Questões de Concurso Comentadas sobre português para selecon

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Q2231838 Português
Leia o texto a seguir:

O inverno
Rubem Braga

Foi a mais estranha manhã que tenho visto no Rio, essa de sexta-feira. Depois de uma noite de lua veio um vento que amontoou nuvens baixas sobre a cidade e, de súbito, desfechou uma chuva forte, com jeito de chuva de verão. Mas sem aquela pressão e eletricidade desses temporais que se formam atrás das montanhas de pedras, como bandidos que se juntam para um assalto ― e de súbito rebentam sobre as casas, entre relâmpagos e trovoadas.

O temporal matutino veio com um vento quase frio, e às onze horas da manhã o ar estava escuro e ao mesmo tempo leve como de madrugada. Na minha rua, com a tristeza das árvores podadas, o asfalto molhado tinha um reflexo tão triste, uma luz pálida de olhos de pessoa doente.

E aquela escuridão era como um dia de fim de outono na França, esses dias em que a cidade grande assume um ar egoísta, apressado, ao mesmo tempo brutal e cheio de tédio. O inverno! Pode-se amá-lo nas montanhas cobertas de neve e de sol e nas noites urbanas, quando as mulheres esplendem entre os grandes casacos macios, no meio das luzes. Mas a rua diuturna é triste e feroz quando a neve se transforma em lama e o vento gelado esbofeteia o transeunte.

A tristeza pior, que mais de uma vez me apertou o coração, é, entretanto, a desse fim de outono, um desses dias escuros, molhados e frios, que dizem que o inverno vai começar, que ele já está chegando, e que é preciso dar adeus aos belos dias de sol em que é doce andar lentamente pelas ruas.

Essa estranha manhã do Rio me trouxe a mesma sensação desses dias sujos, deprimentes, do começo de inverno em Paris, em que nos dá uma vontade súbita de embarcar para um Brasil qualquer em que haja luz e calor, em que a gente possa sair com um calção de banho e andar na praia, ao sol ― o pobre condenado a meses de capote, cachecol, chapéu, sapato pesado, ar cheio de fumo e vento frio.

Mas o dia avançou um pouco e, como num milagre, as nuvens sumiram e veio um sol tão claro e fino sobre a cidade molhada que a cidade esplendeu no ar limpo, viva como risada de criança. E, por um instante, surpreendi nas pessoas um olhar novo, reconhecido, quase feliz, como se tivéssemos saído afinal da escuridão de um torpe, longo inverno. A cidade renascia com tanta beleza que dava vontade de fazer como na roça, e a todo ser humano que passasse dizer, com uma leve emoção ― bom dia.

Fonte: https://ocjht.mgmonline.online. Acesso em 20/05/2023 
“Depois de uma noite de lua veio um vento que amontoou nuvens baixas sobre a cidade” (1º parágrafo). Nesse trecho, o verbo destacado está no mesmo modo e tempo da palavra destacada em:
Alternativas
Q2231837 Português
Leia o texto a seguir:

O inverno
Rubem Braga

Foi a mais estranha manhã que tenho visto no Rio, essa de sexta-feira. Depois de uma noite de lua veio um vento que amontoou nuvens baixas sobre a cidade e, de súbito, desfechou uma chuva forte, com jeito de chuva de verão. Mas sem aquela pressão e eletricidade desses temporais que se formam atrás das montanhas de pedras, como bandidos que se juntam para um assalto ― e de súbito rebentam sobre as casas, entre relâmpagos e trovoadas.

O temporal matutino veio com um vento quase frio, e às onze horas da manhã o ar estava escuro e ao mesmo tempo leve como de madrugada. Na minha rua, com a tristeza das árvores podadas, o asfalto molhado tinha um reflexo tão triste, uma luz pálida de olhos de pessoa doente.

E aquela escuridão era como um dia de fim de outono na França, esses dias em que a cidade grande assume um ar egoísta, apressado, ao mesmo tempo brutal e cheio de tédio. O inverno! Pode-se amá-lo nas montanhas cobertas de neve e de sol e nas noites urbanas, quando as mulheres esplendem entre os grandes casacos macios, no meio das luzes. Mas a rua diuturna é triste e feroz quando a neve se transforma em lama e o vento gelado esbofeteia o transeunte.

A tristeza pior, que mais de uma vez me apertou o coração, é, entretanto, a desse fim de outono, um desses dias escuros, molhados e frios, que dizem que o inverno vai começar, que ele já está chegando, e que é preciso dar adeus aos belos dias de sol em que é doce andar lentamente pelas ruas.

Essa estranha manhã do Rio me trouxe a mesma sensação desses dias sujos, deprimentes, do começo de inverno em Paris, em que nos dá uma vontade súbita de embarcar para um Brasil qualquer em que haja luz e calor, em que a gente possa sair com um calção de banho e andar na praia, ao sol ― o pobre condenado a meses de capote, cachecol, chapéu, sapato pesado, ar cheio de fumo e vento frio.

