Questões de Concurso Sobre português para ibade

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Q3123716 Português
Leia a crônica de Carlos Drummond de Andrade – ANTIGAMENTE.
         Antigamente as moças chamavam-se “mademoiselles” e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhe pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levavam tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia.
         As pessoas, quando corriam, antigamente, era para tirar o pai da forca, e não caíam de cavalo magro. Algumas jogavam verde para colher maduro, e sabiam com quantos paus se faz uma canoa. O que não impedia que, nesse entremente, esse ou aquele embarcasse em canoa furada. Encontravam alguém que lhes passava a manta e azulava, dando às de Vila-Diogo.                   Os mais idosos, depois da janta, faziam o quilo, saindo para tomar a fresca; e também tomavam cautela de não apanhar o sereno. Os mais jovens, esses iam ao animatógrafo, chupando balas de alteia. Ou sonhavam em andar de aeroplano. Estes, de pouco siso, se metiam em camisa de onze varas e até em calças pardas; não admira que dessem com os burros n’água.
       Havia os que tomavam chá em criança e, ao visitarem uma família da maior consideração, sabiam cuspir na escarradeira. Se mandavam seus respeitos a alguém, o portador garantia-lhes: “Farei presente”. Outros, ao cruzarem com um sacerdote, tiravam o chapéu, exclamando: “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo”; ao que o cumprimentado respondia: “Para sempre seja louvado”. E os eruditos, se alguém espirrava – sinal de defluxo – eram impelidos a exortar: “Dominus tecum”.
         Embora sem saber da missa a metade, os presunçosos queriam ensinar padre-nosso ao vigário, e com isso punham a mão em cumbuca. Era natural que com eles se perdesse a tramontana. A pessoa cheia de melindres ficava sentida com a desfeita que lhe faziam quando, por exemplo, insinuavam que seu filho era artioso. É verdade que às vezes os meninos eram encapetados, e chegavam a pitar escondido atrás da igreja. As meninas não: verdadeiros cromos, umas teteias.
         Antigamente, certos tipos faziam negócios e ficavam a ver navios; outros eram pegados com a boca na botija, contavam tudo tintim-por-tintim e iam comer o pão que o diabo amassou, lá onde Judas perdeu as botas.
        Uns raros amarravam cachorros com linguiça. E alguns ouviam cantar o galo, mas não sabiam onde. As famílias faziam sortimento na venda, tinham conta no carniceiro e arrematavam qualquer quitanda que passasse à porta, desde que o moleque do tabuleiro, quase sempre um “cabrito”, não tivesse catinga. Acolhiam com satisfação a visita do cometa, que, andando por ceca e meca, traziam as novidades “de baixo”, ou seja, do Rio de Janeiro. Ele vinha dar uma prosa e deixar presente ao dono da casa um canivete roscofe. As donzelas punham carmim e chegavam à sacada para vê-lo apear do macho faceiro. Infelizmente, alguns eram mais que velhacos: eram grandessíssimos tratantes.
         Acontecia o indivíduo apanhar uma constipação; ficando perrengue, mandava um próprio chamar o doutor e, depois, ia à botica para aviar a receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas. Doença nefasta era a phtysica.
         Antigamente os sobrados tinham assombrações; os meninos, lombrigas; asthma, os gatos; os homens portavam ceroulas, botinas e capa de goma; a casimira tinha de ser superior e mesmo X.P.T.O. London; não havia fotógrafos, mas retratistas e os cristãos não morriam: descansavam. Mas tudo isso era antigamente, isto é, outrora.
(Carlos Drummond de Andrade, Quadrante, 14ª Edição, Rio de Janeiro, Editora do Autor, 1966)
Alternativas
Q3123715 Português
Leia o texto e marque a opção correta quanto ao texto.
MULHERES MADURAS Fabrício Carpinejar
Na adolescência ou na juventude, você se apaixona por uma pessoa. É uma paixão personalizada: quer alguém para fazer parte de sua rotina, para estar com você, próximo de você. Existe ciúme, possessividade, insegurança, medo de ser abandonado.
Na velhice, e só na velhice, você se apaixona por um estilo de vida. O patamar é outro: você anseia por existências surpreendentes.
É o que acontece frequentemente com as mulheres maduras. Os homens mais velhos ainda não lidam bem com a solidão e acabam se tornando mais dependentes e mais carrapatos. Têm horror ao vazio. Ficam mendigando uma reconciliação às ex-esposas quando são deixados pelos seus romances meteóricos com parceiras que têm a metade das suas idades. Buscam tardiamente corrimões nas alianças antigas para ficar novamente de pé.
Por sua vez, as mulheres maduras alcançam um extremo de sabedoria. Escolarizadas pelo espírito aventureiro, elas se desapegam da noção material e avarenta da presença.
