Questões de Concurso Público Prefeitura de Birigui - SP 2019 para Educador de Creche
Foram encontradas 5 questões
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Birigui - SP
Provas:
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Birigui - SP - Educador de Creche
|
VUNESP - 2019 - Prefeitura de Birigui - SP - Professor - Educação Infantil |
Q1081597
Português
Texto associado
Leia o texto, para responder à questão.
O eminente poeta Alberto de Oliveira, segundo informações dos jornais, está empenhado em impedir que um proprietário ganancioso derrube um cedro venerável que lhe
cresce nos terrenos.
A árvore é remanescente de antigas florestas que outrora
existiram para aquelas bandas e viu crescer Teresópolis já
adulta.
Não conheço essa espécie de árvore, mas deve ser bela
porque Alberto de Oliveira se interessa pela sua conservação.
Homem de cidade, tendo viajado unicamente de cidade
para cidade, nunca me foi dado ver essas essências florestais que todos que as contemplam se enchem de admiração e
emoção superior diante dessas maravilhas naturais.
O gesto de Alberto de Oliveira é sem dúvida louvável e
não há homem de mediano gosto que não o aplauda do fundo
da alma.
Desejoso de conservar a relíquia florestal, o grande poeta
propôs comprar, ao dono, as terras onde ela crescia.
Tenho para mim que, à vista da quantia exigida por este,
ela só poderá ser subscrita por gente rica, em cuja bolsa umas
poucas de centenas de mil-réis não façam falta.
Aí é que me parece que o carro pega. Não é que eu tenha
dúvidas sobre a generosidade da nossa gente rica; o meu
ceticismo não vem daí.
A minha dúvida vem do seu mau gosto, do seu desinteresse pela natureza. Excessivamente urbana, a nossa gente
abastada não povoa os arredores do Rio de Janeiro de vivendas de campo com pomares, jardins, que os figurem graciosos
como a linda paisagem da maioria deles está pedindo.
Os nossos arrabaldes e subúrbios são uma desolação.
As casas de gente abastada têm, quando muito, um jardinzito
liliputiano de polegada e meia; e as da gente pobre não têm
coisa alguma.
(Lima Barreto, O cedro de Teresópolis. Crônicas Escolhidas. Adaptado)
É correto afirmar que, embora afirme ser um homem de
cidade, o autor
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Birigui - SP
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VUNESP - 2019 - Prefeitura de Birigui - SP - Educador de Creche
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VUNESP - 2019 - Prefeitura de Birigui - SP - Professor - Educação Infantil |
Q1081598
Português
Texto associado
Leia o texto, para responder à questão.
O eminente poeta Alberto de Oliveira, segundo informações dos jornais, está empenhado em impedir que um proprietário ganancioso derrube um cedro venerável que lhe
cresce nos terrenos.
A árvore é remanescente de antigas florestas que outrora
existiram para aquelas bandas e viu crescer Teresópolis já
adulta.
Não conheço essa espécie de árvore, mas deve ser bela
porque Alberto de Oliveira se interessa pela sua conservação.
Homem de cidade, tendo viajado unicamente de cidade
para cidade, nunca me foi dado ver essas essências florestais que todos que as contemplam se enchem de admiração e
emoção superior diante dessas maravilhas naturais.
O gesto de Alberto de Oliveira é sem dúvida louvável e
não há homem de mediano gosto que não o aplauda do fundo
da alma.
Desejoso de conservar a relíquia florestal, o grande poeta
propôs comprar, ao dono, as terras onde ela crescia.
Tenho para mim que, à vista da quantia exigida por este,
ela só poderá ser subscrita por gente rica, em cuja bolsa umas
poucas de centenas de mil-réis não façam falta.
Aí é que me parece que o carro pega. Não é que eu tenha
dúvidas sobre a generosidade da nossa gente rica; o meu
ceticismo não vem daí.
A minha dúvida vem do seu mau gosto, do seu desinteresse pela natureza. Excessivamente urbana, a nossa gente
abastada não povoa os arredores do Rio de Janeiro de vivendas de campo com pomares, jardins, que os figurem graciosos
como a linda paisagem da maioria deles está pedindo.
Os nossos arrabaldes e subúrbios são uma desolação.
As casas de gente abastada têm, quando muito, um jardinzito
liliputiano de polegada e meia; e as da gente pobre não têm
coisa alguma.
(Lima Barreto, O cedro de Teresópolis. Crônicas Escolhidas. Adaptado)
Observando-se o enunciado – Aí é que me parece que o
carro pega. –, conclui-se, corretamente, que ele introduz
um ponto de vista
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
Prefeitura de Birigui - SP
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Q1081602
Português
Texto associado
Leia a charge, para responder à questão.
(Bessinha. Disponível em: https://cdnlegado.gentedeopiniao.com.br.
Acesso em: 13.08.2019)
É correto afirmar que o contexto da charge expressa
mensagem que consiste em
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
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Prefeitura de Birigui - SP
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VUNESP - 2019 - Prefeitura de Birigui - SP - Professor - Educação Infantil |
Q1081604
Português
Texto associado
Leia o texto, para responder à questão.
