Questões de Concurso Público CPTM 2017 para Oficial de Manutenção Elétrica (Eletricista)
Foram encontradas 49 questões
Ano: 2017
Banca:
RBO
Órgão:
CPTM
Prova:
RBO - 2017 - CPTM - Oficial de Manutenção Elétrica (Eletricista) |
Q2053474
Português
Texto associado
A Volta
Da janela do trem o homem avista a velha cidadezinha que
o viu nascer. Seus olhos se enchem de lágrimas. Trinta anos.
Desce na estação – a mesma do seu tempo, não mudou nada –
e respira fundo. Até o cheiro é o mesmo! Cheiro de mato e poeira.
Só não tem mais cheiro de carvão, porque o trem agora é elétrico.
E o chefe da estação, será possível? Ainda é o mesmo. Fora a
careca, os bigodes brancos, as rugas e o corpo encurvado pela
idade, não mudou nada.
O homem não precisa perguntar como se chega ao centro
da cidade. Vai a pé, guiando-se por suas lembranças. O centro
continua como era. A praça. A igreja. A prefeitura. Até o vendedor
de bilhetes na frente do Clube Comercial parece o mesmo.
— Você não tinha um cachorro?
— O Cusca? Morreu, ih, faz vinte anos.
O homem sabe que subindo a Rua Quinze vai dar num
cinema. O Elite. Sobe a Rua Quinze. O cinema ainda existe. Mas
mudou de nome. Agora é o Rex. Do lado tem uma confeitaria.
Ah, os doces da infância... Ele entra na confeitaria. Tudo igual.
Fora o balcão de fórmica, tudo igual. Ou muito se engana ou o
dono ainda é o mesmo.
— Seu Adolfo, certo?
— Lupércio.
— Errei por pouco. Estou procurando a casa onde nasci. Sei que ficava ao lado de uma farmácia.
— Qual delas, a Progresso, a Tem Tudo ou a Moderna?
— Qual é a mais antiga?
— A Moderna.
— Então é essa.
— Fica na Rua Voluntários da Pátria.
Claro. A velha Voluntários. Sua casa está lá intacta. Ele
sente vontade de chorar. A cor era outra. Tinham mudado a porta
e provavelmente emparedado uma das janelas. Mas não havia
dúvida, era a casa da sua infância. Bateu na porta. A mulher que
abriu lhe parecia vagamente familiar. Seria...
— Titia?
— Puluca!
— Bem, meu nome é...
— Todos chamavam você de Puluca. Entre.
Ela lhe serviu licor. Perguntou por parentes que ele não
conhecia. Ele perguntou por parentes de que ela não se
lembrava. Conversaram até escurecer. Então ele se levantou e
disse que precisava ir embora. Não podia, infelizmente, demorar-se em Riachinho. Só viera matar a saudade. A tia parecia
intrigada.
— Riachinho, Puluca?
— É, por quê?
— Você vai para Riachinho?
Ele não entendeu.
— Eu estou em Riachinho.
— Não, não. Riachinho é a próxima parada do trem. Você está em Coronel Assis.
— Então eu desci na estação errada!
Durante alguns minutos os dois ficaram se olhando em silêncio. Finalmente a velha pergunta:
— Como é mesmo o seu nome?
Mas ele estava na rua, atordoado. E agora? Não sabia como voltar para a estação, naquela cidade estranha.
(Luís Fernando Veríssimo. A mulher do Silva. Porto Alegre. L&PM).
Assinale a alternativa INCORRETA sobre o texto.
Ano: 2017
Banca:
RBO
Órgão:
CPTM
Prova:
RBO - 2017 - CPTM - Oficial de Manutenção Elétrica (Eletricista) |
Q2053475
Português
Texto associado
A Volta
Da janela do trem o homem avista a velha cidadezinha que
o viu nascer. Seus olhos se enchem de lágrimas. Trinta anos.
Desce na estação – a mesma do seu tempo, não mudou nada –
e respira fundo. Até o cheiro é o mesmo! Cheiro de mato e poeira.
Só não tem mais cheiro de carvão, porque o trem agora é elétrico.
E o chefe da estação, será possível? Ainda é o mesmo. Fora a
careca, os bigodes brancos, as rugas e o corpo encurvado pela
idade, não mudou nada.
O homem não precisa perguntar como se chega ao centro
da cidade. Vai a pé, guiando-se por suas lembranças. O centro
continua como era. A praça. A igreja. A prefeitura. Até o vendedor
de bilhetes na frente do Clube Comercial parece o mesmo.