Não é por acaso que apresentam uma longevidade maior do que a dos homens. Não se prendem à simbiose nem se subjugam a uma convivência.
Já estão num ponto das trajetórias em que não é qualquer fato que despertará a sua atenção. Viveram muito e já não se assustam com dores ou tragédias.
Sequer temem a solteirice. Idolatram a independência. Namoram, mas não casam. Não abrem mão da casa separada, de cada um com a sua família, dos horários a sós.
Apaixonam-se por obras de escritores, de músicos, de cineastas, por pensamentos, por teorias, por visões de mundo, como se fossem amores carnais. São capazes de sentir os mesmos arrepios e suspiros.
Matriculam-se em cursos e oficinas, escrevem livros, mudam de carreira.
Os prazeres não se restringem a estar acompanhadas. Antes povoam a alma com a sua própria companhia, vivenciando novas culturas e hábitos para aperfeiçoar a personalidade.
Exploram a ciência da sensibilidade. Pretendem viajar, sair, conversar, beber, gastar seu tempo ouvindo biografias interessantes e exóticas. Quanto mais fora da caixa, melhor o interlocutor.
Depois de fazer tudo pelos maridos, filhos e netos, cansaram-se das sombras, das desculpas, do futuro postergado.
Preferem as amizades aos relacionamentos amorosos, a lealdade à fidelidade.
São compreensivas com os erros humanos, com os percalços e, principalmente, com as suas dúvidas. A curiosidade é o motor das suas esperanças.
Não são reféns da jovialidade, da cultura da aparência. 
Encontraram algo superior no caminho: a vitalidade do autoconhecimento.
Descobriram que o coração não tem rugas. Que podem amar ideias, não somente pessoas.
Minha coluna no jornal Zero Hora, GZH, última página, Porto Alegre (RS), 5/10/2022
Alternativas
Q3123713 Português
Leia o texto abaixo e marque a alternativa correta conforme os comentários.
Nutricionista Marina Gusmão
Chamar alguém de plus size é mais "aceitável" do que chamar alguém de gorda, ou seja, o termo plus size se tornou um eufemismo para a palavra gorda. Mas por que precisamos de um termo mais “brando” para o adjetivo gorda? Por que tem que ter um nome específico para tamanhos maiores? Por que não existe um termo antagonista ao plus size, um “less size”? Por que o termo gord@ é ofensivo, mas o termo magr@ é elogio?
A palavra plus size não deveria servir como um “escudo”, porque a palavra gorda não é ofensiva. Pelo menos não deveria ter essa conotação. O número da balança não determina absolutamente nada sobre o seu caráter, os seus valores e a sua essência. Porém a mídia, por estar o tempo todo repetindo a mensagem de que gordura é sinônimo de fracasso, infelicidade, doença, e que o seu valor é determinado pelo número da balança, nós acreditamos que isso é um fato. É aquela história de água mole, pedra dura. Nós aceitamos que a frase “gorda é xingamento” sem questionar o porquê disso. Gordo não é um xingamento. Gordo é apenas uma característica física de uma pessoa, assim como alto/baixo. E como alto/baixo significa apenas DIFERENTE DE e não PIOR ou MELHOR QUE, a palavra gorda também deveria ter uma carga neutra. Particularmente, eu prefiro a palavra gorda, por ser mais honesta e menos preconceituosa.
@nutriricardodurante, em https://www.facebook.com/photo/?fbid=1935929506542&set=a.758961 699571668&_tn_=,0#f
Alternativas
Ano: 2024 Banca: IBADE Órgão: CRC-MS Prova: IBADE - 2024 - CRC-MS - Auxiliar Administrativo |
Q3102956 Português
A formação de palavras em português ocorre por diversos processos, incluindo derivação, composição e aglutinação. Com base nisso, qual das alternativas apresenta um exemplo de formação por derivação?
Alternativas
Ano: 2024 Banca: IBADE Órgão: CRC-MS Prova: IBADE - 2024 - CRC-MS - Auxiliar Administrativo |
Q3102954 Português
Em uma análise gramatical de uma frase, é fundamental identificar as classes de palavras que a compõem e o papel que desempenham na construção do sentido. Na frase "Ela comprou um carro vermelho", assinale a alternativa que corresponde à função de adjetivo.
Alternativas
Ano: 2024 Banca: IBADE Órgão: CRC-MS Prova: IBADE - 2024 - CRC-MS - Contador |
Q3102705 Português
Em relação à regência verbal e ao uso correto das preposições que acompanham certos verbos, marque a frase que segue normas gramaticais.
Alternativas
Ano: 2024 Banca: IBADE Órgão: CRC-MS Prova: IBADE - 2024 - CRC-MS - Contador |
Q3102699 Português
Considerando um texto literário, que descreve um cenário melancólico, com a presença recorrente de metáforas e imagens que remetem à tristeza e à solidão, identifique qual dos seguintes recursos estilísticos pode intensificar ainda mais essa atmosfera quando utilizado de forma complementar no texto.
Alternativas
Q3100387 Português