Mas o dia avançou um pouco e, como num milagre, as nuvens sumiram e veio um sol tão claro e fino sobre a cidade molhada que a cidade esplendeu no ar limpo, viva como risada de criança. E, por um instante, surpreendi nas pessoas um olhar novo, reconhecido, quase feliz, como se tivéssemos saído afinal da escuridão de um torpe, longo inverno. A cidade renascia com tanta beleza que dava vontade de fazer como na roça, e a todo ser humano que passasse dizer, com uma leve emoção ― bom dia.

Fonte: https://ocjht.mgmonline.online. Acesso em 20/05/2023 
No trecho “Mas o dia avançou um pouco e, como num milagre, as nuvens sumiram e veio um sol tão claro e fino sobre a cidade molhada que a cidade esplendeu no ar limpo, viva como risada de criança” (6º parágrafo), o elemento destacado introduz uma: 
Alternativas
Q2231836 Português
Leia o texto a seguir:

O inverno
Rubem Braga

Foi a mais estranha manhã que tenho visto no Rio, essa de sexta-feira. Depois de uma noite de lua veio um vento que amontoou nuvens baixas sobre a cidade e, de súbito, desfechou uma chuva forte, com jeito de chuva de verão. Mas sem aquela pressão e eletricidade desses temporais que se formam atrás das montanhas de pedras, como bandidos que se juntam para um assalto ― e de súbito rebentam sobre as casas, entre relâmpagos e trovoadas.

O temporal matutino veio com um vento quase frio, e às onze horas da manhã o ar estava escuro e ao mesmo tempo leve como de madrugada. Na minha rua, com a tristeza das árvores podadas, o asfalto molhado tinha um reflexo tão triste, uma luz pálida de olhos de pessoa doente.

E aquela escuridão era como um dia de fim de outono na França, esses dias em que a cidade grande assume um ar egoísta, apressado, ao mesmo tempo brutal e cheio de tédio. O inverno! Pode-se amá-lo nas montanhas cobertas de neve e de sol e nas noites urbanas, quando as mulheres esplendem entre os grandes casacos macios, no meio das luzes. Mas a rua diuturna é triste e feroz quando a neve se transforma em lama e o vento gelado esbofeteia o transeunte.

A tristeza pior, que mais de uma vez me apertou o coração, é, entretanto, a desse fim de outono, um desses dias escuros, molhados e frios, que dizem que o inverno vai começar, que ele já está chegando, e que é preciso dar adeus aos belos dias de sol em que é doce andar lentamente pelas ruas.

Essa estranha manhã do Rio me trouxe a mesma sensação desses dias sujos, deprimentes, do começo de inverno em Paris, em que nos dá uma vontade súbita de embarcar para um Brasil qualquer em que haja luz e calor, em que a gente possa sair com um calção de banho e andar na praia, ao sol ― o pobre condenado a meses de capote, cachecol, chapéu, sapato pesado, ar cheio de fumo e vento frio.

Mas o dia avançou um pouco e, como num milagre, as nuvens sumiram e veio um sol tão claro e fino sobre a cidade molhada que a cidade esplendeu no ar limpo, viva como risada de criança. E, por um instante, surpreendi nas pessoas um olhar novo, reconhecido, quase feliz, como se tivéssemos saído afinal da escuridão de um torpe, longo inverno. A cidade renascia com tanta beleza que dava vontade de fazer como na roça, e a todo ser humano que passasse dizer, com uma leve emoção ― bom dia.

Fonte: https://ocjht.mgmonline.online. Acesso em 20/05/2023 
No trecho “Mas sem aquela pressão e eletricidade desses temporais que se formam atrás das montanhas de pedras” (1º parágrafo), as palavras destacadas são respectivamente classificadas como:
Alternativas
Q2231833 Português
Leia o texto a seguir:

O inverno
Rubem Braga

Foi a mais estranha manhã que tenho visto no Rio, essa de sexta-feira. Depois de uma noite de lua veio um vento que amontoou nuvens baixas sobre a cidade e, de súbito, desfechou uma chuva forte, com jeito de chuva de verão. Mas sem aquela pressão e eletricidade desses temporais que se formam atrás das montanhas de pedras, como bandidos que se juntam para um assalto ― e de súbito rebentam sobre as casas, entre relâmpagos e trovoadas.

O temporal matutino veio com um vento quase frio, e às onze horas da manhã o ar estava escuro e ao mesmo tempo leve como de madrugada. Na minha rua, com a tristeza das árvores podadas, o asfalto molhado tinha um reflexo tão triste, uma luz pálida de olhos de pessoa doente.

E aquela escuridão era como um dia de fim de outono na França, esses dias em que a cidade grande assume um ar egoísta, apressado, ao mesmo tempo brutal e cheio de tédio. O inverno! Pode-se amá-lo nas montanhas cobertas de neve e de sol e nas noites urbanas, quando as mulheres esplendem entre os grandes casacos macios, no meio das luzes. Mas a rua diuturna é triste e feroz quando a neve se transforma em lama e o vento gelado esbofeteia o transeunte.

