Questões de Concurso Público EPC 2023 para Narrador Esportivo

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Q2160592 Português
Leia o texto para responder à questão.

         A crônica foi um gênero literário brasileiro por excelência durante décadas, no tempo em que a imprensa reservava espaços generosos para que escritores como Rubem Braga, Fernando Sabino, Clarice Lispector e Otto Lara Resende se debruçassem sobre os mais desimportantes temas para revelar o que de mais sublime há na vida em suas crônicas. Drummond foi um desses autores, conforme ele mesmo escreve em A Visita da Borboleta: “Discorram meus colegas sobre assuntos graúdos, nacionais e internacionais, que hoje eu fico com as borboletas.”
(https://www.estadao.com.br, 26.12.2020. Adaptado)
A passagem “se debruçassem sobre os mais desimportantes temas para revelar o que de mais sublime” revela que a crônica
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Q2160593 Português
Leia o texto para responder à questão.

         A crônica foi um gênero literário brasileiro por excelência durante décadas, no tempo em que a imprensa reservava espaços generosos para que escritores como Rubem Braga, Fernando Sabino, Clarice Lispector e Otto Lara Resende se debruçassem sobre os mais desimportantes temas para revelar o que de mais sublime há na vida em suas crônicas. Drummond foi um desses autores, conforme ele mesmo escreve em A Visita da Borboleta: “Discorram meus colegas sobre assuntos graúdos, nacionais e internacionais, que hoje eu fico com as borboletas.”
(https://www.estadao.com.br, 26.12.2020. Adaptado)
Com a frase – “Discorram meus colegas sobre assuntos graúdos, nacionais e internacionais, que hoje eu fico com as borboletas.” –, Drummond sugere que
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Q2160594 Português
Leia o texto para responder à questão.

Ser cronista

            Sei que não sou, mas tenho meditado ligeiramente no assunto.

        Crônica é um relato? É uma conversa? É um resumo de um estado de espírito? Não sei, pois antes de começar a escrever para o Jornal do Brasil, eu só tinha escrito romances e contos.

         E também sem perceber, à medida que escrevia para aqui, ia me tornando pessoal demais, correndo o risco de em breve publicar minha vida passada e presente, o que não pretendo. Outra coisa notei: basta eu saber que estou escrevendo para o jornal, isto é, para algo aberto facilmente por todo o mundo, e não para um livro, que só é aberto por quem realmente quer, para que, sem mesmo sentir, o modo de escrever se transforme. Não é que me desagrade mudar, pelo contrário. Mas queria que fossem mudanças mais profundas e interiores que não viessem a se refletir no escrever. Mas mudar só porque isso é uma coluna ou uma crônica? Ser mais leve só porque o leitor assim o quer? Divertir? Fazer passar uns minutos de leitura? E outra coisa: nos meus livros quero profundamente a comunicação profunda comigo e com o leitor. Aqui no jornal apenas falo com o leitor e agrada-me que ele fique agradado. Vou dizer a verdade: não estou contente.
(Clarice Lispector, A descoberta do mundo)
No texto, a autora deixa evidente que escrever crônicas é
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Q2160595 Português
Leia o texto para responder à questão.

Ser cronista

            Sei que não sou, mas tenho meditado ligeiramente no assunto.

        Crônica é um relato? É uma conversa? É um resumo de um estado de espírito? Não sei, pois antes de começar a escrever para o Jornal do Brasil, eu só tinha escrito romances e contos.

         E também sem perceber, à medida que escrevia para aqui, ia me tornando pessoal demais, correndo o risco de em breve publicar minha vida passada e presente, o que não pretendo. Outra coisa notei: basta eu saber que estou escrevendo para o jornal, isto é, para algo aberto facilmente por todo o mundo, e não para um livro, que só é aberto por quem realmente quer, para que, sem mesmo sentir, o modo de escrever se transforme. Não é que me desagrade mudar, pelo contrário. Mas queria que fossem mudanças mais profundas e interiores que não viessem a se refletir no escrever. Mas mudar só porque isso é uma coluna ou uma crônica? Ser mais leve só porque o leitor assim o quer? Divertir? Fazer passar uns minutos de leitura? E outra coisa: nos meus livros quero profundamente a comunicação profunda comigo e com o leitor. Aqui no jornal apenas falo com o leitor e agrada-me que ele fique agradado. Vou dizer a verdade: não estou contente.
(Clarice Lispector, A descoberta do mundo)
Em suas considerações, a autora confirma que
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Q2160596 Português
Leia o texto para responder à questão.

Ser cronista

            Sei que não sou, mas tenho meditado ligeiramente no assunto.

        Crônica é um relato? É uma conversa? É um resumo de um estado de espírito? Não sei, pois antes de começar a escrever para o Jornal do Brasil, eu só tinha escrito romances e contos.

         E também sem perceber, à medida que escrevia para aqui, ia me tornando pessoal demais, correndo o risco de em breve publicar minha vida passada e presente, o que não pretendo. Outra coisa notei: basta eu saber que estou escrevendo para o jornal, isto é, para algo aberto facilmente por todo o mundo, e não para um livro, que só é aberto por quem realmente quer, para que, sem mesmo sentir, o modo de escrever se transforme. Não é que me desagrade mudar, pelo contrário. Mas queria que fossem mudanças mais profundas e interiores que não viessem a se refletir no escrever. Mas mudar só porque isso é uma coluna ou uma crônica? Ser mais leve só porque o leitor assim o quer? Divertir? Fazer passar uns minutos de leitura? E outra coisa: nos meus livros quero profundamente a comunicação profunda comigo e com o leitor. Aqui no jornal apenas falo com o leitor e agrada-me que ele fique agradado. Vou dizer a verdade: não estou contente.
(Clarice Lispector, A descoberta do mundo)
Identifica-se oração subordinada que expressa sentido de tempo em:
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11: C
12: B
13: D
14: B
15: A