Colégio Externato São José e coordenadora regional da ANEC (Associação Nacional de Educação Católica do Brasil). Fonte: Gazeta da Semana. Disponível em: https://gazetadasemana.com.br/noticia/229113/artigo-de-opiniao-bebes-reborne-a-infancia-em-crise.
I - Agradou todos com seu discurso. II - Precisamos de pessoas competentes. III - Prefiro mais o verão do que o inverno. IV - Obedeceu ao regulamento.