Questões de Concurso Público UEG 2019 para Docente de Ensino Superior

Foram encontradas 4 questões

Ano: 2019 Banca: UEG Órgão: UEG Prova: UEG - 2019 - UEG - Docente de Ensino Superior |
Q988103 Português

Para responder à questão, leia atenciosamente o Texto I, que se constitui de um excerto do artigo de opinião intitulado “A alma da fome é política”, de autoria do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, publicado no Jornal do Brasil, em setembro de 1993. 


Texto I

“A fome é exclusão. Da terra, da renda, do emprego, do salário, da educação, da economia, da vida e da cidadania. Quando uma pessoa chega a não ter o que comer é porque tudo o mais já lhe foi negado. É uma espécie de cerceamento moderno ou de exílio. A morte em vida. O exílio da Terra. Mas a alma da fome é política. A fome é a realidade, o efeito e o sintoma. O ponto de partida e de chegada. A síntese, a ponta do novelo a partir da qual tudo se explica e se resolve. Porque não é episódica, nem superficial, revela fundo o quanto uma pessoa está sendo excluída de tudo e com que frieza seu drama é ignorado pelos outros. [...] Mas a fome é também o atestado de miséria absoluta e o grito de alarme que sinaliza o desastre social de um país, que mostra a cara do Brasil. [...] É assustador perceber com que naturalidade fomos virando um país de miseráveis, com que tranquilidade fomos produzindo milhões de indigentes. Acabar com essa naturalidade, recuperar o sentido da indignação diante da degradação humana, reabsolutizar a pessoa como centro e eixo da vida e da ação política é essencial para transformar a luta contra a fome e a miséria num imenso processo de reconstrução do Brasil e de nossa própria dignidade. Por isso é que acabar com a fome não é só dar comida, e acabar com a miséria não é só gerar emprego, mas é reconstruir radicalmente toda a sociedade.” 

Conforme foi dito acima, o artigo de opinião “A alma da fome é política” foi publicado no Jornal do Brasil. Trata-se de um gênero textual pertencente ao âmbito jornalístico que se caracteriza por apresentar:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UEG Órgão: UEG Prova: UEG - 2019 - UEG - Docente de Ensino Superior |
Q988106 Português

Otimizar os recursos caseiros é uma boa oportunidade para melhorar a produção rural. Na criação de galos e galinhas, é possível usar o esterco das aves para melhorar a saúde de pequenas hortas e plantações.

Simples de ser produzido, este insumo biológico é indicado para ser feito pelos criadores e fornecedores de frango caipira. Ou seja, para quem alimenta os animais apenas com alimentos naturais e orgânicos. Além disso, só pode ser feito na zona rural, visto que algumas cidades brasileiras proíbem a criação de aves em ambientes urbanos.

Disponível em:<https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Criacao/Aves/noticia/2018/11/adubo-organico-como-fazer-um-produto-biologico-com-esterco-de-galinha.html> .


O texto da reportagem possui algumas ambiguidades e incoerências. Assinale a alternativa ERRADA quanto à leitura do texto:

Alternativas
Ano: 2019 Banca: UEG Órgão: UEG Prova: UEG - 2019 - UEG - Docente de Ensino Superior |
Q988109 Português

