Questões de Concurso Público UNIFAL-MG 2023 para Técnico de Tecnologia da Informação

Foram encontradas 5 questões

Q2124482 Português
O lixo

Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam.
- Bom dia...
- Bom dia.
- A senhora é do 610.
- E o senhor do 612.
- É.
- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
- Pois é...
- Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...
- O meu quê?
- O seu lixo.
- Ah...
- Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena...
- Na verdade sou só eu.
- Mmmm. Notei também que o senhor usa muito comida em lata.
- É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar...
- Entendo.
- A senhora também...
- Me chame de você.
(...)

VERISSIMO, Luis Fernando. O melhor das comédias da vida privada. Rio de janeiro: Objetiva, 2004 (com adaptações). 
Da análise do primeiro parágrafo da crônica “O lixo”, de Luís Fernando Verissimo, é adequado afirmar que o texto:  
Alternativas
Q2124486 Português

Mafalda, uma menina com 50 anos.


Possui um espírito crítico fora do normal e uma língua afiada. Supostamente tem apenas 6 anos, mas a verdade é que a pequena Mafalda, a menina das tiras criadas pelo argentino Quino, faz este mês 50 anos.


As suas primeiras três ‘tiras’ foram publicadas em Setembro, na revista Leoplán. A partir de 29 de Setembro começou a ser publicada duas vezes por semana na Primera Plana. A última ‘aparição’ de Mafalda foi a 23 de Outubro de 2009, no jornal italiano La Repubblica, para criticar as declarações misóginas do então primeiro-ministro Silvio Berlusconi.


ALVES, Joana. Mafalda, uma menina com 50 anos. Nascer do Sol, 16 set. 2014. Disponível em:

<https://sol.sapo.pt/artigo/115112/mafalda-uma-menina-com-50-anos>. Acesso em 08 mar. 2023 (Com adaptações).

Da análise da matéria “Mafalda, uma menina com 50 anos”, é adequado afirmar que o título é: 
Alternativas
Q2124488 Português
Leia o texto para responder a esta questão. 
Abraço Caudaloso.
Amizade entre cronistas é um perigo: todo papo esbarra em crônica, já que toda crônica é uma espécie de papo. Foi numa conversa com o Antonio Prata, meu ex-amigo-platônico - “ex” não por não ser mais amigo mas por não ser mais platônico - que a bola começou a quicar. “Isso dá uma crônica”, ele disse. Mas nenhum dos dois escreveu, por escrúpulos de estar roubando a ideia do outro. Eu, que tenho menos escrúpulos e menos ideias, resolvi escrever.
Palavras, percebemos, são pessoas. Algumas são sozinhas: Abracadabra. Eureca. Bingo. Outras são promíscuas (embora prefiram a palavra “gregária”): estão sempre cercadas de muitas outras: Que. De. Por. (...)
Algumas palavras dependem de outras, embora não sejam grudadas por um hífen - quando têm hífen elas não são casadas, são siamesas. Casamento acontece quando se está junto por algum mistério. Alguns dirão que é amor, outros dirão que é afinidade, carência, preguiça e outros sentimentos menos nobres (a palavra engano, por exemplo, só está com ledo por pena - sabe que ledo, essa palavra moribunda, não iria encontrar mais nada a essa altura do campeonato).
DUVIVIER, Gregório. Abraço caudaloso. Folha de São Paulo, 02 fev. 2015 (Com adaptações).
Da análise da crônica “Abraço caudaloso”, é adequado afirmar que a conjunção destacada no último parágrafo exerce função: 
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Q2124489 Português

Leia o texto para responder a esta questão.


Funes, o memorioso.


Recordo-me dele (eu não tenho o direito de pronunciar esse verno sagrado, só um homem na Terra teve esse direito e esse homem morreu) segurando uma sombria flor-da-paixão, vendo-a como ninguém a viu, ainda que a olhasse do crepúsculo do dia até o da noite, por toda uma vida inteira. Recordo-me dele, a cara de índio taciturna e singularmente remota, atrás do cigarro. Recordo (creio) suas mãos afiladas de trançador. Recordo, perto daquelas mãos, uma cuia de mate, com as armas da Banda Oriental; recordo na janela da casa uma esteira amarela, com uma vaga paisagem lacustre. Recordo claramente a voz dele; a voz pousada, ressentida e nasal do suburbano antigo, sem os sibilos italianos de agora. Mais que três vezes não o vi; a última, em 1887... Parece-me muito acertado o projeto de que todos aqueles que o conheceram sobre ele escrevam; meu testemunho será talvez o mais breve e sem dúvida o mais pobre, mas não o menos imparcial do volume que os senhores editarão. (...)


BORGES, Jorge Luis. Ficções. São Paulo: Companhia das Letras. 2007 (Com adaptações).


Da análise do fragmento do conto “Funes, o memorioso”, é adequado afirmar que as expressões destacadas correspondem a um mecanismo de:

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Q2124490 Português
Governo pagou quase o dobro de juros, mas dívida pública cresceu mais de R$ 708 bilhões. 
Pagamento de juros e amortizações da dívida pública sem contrapartida cresceu 42% entre 2020 e 2021 depois de aumento de 33% no ano anterior, aponta relatório da Auditoria Cidadã da Dívida.
Por Gilson Camargo / Publicado em 12 de julho de 2022.
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Disponível em: https://www.extraclasse.org.br/economia/2022/07/governo-pagou-quase-o-dobro-de-juros-mas-divida-publica-cresceu-mais-de-r-708-bilhoes/ (Com adaptações). 
De acordo com o título da reportagem e o gráfico, é possível afirmar que:
Alternativas
Respostas
1: A
2: C
3: B
4: D
5: B