Certo discurso ambientalista tradicional recorrentemente
busca indícios de que o problema ambiental seja universal
(e de fato é), atemporal (nem tanto) e generalizado (o que é desejável). Alguma ingenuidade conceitual poderia marcar o ambientalismo apologético; haveria dilemas ambientais em todos
os lugares, tempos, culturas. É a bambificação(*) da natureza.
Necessária, no entanto, como condição de sobrevivência. Há
quem tenha encontrado normas ambientais na Bíblia, no Direito
grego, e até no Direito romano. São Francisco de Assis, nessa
linha, prosaica, seria o santo padroeiro das causas ambientais;
falava com plantas e animais.
A proteção do meio ambiente seria, nesse contexto, instintiva, predeterminando objeto e objetivo. Por outro lado, e este é
o meu argumento, quando muito, e agora utilizo uma categoria
freudiana, a pretensão de proteção ambiental seria pulsional,
dado que resiste a uma pressão contínua, variável na intensidade. Assim, numa dimensão qualitativa, e não quantitativa, é que
se deveria enfrentar a questão, que também é cultural. E que
culturalmente pode ser abordada.
O problema, no entanto, é substancialmente econômico.
O dilema ambiental só se revela como tal quando o meio ambiente passa a ser limite para o avanço da atividade econômica.
É nesse sentido que a chamada internalização da externalidade
negativa exige justificativa para uma atuação contra-fática.
Uma nuvem de problematização supostamente filosófica
também rondaria a discussão. Antropocêntricos acreditam que
a proteção ambiental seria narcisística, centrada e referenciada
no próprio homem. Os geocêntricos piamente entendem que a
natureza deva ser protegida por próprios e intrínsecos fundamentos e características. Posições se radicalizam.
A linha de argumento do ambientalista ingênuo lembra-nos o “salto do tigre” enunciado pelo filósofo da cultura Walter
Benjamin, em uma de suas teses sobre a filosofia da história.
Qual um tigre mergulhamos no passado, e apenas apreendemos o que interessa para nossa argumentação. É o que se faz,
a todo tempo.
(Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy. Disponível em:
https://www.conjur.com.br/2011. Acesso em: 10.08.2019. Adaptado)
(*) Referência ao personagem Bambi, filhote de cervo conhecido como
“Príncipe da Floresta”, em sua saga pela sobrevivência na natureza.
É correto afirmar que o autor discute o problema da proteção ambiental
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
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Q1081605
Português
Texto associado
Leia o texto, para responder à questão.
Certo discurso ambientalista tradicional recorrentemente
busca indícios de que o problema ambiental seja universal
(e de fato é), atemporal (nem tanto) e generalizado (o que é desejável). Alguma ingenuidade conceitual poderia marcar o ambientalismo apologético; haveria dilemas ambientais em todos
os lugares, tempos, culturas. É a bambificação(*) da natureza.
Necessária, no entanto, como condição de sobrevivência. Há
quem tenha encontrado normas ambientais na Bíblia, no Direito
grego, e até no Direito romano. São Francisco de Assis, nessa
linha, prosaica, seria o santo padroeiro das causas ambientais;
falava com plantas e animais.
A proteção do meio ambiente seria, nesse contexto, instintiva, predeterminando objeto e objetivo. Por outro lado, e este é
o meu argumento, quando muito, e agora utilizo uma categoria
freudiana, a pretensão de proteção ambiental seria pulsional,
dado que resiste a uma pressão contínua, variável na intensidade. Assim, numa dimensão qualitativa, e não quantitativa, é que
se deveria enfrentar a questão, que também é cultural. E que
culturalmente pode ser abordada.
O problema, no entanto, é substancialmente econômico.
O dilema ambiental só se revela como tal quando o meio ambiente passa a ser limite para o avanço da atividade econômica.
É nesse sentido que a chamada internalização da externalidade
negativa exige justificativa para uma atuação contra-fática.
Uma nuvem de problematização supostamente filosófica
também rondaria a discussão. Antropocêntricos acreditam que
a proteção ambiental seria narcisística, centrada e referenciada
no próprio homem. Os geocêntricos piamente entendem que a
natureza deva ser protegida por próprios e intrínsecos fundamentos e características. Posições se radicalizam.
A linha de argumento do ambientalista ingênuo lembra-nos o “salto do tigre” enunciado pelo filósofo da cultura Walter
Benjamin, em uma de suas teses sobre a filosofia da história.
Qual um tigre mergulhamos no passado, e apenas apreendemos o que interessa para nossa argumentação. É o que se faz,
a todo tempo.
(Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy. Disponível em:
https://www.conjur.com.br/2011. Acesso em: 10.08.2019. Adaptado)
(*) Referência ao personagem Bambi, filhote de cervo conhecido como
“Príncipe da Floresta”, em sua saga pela sobrevivência na natureza.
Observando-se as afirmações colocadas entre parênteses
no 1º parágrafo, conclui-se corretamente que