Leia a frase: "Ele gosta muito de desenhar, principalmente quando está tranquilo.”


A palavra "principalmente" é usada para:

Alternativas
Q3100386 Português
Na frase "É importante que ele se dedique aos estudos", qual é a função do "se"?
Alternativas
Q3100385 Português
Quando alguém escreve um texto para defender uma opinião, o que é importante para a coesão?
Alternativas
Q3100384 Português

Considere a seguinte frase: "A árvore era tão alta quanto o prédio da escola."


Esta frase está:

Alternativas
Q3100383 Português
Leia a frase: "A cidade cresceu rapidamente nos últimos anos. Com isso, novos serviços e comércios surgiram para atender à população."

É correto afirmar que o texto está:
Alternativas
Q3100382 Português
No uso correto dos pronomes na Língua Portuguesa, é fundamental garantir a concordância adequada com os elementos a que eles se referem.

Marque a alternativa que apresenta erro no emprego do pronome.
Alternativas
Q3100381 Português
Leia o trecho a seguir: "Os dias quentes me faziam querer ficar dentro de casa, protegido do sol escaldante."

Este trecho descreve algo sobre:
Alternativas
Q3100380 Português
Dentre os exemplos a seguir, marque a alternativa que indica aquele que apresenta erro de concordância verbal.
Alternativas
Q3100379 Português
Qual é o efeito do uso correto dos sinais de pontuação na leitura e compreensão de um texto?
Alternativas
Q3100378 Português
No trecho “Os alunos concluíram suas tarefas com atenção”, o sujeito da frase é:
Alternativas
Q3100297 Português
Qual é o processo de formação da palavra "reutilizar"?
Alternativas
Q3100296 Português
Leia a frase: "Aquela professora é muito competente e sempre ensina os alunos com paciência."

Na frase, o termo "competente" é classificado como:
Alternativas
Q3100294 Português
Leia o trecho: "A sociedade moderna é pautada na meritocracia, onde todos têm as mesmas oportunidades de crescer e conquistar suas metas, desde que se esforcem o suficiente."

Qual é a ideologia subjacente a esse discurso?
Alternativas
Respostas
41: C
42: E
43: D
44: B
45: D
46: C
47: E
48: C
49: A
50: D
51: A
52: E
53: B
54: D
55: C
56: B
57: A
58: E
59: C
60: D