Questões da Prova FCC - 2006 - TRE-SP - Técnico Judiciário - Área Administrativa

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Q53170 Português
A arte brasileira da conversa não é de fácil aprendizado.
Como toda arte, exige antes de mais nada uma verdadeira
vocação. E essa vocação se aprimora ao longo do caminho que
vai da inocência à experiência. Como em toda arte. [...]

Falo precisamente no bate-papo, erigido numa das mais
requintadas instituições nacionais.

Mas por que arte brasileira? Os outros povos acaso não
batem papo? [...] Este não deve ter finalidade alguma, senão a
de matar o tempo da melhor maneira possível. É coisa de latino
em geral e de brasileiro em particular: fazer da conversa não um
meio, mas um fim em si mesmo. Se não me engano, essa é a
distância que separa a ciência da arte.

No papo bem batido, a discussão não passa de uma
motivação, sem intuito de convencer ninguém, nem de provar
que se tem razão. Os que nela se envolvem devem estar
sempre prontos a reconhecer, no íntimo, que poderiam muito
bem passar a defender o ponto de vista oposto, desde que os
que o defendem fizessem o mesmo. Os temas devem ser de
uma apaixonante gratuidade, a ponto de permitir que, no
desenrolar da conversa, de súbito ninguém mais saiba o que se
está discutindo. [...]

Além disso a discussão, ainda que gratuita, pode exaurir
o papo diante de uma impossível opção, como a de saber qual
é o melhor, Tolstoi ou Dostoievski, Corcel ou Opala, Caetano ou
Chico. A menos que ocorra ao discutidor o recurso daquele
outro, hábil em conduzir o papo, que teve de se calar quando,
no melhor de sua argumentação sobre energia atômica, soube
que estava discutindo com um professor de física nuclear:

Imagem 004.jpg Você é presidencialista ou parlamentarista? - perguntou
então.

Imagem 005.jpg Presidencialista.

Imagem 006.jpg Pois eu sou parlamentarista.

E recomeçaram a discutir.

Mais ardente praticante do que estes, só mesmo o que
um dia se intrometeu na nossa roda, interrompendo animadíssima
conversa:

Imagem 007.jpg Posso dar minha opinião?

Todos se calaram para ouvi-lo. E ele, muito sério:

Imagem 008.jpg Qual é o assunto?

(Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Record: Rio de
Janeiro, 1976, p. 28-31)

... o que se está discutindo. (final do 4º parágrafo)

A forma verbal de sentido idêntico ao da frase transcrita acima, considerando-se o contexto, é:
Alternativas
Q53169 Português
A arte brasileira da conversa não é de fácil aprendizado.
Como toda arte, exige antes de mais nada uma verdadeira
vocação. E essa vocação se aprimora ao longo do caminho que
vai da inocência à experiência. Como em toda arte. [...]

Falo precisamente no bate-papo, erigido numa das mais
requintadas instituições nacionais.

Mas por que arte brasileira? Os outros povos acaso não
batem papo? [...] Este não deve ter finalidade alguma, senão a
de matar o tempo da melhor maneira possível. É coisa de latino
em geral e de brasileiro em particular: fazer da conversa não um
meio, mas um fim em si mesmo. Se não me engano, essa é a
distância que separa a ciência da arte.

No papo bem batido, a discussão não passa de uma
motivação, sem intuito de convencer ninguém, nem de provar
que se tem razão. Os que nela se envolvem devem estar
sempre prontos a reconhecer, no íntimo, que poderiam muito
bem passar a defender o ponto de vista oposto, desde que os
que o defendem fizessem o mesmo. Os temas devem ser de
uma apaixonante gratuidade, a ponto de permitir que, no
desenrolar da conversa, de súbito ninguém mais saiba o que se
está discutindo. [...]

Além disso a discussão, ainda que gratuita, pode exaurir
o papo diante de uma impossível opção, como a de saber qual
é o melhor, Tolstoi ou Dostoievski, Corcel ou Opala, Caetano ou
Chico. A menos que ocorra ao discutidor o recurso daquele
outro, hábil em conduzir o papo, que teve de se calar quando,
no melhor de sua argumentação sobre energia atômica, soube
que estava discutindo com um professor de física nuclear:

Imagem 004.jpg Você é presidencialista ou parlamentarista? - perguntou
então.

