Questões de Concurso Público UNICAMP 2019 para Técnico de Enfermagem
Foram encontradas 4 questões
Q1775732
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Escape room
A regra é só uma: escapar antes que o tempo acabe. Já a
quantidade de usos pedagógicos desse jogo se multiplica na
medida da criatividade dos professores. Febre no exterior – e
opção de lazer que também caiu no gosto dos brasileiros –,
os escape rooms agora desembarcaram nas escolas. Presos
dentro de uma sala misteriosa, cheia de cofres e cadeados,
os alunos têm de resolver juntos uma série de enigmas para
encontrar a chave da liberdade.
Enquanto os problemas podem passar pela Geografia,
Biologia e Matemática, as soluções vêm, necessariamente,
do trabalho em equipe. Nos escapes, não existe um ganhador: ou todos saem ou nada feito. Alunos com espírito de liderança ajudam a coordenar o grupo ao mesmo tempo que
outros trabalham para acalmar os colegas.
Foram três meses quebrando a cabeça – até nas férias
– para que o professor Renato Aruta conseguisse finalmente montar um escape room à altura da perspicácia dos seus
alunos do 3° ano do ensino médio. No dia da atividade, levou
os estudantes para dentro da sala e apenas avisou, solene:
“Vocês têm 30 minutos para sair daí”.
“Não acredito que ele fez isso com a gente”, pensava
Giovanna C., de 17 anos, uma das “detidas”, enquanto Aruta
monitorava os alunos – e se divertia – por meio de uma câmera instalada na sala. A incredulidade deu lugar ao corre-
-corre e logo a turma entrou no espírito. Quem tinha intimidade com mapas ajudou a desvendar códigos escondidos em
coordenadas geográficas. Fãs da Matemática se debruçaram
sobre cálculos.
Mas o reforço dos conteúdos foi apenas um efeito colateral. “A ideia foi unir características de cada aluno, como
liderança e capacidade de resolver problemas”, explica Aruta.
Para professor e estudantes, conhecer mais o outro revelou boas surpresas: “Tem uma amiga que é bem quietinha.
Nunca imaginei que ela organizaria tudo enquanto estavam
todos nervosos”, exemplifica Luísa P., de 16 anos.
Atividades como os escape rooms se inserem em um contexto de valorização das habilidades socioemocionais, decisivas para a formação dos jovens e o bem-estar na escola.
(Júlia Marques, O Estado de S.Paulo, 18.08.2019. Adaptado)
De acordo com as informações do texto, os escape rooms
Q1775733
Português
Texto associado
Leia o texto para responder à questão.
Escape room
A regra é só uma: escapar antes que o tempo acabe. Já a
quantidade de usos pedagógicos desse jogo se multiplica na
medida da criatividade dos professores. Febre no exterior – e
opção de lazer que também caiu no gosto dos brasileiros –,
os escape rooms agora desembarcaram nas escolas. Presos
dentro de uma sala misteriosa, cheia de cofres e cadeados,
os alunos têm de resolver juntos uma série de enigmas para
encontrar a chave da liberdade.
Enquanto os problemas podem passar pela Geografia,
Biologia e Matemática, as soluções vêm, necessariamente,
do trabalho em equipe. Nos escapes, não existe um ganhador: ou todos saem ou nada feito. Alunos com espírito de liderança ajudam a coordenar o grupo ao mesmo tempo que
outros trabalham para acalmar os colegas.
Foram três meses quebrando a cabeça – até nas férias
– para que o professor Renato Aruta conseguisse finalmente montar um escape room à altura da perspicácia dos seus
alunos do 3° ano do ensino médio. No dia da atividade, levou
os estudantes para dentro da sala e apenas avisou, solene:
“Vocês têm 30 minutos para sair daí”.
“Não acredito que ele fez isso com a gente”, pensava
Giovanna C., de 17 anos, uma das “detidas”, enquanto Aruta
monitorava os alunos – e se divertia – por meio de uma câmera instalada na sala. A incredulidade deu lugar ao corre-
-corre e logo a turma entrou no espírito. Quem tinha intimidade com mapas ajudou a desvendar códigos escondidos em
coordenadas geográficas. Fãs da Matemática se debruçaram
sobre cálculos.
Mas o reforço dos conteúdos foi apenas um efeito colateral. “A ideia foi unir características de cada aluno, como
liderança e capacidade de resolver problemas”, explica Aruta.
Para professor e estudantes, conhecer mais o outro revelou boas surpresas: “Tem uma amiga que é bem quietinha.
Nunca imaginei que ela organizaria tudo enquanto estavam
todos nervosos”, exemplifica Luísa P., de 16 anos.
Atividades como os escape rooms se inserem em um contexto de valorização das habilidades socioemocionais, decisivas para a formação dos jovens e o bem-estar na escola.
(Júlia Marques, O Estado de S.Paulo, 18.08.2019. Adaptado)
Assinale a alternativa correta a respeito do termo destacado nos trechos do texto.
Q1775736
Português
Texto associado
Leia um trecho do romance A cidade de Ulisses, de Teolinda
Gersão, para responder à questão.
Assim que a professora de pintura entrou em nossa casa,
uma nova época se inaugurou.
A vida da minha mãe ficou de repente preenchida, pareceu ganhar magicamente um rumo. Pintar ocupava-lhe os
dias de tal modo que começou a usar um despertador, cujo
alarme tocava um pouco antes de o meu pai chegar. Então,
apressava-se a arrumar tudo, despia a bata e, ao bater do
meio-dia, sentava-se na sala a esperá-lo. Como se sempre
lá tivesse estado, com o coração a bater da correria pela
escada.
Até que um dia o meu pai achou que podia economizar
esse dinheiro, a professora foi dispensada e minha mãe continuou a pintar, por sua conta e risco.
Fascinado, eu exigi desde o início partilhar essa expedição com ela. O tempo que passei naquele sótão foi de longe
o mais feliz da minha infância.
A ideia que guardo é a da casa como um espaço dividido,
o espaço ameaçador do meu pai e o mundo aventuroso e secreto de minha mãe. Passava-se de um para o outro através
da escada: o sótão era um lugar ilimitado, como se boiasse
no ar ou assentasse nas nuvens. A minha mãe estendia na
mesa uma folha de papel e punha ao meu alcance lápis de
cor, pincéis e tintas.
Então tudo começava a ser possível: bastava eu querer
e uma coisa aparecia: o sol, um pássaro, uma árvore, uma
folha. Ela dizia sim, e sorria. Éramos cúmplices e partilhávamos um poder mágico. Estávamos no centro do mundo, e ele
obedecia. Fazíamos o sol subir no horizonte, púnhamos um
carro na estrada, um moinho num monte, pessoas acenando
das janelas. Tudo o que quiséssemos acontecia. Tudo.
(A cidade de Ulisses. Oficina Raquel, 2017. Adaptado)
Assinale a alternativa em que se faz, respectivamente, a
caracterização adequada do pai, da mãe e do narrador
da história.
Q1775740
Português
Texto associado
Leia o anúncio publicitário para responder à questão.
(Publicado na Folha de S.Paulo, em 29.09.2011)
No anúncio, o trecho – A arte tem horror ao comercial. Por isso, abrimos além do horário comercial. – está corretamente
interpretado em: