Dentre as principais personalidades religiosas de Goiás, des...
A primeira santa do Brasil foi a Santa Paulina (Amabile Lucia Visintainer), canonizada em 2002 pelo papa João Paulo II
Eu queria uma Santa Dica para minha prova que está chegando. Alguém?
Santa Dica era espírita. A Igreja católica não iria canonizá-la. Pelo contrário os Bispos de Trindade e Pirenópolis se opuseram a ela e ainda diziam que era mulher do diabo.
Santa Dica foi canonizada ou não???
Santa Dica, em reconhecimento do seu esforço na divulgação da fé católica, foi a primeira mulher canonizada no Brasil.
GABARITO D
PMGO.
Letra D.
d) Errado. Santa Dica nunca foi canonizada, era considerada por muitos uma bruxa.
Questão comentada pelo Profª. Rebecca Guimarães
Santa Dica
Era espírita. nunca foi canonizada.
Os Bispos de Trindade e Pirenópolis diziam que ela era mulher do diabo. Apontada como uma bruxa)
Tinha prestígio entre a população
Não era bem vista pela elite goiana e nem pelos militares.
A primeira santa do Brasil foi a Santa Paulina (Amabile Lucia Visintainer), canonizada em 2002 pelo papa João Paulo II
Nem mesmo os livros de Tombo apresentam anotações com respeito á Dica e a seus adeptos, estes fazem menção quando se tratam dos problemas ligados aos coronéis e a igreja, causados pelo afrontamento dela; o jornal Santuário da Trindade pertencente à ordem Redentorista da Igreja católica em Goiás foi o primeiro a divulgar noticias sobre a “santa” canonizada não pela Igreja, mas pelo povo.
GAB: D
RESUMO SOBRE SANTA DICA
Benedicta Cypriano Gomes, nasceu em 17 de janeiro de 1903 na Fazenda Monzodó (Lagolândia), a 40 km de Pirenópolis. Por volta de 7 anos de idade, Dica (como era chamada), caiu enferma e teve a perda total de seus sinais vitais. Durante a assepsia do corpo, os familiares notaram que Dica suava frio e ficaram com receio de sepultá-la. Dessa forma, mantiveram o seu corpo sendo velado por três dias e após isso Dica ressuscitou (tal falto se espalhou pela região como um milagre).
- Dica instituiu o sistema de uso comum de solo e aboliu o uso genérico de dinheiro, fazia curas milagrosas, rezava missas e dava conselhos. Pregava a igualdade, a abolição de impostos e a distribuição de terras. Em sua fazenda não existiam cercas e todos os recursos, oferendas e colheitas eram revertidos para a comunidade. Para suas curas milagrosas Dica recebia os espíritos do Dr. Fritz, da Princesa Silveira e de um Comandante. Esperava a vinda do Messias para a libertação das doenças e da pobreza.
Dica incomodava os coronéis da região, bem como a igreja. Com a sua política, chegou a reunir em torno de 15 mil pessoas (1.500 homens capacitados para o uso das armas e cerca de 4 mil eleitores). Os coronéis viam nos ''diqueiros'' uma certa reprodução do episódio de Canudos, com perdas de trabalhadores e perda do poder sobre a população. Santa Dica reforçou sua força popular e política editando um jornal manuscrito: ‘’ A Estrela do Jordão Órgão dos Anjos, da Corte de Santa Dica.’’
O Governo Estadual, em março de 1925, mandou um destacamento, sitiar o local e prender Santa Dica. A prisão de Benedita não durou muito tempo, a população pressionava o governo e sem provas concretas ela acabou sendo libertada. A partir daí, Dica ingressou na política, formou seu exército e foi patenteada com a insígnia de Cabo do Exército Brasileiro. Comandava uma tropa de 400 homens (os '' pés com palha e pés sem palha'').
Em 1928, se casou com o jornalista carioca Mario Mendes, eleito prefeito de Pirenópolis em 1934, tiveram cinco filhos e adotaram mais dois. O exército de Dica participou da Revolução Constitucionalista de 1932 e também enfrentou a Coluna Prestes. A população conta que muitos milagres foram realizados por ela e que sua tropa era milagrosamente protegida. Santa Dica morreu em 9 de novembro de 1970, em Goiânia, e foi sepultada, conforme seu desejo, debaixo de uma gameleira em frente à sua casa em Lagolândia.
Fonte: https://pirenopolis.tur.br/cultura/historia/santa-dica.