Questões de Concurso
Sobre português para vunesp
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Leia o texto para responder à questão.
O impacto da Mônica
Depois de Bidu e Franjinha, o leque de personagens de Mauricio de Sousa cresceu, com Horácio, Piteco, Titi e Jeremias. Em 1960, nascia o Cebolinha, inspirado em um galotinho da infância de Mauricio, em Mogi das Cruzes, que também trocava as letras.
O primeiro problema? Seus personagens eram todos homens – à exceção de Maria Cebolinha, que era apenas um bebê. Pegou mal. Um de seus colegas na Folha chegou a dizer: “Você parece misógino...”. Mauricio foi procurar no dicionário o que a palavra significava. Não gostou do que leu.
E encontrou solução dentro de casa: Mônica, uma de suas filhas. Nos quadrinhos, a menina se tornaria a nêmesis baixinha, gorducha e dentuça do Cebolinha. E ela chegou se impondo: “A Mônica é uma menina que, já naquela época, nasceu empoderada. Nos anos 1960, as mulheres queriam alguém que as representasse, que comandasse e reagisse. A Mônica virou a dona da rua a pedido dos próprios leitores.” É o que diz a própria... Mônica. A de carne e osso. Mônica Spada e Sousa é, hoje, diretora executiva da Mauricio de Sousa Produções.
Com a Mônica, as tirinhas viraram gibi para valer. A primeira revista da baixinha surgiu em 1970. Com uma tiragem de 200 mil exemplares, era o maior número de impressões para um personagem nacional.
(Ingrid Luísa, “O plano realmente infalível de Mauricio de Sousa”. Superinteressante, junho de 2019)
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O impacto da Mônica
Depois de Bidu e Franjinha, o leque de personagens de Mauricio de Sousa cresceu, com Horácio, Piteco, Titi e Jeremias. Em 1960, nascia o Cebolinha, inspirado em um galotinho da infância de Mauricio, em Mogi das Cruzes, que também trocava as letras.
O primeiro problema? Seus personagens eram todos homens – à exceção de Maria Cebolinha, que era apenas um bebê. Pegou mal. Um de seus colegas na Folha chegou a dizer: “Você parece misógino...”. Mauricio foi procurar no dicionário o que a palavra significava. Não gostou do que leu.
E encontrou solução dentro de casa: Mônica, uma de suas filhas. Nos quadrinhos, a menina se tornaria a nêmesis baixinha, gorducha e dentuça do Cebolinha. E ela chegou se impondo: “A Mônica é uma menina que, já naquela época, nasceu empoderada. Nos anos 1960, as mulheres queriam alguém que as representasse, que comandasse e reagisse. A Mônica virou a dona da rua a pedido dos próprios leitores.” É o que diz a própria... Mônica. A de carne e osso. Mônica Spada e Sousa é, hoje, diretora executiva da Mauricio de Sousa Produções.
Com a Mônica, as tirinhas viraram gibi para valer. A primeira revista da baixinha surgiu em 1970. Com uma tiragem de 200 mil exemplares, era o maior número de impressões para um personagem nacional.
(Ingrid Luísa, “O plano realmente infalível de Mauricio de Sousa”. Superinteressante, junho de 2019)
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O impacto da Mônica
Depois de Bidu e Franjinha, o leque de personagens de Mauricio de Sousa cresceu, com Horácio, Piteco, Titi e Jeremias. Em 1960, nascia o Cebolinha, inspirado em um galotinho da infância de Mauricio, em Mogi das Cruzes, que também trocava as letras.
O primeiro problema? Seus personagens eram todos homens – à exceção de Maria Cebolinha, que era apenas um bebê. Pegou mal. Um de seus colegas na Folha chegou a dizer: “Você parece misógino...”. Mauricio foi procurar no dicionário o que a palavra significava. Não gostou do que leu.
E encontrou solução dentro de casa: Mônica, uma de suas filhas. Nos quadrinhos, a menina se tornaria a nêmesis baixinha, gorducha e dentuça do Cebolinha. E ela chegou se impondo: “A Mônica é uma menina que, já naquela época, nasceu empoderada. Nos anos 1960, as mulheres queriam alguém que as representasse, que comandasse e reagisse. A Mônica virou a dona da rua a pedido dos próprios leitores.” É o que diz a própria... Mônica. A de carne e osso. Mônica Spada e Sousa é, hoje, diretora executiva da Mauricio de Sousa Produções.