Imagem 005.jpg Presidencialista.

Imagem 006.jpg Pois eu sou parlamentarista.

E recomeçaram a discutir.

Mais ardente praticante do que estes, só mesmo o que
um dia se intrometeu na nossa roda, interrompendo animadíssima
conversa:

Imagem 007.jpg Posso dar minha opinião?

Todos se calaram para ouvi-lo. E ele, muito sério:

Imagem 008.jpg Qual é o assunto?

(Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Record: Rio de
Janeiro, 1976, p. 28-31)

... desde que os que o defendem fizessem o mesmo. (4º parágrafo)

O segmento grifado acima evita corretamente a repetição, considerando-se o contexto, do segmento:
Alternativas
Q53168 Português
A arte brasileira da conversa não é de fácil aprendizado.
Como toda arte, exige antes de mais nada uma verdadeira
vocação. E essa vocação se aprimora ao longo do caminho que
vai da inocência à experiência. Como em toda arte. [...]

Falo precisamente no bate-papo, erigido numa das mais
requintadas instituições nacionais.

Mas por que arte brasileira? Os outros povos acaso não
batem papo? [...] Este não deve ter finalidade alguma, senão a
de matar o tempo da melhor maneira possível. É coisa de latino
em geral e de brasileiro em particular: fazer da conversa não um
meio, mas um fim em si mesmo. Se não me engano, essa é a
distância que separa a ciência da arte.

No papo bem batido, a discussão não passa de uma
motivação, sem intuito de convencer ninguém, nem de provar
que se tem razão. Os que nela se envolvem devem estar
sempre prontos a reconhecer, no íntimo, que poderiam muito
bem passar a defender o ponto de vista oposto, desde que os
que o defendem fizessem o mesmo. Os temas devem ser de
uma apaixonante gratuidade, a ponto de permitir que, no
desenrolar da conversa, de súbito ninguém mais saiba o que se
está discutindo. [...]

Além disso a discussão, ainda que gratuita, pode exaurir
o papo diante de uma impossível opção, como a de saber qual
é o melhor, Tolstoi ou Dostoievski, Corcel ou Opala, Caetano ou
Chico. A menos que ocorra ao discutidor o recurso daquele
outro, hábil em conduzir o papo, que teve de se calar quando,
no melhor de sua argumentação sobre energia atômica, soube
que estava discutindo com um professor de física nuclear:

Imagem 004.jpg Você é presidencialista ou parlamentarista? - perguntou
então.

Imagem 005.jpg Presidencialista.

Imagem 006.jpg Pois eu sou parlamentarista.

E recomeçaram a discutir.

Mais ardente praticante do que estes, só mesmo o que
um dia se intrometeu na nossa roda, interrompendo animadíssima
conversa:

Imagem 007.jpg Posso dar minha opinião?

Todos se calaram para ouvi-lo. E ele, muito sério:

Imagem 008.jpg Qual é o assunto?

(Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Record: Rio de
Janeiro, 1976, p. 28-31)

A justificativa apresentada pelo autor para considerar como arte o hábito brasileiro da conversa está no fato de que, para ele, a conversa
Alternativas
Q53167 Português
A arte brasileira da conversa não é de fácil aprendizado.
Como toda arte, exige antes de mais nada uma verdadeira
vocação. E essa vocação se aprimora ao longo do caminho que
vai da inocência à experiência. Como em toda arte. [...]

Falo precisamente no bate-papo, erigido numa das mais
requintadas instituições nacionais.

Mas por que arte brasileira? Os outros povos acaso não
batem papo? [...] Este não deve ter finalidade alguma, senão a
de matar o tempo da melhor maneira possível. É coisa de latino
em geral e de brasileiro em particular: fazer da conversa não um
meio, mas um fim em si mesmo. Se não me engano, essa é a
distância que separa a ciência da arte.

