Questões da Prova Prefeitura do Rio de Janeiro - RJ - 2015 - Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Consultor Legislativo - Indústria, Comércio e Turismo (Manhã)

Foram encontradas 9 questões

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Q569784 Português
Texto II - Quanto de barbárie existe ainda dentro de nós?

    Carregamos dentro de nós, latente mas sempre atuante, o impulso de morte. A religião, a moral, a educação, o trabalho civilizatório foram os meios que desenvolvemos para pôr sob controle esses demônios que nos habitam. Mas essas instâncias não detêm aquela força que possa submeter tais impulsos às regras de uma civilização que procura resolver os problemas humanos com acordos e não com o recurso da violência.Cumpre reconhecer que vigora em nós ainda muita barbárie. Não diria animalidade, pois os animais se regem por impulsos instintivos de preservação da vida e da espécie. Em nós esses impulsos perduram mas temos condições de conscientizá-los, canalizá-los para tarefas dignas, através de sublimações não destrutivas, como Freud e, recentemente, o filósofo René Girard com seu “desejo mimético" positivo tanto insistiram. Mas ambos se dão conta do caráter misterioso e desafiante da persistência desse lado sombrio (pulsão de morte em dialética com a pulsão de vida) que dramatiza a condição humana e pode levar a fatos irracionais e criminosos como o linchamento de uma pessoa inocente.

                                                            Leonardo Boff. 19/05/2014. Fragmento.Disponível em http://

               leonardoboff.wordpress.com/2014/05/19/quanto-de-barbarie-existe-aindadentro-de-nos/
“submeter tais impulsos às regras de uma civilização". Assim como se constata nesse segmento, é obrigatório empregar o sinal grave indicativo de crase em:
Alternativas
Q569783 Português
Texto II - Quanto de barbárie existe ainda dentro de nós?

    Carregamos dentro de nós, latente mas sempre atuante, o impulso de morte. A religião, a moral, a educação, o trabalho civilizatório foram os meios que desenvolvemos para pôr sob controle esses demônios que nos habitam. Mas essas instâncias não detêm aquela força que possa submeter tais impulsos às regras de uma civilização que procura resolver os problemas humanos com acordos e não com o recurso da violência.Cumpre reconhecer que vigora em nós ainda muita barbárie. Não diria animalidade, pois os animais se regem por impulsos instintivos de preservação da vida e da espécie. Em nós esses impulsos perduram mas temos condições de conscientizá-los, canalizá-los para tarefas dignas, através de sublimações não destrutivas, como Freud e, recentemente, o filósofo René Girard com seu “desejo mimético" positivo tanto insistiram. Mas ambos se dão conta do caráter misterioso e desafiante da persistência desse lado sombrio (pulsão de morte em dialética com a pulsão de vida) que dramatiza a condição humana e pode levar a fatos irracionais e criminosos como o linchamento de uma pessoa inocente.

                                                            Leonardo Boff. 19/05/2014. Fragmento.Disponível em http://

               leonardoboff.wordpress.com/2014/05/19/quanto-de-barbarie-existe-aindadentro-de-nos/
“Mas essas instâncias não detêm aquela força". A forma verbal em destaque, com idêntica ortografia, preenche corretamente a lacuna existente em:
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Q569782 Português
Texto I - Clarisse

    Clarisse, cidade gloriosa, tem uma história atribulada. Diversas vezes decaiu e refloresceu, mantendo sempre a primeira Clarisse como inigualável modelo de todos os esplendores, a qual comparada com o atual estado da cidade, não deixa de suscitar suspiros a cada giro de estrelas. Nos séculos de degradação, a cidade, esvaziada por causa das pestilências, reduzida em estatura por causa do desabamento de traves e cornijas e do desmoronamento de terras, repovoava-se lentamente com hordas de sobreviventes emersos de sótãos e covas como férvidos ratos movidos pelo afã de revolver e roer e que ao mesmo tempo se reuniam e se ajeitavam como passarinhos num ninho. Agarravam-se a tudo o que podia ser retirado de onde estava e colocado em outro lugar com outra utilidade [...] Montada com os pedaços avulsos da Clarisse imprestável, tomava forma uma Clarisse da sobrevivência, repleta de covis e casebres, córregos infectados, gaiolas de coelhos. Todavia não se perdera quase nada do antigo esplendor de Clarisse, estava tudo ali apenas disposto de maneira diversa mas não menos adequada às exigências dos seus habitantes.Os tempos de indigência eram sucedidos por épocas mais alegres: uma suntuosa Clarisse-borboleta saía da mísera Clarisse-crisálida...

                                                 Ítalo Calvino. “As cidades e o nome 4" In: As cidades invisíveis. RJ:

                                                                                  O Globo, 2003. Páginas 102-103. Fragmento. 
“estava tudo ali". O pronome em destaque funciona como sujeito da oração. Exerce a mesma função sintática o termo destacado em:
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Q569781 Português
Texto I - Clarisse

    Clarisse, cidade gloriosa, tem uma história atribulada. Diversas vezes decaiu e refloresceu, mantendo sempre a primeira Clarisse como inigualável modelo de todos os esplendores, a qual comparada com o atual estado da cidade, não deixa de suscitar suspiros a cada giro de estrelas. Nos séculos de degradação, a cidade, esvaziada por causa das pestilências, reduzida em estatura por causa do desabamento de traves e cornijas e do desmoronamento de terras, repovoava-se lentamente com hordas de sobreviventes emersos de sótãos e covas como férvidos ratos movidos pelo afã de revolver e roer e que ao mesmo tempo se reuniam e se ajeitavam como passarinhos num ninho. Agarravam-se a tudo o que podia ser retirado de onde estava e colocado em outro lugar com outra utilidade [...] Montada com os pedaços avulsos da Clarisse imprestável, tomava forma uma Clarisse da sobrevivência, repleta de covis e casebres, córregos infectados, gaiolas de coelhos. Todavia não se perdera quase nada do antigo esplendor de Clarisse, estava tudo ali apenas disposto de maneira diversa mas não menos adequada às exigências dos seus habitantes.Os tempos de indigência eram sucedidos por épocas mais alegres: uma suntuosa Clarisse-borboleta saía da mísera Clarisse-crisálida...

                                                 Ítalo Calvino. “As cidades e o nome 4" In: As cidades invisíveis. RJ:

                                                                                  O Globo, 2003. Páginas 102-103. Fragmento. 
Todavia não se perdera quase nada do antigo esplendor de Clarisse" O sentido da frase iniciada pelo conector em destaque modifica-se, caso este seja substituído por:
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Respostas
5: D
6: B
7: C
8: B