A tristeza pior, que mais de uma vez me apertou o coração, é, entretanto, a desse fim de outono, um desses dias escuros, molhados e frios, que dizem que o inverno vai começar, que ele já está chegando, e que é preciso dar adeus aos belos dias de sol em que é doce andar lentamente pelas ruas.

Essa estranha manhã do Rio me trouxe a mesma sensação desses dias sujos, deprimentes, do começo de inverno em Paris, em que nos dá uma vontade súbita de embarcar para um Brasil qualquer em que haja luz e calor, em que a gente possa sair com um calção de banho e andar na praia, ao sol ― o pobre condenado a meses de capote, cachecol, chapéu, sapato pesado, ar cheio de fumo e vento frio.

Mas o dia avançou um pouco e, como num milagre, as nuvens sumiram e veio um sol tão claro e fino sobre a cidade molhada que a cidade esplendeu no ar limpo, viva como risada de criança. E, por um instante, surpreendi nas pessoas um olhar novo, reconhecido, quase feliz, como se tivéssemos saído afinal da escuridão de um torpe, longo inverno. A cidade renascia com tanta beleza que dava vontade de fazer como na roça, e a todo ser humano que passasse dizer, com uma leve emoção ― bom dia.

Fonte: https://ocjht.mgmonline.online. Acesso em 20/05/2023 
Leia o trecho a seguir, para responder à questão:
O inverno! Pode-se amá-lo nas montanhas cobertas de neve e de sol e nas noites urbanas, quando as mulheres esplendem entre os grandes casacos macios, no meio das luzes. Mas a rua diuturna é triste e feroz quando a neve se transforma em lama e o vento gelado esbofeteia o transeunte (3º parágrafo).
A crônica é essencialmente um gênero narrativo, ou seja, cumpre o papel de relatar uma história real ou fictícia. Contudo, é possível haver trechos que cumpram outros papéis, como o de detalhar as características de elementos presentes no discurso. Considerando essas informações, o trecho destacado é predominantemente: 
Alternativas
Q2218494 Português
Texto 1
Leia o texto a seguir:

Não podemos mais acreditar em nada do que vemos?
Com inteligência artificial, até especialistas às vezes têm dificuldade para dizer se uma foto é real ou não

Ver não é crer há muito tempo. As fotos são falsificadas e manipuladas há quase tanto tempo quanto existe a fotografia.

Agora nem mesmo a realidade é necessária para que as fotos pareçam autênticas – apenas inteligência artificial respondendo a um comando. Mesmo os especialistas às vezes têm dificuldade para dizer se uma foto é real ou não. Você consegue?

O rápido advento da inteligência artificial disparou alarmes de que a tecnologia usada para enganar as pessoas está avançando muito mais depressa do que a tecnologia que identifica os truques. Empresas de tecnologia, pesquisadores, agências de fotografia e organizações de notícias estão se esforçando para se atualizar, tentando estabelecer padrões de proveniência e propriedade do conteúdo.

Os avanços já estão alimentando a desinformação e sendo usados para instigar divisões políticas. Governos autoritários criaram emissoras de notícias aparentemente realistas para promover seus objetivos políticos. No mês passado, algumas pessoas acreditaram em imagens que mostravam o papa Francisco vestindo uma jaqueta acolchoada e um terremoto devastando o noroeste do Pacífico, embora nenhum desses fatos tenha ocorrido. As imagens foram criadas usando o Midjourney, um popular gerador de imagens.

Na terça-feira (4), quando o ex-presidente americano Donald Trump se apresentou no gabinete do promotor distrital de Manhattan em Nova York para enfrentar acusações criminais, imagens geradas por inteligência artificial apareceram no Reddit mostrando o ator Bill Murray como presidente na Casa Branca. Outra imagem mostrando Trump marchando na frente de uma multidão com bandeiras americanas ao fundo foi rapidamente compartilhada novamente no Twitter sem a informação que acompanhava a postagem original, de que na verdade não era uma fotografia.

Especialistas temem que a tecnologia possa acelerar a erosão da confiança na mídia, no governo e na sociedade. Se qualquer imagem pode ser fabricada – e manipulada –, como podemos acreditar em alguma coisa que vemos?

“As ferramentas vão melhorar, vão ficar mais baratas e chegará o dia em que não poderemos acreditar em nada do que vemos na internet”, disse Wasim Khaled, CEO da Blackbird.AI, empresa que ajuda clientes a combater a desinformação.

A inteligência artificial permite que praticamente qualquer pessoa crie obras de arte complexas, como as agora expostas na galeria de arte Gagosian em Nova York, ou imagens realistas que borram a linha entre o que é real e o que é ficção. Insira uma descrição de texto e a tecnologia produzirá uma imagem relacionada, sem necessidade de habilidades especiais.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/tec/2023/04/nao-podemos-mais-acreditarem-nada-do-que-vemos.shtml?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_
“No mês passado, algumas pessoas acreditaram em imagens que mostravam o papa Francisco vestindo uma jaqueta” (4º parágrafo). Nesse trecho do texto, há:
Alternativas
Respostas
16: A
17: D
18: C
19: B
20: B