Questões de Concurso Público Prefeitura de Cerquilho - SP 2019 para Professor de Educação Básica - História
Foram encontradas 3 questões
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Cerquilho - SP
Provas:
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP - Professor de Educação Básica - História
|
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP - Professor de Educação Básica - Ciências |
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP - Professor de Educação Básica - Língua Portuguesa |
Q1142150
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Ao longo de todo o ano passado, assistentes sociais municipais abordaram cerca de 105,3 mil pessoas nas calçadas da cidade de São Paulo. Esse número é 66% maior do
que a quantidade de pessoas abordadas na mesma situação
em 2016, quando foram contabilizados 63,2 mil indivíduos, e
88% acima da de 2015.
O número de indivíduos abordados não representa a
quantidade de pessoas que vive de fato nas ruas. Entre os
abordados há, por exemplo, moradores da periferia que passam dias e noites vivendo nas calçadas da região central em
busca de doações, mas em parte do mês retornam a suas
casas, pessoas que estão de passagem pela cidade, entre
outras situações.
O cálculo oficial de moradores de rua na capital paulista
está defasado, uma vez que é feito a cada quatro anos pela
prefeitura por meio da contratação de um censo específico.
O levantamento mais recente é de 2015, quando foram contabilizados cerca de 15 mil moradores de rua. Naquele ano,
foram abordados 56,1 mil indivíduos.
Com a crise econômica que já dura cinco anos, mudou
também a motivação principal que leva as pessoas à rua.
Os conflitos familiares, que, em 2018, apareciam em primeiro
lugar como motivo mais frequente para permanecer nas ruas,
foram ultrapassados pelo desemprego, que figura como a explicação mais comum dada pelas pessoas abordadas.
A consolidação de São Paulo como destino de imigrantes em busca de melhores condições representa outra camada no cenário social devastador da cidade. Ao longo do
ano passado, mais de 260 estrangeiros foram abordados
como moradores de rua. Migrantes também engordam as estatísticas. Entre os abordados pelos assistentes sociais que
informaram origem, metade veio de fora da capital, apesar
de o estado ser citado pela maioria como local de origem.
Os outros estados mais citados são Bahia, Minas Gerais,
Pernambuco e Paraná.
(Mariana Zylberkan. “Em dois anos, SP vê salto de 66% de pessoas
abordadas vivendo nas ruas”. www1.folha.uol.com.br, 22.06.2019. Adaptado)
De acordo com informações presentes no texto, pode-se
afirmar que, em São Paulo,
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Cerquilho - SP
Provas:
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP - Professor de Educação Básica - História
|
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP - Professor de Educação Básica - Ciências |
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP - Professor de Educação Básica - Língua Portuguesa |
Q1142155
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Ao longo de todo o ano passado, assistentes sociais municipais abordaram cerca de 105,3 mil pessoas nas calçadas da cidade de São Paulo. Esse número é 66% maior do
que a quantidade de pessoas abordadas na mesma situação
em 2016, quando foram contabilizados 63,2 mil indivíduos, e
88% acima da de 2015.
O número de indivíduos abordados não representa a
quantidade de pessoas que vive de fato nas ruas. Entre os
abordados há, por exemplo, moradores da periferia que passam dias e noites vivendo nas calçadas da região central em
busca de doações, mas em parte do mês retornam a suas
casas, pessoas que estão de passagem pela cidade, entre
outras situações.
O cálculo oficial de moradores de rua na capital paulista
está defasado, uma vez que é feito a cada quatro anos pela
prefeitura por meio da contratação de um censo específico.
O levantamento mais recente é de 2015, quando foram contabilizados cerca de 15 mil moradores de rua. Naquele ano,
foram abordados 56,1 mil indivíduos.
Com a crise econômica que já dura cinco anos, mudou
também a motivação principal que leva as pessoas à rua.
Os conflitos familiares, que, em 2018, apareciam em primeiro
lugar como motivo mais frequente para permanecer nas ruas,
foram ultrapassados pelo desemprego, que figura como a explicação mais comum dada pelas pessoas abordadas.
A consolidação de São Paulo como destino de imigrantes em busca de melhores condições representa outra camada no cenário social devastador da cidade. Ao longo do
ano passado, mais de 260 estrangeiros foram abordados
como moradores de rua. Migrantes também engordam as estatísticas. Entre os abordados pelos assistentes sociais que
informaram origem, metade veio de fora da capital, apesar
de o estado ser citado pela maioria como local de origem.
Os outros estados mais citados são Bahia, Minas Gerais,
Pernambuco e Paraná.
(Mariana Zylberkan. “Em dois anos, SP vê salto de 66% de pessoas
abordadas vivendo nas ruas”. www1.folha.uol.com.br, 22.06.2019. Adaptado)
Encontra-se em conformidade com as ideias presentes
no texto e com a norma-padrão a frase:
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Cerquilho - SP
Provas:
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP - Professor de Educação Básica - História
|
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP - Professor de Educação Básica - Ciências |
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Cerquilho - SP - Professor de Educação Básica - Língua Portuguesa |
Q1142156
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Um dia vou contar numa crônica a lenta agonia do meu
gato amazonense quando tive de me separar dele para viver
em São Paulo. Agora a história é outra: um cachorro…
Um cão de raça, com pedigree, como se diz. Forte, belo,
musculoso, de pelagem castanha, focinho altivo e dentes
perfeitos. Um príncipe de quatro patas.
Uma corrente de aço amarrava-o a um poste, enquanto o
dono, que comprava brioches numa das boas padarias afrancesadas de São Paulo, andava livremente.
Gania como um louco. Às vezes parecia chorar de dor,
saudade, solidão ou desamparo. Dava dó. E o dono demorava. Então os transeuntes se apresentaram. Paravam perto
do poste, admiravam a beleza do animal e se condoíam com
o sofrimento alheio. Alguém se revoltou com tamanha insensibilidade do dono. Uma mulher se agachou, murmurou palavras ternas ao pobre bicho, acariciou-o com dedos cheios de
anéis. Esse gesto comoveu o mundo.
Enfim, ele apareceu à porta da padaria. É natural que o
cão tenha sido o primeiro a farejar a presença de seu dono;
os transeuntes abriram-lhe passagem, e o reencontro foi um
alvoroço, uma festa diurna. “Ele é mimado”, disse o dono,
como se falasse de um filho.
O pelourinho foi banido, e o poste readquiriu sua função de poste. Solto e livre como um verdadeiro cidadão, o
cachorro saltou de alegria, enchendo a manhã de esperança; depois, ele e outros bichos foram o centro da conversa.
É uma dádiva que, num domingo ensolarado, o assunto não
seja política.
A calçada ficou quase deserta. Um homem a poucos metros do poste permaneceu na mesma posição. É um negro
desempregado. Nesse domingo de Ramos ele é também um
mendigo. O animal roubou-lhe a atenção, mas o homem ainda mantinha seus gestos. Sentado e com a mão espalmada,
o homem pede uma moeda ou restos de comida.
Outro dia, bem cedo, passei pela calçada da padaria e lá
estava o homem. Uma roda de curiosos o observava. Sentado no mesmo lugar, mãos e braços caídos. Morto. Desde
quando? Continuei meu passeio fútil. E perguntei a mim mesmo, com curiosidade, por onde andaria aquele belo cachorro.
(Milton Hatoum. “Domingo sem cachorro”.
http://terramagazine.terra.com.br, 17.04.2006. Adaptado)
Segundo o texto,