— Você não tinha um cachorro?
— O Cusca? Morreu, ih, faz vinte anos.
O homem sabe que subindo a Rua Quinze vai dar num
cinema. O Elite. Sobe a Rua Quinze. O cinema ainda existe. Mas
mudou de nome. Agora é o Rex. Do lado tem uma confeitaria.
Ah, os doces da infância... Ele entra na confeitaria. Tudo igual.
Fora o balcão de fórmica, tudo igual. Ou muito se engana ou o
dono ainda é o mesmo.
— Seu Adolfo, certo?
— Lupércio.
— Errei por pouco. Estou procurando a casa onde nasci. Sei que ficava ao lado de uma farmácia.
— Qual delas, a Progresso, a Tem Tudo ou a Moderna?
— Qual é a mais antiga?
— A Moderna.
— Então é essa.
— Fica na Rua Voluntários da Pátria.
Claro. A velha Voluntários. Sua casa está lá intacta. Ele
sente vontade de chorar. A cor era outra. Tinham mudado a porta
e provavelmente emparedado uma das janelas. Mas não havia
dúvida, era a casa da sua infância. Bateu na porta. A mulher que
abriu lhe parecia vagamente familiar. Seria...
— Titia?
— Puluca!
— Bem, meu nome é...
— Todos chamavam você de Puluca. Entre.
Ela lhe serviu licor. Perguntou por parentes que ele não
conhecia. Ele perguntou por parentes de que ela não se
lembrava. Conversaram até escurecer. Então ele se levantou e
disse que precisava ir embora. Não podia, infelizmente, demorar-se em Riachinho. Só viera matar a saudade. A tia parecia
intrigada.
— Riachinho, Puluca?
— É, por quê?
— Você vai para Riachinho?
Ele não entendeu.
— Eu estou em Riachinho.
— Não, não. Riachinho é a próxima parada do trem. Você está em Coronel Assis.
— Então eu desci na estação errada!
Durante alguns minutos os dois ficaram se olhando em silêncio. Finalmente a velha pergunta:
— Como é mesmo o seu nome?
Mas ele estava na rua, atordoado. E agora? Não sabia como voltar para a estação, naquela cidade estranha.
(Luís Fernando Veríssimo. A mulher do Silva. Porto Alegre. L&PM).
Considere o trecho abaixo:
Mas ele estava na rua, atordoado.
Assinale a alternativa que substitui o termo em destaque, sem alteração de sentido.
Mas ele estava na rua, atordoado.
Assinale a alternativa que substitui o termo em destaque, sem alteração de sentido.
Ano: 2017
Banca:
RBO
Órgão:
CPTM
Prova:
RBO - 2017 - CPTM - Oficial de Manutenção Elétrica (Eletricista) |
Q2053476
Português
Texto associado
A Volta
Da janela do trem o homem avista a velha cidadezinha que
o viu nascer. Seus olhos se enchem de lágrimas. Trinta anos.
Desce na estação – a mesma do seu tempo, não mudou nada –
e respira fundo. Até o cheiro é o mesmo! Cheiro de mato e poeira.
Só não tem mais cheiro de carvão, porque o trem agora é elétrico.
E o chefe da estação, será possível? Ainda é o mesmo. Fora a
careca, os bigodes brancos, as rugas e o corpo encurvado pela
idade, não mudou nada.
O homem não precisa perguntar como se chega ao centro
da cidade. Vai a pé, guiando-se por suas lembranças. O centro
continua como era. A praça. A igreja. A prefeitura. Até o vendedor
de bilhetes na frente do Clube Comercial parece o mesmo.
— Você não tinha um cachorro?
— O Cusca? Morreu, ih, faz vinte anos.
O homem sabe que subindo a Rua Quinze vai dar num
cinema. O Elite. Sobe a Rua Quinze. O cinema ainda existe. Mas
mudou de nome. Agora é o Rex. Do lado tem uma confeitaria.
Ah, os doces da infância... Ele entra na confeitaria. Tudo igual.
Fora o balcão de fórmica, tudo igual. Ou muito se engana ou o
dono ainda é o mesmo.
— Seu Adolfo, certo?
— Lupércio.
— Errei por pouco. Estou procurando a casa onde nasci. Sei que ficava ao lado de uma farmácia.
— Qual delas, a Progresso, a Tem Tudo ou a Moderna?
— Qual é a mais antiga?
— A Moderna.
— Então é essa.
— Fica na Rua Voluntários da Pátria.
