Questões de Concurso Público UFU-MG 2021 para Técnico em Contabilidade

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Q1891537 Português
    Em sistemas planetários formados por estrelas semelhantes ao Sol, mas que apresentam processos dinâmicos severos que causam reconfigurações em sua arquitetura, alguns planetas podem ter sido “devorados” pela estrela hospedeira.
    Uma equipe internacional de astrônomos — liderada por Lorenzo Spina, do Istituto Nazionale di Astrofisica (INAF), de Pádua, Itália, e incluindo Jorge Meléndez, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP) — estudou a composição química de estrelas de tipo solar em mais de cem sistemas binários, a fim de identificar assinaturas de planetas eventualmente “engolidos”.

ARANTES, José Tadeu. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2021/08/estrelas-semelhantes-ao-sol-devoramplanetas-em-sua-orbita-indica-estudo.shtml. Acesso em 31 ago. 2021. (Fragmento)

Analise o uso dos termos “devorados” e “engolidos” no texto apresentado e assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q1891538 Português
Leia o texto abaixo para responder à questão.


    Ser escritora no Brasil significa enfrentar desafios simultâneos. O primeiro deles é a entrada no campo literário dominado historicamente por homens brancos, héteros e de classe média. Esse é o obstáculo cultural e social que, ao longo dos anos e de forma lenta, vai sendo superado com o surgimento de mais e mais autoras. Ao mesmo tempo, existe no plano estético o peso da figura de Clarice Lispector, a “poeta forte” na literatura brasileira contemporânea, para usar uma ideia de Harold Bloom.[...]

    Carola Saavedra refletiu recentemente sobre o fantasma clariceano nas letras brasileiras e sobre a existência ou não da “escrita feminina”. É um debate reivindicado por quem está em busca de novos olhares no campo literário, mas que atiça o conservadorismo assustado com as mudanças. Homens temem a perda do lugar de fala, o monopólio da ideia de universal, de escrever para todos.

    “O conceito de escrita feminina parte de uma premissa essencialista ao enxergar na produção de autoras um estilo próprio feminino, isto é, as mulheres escreveriam como mulheres por possuírem um corpo de mulher e terem uma experiência única ligada a esse corpo”, nota a autora “Com armas sonolentas — um romance de formação” (2018). “A teoria da escrita feminina acabou se tornando por muito tempo o grande calcanhar de Aquiles das escritoras, porque, ao se pressupor a existência de uma escrita feminina, dava-se a toda a sua produção um caráter de literatura inferior, de menor qualidade. O outro da norma, o segundo sexo.” [...]

    Como leitor interessado e não especialista em questões femininas, fico pensando se um homem teria condições de enxergar, de absorver e de interpretar o mundo para escrever o romance “Conto da Aia”, de Margaret Atwood, ou a análise histórica “Calibã e a Bruxa: Mulheres, Corpos e Acumulação Primitiva”, de Silvia Federici. Tampouco consigo imaginar um escritor construindo a intricada amizade de Lila e Lenu nos quatros livros da série napolitana de Elena Ferrante, com os jogos de ciúme, de disputas, de solidariedade e de laços que parecem indestrutíveis entre as personagens.


VIEIRA, Enio. Disponível em: https://www.revistabula.com/43439-clarices-carolinas-e-hildas-um-mapa-das-escritoras-brasileirascontemporaneas/. Acesso em: 31 ago. 2021. (Fragmento)
De acordo com o texto, é INCORRETO afirmar que
Alternativas
Q1891539 Português
Leia o texto abaixo para responder à questão.


    Ser escritora no Brasil significa enfrentar desafios simultâneos. O primeiro deles é a entrada no campo literário dominado historicamente por homens brancos, héteros e de classe média. Esse é o obstáculo cultural e social que, ao longo dos anos e de forma lenta, vai sendo superado com o surgimento de mais e mais autoras. Ao mesmo tempo, existe no plano estético o peso da figura de Clarice Lispector, a “poeta forte” na literatura brasileira contemporânea, para usar uma ideia de Harold Bloom.[...]

    Carola Saavedra refletiu recentemente sobre o fantasma clariceano nas letras brasileiras e sobre a existência ou não da “escrita feminina”. É um debate reivindicado por quem está em busca de novos olhares no campo literário, mas que atiça o conservadorismo assustado com as mudanças. Homens temem a perda do lugar de fala, o monopólio da ideia de universal, de escrever para todos.

    “O conceito de escrita feminina parte de uma premissa essencialista ao enxergar na produção de autoras um estilo próprio feminino, isto é, as mulheres escreveriam como mulheres por possuírem um corpo de mulher e terem uma experiência única ligada a esse corpo”, nota a autora “Com armas sonolentas — um romance de formação” (2018). “A teoria da escrita feminina acabou se tornando por muito tempo o grande calcanhar de Aquiles das escritoras, porque, ao se pressupor a existência de uma escrita feminina, dava-se a toda a sua produção um caráter de literatura inferior, de menor qualidade. O outro da norma, o segundo sexo.” [...]

    Como leitor interessado e não especialista em questões femininas, fico pensando se um homem teria condições de enxergar, de absorver e de interpretar o mundo para escrever o romance “Conto da Aia”, de Margaret Atwood, ou a análise histórica “Calibã e a Bruxa: Mulheres, Corpos e Acumulação Primitiva”, de Silvia Federici. Tampouco consigo imaginar um escritor construindo a intricada amizade de Lila e Lenu nos quatros livros da série napolitana de Elena Ferrante, com os jogos de ciúme, de disputas, de solidariedade e de laços que parecem indestrutíveis entre as personagens.