                                   CAMINHO DAS TROPAS


   O lote derradeiro desembocou num chouto sopitado do fundo da vargem, e veio a trouxe-mouxe enfileirar-se, sob o estalo do relho, na outra aba do rancho, poucas braças adiante da barraca do patrão. O Joaquim Culatreiro, atravessando sem parar o piraí na faixa encarnada da cinta, entre a espera da garrucha e a niquelaria da franqueira, desatou com presteza as bridas das cabresteiras, foi prendendo às estacas a mulada, e afrouxou os cambitos, deitando abaixo arrochos e ligais, enquanto um camarada serviçal dava a mão de ajuda na descarga dos surrões. O tropeiro empilhou a carregação fronteira aos fardos do dianteiro, e recolheu depois uma a uma as cangalhas suadas ao alpendre. Abriu após um couro largo no terreiro, despejou por cima meia quarta de milho, ao tempo que o resto da tropa ruminava em embornais a ração daquela tarde. O cabra, atentando na lombeira da burrada, tirou dum surrãozito de ferramentas, metido nas bruacas da cozinha, o chifre de tutano de boi, e armado duma dedada percorreu todo o lote, curando aqui uma pisadura antiga, ali raspando, com a aspereza dum sabuco, o dolorido dum inchaço em princípio, aparando além com o gume do freme os rebordos das feridas de mau caráter. Só então tornou à roda dos camaradas, ao pé do fogo do cozinheiro, no interior do rancho, onde chiava atupida a chocolateira aromatizada do café. A tarde morria nuns visos de crepúsculo pelas bandas da baixada. A mulada remoía nas estacas, e junto ao couro de milho um ou outro animal mais arteiro e manhoso escoucinhava e mordia os demais no afã do maior quinhão. Assentados sobre os calcanhares, os primeiros chegados – cujos lotes arraçoados se coçavam impacientes aos varais – espicaçavam pachorrentamente na concha da mão o fumo dos cornimboques, picavam miúdo no corte do caxerenguengue as rodelinhas finas, esfrangalhando entre os dedos os resíduos, palha grossa de cigarro encarapitada na orelha. [...]

                                                                                                    Hugo de Carvalho Ramos

Sobre o texto não é correto afirmar:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: UEG Órgão: UEG Prova: UEG - 2019 - UEG - Docente de Ensino Superior |
Q988110 Português

                                   CAMINHO DAS TROPAS


   O lote derradeiro desembocou num chouto sopitado do fundo da vargem, e veio a trouxe-mouxe enfileirar-se, sob o estalo do relho, na outra aba do rancho, poucas braças adiante da barraca do patrão. O Joaquim Culatreiro, atravessando sem parar o piraí na faixa encarnada da cinta, entre a espera da garrucha e a niquelaria da franqueira, desatou com presteza as bridas das cabresteiras, foi prendendo às estacas a mulada, e afrouxou os cambitos, deitando abaixo arrochos e ligais, enquanto um camarada serviçal dava a mão de ajuda na descarga dos surrões. O tropeiro empilhou a carregação fronteira aos fardos do dianteiro, e recolheu depois uma a uma as cangalhas suadas ao alpendre. Abriu após um couro largo no terreiro, despejou por cima meia quarta de milho, ao tempo que o resto da tropa ruminava em embornais a ração daquela tarde. O cabra, atentando na lombeira da burrada, tirou dum surrãozito de ferramentas, metido nas bruacas da cozinha, o chifre de tutano de boi, e armado duma dedada percorreu todo o lote, curando aqui uma pisadura antiga, ali raspando, com a aspereza dum sabuco, o dolorido dum inchaço em princípio, aparando além com o gume do freme os rebordos das feridas de mau caráter. Só então tornou à roda dos camaradas, ao pé do fogo do cozinheiro, no interior do rancho, onde chiava atupida a chocolateira aromatizada do café. A tarde morria nuns visos de crepúsculo pelas bandas da baixada. A mulada remoía nas estacas, e junto ao couro de milho um ou outro animal mais arteiro e manhoso escoucinhava e mordia os demais no afã do maior quinhão. Assentados sobre os calcanhares, os primeiros chegados – cujos lotes arraçoados se coçavam impacientes aos varais – espicaçavam pachorrentamente na concha da mão o fumo dos cornimboques, picavam miúdo no corte do caxerenguengue as rodelinhas finas, esfrangalhando entre os dedos os resíduos, palha grossa de cigarro encarapitada na orelha. [...]

                                                                                                    Hugo de Carvalho Ramos

Pelos costumes mostrados no texto, não se pode afirmar que:
Alternativas
Respostas
1: A
2: X
3: D
4: B