Claro. A velha Voluntários. Sua casa está lá intacta. Ele
sente vontade de chorar. A cor era outra. Tinham mudado a porta
e provavelmente emparedado uma das janelas. Mas não havia
dúvida, era a casa da sua infância. Bateu na porta. A mulher que
abriu lhe parecia vagamente familiar. Seria...
— Titia?
— Puluca!
— Bem, meu nome é...
— Todos chamavam você de Puluca. Entre.
Ela lhe serviu licor. Perguntou por parentes que ele não
conhecia. Ele perguntou por parentes de que ela não se
lembrava. Conversaram até escurecer. Então ele se levantou e
disse que precisava ir embora. Não podia, infelizmente, demorar-se em Riachinho. Só viera matar a saudade. A tia parecia
intrigada.
— Riachinho, Puluca?
— É, por quê?
— Você vai para Riachinho?
Ele não entendeu.
— Eu estou em Riachinho.
— Não, não. Riachinho é a próxima parada do trem. Você está em Coronel Assis.
— Então eu desci na estação errada!
Durante alguns minutos os dois ficaram se olhando em silêncio. Finalmente a velha pergunta:
— Como é mesmo o seu nome?
Mas ele estava na rua, atordoado. E agora? Não sabia como voltar para a estação, naquela cidade estranha.
(Luís Fernando Veríssimo. A mulher do Silva. Porto Alegre. L&PM).
Considere o trecho a seguir:
A mulher que abriu lhe parecia vagamente familiar.
Assinale a alternativa que contém o antônimo da palavra em destaque.
A mulher que abriu lhe parecia vagamente familiar.
Assinale a alternativa que contém o antônimo da palavra em destaque.
Ano: 2017
Banca:
RBO
Órgão:
CPTM
Prova:
RBO - 2017 - CPTM - Oficial de Manutenção Elétrica (Eletricista) |
Q2053477
Português
Texto associado
A Volta
Da janela do trem o homem avista a velha cidadezinha que
o viu nascer. Seus olhos se enchem de lágrimas. Trinta anos.
Desce na estação – a mesma do seu tempo, não mudou nada –
e respira fundo. Até o cheiro é o mesmo! Cheiro de mato e poeira.
Só não tem mais cheiro de carvão, porque o trem agora é elétrico.
E o chefe da estação, será possível? Ainda é o mesmo. Fora a
careca, os bigodes brancos, as rugas e o corpo encurvado pela
idade, não mudou nada.
O homem não precisa perguntar como se chega ao centro
da cidade. Vai a pé, guiando-se por suas lembranças. O centro
continua como era. A praça. A igreja. A prefeitura. Até o vendedor
de bilhetes na frente do Clube Comercial parece o mesmo.
— Você não tinha um cachorro?
— O Cusca? Morreu, ih, faz vinte anos.
O homem sabe que subindo a Rua Quinze vai dar num
cinema. O Elite. Sobe a Rua Quinze. O cinema ainda existe. Mas
mudou de nome. Agora é o Rex. Do lado tem uma confeitaria.
Ah, os doces da infância... Ele entra na confeitaria. Tudo igual.
Fora o balcão de fórmica, tudo igual. Ou muito se engana ou o
dono ainda é o mesmo.
— Seu Adolfo, certo?
— Lupércio.
— Errei por pouco. Estou procurando a casa onde nasci. Sei que ficava ao lado de uma farmácia.
— Qual delas, a Progresso, a Tem Tudo ou a Moderna?
— Qual é a mais antiga?
— A Moderna.
— Então é essa.
— Fica na Rua Voluntários da Pátria.
Claro. A velha Voluntários. Sua casa está lá intacta. Ele
sente vontade de chorar. A cor era outra. Tinham mudado a porta
e provavelmente emparedado uma das janelas. Mas não havia
dúvida, era a casa da sua infância. Bateu na porta. A mulher que
abriu lhe parecia vagamente familiar. Seria...
— Titia?
— Puluca!
— Bem, meu nome é...
— Todos chamavam você de Puluca. Entre.
Ela lhe serviu licor. Perguntou por parentes que ele não
conhecia. Ele perguntou por parentes de que ela não se
lembrava. Conversaram até escurecer. Então ele se levantou e
disse que precisava ir embora. Não podia, infelizmente, demorar-se em Riachinho. Só viera matar a saudade. A tia parecia
intrigada.
— Riachinho, Puluca?
— É, por quê?
— Você vai para Riachinho?
Ele não entendeu.