VIEIRA, Enio. Disponível em: https://www.revistabula.com/43439-clarices-carolinas-e-hildas-um-mapa-das-escritoras-brasileirascontemporaneas/. Acesso em: 31 ago. 2021. (Fragmento)
Em todo o texto, as aspas só NÃO foram utilizadas para
Alternativas
Q1891540 Português
Leia o texto abaixo para responder à questão.


    Ser escritora no Brasil significa enfrentar desafios simultâneos. O primeiro deles é a entrada no campo literário dominado historicamente por homens brancos, héteros e de classe média. Esse é o obstáculo cultural e social que, ao longo dos anos e de forma lenta, vai sendo superado com o surgimento de mais e mais autoras. Ao mesmo tempo, existe no plano estético o peso da figura de Clarice Lispector, a “poeta forte” na literatura brasileira contemporânea, para usar uma ideia de Harold Bloom.[...]

    Carola Saavedra refletiu recentemente sobre o fantasma clariceano nas letras brasileiras e sobre a existência ou não da “escrita feminina”. É um debate reivindicado por quem está em busca de novos olhares no campo literário, mas que atiça o conservadorismo assustado com as mudanças. Homens temem a perda do lugar de fala, o monopólio da ideia de universal, de escrever para todos.

    “O conceito de escrita feminina parte de uma premissa essencialista ao enxergar na produção de autoras um estilo próprio feminino, isto é, as mulheres escreveriam como mulheres por possuírem um corpo de mulher e terem uma experiência única ligada a esse corpo”, nota a autora “Com armas sonolentas — um romance de formação” (2018). “A teoria da escrita feminina acabou se tornando por muito tempo o grande calcanhar de Aquiles das escritoras, porque, ao se pressupor a existência de uma escrita feminina, dava-se a toda a sua produção um caráter de literatura inferior, de menor qualidade. O outro da norma, o segundo sexo.” [...]

    Como leitor interessado e não especialista em questões femininas, fico pensando se um homem teria condições de enxergar, de absorver e de interpretar o mundo para escrever o romance “Conto da Aia”, de Margaret Atwood, ou a análise histórica “Calibã e a Bruxa: Mulheres, Corpos e Acumulação Primitiva”, de Silvia Federici. Tampouco consigo imaginar um escritor construindo a intricada amizade de Lila e Lenu nos quatros livros da série napolitana de Elena Ferrante, com os jogos de ciúme, de disputas, de solidariedade e de laços que parecem indestrutíveis entre as personagens.


VIEIRA, Enio. Disponível em: https://www.revistabula.com/43439-clarices-carolinas-e-hildas-um-mapa-das-escritoras-brasileirascontemporaneas/. Acesso em: 31 ago. 2021. (Fragmento)
Assinale a alternativa, cuja troca do termo negritado implica necessariamente alteração do sentido, no trecho “Tampouco consigo imaginar um escritor construindo a intricada amizade de Lila e Lenu nos quatros livros da série napolitana de Elena Ferrante [...]”.
Alternativas
Q1891541 Português
Os parágrafos a seguir estão ordenados de forma aleatória.

(1) Deitado ao lado do aquecedor (que manhã mais fria!), ele se entrega, sem pensar, às delícias do calor macio. Nesse momento, ele é um monge budista: nenhum desejo o perturba.
(2) Camus observou que o que caracteriza os seres humanos é a sua recusa a serem o que são. Eles não estão felizes com o que são. Querem ser outros, diferentes. Por isso somos neuróticos, revolucionários e artistas. Do sentimento de revolta, surgem as criações que nos fazem grandes. Mas, nesse momento, eu não quero ser grande. Quero simplesmente ter a saúde de corpo e de alma que tem o meu gato. Ele está feliz com a sua condição de gato. Não pensa em criações que o farão grande.
(3) Desejos são perturbações na tranquilidade da alma. Ter um desejo é estar infeliz: falta-me alguma coisa, por isso desejo… Mas, para o meu gato, nada falta. Ele é um ser completo. Por isso, pode se entregar ao calor do momento presente sem desejar nada. E esse “entregar-se ao momento presente sem desejar nada” tem o nome de preguiça. Preguiça é a virtude dos seres que estão em paz com a vida.
(4) Olho para o meu gato e medito. Medito teologias. Diziam os teólogos de séculos atrás que a harmonia da natureza deve ser o espelho em que os seres humanos devem buscar suas perfeições. O gato é um ser da natureza. Olho para o gato como um espelho. Não percebo nele nenhuma desarmonia. Sinto que devo imitálo.

Disponível em: https://www.revistaprosaversoearte.com/filosofia-do-gato-uma-cronica-adoravel-de-rubem-alves/. Acesso em: 31 ago. 2021. (Fragmento)

Considerando-se que a organização de um texto pressupõe ordenação coerente de suas partes, assinale a alternativa que evidencia, de forma lógica, a ordenação dos parágrafos do texto, de cima para baixo, com base nos números indicados.
Alternativas
Respostas
6: C
7: B
8: A
9: D
10: C