Com a Mônica, as tirinhas viraram gibi para valer. A primeira revista da baixinha surgiu em 1970. Com uma tiragem de 200 mil exemplares, era o maior número de impressões para um personagem nacional.
(Ingrid Luísa, “O plano realmente infalível de Mauricio de Sousa”. Superinteressante, junho de 2019)
A força do movimento feminista é uma característica da década atual. As passeatas e manifestações em defesa das mulheres e contra a violência sexual, o coro unido do “Não é não”, a dissonância política são demonstrações inequívocas disso. De certa maneira, ecoam movimentos contestadores que surgiram desde 2008, como os protestos do acampamento “Occupy Wall Street” nos Estados Unidos, as grandes manifestações na Índia contra o estupro e as passeatas gigantescas na Argentina em defesa do direito ao aborto.
No campo intelectual, pesquisadoras mundo afora se debruçaram na busca por respostas a questões complexas: que resultados as antigas feministas conseguiram e quão adequados eles foram para as necessidades das mulheres? Que mudanças foram trazidas globalmente para alterar relações injustas de gênero? O poder masculino na esfera pública ruiu na mesma velocidade que na esfera particular ou se transferiu de um polo para outro?
Não são poucos os estudos a apontar que os avanços na igualdade de gênero têm andado de mãos dadas com o crescimento da desigualdade socioeconômica pelo mundo.
A britânica Susan Watkins, editora da revista New Left Review, publicou um longo ensaio em que analisa as principais conquistas do feminismo global nos últimos 25 anos. Disse que, sem dúvida, o maior ganho foi um notável avanço de conhecimento, com a expansão da coleta de dados, estudos de campo e análise comparativa.
“A mudança social concreta atribuível à agenda feminista global, entretanto, tem sido menor e está em grande parte concentrada no topo da pirâmide social. O mais significativo tem sido o aumento de mulheres jovens no ensino superior, em parte devido à expansão dos sistemas universitários na China, no Oriente Médio e na América Latina. No plano político, a proporção total de mulheres nos parlamentos nacionais aumentou de 12% em 1997 para 24% em 2017, com alguns dos maiores aumentos na América Latina (53% na Bolívia); a eficiência com que essas gestões femininas representam os interesses das mulheres, uma vez eleitas, é outra questão”, analisou.
(Victor Calcagno, “Sobre o feminismo”. Época, 17.06.2019. Adaptado)
A força do movimento feminista é uma característica da década atual. As passeatas e manifestações em defesa das mulheres e contra a violência sexual, o coro unido do “Não é não”, a dissonância política são demonstrações inequívocas disso. De certa maneira, ecoam movimentos contestadores que surgiram desde 2008, como os protestos do acampamento “Occupy Wall Street” nos Estados Unidos, as grandes manifestações na Índia contra o estupro e as passeatas gigantescas na Argentina em defesa do direito ao aborto.
No campo intelectual, pesquisadoras mundo afora se debruçaram na busca por respostas a questões complexas: que resultados as antigas feministas conseguiram e quão adequados eles foram para as necessidades das mulheres? Que mudanças foram trazidas globalmente para alterar relações injustas de gênero? O poder masculino na esfera pública ruiu na mesma velocidade que na esfera particular ou se transferiu de um polo para outro?
Não são poucos os estudos a apontar que os avanços na igualdade de gênero têm andado de mãos dadas com o crescimento da desigualdade socioeconômica pelo mundo.
A britânica Susan Watkins, editora da revista New Left Review, publicou um longo ensaio em que analisa as principais conquistas do feminismo global nos últimos 25 anos. Disse que, sem dúvida, o maior ganho foi um notável avanço de conhecimento, com a expansão da coleta de dados, estudos de campo e análise comparativa.
“A mudança social concreta atribuível à agenda feminista global, entretanto, tem sido menor e está em grande parte concentrada no topo da pirâmide social. O mais significativo tem sido o aumento de mulheres jovens no ensino superior, em parte devido à expansão dos sistemas universitários na China, no Oriente Médio e na América Latina. No plano político, a proporção total de mulheres nos parlamentos nacionais aumentou de 12% em 1997 para 24% em 2017, com alguns dos maiores aumentos na América Latina (53% na Bolívia); a eficiência com que essas gestões femininas representam os interesses das mulheres, uma vez eleitas, é outra questão”, analisou.
