Se, nas Minas Gerais, imperavam, desde longa data, “as
tumultuosas ambições, desordens, prepotências e tiranias”,
é possível afirmar que muitos dos inconfidentes, coparticipantes e gestores das estruturas de poder implantadas,
não seriam completamente infensos a estes comportamentos e, portanto, também acumulavam e alimentavam seus
próprios quinhões de ambição e prepotência. Não foram,
nesse sentido, “generosos paladinos”, preocupados apenas
com o interesse público ou, por outro lado, “feios, loucos e
espantados”. Foram homens que existiram cotidiana e concretamente e, nessa dimensão deixaram alguns registros
documentais que informam sobre aspectos substantivos de
sua existência, os quais foram relativamente pouco explorados pela historiografia.
[João Pinto Furtado. Imaginando a nação: o ensino da história da
Inconfidência Mineira na perspectiva da crítica historiográfica.
Em Lana Mara de Castro Siman e Thais Nívia de Lima e Fonseca (org).
Inaugurando a História e construindo a nação. Discursos e
imagens no ensino de História]
De acordo com o excerto, é correto afirmar que a Inconfidência Mineira