No papo bem batido, a discussão não passa de uma
motivação, sem intuito de convencer ninguém, nem de provar
que se tem razão. Os que nela se envolvem devem estar
sempre prontos a reconhecer, no íntimo, que poderiam muito
bem passar a defender o ponto de vista oposto, desde que os
que o defendem fizessem o mesmo. Os temas devem ser de
uma apaixonante gratuidade, a ponto de permitir que, no
desenrolar da conversa, de súbito ninguém mais saiba o que se
está discutindo. [...]

Além disso a discussão, ainda que gratuita, pode exaurir
o papo diante de uma impossível opção, como a de saber qual
é o melhor, Tolstoi ou Dostoievski, Corcel ou Opala, Caetano ou
Chico. A menos que ocorra ao discutidor o recurso daquele
outro, hábil em conduzir o papo, que teve de se calar quando,
no melhor de sua argumentação sobre energia atômica, soube
que estava discutindo com um professor de física nuclear:

Imagem 004.jpg Você é presidencialista ou parlamentarista? - perguntou
então.

Imagem 005.jpg Presidencialista.

Imagem 006.jpg Pois eu sou parlamentarista.

E recomeçaram a discutir.

Mais ardente praticante do que estes, só mesmo o que
um dia se intrometeu na nossa roda, interrompendo animadíssima
conversa:

Imagem 007.jpg Posso dar minha opinião?

Todos se calaram para ouvi-lo. E ele, muito sério:

Imagem 008.jpg Qual é o assunto?

(Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Record: Rio de
Janeiro, 1976, p. 28-31)

A frase do texto que pode ser interpretada como uma síntese do que o autor afirma no 4º parágrafo é:
Alternativas
Q53166 Português
A arte brasileira da conversa não é de fácil aprendizado.
Como toda arte, exige antes de mais nada uma verdadeira
vocação. E essa vocação se aprimora ao longo do caminho que
vai da inocência à experiência. Como em toda arte. [...]

Falo precisamente no bate-papo, erigido numa das mais
requintadas instituições nacionais.

Mas por que arte brasileira? Os outros povos acaso não
batem papo? [...] Este não deve ter finalidade alguma, senão a
de matar o tempo da melhor maneira possível. É coisa de latino
em geral e de brasileiro em particular: fazer da conversa não um
meio, mas um fim em si mesmo. Se não me engano, essa é a
distância que separa a ciência da arte.

No papo bem batido, a discussão não passa de uma
motivação, sem intuito de convencer ninguém, nem de provar
que se tem razão. Os que nela se envolvem devem estar
sempre prontos a reconhecer, no íntimo, que poderiam muito
bem passar a defender o ponto de vista oposto, desde que os
que o defendem fizessem o mesmo. Os temas devem ser de
uma apaixonante gratuidade, a ponto de permitir que, no
desenrolar da conversa, de súbito ninguém mais saiba o que se
está discutindo. [...]

Além disso a discussão, ainda que gratuita, pode exaurir
o papo diante de uma impossível opção, como a de saber qual
é o melhor, Tolstoi ou Dostoievski, Corcel ou Opala, Caetano ou
Chico. A menos que ocorra ao discutidor o recurso daquele
outro, hábil em conduzir o papo, que teve de se calar quando,
no melhor de sua argumentação sobre energia atômica, soube
que estava discutindo com um professor de física nuclear:

Imagem 004.jpg Você é presidencialista ou parlamentarista? - perguntou
então.

Imagem 005.jpg Presidencialista.

Imagem 006.jpg Pois eu sou parlamentarista.

E recomeçaram a discutir.

Mais ardente praticante do que estes, só mesmo o que
um dia se intrometeu na nossa roda, interrompendo animadíssima
conversa:

Imagem 007.jpg Posso dar minha opinião?

Todos se calaram para ouvi-lo. E ele, muito sério:

Imagem 008.jpg Qual é o assunto?

(Fernando Sabino. Deixa o Alfredo falar! Record: Rio de
Janeiro, 1976, p. 28-31)

Conclui-se corretamente do texto que o verdadeiro espírito da arte da conversa está em
Alternativas
Respostas
1: D
2: C
3: B
4: E
5: A