(Victor Calcagno, “Sobre o feminismo”. Época, 17.06.2019. Adaptado)
A força do movimento feminista é uma característica da década atual. As passeatas e manifestações em defesa das mulheres e contra a violência sexual, o coro unido do “Não é não”, a dissonância política são demonstrações inequívocas disso. De certa maneira, ecoam movimentos contestadores que surgiram desde 2008, como os protestos do acampamento “Occupy Wall Street” nos Estados Unidos, as grandes manifestações na Índia contra o estupro e as passeatas gigantescas na Argentina em defesa do direito ao aborto.
No campo intelectual, pesquisadoras mundo afora se debruçaram na busca por respostas a questões complexas: que resultados as antigas feministas conseguiram e quão adequados eles foram para as necessidades das mulheres? Que mudanças foram trazidas globalmente para alterar relações injustas de gênero? O poder masculino na esfera pública ruiu na mesma velocidade que na esfera particular ou se transferiu de um polo para outro?
Não são poucos os estudos a apontar que os avanços na igualdade de gênero têm andado de mãos dadas com o crescimento da desigualdade socioeconômica pelo mundo.
A britânica Susan Watkins, editora da revista New Left Review, publicou um longo ensaio em que analisa as principais conquistas do feminismo global nos últimos 25 anos. Disse que, sem dúvida, o maior ganho foi um notável avanço de conhecimento, com a expansão da coleta de dados, estudos de campo e análise comparativa.
“A mudança social concreta atribuível à agenda feminista global, entretanto, tem sido menor e está em grande parte concentrada no topo da pirâmide social. O mais significativo tem sido o aumento de mulheres jovens no ensino superior, em parte devido à expansão dos sistemas universitários na China, no Oriente Médio e na América Latina. No plano político, a proporção total de mulheres nos parlamentos nacionais aumentou de 12% em 1997 para 24% em 2017, com alguns dos maiores aumentos na América Latina (53% na Bolívia); a eficiência com que essas gestões femininas representam os interesses das mulheres, uma vez eleitas, é outra questão”, analisou.
(Victor Calcagno, “Sobre o feminismo”. Época, 17.06.2019. Adaptado)
O impacto da Mônica
Depois de Bidu e Franjinha, o leque de personagens de Mauricio de Sousa cresceu, com Horácio, Piteco, Titi e Jeremias. Em 1960, nascia o Cebolinha, inspirado em um galotinho da infância de Mauricio, em Mogi das Cruzes, que também trocava as letras.
O primeiro problema? Seus personagens eram todos homens – à exceção de Maria Cebolinha, que era apenas um bebê. Pegou mal. Um de seus colegas na Folha chegou a dizer: “Você parece misógino...”. Mauricio foi procurar no dicionário o que a palavra significava. Não gostou do que leu.
E encontrou solução dentro de casa: Mônica, uma de suas filhas. Nos quadrinhos, a menina se tornaria a nêmesis baixinha, gorducha e dentuça do Cebolinha. E ela chegou se impondo: “A Mônica é uma menina que, já naquela época, nasceu empoderada. Nos anos 1960, as mulheres queriam alguém que as representasse, que comandasse e reagisse. A Mônica virou a dona da rua a pedido dos próprios leitores.” É o que diz a própria... Mônica. A de carne e osso. Mônica Spada e Sousa é, hoje, diretora executiva da Mauricio de Sousa Produções.
Com a Mônica, as tirinhas viraram gibi para valer. A primeira revista da baixinha surgiu em 1970. Com uma tiragem de 200 mil exemplares, era o maior número de impressões para um personagem nacional.
(Ingrid Luísa, “O plano realmente infalível de Mauricio de Sousa”.
Superinteressante, junho de 2019)
Leia a tira.
(http://turmadamonica.uol.com.br)
A frase “Não acredito!!” e o diminutivo do adjetivo “sujinho”
expressam, respectivamente, sentido de
Muitas mães pedem aos filhos que não fumem, ____ saberem que é prejudicial ____ saúde. Porém, muitos deles nem ____ escutam.
