Questões de Concurso
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Q2307861
Português
Texto associado
A utopia de um mundo sem droga
O tema das drogas ocorre sempre em meio a discussões calorosas e polêmicas. De um lado, existem aqueles
que são absolutamente contrários a ___________ espécie
de regulamentação ou flexibilização do uso de “drogas”. ____________ora em princípios médicos, ora em princípios
morais ou religiosos, tais pessoas ou entidades abominam
o uso de substâncias, até mesmo para fins terapêuticos.
Do outro lado, pois se apresentam como lados diametralmente opostos, estão os que argumentam favoravelmente ao uso de substâncias, desde que regulado por políticas
públicas. Em 1961, ano em que ocorreu a Convenção Única Sobre Estupefacientes, nos EUA, passou-se a aspirar ___________uma sociedade livre de drogas, um mundo sem
drogas.___________ a liderança do então presidente estadunidense Richard Nixon, no auge da hegemonia dos EUA
e inspirado pelo espírito vitorioso do pós-Segunda Grande
Guerra, uma outra guerra foi declarada, desta vez contra as
drogas. Em que pese o fracasso de uma outra experiência
anterior, a da Lei Seca, que consolidou as gangues de tráfico
de álcool e aumentou e profissionalizou a criminalidade no
país, o ideal da guerra às drogas foi adotado e internacionalizado mediante os princípios proibicionistas e criminalizantes
de seu uso. A utopia de um mundo sem drogas, no entanto,
foi-se mostrando cada vez mais distante. Informes do Escritório das Nações Unidas Sobre Drogas e Crime (UNODC)
vêm anunciando que, desde então, o número de usuários
dessas substâncias vem experimentando um assombroso
crescimento.
(Paulo Amarante, “A utopia de um mundo sem droga”.
https://revistacult.uol.com.br/, 02.07.2023. Adaptado)
De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:
Q2307860
Português
Texto associado
Kazukuta
Nós estávamos sempre atentos à queda das nêsperas,
das pitangas e das goiabas, e era mesmo por gritarmos ou
por corrermos que o Kazukuta acordava assim no modo lento
de vir nos espreitar, saía da casota dele a ver se alguma fruta
ia sobrar para a fome dele.
Normalmente ele comia as nêsperas meio cansadas ou de
pele já escura que ninguém apanhava. Mexia-se sempre devagarinho, bocejava, e era capaz de ir procurar um bocadinho
de sol para lhe acudir as feridas, ou então mesmo buscar regresso na casota dele. Às vezes, mesmo no meio das brincadeiras, meio distraído, e antes de me gritarem com força para
eu não estar assim tipo estátua, eu pensava que, se calhar, o
Kazukuta naquele olhar dele de ramelas e moscas, às vezes,
ele podia estar a pensar. Mesmo se a vida dele era só estar ali
na casota, sair e entrar, tomar banho de mangueira com água
fraca, apanhar nêsperas podres e voltar a entrar na casota
dele, talvez ele estivesse a pensar nas tristezas da vida dele.
Acho que o Kazukuta era um cão triste. Nós não lhe ligávamos nenhuma. Ninguém brincava com ele, nem já os mais velhos lhe faziam só uma festinha de vez em quando.
Mesmo nós só queríamos que ele saísse do caminho e não
nos viesse lamber com a baba dele bem grossa de pingar
devagarinho e as feridas quase a nunca sararem. Acho que
o Kazukuta nunca apanhou nenhuma vacina, se calhar ele
tinha alergia ou medo de vacina, não sei, devia perguntar
ao tio Joaquim. Também o Kazukuta não passeava na rua e
cada vez andava só a dormir mais.
(Ondjaki, Os da minha rua, 2007. Fragmento)
Na passagem do 2o
parágrafo – ... e era capaz de ir procurar um bocadinho de sol para lhe acudir as feridas... –,
o pronome “lhe” expressa o mesmo sentido que o destacado em:
Q2307858
Português
Texto associado
Kazukuta
Nós estávamos sempre atentos à queda das nêsperas,
das pitangas e das goiabas, e era mesmo por gritarmos ou
por corrermos que o Kazukuta acordava assim no modo lento
de vir nos espreitar, saía da casota dele a ver se alguma fruta
ia sobrar para a fome dele.
