Questões de Concurso Sobre variação linguística em português

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Q3014069 Português

Texto 1A8


      Já se foi o tempo em que acordar tarde e tomar um café da manhã reforçado na cobertura de um duplex era símbolo de status e ascensão social. Hoje em dia, emergente de verdade toma é um brunch no roof top de seu residence club.

       A classe média, quando chega ao paraíso, adora gourmetizar o idioma, recheando o bom e velho português tupiniquim com um punhado de expressões de outras línguas para dar um ar de sofisticação e requinte a boa parte daquilo que diz, faz e pensa. Alguns exemplos são crush, delivery, fashion, haters, job, like, e por aí vai. 

      O discurso empresarial e corporativo também está repleto desses enunciados carregados de expressões tomadas de empréstimo a outras línguas. Nesse quesito, o inglês é o campeão de audiência nas interações verbais de uma parte considerável das profissões urbanas. Palavras e expressões como briefing, workshop, call, mindset e deadline já se tornaram corriqueiras no vocabulário de muitos profissionais brazucas.

     Não que isso seja um problema ou uma ameaça à integridade do português brasileiro. Nosso país, desde a sua origem, sempre teve um caráter plurilinguístico. O fundo lexical do nosso português está repleto de vocábulos e expressões vindos de uma porção de idiomas que, ao longo do tempo, foram incorporados ao falar brasileiro. 

      A questão a ser abordada não é o quanto o uso de estrangeirismo pode ser nocivo à língua, mas até que ponto a hegemonia político-social de determinado grupo de falantes pode exercer um domínio ideológico e cultural sobre as dinâmicas linguísticas praticadas por boa parte de nossa população. A censura linguística de comunidades subalternizadas pode ser muito mais nociva à língua do que o uso de palavras e(ou) expressões de origem estrangeira.

    Nesse contexto, a negação dos acréscimos linguísticos vindos de grupos étnicos e sociais diversos não se justifica, porque propõe o apagamento intencional e deliberado de nossas raízes históricas, linguísticas e culturais.

   A presença de estrangeirismos nas vitrines das lojas e nos hábitos linguísticos de determinada comunidade de falantes, embora provoque reações afetivas e passionais tão variadas quanto contraditórias, é perfeitamente compreensível, porque as línguas são espaços de comunicação nos quais os processos de interlocução não se esgotam no simples ato de dizer. 


Abrahão C. de Freitas. Guerra passional em torno da língua.

Escrita Viva — Conhecimento Prático — Língua Portuguesa e Literatura,

ano 8, ed. 103, p. 30-37 (com adaptações).

Entende-se da leitura do texto 1A8 que a principal preocupação do autor em relação ao uso de estrangeirismos no Brasil diz respeito
Alternativas
Q3011446 Português
Para responder à questão, leia o poema a seguir, de Oswald de Andrade.

Vício da fala

Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
Observa-se no poema um fenômeno conhecido como variação linguística. O elemento motivador mais provável dessa variação faz com que ela seja chamada de:
Alternativas
Q2926091 Português

Chegando à fazenda dos avós, para visitá-los, o neto se dirige ao avô, que está na sala:

- Firme, vô?

- Não, fio, Servio Santos


No texto da questão 7, percebe-se que o avô troca o som “l” por “r”. Esse fenômeno caracteriza a variante linguística

Alternativas
Q2925549 Português

De acordo com o estruturalismo, a língua é um(a)

Alternativas
Ano: 2009 Banca: UFMG Órgão: UFMG Prova: UFMG - 2009 - UFMG - Auditor |
Q2908561 Português
Assinale a alternativa que contém uma informação FALSA em relação ao fenômeno da variação linguística.
Alternativas
Respostas
1: D
2: C
3: A
4: D
5: C