As lacunas das frases devem ser preenchidas, respectivamente e de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, por
Leia o texto para responder à questão.
O mundo não é maternal
É bom ter mãe quando se é criança, mas também é bom quando se é adulto. Na adolescência se pensa que seria possível viver melhor sem ela, mas é erro de cálculo. Mãe é bom em qualquer idade. Sem ela, ficamos órfãos de tudo, já que o mundo lá fora não é nem um pouco maternal conosco.
O mundo não se importa se estamos desagasalhados e passando fome. Não liga se virarmos a noite na rua. O mundo quer defender o seu, não o nosso. O mundo quer que fiquemos horas ao telefone, torrando dinheiro. Quer que nos casemos logo para comprar um apartamento que vai nos deixar endividados por vinte anos. O mundo quer que andemos na moda, troquemos de carro, tenhamos boa aparência, nem que para isso tenhamos que estourar o cartão de crédito.
Mãe também quer que os filhos tenham boa aparência, mas está mais preocupada com nosso banho, com os nossos dentes e os nossos ouvidos, com a nossa limpeza interna: não quer que os filhos se droguem nem bebam.
O mundo nos olha superficialmente. Não detecta nossa tristeza, nosso abatimento. O mundo nos quer lindos e vitoriosos. O mundo não se preocupa se estamos com febre, não penteia nosso cabelo, não nos oferece um pedaço de bolo. Quando não concorda conosco, nos pune, nos rotula, nos exclui. O mundo não tem doçura, não tem paciência, não quer nos ouvir. O mundo pergunta quantos eletrodomésticos temos em casa, mas não quer saber dos nossos medos de infância, das nossas notas no colégio, de como foi duro arranjar o primeiro emprego.
Mãe é de outro mundo. Sofre no lugar dos filhos, preocupa-se com detalhes e tenta adivinhar as vontades deles. Enquanto o mundo exige eficiência máxima e cobra caro pelo seu tempo, mãe é de graça.
(Martha Medeiros. Non-stop. Porto Alegre: L&PM, 2012. Adaptado)
Leia o texto para responder à questão.
O mundo não é maternal
É bom ter mãe quando se é criança, mas também é bom quando se é adulto. Na adolescência se pensa que seria possível viver melhor sem ela, mas é erro de cálculo. Mãe é bom em qualquer idade. Sem ela, ficamos órfãos de tudo, já que o mundo lá fora não é nem um pouco maternal conosco.
O mundo não se importa se estamos desagasalhados e passando fome. Não liga se virarmos a noite na rua. O mundo quer defender o seu, não o nosso. O mundo quer que fiquemos horas ao telefone, torrando dinheiro. Quer que nos casemos logo para comprar um apartamento que vai nos deixar endividados por vinte anos. O mundo quer que andemos na moda, troquemos de carro, tenhamos boa aparência, nem que para isso tenhamos que estourar o cartão de crédito.
Mãe também quer que os filhos tenham boa aparência, mas está mais preocupada com nosso banho, com os nossos dentes e os nossos ouvidos, com a nossa limpeza interna: não quer que os filhos se droguem nem bebam.
O mundo nos olha superficialmente. Não detecta nossa tristeza, nosso abatimento. O mundo nos quer lindos e vitoriosos. O mundo não se preocupa se estamos com febre, não penteia nosso cabelo, não nos oferece um pedaço de bolo. Quando não concorda conosco, nos pune, nos rotula, nos exclui. O mundo não tem doçura, não tem paciência, não quer nos ouvir. O mundo pergunta quantos eletrodomésticos temos em casa, mas não quer saber dos nossos medos de infância, das nossas notas no colégio, de como foi duro arranjar o primeiro emprego.
Mãe é de outro mundo. Sofre no lugar dos filhos, preocupa-se com detalhes e tenta adivinhar as vontades deles. Enquanto o mundo exige eficiência máxima e cobra caro pelo seu tempo, mãe é de graça.
(Martha Medeiros. Non-stop. Porto Alegre: L&PM, 2012. Adaptado)
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O mundo não é maternal
É bom ter mãe quando se é criança, mas também é bom quando se é adulto. Na adolescência se pensa que seria possível viver melhor sem ela, mas é erro de cálculo. Mãe é bom em qualquer idade. Sem ela, ficamos órfãos de tudo, já que o mundo lá fora não é nem um pouco maternal conosco.
