Questões da Prova VUNESP - 2013 - UNESP - Enfermeiro

Foram encontradas 7 questões

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Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2013 - UNESP - Enfermeiro |
Q448464 Português
                                  Miró

Para atingir sua expressão fontana  Miró precisava de esquecer os traços e as doutrinas  que aprendera nos livros.
Desejava atingir a pureza de não saber mais nada.  Fazia um ritual para atingir essa pureza: ia ao fundo  do quintal à busca de uma árvore.
E ali, ao pé da árvore, enterrava de vez tudo aquilo  que havia aprendido nos livros.   Depois depositava sobre o enterro uma nobre  mijada florestal.  Sobre o enterro nasciam borboletas, restos de insetos, cascas de cigarra etc.
A partir dos restos Miró iniciava a sua engenharia  de cores.  Muitas vezes chegava a iluminuras a partir de um  dejeto de mosca deixado na tela.
Sua expressão fontana se iniciava naquela mancha  escura.   O escuro o iluminava. 
                                                        (Manoel de Barros. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010, p. 385)

Considere os trechos:

• Para atingir sua expressão fontana
• Desejava atingir a pureza de não saber mais nada.
• Fazia um ritual para atingir essa pureza...

Substituindo-se a forma verbal atingir por chegar – preservando-se os termos em destaque e sem realizar qualquer outra alteração nos trechos – tem-se, respectivamente e de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa:
Alternativas
Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2013 - UNESP - Enfermeiro |
Q448463 Português
                                Miró

Para atingir sua expressão fontana  Miró precisava de esquecer os traços e as doutrinas  que aprendera nos livros.
Desejava atingir a pureza de não saber mais nada.  Fazia um ritual para atingir essa pureza: ia ao fundo  do quintal à busca de uma árvore.
E ali, ao pé da árvore, enterrava de vez tudo aquilo  que havia aprendido nos livros.
Depois depositava sobre o enterro uma nobre  mijada florestal.  Sobre o enterro nasciam borboletas, restos de  insetos, cascas de cigarra etc.
A partir dos restos Miró iniciava a sua engenharia  de cores.  Muitas vezes chegava a iluminuras a partir de um  dejeto de mosca deixado na tela.
Sua expressão fontana se iniciava naquela mancha  escura.
O escuro o iluminava.

                                                     (Manoel de Barros. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010, p. 385)
No verso – O escuro o iluminava. –, o termo escuro refere-se, literalmente, à cor escura e, figurativamente, pode remeter àquilo que é
Alternativas
Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2013 - UNESP - Enfermeiro |
Q448462 Português
                                               Miró

Para atingir sua expressão fontana  Miró precisava de esquecer os traços e as doutrinas  que aprendera nos livros.  Desejava atingir a pureza de não saber mais nada.  Fazia um ritual para atingir essa pureza: ia ao fundo  do quintal à busca de uma árvore.
E ali, ao pé da árvore, enterrava de vez tudo aquilo  que havia aprendido nos livros.  Depois depositava sobre o enterro uma nobre  mijada florestal.  Sobre o enterro nasciam borboletas, restos de  insetos, cascas de cigarra etc. A partir dos restos Miró iniciava a sua engenharia  de cores.  Muitas vezes chegava a iluminuras a partir de um  dejeto de mosca deixado na tela.
Sua expressão fontana se iniciava naquela mancha  escura.
O escuro o iluminava.

                                                      (Manoel de Barros. Poesia completa. São Paulo: Leya, 2010, p. 385)

No poema, o sentido de “expressão fontana” equivale, em linhas gerais,
Alternativas
Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2013 - UNESP - Enfermeiro |
Q448459 Português
                                                  Ciência e arte

     “The Age of Insight" é um livro impressionante. Eric Kandel é um neurocientista de primeira. Já fora agraciado com o Prêmio Nobel de Medicina em 2000 por seus trabalhos sobre a fisiologia da memória. Mas, em vez de escrever sobre axônios e dendritos, preferiu debruçar-se sobre a arte, mais especificamente sobre o modernismo vienense, e o resultado é uma obra de fôlego, tanto do ponto de vista da estética como da ciência.

