Questões de Concurso Público Prefeitura de Guarulhos - SP 2022 para Guarda Civil Municipal

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Q2209465 Português
Leia o texto, para responder à questão.

A era da dispersão

        Leio que nós, brasileiros, gastamos três horas e 42 minutos todos os dias nas redes sociais. Pouco mais de dez horas na internet, sendo metade disso em um telefone celular.

        Há quem diga que não vê nenhum problema nisso. A sobrecarga de informação é um fato do nosso tempo e é natural que percamos um pouco do dia separando o joio do trigo. Há quem vá mais longe e diga que a dispersão no mundo digital pode ser mesmo um modo de vida.

        Sou dos que desconfiam que há um problema bastante grave aí, que em geral costumamos empurrar para debaixo do tapete.

        Talvez eu ache isso porque sou professor. Percebo o efeito destruidor sobre a atenção dos alunos pela simples presença de um celular em sala de aula. Uma pesquisa mostra que levamos até 23 minutos para retomar a atenção quando somos interrompidos. Se fossem dez ou quinze minutos, isso não faria lá grande diferença. Esse não é o ponto central.

        O ponto é que andamos em meio a uma guerra. Quem faz o alerta é um ex-estrategista do Google, James Williams, que trabalhava na empresa exatamente na área de “programação persuasiva”. Era pago para criar estratégias de “captura” da atenção das pessoas. Em um dado momento, percebeu que ele mesmo havia perdido o controle. A partir daí, deu um tempo. Foi estudar em Oxford e tentar decifrar o problema.

        Ele diz que vivemos uma epidemia. Que há uma indústria inteira focada em capturar aquilo que cada um de nós tem de mais importante: nosso tempo e nossa atenção. Captura voluntária, feita com técnicas sofisticadas de inteligência artificial. O tempo de atenção de cada indivíduo passou a ser milimetricamente monitorado. Tornou-se, ele mesmo, o produto. Há um velho conceito de “liberdade como autodomínio” em jogo aí, e é precisamente isso, a retomada do controle sobre nossa própria atenção, que Williams enxerga como o “grande desafio da nossa época”.

        A informação foi, no passado, um bem escasso. No filme “Relatos do Mundo”, Tom Hanks faz o papel de um veterano que ganha a vida lendo notícias de jornal em teatros e igrejas nas pequenas cidades do Velho Oeste. A atenção, à época, era abundante, diante da informação rarefeita. A coisa hoje se inverteu. A informação se tornou abundante e a atenção, um recurso escasso. Acessamos muito mais informação do que precisamos. Ela vem de maneira caótica, em boa parte mesquinha, feita de qualquer besteira capaz de capturar nossa atenção.


(Fernando Schüler. https://veja.abril.com.br/coluna/fernando-schuler/ a-era-da-dispersao/. 22.01.22. Adaptado)
O autor do texto discute
Alternativas
Q2209466 Português
Leia o texto, para responder à questão.

A era da dispersão

        Leio que nós, brasileiros, gastamos três horas e 42 minutos todos os dias nas redes sociais. Pouco mais de dez horas na internet, sendo metade disso em um telefone celular.

        Há quem diga que não vê nenhum problema nisso. A sobrecarga de informação é um fato do nosso tempo e é natural que percamos um pouco do dia separando o joio do trigo. Há quem vá mais longe e diga que a dispersão no mundo digital pode ser mesmo um modo de vida.

        Sou dos que desconfiam que há um problema bastante grave aí, que em geral costumamos empurrar para debaixo do tapete.

        Talvez eu ache isso porque sou professor. Percebo o efeito destruidor sobre a atenção dos alunos pela simples presença de um celular em sala de aula. Uma pesquisa mostra que levamos até 23 minutos para retomar a atenção quando somos interrompidos. Se fossem dez ou quinze minutos, isso não faria lá grande diferença. Esse não é o ponto central.

        O ponto é que andamos em meio a uma guerra. Quem faz o alerta é um ex-estrategista do Google, James Williams, que trabalhava na empresa exatamente na área de “programação persuasiva”. Era pago para criar estratégias de “captura” da atenção das pessoas. Em um dado momento, percebeu que ele mesmo havia perdido o controle. A partir daí, deu um tempo. Foi estudar em Oxford e tentar decifrar o problema.

        Ele diz que vivemos uma epidemia. Que há uma indústria inteira focada em capturar aquilo que cada um de nós tem de mais importante: nosso tempo e nossa atenção. Captura voluntária, feita com técnicas sofisticadas de inteligência artificial. O tempo de atenção de cada indivíduo passou a ser milimetricamente monitorado. Tornou-se, ele mesmo, o produto. Há um velho conceito de “liberdade como autodomínio” em jogo aí, e é precisamente isso, a retomada do controle sobre nossa própria atenção, que Williams enxerga como o “grande desafio da nossa época”.