Normalmente ele comia as nêsperas meio cansadas ou de
pele já escura que ninguém apanhava. Mexia-se sempre devagarinho, bocejava, e era capaz de ir procurar um bocadinho
de sol para lhe acudir as feridas, ou então mesmo buscar regresso na casota dele. Às vezes, mesmo no meio das brincadeiras, meio distraído, e antes de me gritarem com força para
eu não estar assim tipo estátua, eu pensava que, se calhar, o
Kazukuta naquele olhar dele de ramelas e moscas, às vezes,
ele podia estar a pensar. Mesmo se a vida dele era só estar ali
na casota, sair e entrar, tomar banho de mangueira com água
fraca, apanhar nêsperas podres e voltar a entrar na casota
dele, talvez ele estivesse a pensar nas tristezas da vida dele.
Acho que o Kazukuta era um cão triste. Nós não lhe ligávamos nenhuma. Ninguém brincava com ele, nem já os mais velhos lhe faziam só uma festinha de vez em quando.
Mesmo nós só queríamos que ele saísse do caminho e não
nos viesse lamber com a baba dele bem grossa de pingar
devagarinho e as feridas quase a nunca sararem. Acho que
o Kazukuta nunca apanhou nenhuma vacina, se calhar ele
tinha alergia ou medo de vacina, não sei, devia perguntar
ao tio Joaquim. Também o Kazukuta não passeava na rua e
cada vez andava só a dormir mais.
(Ondjaki, Os da minha rua, 2007. Fragmento)
Em conformidade com a norma-padrão, a frase do 3o
parágrafo – Acho que o Kazukuta era um cão triste. – pode
ser expandida da seguinte forma:
Q2307854
Português
Texto associado
O significado de conviver com o semiárido
O sentido da expressão “convivência com o semiárido”,
em uma primeira visão ou leitura, pode levar a uma compreensão equivocada: viver no semiárido, sofrendo com a problemática das mudanças climáticas que tanto aflige, principalmente, os agricultores e agricultoras de base familiar.
Mas o sentido real da expressão “convivência com o semiárido” traz em seu arcabouço o real significado sociotransformador: viver buscando transformar os obstáculos provocados pelas mudanças climáticas e pelas injustiças sociais
em oportunidades para mudar as condições de vida a partir
de transformações no comportamento. Isso inclui premissas
como o cuidado com o meio ambiente para uma vida digna,
evitando que a região venha a se constituir um deserto.
É grande a riqueza de possibilidades, de caminhos, de
alternativas que já foram geradas. São frutos das lutas populares, dos trabalhos pastorais, comunidades eclesiais de
base etc., a partir das quais muitas organizações sociais
nasceram e permanecem até hoje. Elas mobilizam os agricultores e agricultoras, promovendo trocas de experiência
e qualificando-os a partir da estratégia de construção coletiva
do conhecimento.
Essas organizações sociais geram reais possibilidades
de se conviver com o semiárido e ter vida digna, sobretudo a
partir da produção agroecológica, da transição energética, da
captação e manejo de água de chuva, que gera vida não só
para os seres humanos, mas para todos que habitam o semiárido no bioma caatinga.
(José Dias, “O significado de conviver com o semiárido”.
Folha de S.Paulo, 10.08.2023. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a concordância verbal e o
emprego de verbos estão de acordo com a norma-padrão.
Q2307853
Português
Texto associado
O significado de conviver com o semiárido
O sentido da expressão “convivência com o semiárido”,
em uma primeira visão ou leitura, pode levar a uma compreensão equivocada: viver no semiárido, sofrendo com a problemática das mudanças climáticas que tanto aflige, principalmente, os agricultores e agricultoras de base familiar.
Mas o sentido real da expressão “convivência com o semiárido” traz em seu arcabouço o real significado sociotransformador: viver buscando transformar os obstáculos provocados pelas mudanças climáticas e pelas injustiças sociais
em oportunidades para mudar as condições de vida a partir
de transformações no comportamento. Isso inclui premissas
como o cuidado com o meio ambiente para uma vida digna,
evitando que a região venha a se constituir um deserto.
É grande a riqueza de possibilidades, de caminhos, de
alternativas que já foram geradas. São frutos das lutas populares, dos trabalhos pastorais, comunidades eclesiais de
base etc., a partir das quais muitas organizações sociais
nasceram e permanecem até hoje. Elas mobilizam os agricultores e agricultoras, promovendo trocas de experiência
e qualificando-os a partir da estratégia de construção coletiva
do conhecimento.
Essas organizações sociais geram reais possibilidades
de se conviver com o semiárido e ter vida digna, sobretudo a
partir da produção agroecológica, da transição energética, da
captação e manejo de água de chuva, que gera vida não só
para os seres humanos, mas para todos que habitam o semiárido no bioma caatinga.
(José Dias, “O significado de conviver com o semiárido”.
Folha de S.Paulo, 10.08.2023. Adaptado)
O uso do acento indicativo da crase atende à norma-padrão em: