Questões de Concurso Público Prefeitura de Suzano - SP 2015 para Procurador Jurídico

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Q581846 Português

                                       Complexo de vira-lata 2.0

       Nelson Rodrigues chamou de complexo de vira-lata a inferioridade que o brasileiro voluntariamente se impõe perante o resto do mundo. Para o cronista, esse complexo teria sido superado com o título mundial de 1958. Isso ao menos entre as quatro linhas, onde construímos um futebol único e nos tornamos os maiores e os melhores.

       Tínhamos o patrimônio do futebol-arte, remédio para qualquer problema de autoestima. Mas sofremos um duro golpe narcísico com uma nova derrota em casa na última Copa. O “futebol-totem”, a verdade em torno da qual nos aglutinávamos reforçando uma identidade nacional, ruiu. Ainda somos os melhores?

       É como se andássemos carregando uma coroa oxidada. No íntimo ferido, a necessidade da autoafirmação, “somos os melhores”. Ao mesmo tempo, na superfície, a mágoa e o rancor ao nos afirmarmos profundamente inferiores.

       Aprisionados nessa conflituosa ambiguidade, inferiorizar o futebol brasileiro parece ser o mote das críticas e cobranças de boa parte da mídia. Carecendo de novas verdades, “profetas” anunciam caminhos, vendem verdades que pouco servem à evolução de nosso futebol. Aplaudem mais as medidas e o futebol de outros países, como se o autoelogio ou o reconhecimento do Brasil fosse uma espécie de tabu.

       É verdade que a globalização misturou estilos e fez o futebol crescer pelo mundo. Devemos ver o que de bom é produzido lá fora e descobrir como podemos aproveitar. Mas o aplauso ao outro, por vezes, não soa simplesmente como a admiração ao belo e ao sublime produzido no futebol. No fundo, para o narciso ferido, aponta para uma falta, como se a afirmação do outro fosse a sua própria negação. Retomamos, então, o “Narciso às avessas” de Nelson, que cospe na própria imagem, afirmando que aqui nada presta e que o que é produzido lá fora é o ideal.

       Falamos da ativação de um complexo que acaba por desvalorizar elementos tradicionalmente brasileiros, favorecendo uma paulatina descaracterização de nosso futebol. É de se perguntar: se Garrincha fizesse seu drible hoje, quão execrado pela mídia ele poderia ser pela falta de objetividade e menosprezo ao adversário? Críticas como essas possuem suas raízes em um modo europeu de se analisar o futebol. Estranhamos essas críticas — desrespeitosas, por sinal — a uma geração de jogadores brasileiros que fazem parte da maioria estrangeira no campeonato de clubes mais valorizados.

              (Walter Feldman; Rogério Caboclo. www.folha.uol.com.br/ opiniao/2015/09/1683161-

                                                                                 complexo-de-vira-lata-20.shtml. Adaptado)

De acordo com os autores,
Alternativas
Q581847 Português

                                       Complexo de vira-lata 2.0

       Nelson Rodrigues chamou de complexo de vira-lata a inferioridade que o brasileiro voluntariamente se impõe perante o resto do mundo. Para o cronista, esse complexo teria sido superado com o título mundial de 1958. Isso ao menos entre as quatro linhas, onde construímos um futebol único e nos tornamos os maiores e os melhores.

       Tínhamos o patrimônio do futebol-arte, remédio para qualquer problema de autoestima. Mas sofremos um duro golpe narcísico com uma nova derrota em casa na última Copa. O “futebol-totem”, a verdade em torno da qual nos aglutinávamos reforçando uma identidade nacional, ruiu. Ainda somos os melhores?

       É como se andássemos carregando uma coroa oxidada. No íntimo ferido, a necessidade da autoafirmação, “somos os melhores”. Ao mesmo tempo, na superfície, a mágoa e o rancor ao nos afirmarmos profundamente inferiores.

       Aprisionados nessa conflituosa ambiguidade, inferiorizar o futebol brasileiro parece ser o mote das críticas e cobranças de boa parte da mídia. Carecendo de novas verdades, “profetas” anunciam caminhos, vendem verdades que pouco servem à evolução de nosso futebol. Aplaudem mais as medidas e o futebol de outros países, como se o autoelogio ou o reconhecimento do Brasil fosse uma espécie de tabu.

       É verdade que a globalização misturou estilos e fez o futebol crescer pelo mundo. Devemos ver o que de bom é produzido lá fora e descobrir como podemos aproveitar. Mas o aplauso ao outro, por vezes, não soa simplesmente como a admiração ao belo e ao sublime produzido no futebol. No fundo, para o narciso ferido, aponta para uma falta, como se a afirmação do outro fosse a sua própria negação. Retomamos, então, o “Narciso às avessas” de Nelson, que cospe na própria imagem, afirmando que aqui nada presta e que o que é produzido lá fora é o ideal.

       Falamos da ativação de um complexo que acaba por desvalorizar elementos tradicionalmente brasileiros, favorecendo uma paulatina descaracterização de nosso futebol. É de se perguntar: se Garrincha fizesse seu drible hoje, quão execrado pela mídia ele poderia ser pela falta de objetividade e menosprezo ao adversário? Críticas como essas possuem suas raízes em um modo europeu de se analisar o futebol. Estranhamos essas críticas — desrespeitosas, por sinal — a uma geração de jogadores brasileiros que fazem parte da maioria estrangeira no campeonato de clubes mais valorizados.

              (Walter Feldman; Rogério Caboclo. www.folha.uol.com.br/ opiniao/2015/09/1683161-

                                                                                 complexo-de-vira-lata-20.shtml. Adaptado)

Considerando o emprego contextualizado da forma verbal Aplaudem, em destaque no quarto parágrafo, afirma-se corretamente que estabelece relação de antonímia com:
Alternativas
Q581848 Português

                                       Complexo de vira-lata 2.0

       Nelson Rodrigues chamou de complexo de vira-lata a inferioridade que o brasileiro voluntariamente se impõe perante o resto do mundo. Para o cronista, esse complexo teria sido superado com o título mundial de 1958. Isso ao menos entre as quatro linhas, onde construímos um futebol único e nos tornamos os maiores e os melhores.

       Tínhamos o patrimônio do futebol-arte, remédio para qualquer problema de autoestima. Mas sofremos um duro golpe narcísico com uma nova derrota em casa na última Copa. O “futebol-totem”, a verdade em torno da qual nos aglutinávamos reforçando uma identidade nacional, ruiu. Ainda somos os melhores?

       É como se andássemos carregando uma coroa oxidada. No íntimo ferido, a necessidade da autoafirmação, “somos os melhores”. Ao mesmo tempo, na superfície, a mágoa e o rancor ao nos afirmarmos profundamente inferiores.

       Aprisionados nessa conflituosa ambiguidade, inferiorizar o futebol brasileiro parece ser o mote das críticas e cobranças de boa parte da mídia. Carecendo de novas verdades, “profetas” anunciam caminhos, vendem verdades que pouco servem à evolução de nosso futebol. Aplaudem mais as medidas e o futebol de outros países, como se o autoelogio ou o reconhecimento do Brasil fosse uma espécie de tabu.

       É verdade que a globalização misturou estilos e fez o futebol crescer pelo mundo. Devemos ver o que de bom é produzido lá fora e descobrir como podemos aproveitar. Mas o aplauso ao outro, por vezes, não soa simplesmente como a admiração ao belo e ao sublime produzido no futebol. No fundo, para o narciso ferido, aponta para uma falta, como se a afirmação do outro fosse a sua própria negação. Retomamos, então, o “Narciso às avessas” de Nelson, que cospe na própria imagem, afirmando que aqui nada presta e que o que é produzido lá fora é o ideal.

       Falamos da ativação de um complexo que acaba por desvalorizar elementos tradicionalmente brasileiros, favorecendo uma paulatina descaracterização de nosso futebol. É de se perguntar: se Garrincha fizesse seu drible hoje, quão execrado pela mídia ele poderia ser pela falta de objetividade e menosprezo ao adversário? Críticas como essas possuem suas raízes em um modo europeu de se analisar o futebol. Estranhamos essas críticas — desrespeitosas, por sinal — a uma geração de jogadores brasileiros que fazem parte da maioria estrangeira no campeonato de clubes mais valorizados.

              (Walter Feldman; Rogério Caboclo. www.folha.uol.com.br/ opiniao/2015/09/1683161-

                                                                                 complexo-de-vira-lata-20.shtml. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a concordância está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
Alternativas
Q581849 Português

                                       Complexo de vira-lata 2.0

       Nelson Rodrigues chamou de complexo de vira-lata a inferioridade que o brasileiro voluntariamente se impõe perante o resto do mundo. Para o cronista, esse complexo teria sido superado com o título mundial de 1958. Isso ao menos entre as quatro linhas, onde construímos um futebol único e nos tornamos os maiores e os melhores.

       Tínhamos o patrimônio do futebol-arte, remédio para qualquer problema de autoestima. Mas sofremos um duro golpe narcísico com uma nova derrota em casa na última Copa. O “futebol-totem”, a verdade em torno da qual nos aglutinávamos reforçando uma identidade nacional, ruiu. Ainda somos os melhores?

       É como se andássemos carregando uma coroa oxidada. No íntimo ferido, a necessidade da autoafirmação, “somos os melhores”. Ao mesmo tempo, na superfície, a mágoa e o rancor ao nos afirmarmos profundamente inferiores.

       Aprisionados nessa conflituosa ambiguidade, inferiorizar o futebol brasileiro parece ser o mote das críticas e cobranças de boa parte da mídia. Carecendo de novas verdades, “profetas” anunciam caminhos, vendem verdades que pouco servem à evolução de nosso futebol. Aplaudem mais as medidas e o futebol de outros países, como se o autoelogio ou o reconhecimento do Brasil fosse uma espécie de tabu.

       É verdade que a globalização misturou estilos e fez o futebol crescer pelo mundo. Devemos ver o que de bom é produzido lá fora e descobrir como podemos aproveitar. Mas o aplauso ao outro, por vezes, não soa simplesmente como a admiração ao belo e ao sublime produzido no futebol. No fundo, para o narciso ferido, aponta para uma falta, como se a afirmação do outro fosse a sua própria negação. Retomamos, então, o “Narciso às avessas” de Nelson, que cospe na própria imagem, afirmando que aqui nada presta e que o que é produzido lá fora é o ideal.

       Falamos da ativação de um complexo que acaba por desvalorizar elementos tradicionalmente brasileiros, favorecendo uma paulatina descaracterização de nosso futebol. É de se perguntar: se Garrincha fizesse seu drible hoje, quão execrado pela mídia ele poderia ser pela falta de objetividade e menosprezo ao adversário? Críticas como essas possuem suas raízes em um modo europeu de se analisar o futebol. Estranhamos essas críticas — desrespeitosas, por sinal — a uma geração de jogadores brasileiros que fazem parte da maioria estrangeira no campeonato de clubes mais valorizados.

              (Walter Feldman; Rogério Caboclo. www.folha.uol.com.br/ opiniao/2015/09/1683161-

                                                                                 complexo-de-vira-lata-20.shtml. Adaptado)

A colocação pronominal está correta, em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, em:
Alternativas
Q581850 Português
Leia a tira.

                           Imagem associada para resolução da questão

                      (Hagar. Dik Browne; Chris Browne. www.folha.uol.com.br/ilustrada/  

                                                                          cartum/cartunsdiarios/#17/1/2015)

As lacunas dos quadrinhos podem ser, correta e respectivamente, preenchidas, segundo a norma-padrão da língua portuguesa, por:


Alternativas
Respostas
1: C
2: D
3: A
4: E
5: B