O mundo não se importa se estamos desagasalhados e passando fome. Não liga se virarmos a noite na rua. O mundo quer defender o seu, não o nosso. O mundo quer que fiquemos horas ao telefone, torrando dinheiro. Quer que nos casemos logo para comprar um apartamento que vai nos deixar endividados por vinte anos. O mundo quer que andemos na moda, troquemos de carro, tenhamos boa aparência, nem que para isso tenhamos que estourar o cartão de crédito.
Mãe também quer que os filhos tenham boa aparência, mas está mais preocupada com nosso banho, com os nossos dentes e os nossos ouvidos, com a nossa limpeza interna: não quer que os filhos se droguem nem bebam.
O mundo nos olha superficialmente. Não detecta nossa tristeza, nosso abatimento. O mundo nos quer lindos e vitoriosos. O mundo não se preocupa se estamos com febre, não penteia nosso cabelo, não nos oferece um pedaço de bolo. Quando não concorda conosco, nos pune, nos rotula, nos exclui. O mundo não tem doçura, não tem paciência, não quer nos ouvir. O mundo pergunta quantos eletrodomésticos temos em casa, mas não quer saber dos nossos medos de infância, das nossas notas no colégio, de como foi duro arranjar o primeiro emprego.
Mãe é de outro mundo. Sofre no lugar dos filhos, preocupa-se com detalhes e tenta adivinhar as vontades deles. Enquanto o mundo exige eficiência máxima e cobra caro pelo seu tempo, mãe é de graça.
(Martha Medeiros. Non-stop. Porto Alegre: L&PM, 2012. Adaptado)
Leia o texto para responder à questão.
O mundo não é maternal
É bom ter mãe quando se é criança, mas também é bom quando se é adulto. Na adolescência se pensa que seria possível viver melhor sem ela, mas é erro de cálculo. Mãe é bom em qualquer idade. Sem ela, ficamos órfãos de tudo, já que o mundo lá fora não é nem um pouco maternal conosco.
O mundo não se importa se estamos desagasalhados e passando fome. Não liga se virarmos a noite na rua. O mundo quer defender o seu, não o nosso. O mundo quer que fiquemos horas ao telefone, torrando dinheiro. Quer que nos casemos logo para comprar um apartamento que vai nos deixar endividados por vinte anos. O mundo quer que andemos na moda, troquemos de carro, tenhamos boa aparência, nem que para isso tenhamos que estourar o cartão de crédito.
Mãe também quer que os filhos tenham boa aparência, mas está mais preocupada com nosso banho, com os nossos dentes e os nossos ouvidos, com a nossa limpeza interna: não quer que os filhos se droguem nem bebam.
O mundo nos olha superficialmente. Não detecta nossa tristeza, nosso abatimento. O mundo nos quer lindos e vitoriosos. O mundo não se preocupa se estamos com febre, não penteia nosso cabelo, não nos oferece um pedaço de bolo. Quando não concorda conosco, nos pune, nos rotula, nos exclui. O mundo não tem doçura, não tem paciência, não quer nos ouvir. O mundo pergunta quantos eletrodomésticos temos em casa, mas não quer saber dos nossos medos de infância, das nossas notas no colégio, de como foi duro arranjar o primeiro emprego.
Mãe é de outro mundo. Sofre no lugar dos filhos, preocupa-se com detalhes e tenta adivinhar as vontades deles. Enquanto o mundo exige eficiência máxima e cobra caro pelo seu tempo, mãe é de graça.
(Martha Medeiros. Non-stop. Porto Alegre: L&PM, 2012. Adaptado)
Leia o texto para responder à questão.
O mundo não é maternal
É bom ter mãe quando se é criança, mas também é bom quando se é adulto. Na adolescência se pensa que seria possível viver melhor sem ela, mas é erro de cálculo. Mãe é bom em qualquer idade. Sem ela, ficamos órfãos de tudo, já que o mundo lá fora não é nem um pouco maternal conosco.