        A informação foi, no passado, um bem escasso. No filme “Relatos do Mundo”, Tom Hanks faz o papel de um veterano que ganha a vida lendo notícias de jornal em teatros e igrejas nas pequenas cidades do Velho Oeste. A atenção, à época, era abundante, diante da informação rarefeita. A coisa hoje se inverteu. A informação se tornou abundante e a atenção, um recurso escasso. Acessamos muito mais informação do que precisamos. Ela vem de maneira caótica, em boa parte mesquinha, feita de qualquer besteira capaz de capturar nossa atenção.


(Fernando Schüler. https://veja.abril.com.br/coluna/fernando-schuler/ a-era-da-dispersao/. 22.01.22. Adaptado)
Na frase que inicia o quinto parágrafo, “o ponto é que andamos em meio a uma guerra”, a referência a “uma guerra” tem o propósito de enfatizar, no contexto, a ideia de que
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Q2209467 Português
Leia o texto, para responder à questão.

A era da dispersão

        Leio que nós, brasileiros, gastamos três horas e 42 minutos todos os dias nas redes sociais. Pouco mais de dez horas na internet, sendo metade disso em um telefone celular.

        Há quem diga que não vê nenhum problema nisso. A sobrecarga de informação é um fato do nosso tempo e é natural que percamos um pouco do dia separando o joio do trigo. Há quem vá mais longe e diga que a dispersão no mundo digital pode ser mesmo um modo de vida.

        Sou dos que desconfiam que há um problema bastante grave aí, que em geral costumamos empurrar para debaixo do tapete.

        Talvez eu ache isso porque sou professor. Percebo o efeito destruidor sobre a atenção dos alunos pela simples presença de um celular em sala de aula. Uma pesquisa mostra que levamos até 23 minutos para retomar a atenção quando somos interrompidos. Se fossem dez ou quinze minutos, isso não faria lá grande diferença. Esse não é o ponto central.

        O ponto é que andamos em meio a uma guerra. Quem faz o alerta é um ex-estrategista do Google, James Williams, que trabalhava na empresa exatamente na área de “programação persuasiva”. Era pago para criar estratégias de “captura” da atenção das pessoas. Em um dado momento, percebeu que ele mesmo havia perdido o controle. A partir daí, deu um tempo. Foi estudar em Oxford e tentar decifrar o problema.

        Ele diz que vivemos uma epidemia. Que há uma indústria inteira focada em capturar aquilo que cada um de nós tem de mais importante: nosso tempo e nossa atenção. Captura voluntária, feita com técnicas sofisticadas de inteligência artificial. O tempo de atenção de cada indivíduo passou a ser milimetricamente monitorado. Tornou-se, ele mesmo, o produto. Há um velho conceito de “liberdade como autodomínio” em jogo aí, e é precisamente isso, a retomada do controle sobre nossa própria atenção, que Williams enxerga como o “grande desafio da nossa época”.

        A informação foi, no passado, um bem escasso. No filme “Relatos do Mundo”, Tom Hanks faz o papel de um veterano que ganha a vida lendo notícias de jornal em teatros e igrejas nas pequenas cidades do Velho Oeste. A atenção, à época, era abundante, diante da informação rarefeita. A coisa hoje se inverteu. A informação se tornou abundante e a atenção, um recurso escasso. Acessamos muito mais informação do que precisamos. Ela vem de maneira caótica, em boa parte mesquinha, feita de qualquer besteira capaz de capturar nossa atenção.


(Fernando Schüler. https://veja.abril.com.br/coluna/fernando-schuler/ a-era-da-dispersao/. 22.01.22. Adaptado)
Há emprego de palavra ou expressão em sentido figurado na seguinte passagem do texto: 
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Q2209468 Português
Leia o texto, para responder à questão.

A era da dispersão

        Leio que nós, brasileiros, gastamos três horas e 42 minutos todos os dias nas redes sociais. Pouco mais de dez horas na internet, sendo metade disso em um telefone celular.

        Há quem diga que não vê nenhum problema nisso. A sobrecarga de informação é um fato do nosso tempo e é natural que percamos um pouco do dia separando o joio do trigo. Há quem vá mais longe e diga que a dispersão no mundo digital pode ser mesmo um modo de vida.

        Sou dos que desconfiam que há um problema bastante grave aí, que em geral costumamos empurrar para debaixo do tapete.

        Talvez eu ache isso porque sou professor. Percebo o efeito destruidor sobre a atenção dos alunos pela simples presença de um celular em sala de aula. Uma pesquisa mostra que levamos até 23 minutos para retomar a atenção quando somos interrompidos. Se fossem dez ou quinze minutos, isso não faria lá grande diferença. Esse não é o ponto central.