— Eu estou em Riachinho.
— Não, não. Riachinho é a próxima parada do trem. Você está em Coronel Assis.
— Então eu desci na estação errada!
Durante alguns minutos os dois ficaram se olhando em silêncio. Finalmente a velha pergunta:
— Como é mesmo o seu nome?
Mas ele estava na rua, atordoado. E agora? Não sabia como voltar para a estação, naquela cidade estranha.
(Luís Fernando Veríssimo. A mulher do Silva. Porto Alegre. L&PM).
Considere o trecho abaixo:
Da janela do trem o homem avista a velha cidadezinha que o viu nascer.
Assinale a alternativa em que a palavra em destaque pertence à mesma classe gramatical da palavra destacada no trecho acima.
Da janela do trem o homem avista a velha cidadezinha que o viu nascer.
Assinale a alternativa em que a palavra em destaque pertence à mesma classe gramatical da palavra destacada no trecho acima.
Ano: 2017
Banca:
RBO
Órgão:
CPTM
Prova:
RBO - 2017 - CPTM - Oficial de Manutenção Elétrica (Eletricista) |
Q2053478
Português
Texto associado
A Volta
Da janela do trem o homem avista a velha cidadezinha que
o viu nascer. Seus olhos se enchem de lágrimas. Trinta anos.
Desce na estação – a mesma do seu tempo, não mudou nada –
e respira fundo. Até o cheiro é o mesmo! Cheiro de mato e poeira.
Só não tem mais cheiro de carvão, porque o trem agora é elétrico.
E o chefe da estação, será possível? Ainda é o mesmo. Fora a
careca, os bigodes brancos, as rugas e o corpo encurvado pela
idade, não mudou nada.
O homem não precisa perguntar como se chega ao centro
da cidade. Vai a pé, guiando-se por suas lembranças. O centro
continua como era. A praça. A igreja. A prefeitura. Até o vendedor
de bilhetes na frente do Clube Comercial parece o mesmo.
— Você não tinha um cachorro?
— O Cusca? Morreu, ih, faz vinte anos.
O homem sabe que subindo a Rua Quinze vai dar num
cinema. O Elite. Sobe a Rua Quinze. O cinema ainda existe. Mas
mudou de nome. Agora é o Rex. Do lado tem uma confeitaria.
Ah, os doces da infância... Ele entra na confeitaria. Tudo igual.
Fora o balcão de fórmica, tudo igual. Ou muito se engana ou o
dono ainda é o mesmo.
— Seu Adolfo, certo?
— Lupércio.
— Errei por pouco. Estou procurando a casa onde nasci. Sei que ficava ao lado de uma farmácia.
— Qual delas, a Progresso, a Tem Tudo ou a Moderna?
— Qual é a mais antiga?
— A Moderna.
— Então é essa.
— Fica na Rua Voluntários da Pátria.
Claro. A velha Voluntários. Sua casa está lá intacta. Ele
sente vontade de chorar. A cor era outra. Tinham mudado a porta
e provavelmente emparedado uma das janelas. Mas não havia
dúvida, era a casa da sua infância. Bateu na porta. A mulher que
abriu lhe parecia vagamente familiar. Seria...
— Titia?
— Puluca!
— Bem, meu nome é...
— Todos chamavam você de Puluca. Entre.
Ela lhe serviu licor. Perguntou por parentes que ele não
conhecia. Ele perguntou por parentes de que ela não se
lembrava. Conversaram até escurecer. Então ele se levantou e
disse que precisava ir embora. Não podia, infelizmente, demorar-se em Riachinho. Só viera matar a saudade. A tia parecia
intrigada.
— Riachinho, Puluca?
— É, por quê?
— Você vai para Riachinho?
Ele não entendeu.
— Eu estou em Riachinho.
— Não, não. Riachinho é a próxima parada do trem. Você está em Coronel Assis.
— Então eu desci na estação errada!
Durante alguns minutos os dois ficaram se olhando em silêncio. Finalmente a velha pergunta:
— Como é mesmo o seu nome?
Mas ele estava na rua, atordoado. E agora? Não sabia como voltar para a estação, naquela cidade estranha.
(Luís Fernando Veríssimo. A mulher do Silva. Porto Alegre. L&PM).
Assinale a alternativa em que a palavra destacada possui o
mesmo tempo e modo verbal que a palavra em destaque
no trecho abaixo.
“— Você vai para Riachinho?
Ele não entendeu.”
“— Você vai para Riachinho?
Ele não entendeu.”