O mundo não se importa se estamos desagasalhados e passando fome. Não liga se virarmos a noite na rua. O mundo quer defender o seu, não o nosso. O mundo quer que fiquemos horas ao telefone, torrando dinheiro. Quer que nos casemos logo para comprar um apartamento que vai nos deixar endividados por vinte anos. O mundo quer que andemos na moda, troquemos de carro, tenhamos boa aparência, nem que para isso tenhamos que estourar o cartão de crédito.
Mãe também quer que os filhos tenham boa aparência, mas está mais preocupada com nosso banho, com os nossos dentes e os nossos ouvidos, com a nossa limpeza interna: não quer que os filhos se droguem nem bebam.
O mundo nos olha superficialmente. Não detecta nossa tristeza, nosso abatimento. O mundo nos quer lindos e vitoriosos. O mundo não se preocupa se estamos com febre, não penteia nosso cabelo, não nos oferece um pedaço de bolo. Quando não concorda conosco, nos pune, nos rotula, nos exclui. O mundo não tem doçura, não tem paciência, não quer nos ouvir. O mundo pergunta quantos eletrodomésticos temos em casa, mas não quer saber dos nossos medos de infância, das nossas notas no colégio, de como foi duro arranjar o primeiro emprego.
Mãe é de outro mundo. Sofre no lugar dos filhos, preocupa-se com detalhes e tenta adivinhar as vontades deles. Enquanto o mundo exige eficiência máxima e cobra caro pelo seu tempo, mãe é de graça.
(Martha Medeiros. Non-stop. Porto Alegre: L&PM, 2012. Adaptado)
Considere os trechos do texto:
“Não detecta nossa tristeza, nosso abatimento.”
“Sofre no lugar dos filhos, preocupa-se com detalhes e tenta adivinhar...”
As palavras destacadas podem ser substituídas, respectivamente e sem alteração de sentido, por:
Leia o texto para responder à questão.
O mundo não é maternal
É bom ter mãe quando se é criança, mas também é bom quando se é adulto. Na adolescência se pensa que seria possível viver melhor sem ela, mas é erro de cálculo. Mãe é bom em qualquer idade. Sem ela, ficamos órfãos de tudo, já que o mundo lá fora não é nem um pouco maternal conosco.
O mundo não se importa se estamos desagasalhados e passando fome. Não liga se virarmos a noite na rua. O mundo quer defender o seu, não o nosso. O mundo quer que fiquemos horas ao telefone, torrando dinheiro. Quer que nos casemos logo para comprar um apartamento que vai nos deixar endividados por vinte anos. O mundo quer que andemos na moda, troquemos de carro, tenhamos boa aparência, nem que para isso tenhamos que estourar o cartão de crédito.
Mãe também quer que os filhos tenham boa aparência, mas está mais preocupada com nosso banho, com os nossos dentes e os nossos ouvidos, com a nossa limpeza interna: não quer que os filhos se droguem nem bebam.
O mundo nos olha superficialmente. Não detecta nossa tristeza, nosso abatimento. O mundo nos quer lindos e vitoriosos. O mundo não se preocupa se estamos com febre, não penteia nosso cabelo, não nos oferece um pedaço de bolo. Quando não concorda conosco, nos pune, nos rotula, nos exclui. O mundo não tem doçura, não tem paciência, não quer nos ouvir. O mundo pergunta quantos eletrodomésticos temos em casa, mas não quer saber dos nossos medos de infância, das nossas notas no colégio, de como foi duro arranjar o primeiro emprego.
Mãe é de outro mundo. Sofre no lugar dos filhos, preocupa-se com detalhes e tenta adivinhar as vontades deles. Enquanto o mundo exige eficiência máxima e cobra caro pelo seu tempo, mãe é de graça.
(Martha Medeiros. Non-stop. Porto Alegre: L&PM, 2012. Adaptado)
Leia o texto para responder à questão.
O mundo não é maternal
É bom ter mãe quando se é criança, mas também é bom quando se é adulto. Na adolescência se pensa que seria possível viver melhor sem ela, mas é erro de cálculo. Mãe é bom em qualquer idade. Sem ela, ficamos órfãos de tudo, já que o mundo lá fora não é nem um pouco maternal conosco.