        O ponto é que andamos em meio a uma guerra. Quem faz o alerta é um ex-estrategista do Google, James Williams, que trabalhava na empresa exatamente na área de “programação persuasiva”. Era pago para criar estratégias de “captura” da atenção das pessoas. Em um dado momento, percebeu que ele mesmo havia perdido o controle. A partir daí, deu um tempo. Foi estudar em Oxford e tentar decifrar o problema.

        Ele diz que vivemos uma epidemia. Que há uma indústria inteira focada em capturar aquilo que cada um de nós tem de mais importante: nosso tempo e nossa atenção. Captura voluntária, feita com técnicas sofisticadas de inteligência artificial. O tempo de atenção de cada indivíduo passou a ser milimetricamente monitorado. Tornou-se, ele mesmo, o produto. Há um velho conceito de “liberdade como autodomínio” em jogo aí, e é precisamente isso, a retomada do controle sobre nossa própria atenção, que Williams enxerga como o “grande desafio da nossa época”.

        A informação foi, no passado, um bem escasso. No filme “Relatos do Mundo”, Tom Hanks faz o papel de um veterano que ganha a vida lendo notícias de jornal em teatros e igrejas nas pequenas cidades do Velho Oeste. A atenção, à época, era abundante, diante da informação rarefeita. A coisa hoje se inverteu. A informação se tornou abundante e a atenção, um recurso escasso. Acessamos muito mais informação do que precisamos. Ela vem de maneira caótica, em boa parte mesquinha, feita de qualquer besteira capaz de capturar nossa atenção.


(Fernando Schüler. https://veja.abril.com.br/coluna/fernando-schuler/ a-era-da-dispersao/. 22.01.22. Adaptado)
Conforme aponta o autor, diante da determinação das empresas em manter nosso interesse voltado aos conteúdos veiculados na rede,
Alternativas
Q2209469 Português
Leia o texto, para responder à questão.

A era da dispersão

        Leio que nós, brasileiros, gastamos três horas e 42 minutos todos os dias nas redes sociais. Pouco mais de dez horas na internet, sendo metade disso em um telefone celular.

        Há quem diga que não vê nenhum problema nisso. A sobrecarga de informação é um fato do nosso tempo e é natural que percamos um pouco do dia separando o joio do trigo. Há quem vá mais longe e diga que a dispersão no mundo digital pode ser mesmo um modo de vida.

        Sou dos que desconfiam que há um problema bastante grave aí, que em geral costumamos empurrar para debaixo do tapete.

        Talvez eu ache isso porque sou professor. Percebo o efeito destruidor sobre a atenção dos alunos pela simples presença de um celular em sala de aula. Uma pesquisa mostra que levamos até 23 minutos para retomar a atenção quando somos interrompidos. Se fossem dez ou quinze minutos, isso não faria lá grande diferença. Esse não é o ponto central.

        O ponto é que andamos em meio a uma guerra. Quem faz o alerta é um ex-estrategista do Google, James Williams, que trabalhava na empresa exatamente na área de “programação persuasiva”. Era pago para criar estratégias de “captura” da atenção das pessoas. Em um dado momento, percebeu que ele mesmo havia perdido o controle. A partir daí, deu um tempo. Foi estudar em Oxford e tentar decifrar o problema.

        Ele diz que vivemos uma epidemia. Que há uma indústria inteira focada em capturar aquilo que cada um de nós tem de mais importante: nosso tempo e nossa atenção. Captura voluntária, feita com técnicas sofisticadas de inteligência artificial. O tempo de atenção de cada indivíduo passou a ser milimetricamente monitorado. Tornou-se, ele mesmo, o produto. Há um velho conceito de “liberdade como autodomínio” em jogo aí, e é precisamente isso, a retomada do controle sobre nossa própria atenção, que Williams enxerga como o “grande desafio da nossa época”.

        A informação foi, no passado, um bem escasso. No filme “Relatos do Mundo”, Tom Hanks faz o papel de um veterano que ganha a vida lendo notícias de jornal em teatros e igrejas nas pequenas cidades do Velho Oeste. A atenção, à época, era abundante, diante da informação rarefeita. A coisa hoje se inverteu. A informação se tornou abundante e a atenção, um recurso escasso. Acessamos muito mais informação do que precisamos. Ela vem de maneira caótica, em boa parte mesquinha, feita de qualquer besteira capaz de capturar nossa atenção.


(Fernando Schüler. https://veja.abril.com.br/coluna/fernando-schuler/ a-era-da-dispersao/. 22.01.22. Adaptado)
No contexto do último parágrafo, expressam ideias que se opõem os termos destacados em:
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Respostas
1: E
2: D
3: C
4: E
5: B