     Kandel, ele próprio um vienense expatriado, fala com propriedade do ambiente cultural que reinava na capital austríaca na virada do século 20. Uma das teses do autor é a de que, assim como a física de Newton inspirou o iluminismo, a biologia de Darwin está na base do modernismo.

    Kandel destrincha escritos de Sigmund Freud e Arthur Schnitzler e as pinturas de Gustav Klimt, Oskar Kokoschka e Egon Schiele, para mostrar como as ideias inicialmente surgidas na Escola Médica de Viena acabaram engendrando um movimento artístico cujas influências perduram até hoje - e não apenas na arte.

    Freud e Schnitzler beberam dessa biologia médica para forjar as noções de inconsciente e sexualidade em seus contornos modernos. Klimt, Kokoschka e Schiele deram tradução pictórica a esses conceitos. Mas Kandel não se limita a contar essa história. Ele também escarafuncha nossos cérebros para revelar os mecanismos neuronais da visão e da percepção que esses pintores exploraram tão bem, ainda que não tivessem tanta clareza sobre seu funcionamento.

    E que não temam os puristas. As análises de Kandel, apesar de recheadas de boa ciência, lembram mais escritos de grandes historiadores da arte como Gombrich e Panofsky do que as anódinas descrições técnicas dos periódicos científicos. Kandel consegue com felicidade juntar arte, história e ciência numa obra. É um daqueles raros livros que mostram que ciências e humanidades são perfeitamente conciliáveis.

                                                                                 (Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 06.10.2013)

Considere a seguinte passagem do quarto parágrafo para responder à  questão. 

.Ele também escarafuncha nossos cérebros para revelar os mecanismos neuronais da visão e da percepção que esses pintores exploraram tão bem, ainda que não tivessem tanta clareza sobre seu funcionamento.

As expressões para e ainda que, em destaque, estabelecem, respectivamente, relações de
Alternativas
Q359104 Português
                                                  Ciência e arte

     “The Age of Insight" é um livro impressionante. Eric Kandel é um neurocientista de primeira. Já fora agraciado com o Prêmio Nobel de Medicina em 2000 por seus trabalhos sobre a fisiologia da memória. Mas, em vez de escrever sobre axônios e dendritos, preferiu debruçar-se sobre a arte, mais especificamente sobre o modernismo vienense, e o resultado é uma obra de fôlego, tanto do ponto de vista da estética como da ciência.

     Kandel, ele próprio um vienense expatriado, fala com propriedade do ambiente cultural que reinava na capital austríaca na virada do século 20. Uma das teses do autor é a de que, assim como a física de Newton inspirou o iluminismo, a biologia de Darwin está na base do modernismo.

    Kandel destrincha escritos de Sigmund Freud e Arthur Schnitzler e as pinturas de Gustav Klimt, Oskar Kokoschka e Egon Schiele, para mostrar como as ideias inicialmente surgidas na Escola Médica de Viena acabaram engendrando um movimento artístico cujas influências perduram até hoje - e não apenas na arte.

    Freud e Schnitzler beberam dessa biologia médica para forjar as noções de inconsciente e sexualidade em seus contornos modernos. Klimt, Kokoschka e Schiele deram tradução pictórica a esses conceitos. Mas Kandel não se limita a contar essa história. Ele também escarafuncha nossos cérebros para revelar os mecanismos neuronais da visão e da percepção que esses pintores exploraram tão bem, ainda que não tivessem tanta clareza sobre seu funcionamento.

    E que não temam os puristas. As análises de Kandel, apesar de recheadas de boa ciência, lembram mais escritos de grandes historiadores da arte como Gombrich e Panofsky do que as anódinas descrições técnicas dos periódicos científicos. Kandel consegue com felicidade juntar arte, história e ciência numa obra. É um daqueles raros livros que mostram que ciências e humanidades são perfeitamente conciliáveis.

                                                                                 (Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 06.10.2013)

A frase do texto que permanece correta após a alteração no uso da vírgula é;
Alternativas
Respostas
1: A
2: C
3: A
4: D
5: D