O mundo não se importa se estamos desagasalhados e passando fome. Não liga se virarmos a noite na rua. O mundo quer defender o seu, não o nosso. O mundo quer que fiquemos horas ao telefone, torrando dinheiro. Quer que nos casemos logo para comprar um apartamento que vai nos deixar endividados por vinte anos. O mundo quer que andemos na moda, troquemos de carro, tenhamos boa aparência, nem que para isso tenhamos que estourar o cartão de crédito.
Mãe também quer que os filhos tenham boa aparência, mas está mais preocupada com nosso banho, com os nossos dentes e os nossos ouvidos, com a nossa limpeza interna: não quer que os filhos se droguem nem bebam.
O mundo nos olha superficialmente. Não detecta nossa tristeza, nosso abatimento. O mundo nos quer lindos e vitoriosos. O mundo não se preocupa se estamos com febre, não penteia nosso cabelo, não nos oferece um pedaço de bolo. Quando não concorda conosco, nos pune, nos rotula, nos exclui. O mundo não tem doçura, não tem paciência, não quer nos ouvir. O mundo pergunta quantos eletrodomésticos temos em casa, mas não quer saber dos nossos medos de infância, das nossas notas no colégio, de como foi duro arranjar o primeiro emprego.
Mãe é de outro mundo. Sofre no lugar dos filhos, preocupa-se com detalhes e tenta adivinhar as vontades deles. Enquanto o mundo exige eficiência máxima e cobra caro pelo seu tempo, mãe é de graça.
(Martha Medeiros. Non-stop. Porto Alegre: L&PM, 2012. Adaptado)
Leia o texto para responder à questão.
A maioria dos estudos científicos são financiados porque alguém acredita que eles podem ajudar a alcançar algum objetivo político, econômico ou religioso. Considere o seguinte dilema: dois biólogos do mesmo departamento, tendo as mesmas habilidades profissionais, candidataram-se a uma bolsa de 1 milhão de dólares para financiar seus projetos de pesquisa atuais. O professor Slughorn quer estudar uma doença que infecta os úberes de vacas, causando uma redução de 10% em sua produção de leite. A professora Sprout quer estudar se as vacas sofrem mentalmente quando são separadas dos bezerros. Presumindo que a quantidade de dinheiro é limitada e que é impossível financiar ambos os projetos de pesquisa, qual dos dois deve ser financiado?
Não há uma resposta científica para essa pergunta. Há apenas respostas políticas, econômicas e religiosas. No mundo de hoje, é óbvio que Slughorn tem maior chance de obter o dinheiro. Não porque as doenças do úbere sejam cientificamente mais interessantes do que a mentalidade bovina, mas porque a indústria leiteira, que está em posição de se beneficiar da pesquisa, tem mais influência política e econômica do que os defensores dos direitos dos animais.
(Yuval Noah Harari. Sapiens – uma breve história da humanidade. Trad. Janaína Marcoantonio. Porto Alegre, L&PM, 2015. Adaptado)
Leia o texto para responder à questão.
A maioria dos estudos científicos são financiados porque alguém acredita que eles podem ajudar a alcançar algum objetivo político, econômico ou religioso. Considere o seguinte dilema: dois biólogos do mesmo departamento, tendo as mesmas habilidades profissionais, candidataram-se a uma bolsa de 1 milhão de dólares para financiar seus projetos de pesquisa atuais. O professor Slughorn quer estudar uma doença que infecta os úberes de vacas, causando uma redução de 10% em sua produção de leite. A professora Sprout quer estudar se as vacas sofrem mentalmente quando são separadas dos bezerros. Presumindo que a quantidade de dinheiro é limitada e que é impossível financiar ambos os projetos de pesquisa, qual dos dois deve ser financiado?
Não há uma resposta científica para essa pergunta. Há apenas respostas políticas, econômicas e religiosas. No mundo de hoje, é óbvio que Slughorn tem maior chance de obter o dinheiro. Não porque as doenças do úbere sejam cientificamente mais interessantes do que a mentalidade bovina, mas porque a indústria leiteira, que está em posição de se beneficiar da pesquisa, tem mais influência política e econômica do que os defensores dos direitos dos animais.
(Yuval Noah Harari. Sapiens – uma breve história da humanidade. Trad. Janaína Marcoantonio. Porto Alegre, L&PM, 2015. Adaptado)