Questões de Concurso Público Prefeitura de Fortaleza - CE 2016 para Língua Portuguesa

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Q650891 Português

Marginalzinho: a socialização de uma elite vazia e covarde

Parada em um sinal de trânsito, uma cena capturou minha atenção e me fez pensar como, ao longo da vida, a segregação da sociedade brasileira nos bestializa


01    Era a largada de duas escolas que estavam situadas uma do lado da outra, separadas por um muro altíssimo de uma 02    delas. Da escola pública saíam crianças correndo, brincando e falando alto. A maioria estava desacompanhada e dirigia-03    se ao ponto de ônibus da grande avenida, que terminaria nas periferias. Era uma massa escura, especialmente quando 04    contrastada com a massa mais clara que saía da escola particular do lado: crianças brancas, de mãos dadas com os 05    pais, babás ou seguranças, caminhando duramente em direção à fila de caminhonetes. Lado a lado, os dois grupos não 06    se misturavam. Cada um sabia exatamente seu lugar. Desde muito pequenas, aquelas crianças tinham literalmente 07    incorporado a segregação à brasileira, que se caracteriza pela mistura única entre o sistema de apartheid racial e o de 08    castas de classes. Os corpos domesticados revelavam o triste processo de socialização ao desprezo, que tende a só 09    piorar na vida adulta. [...]

PINHEIRO-MACHADO, Rosana. In http://www.cartacapital.com.br/sociedade/marginalzinho-a-socializacao-de-uma-elite-vazia-e-covarde- 3514.html (acesso em 07/03/16). 

Levando-se em conta a teoria dos gêneros textuais, o texto Marginalzinho: a socialização de uma elite vazia e covarde, embora seja apenas um trecho, apresenta as características da tipologia de base narrativa e os traços de um gênero textual específico, de acordo com os quais é correto afirmar que se trata de:
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Q650892 Português

Marginalzinho: a socialização de uma elite vazia e covarde

Parada em um sinal de trânsito, uma cena capturou minha atenção e me fez pensar como, ao longo da vida, a segregação da sociedade brasileira nos bestializa


01    Era a largada de duas escolas que estavam situadas uma do lado da outra, separadas por um muro altíssimo de uma 02    delas. Da escola pública saíam crianças correndo, brincando e falando alto. A maioria estava desacompanhada e dirigia-03    se ao ponto de ônibus da grande avenida, que terminaria nas periferias. Era uma massa escura, especialmente quando 04    contrastada com a massa mais clara que saía da escola particular do lado: crianças brancas, de mãos dadas com os 05    pais, babás ou seguranças, caminhando duramente em direção à fila de caminhonetes. Lado a lado, os dois grupos não 06    se misturavam. Cada um sabia exatamente seu lugar. Desde muito pequenas, aquelas crianças tinham literalmente 07    incorporado a segregação à brasileira, que se caracteriza pela mistura única entre o sistema de apartheid racial e o de 08    castas de classes. Os corpos domesticados revelavam o triste processo de socialização ao desprezo, que tende a só 09    piorar na vida adulta. [...]

PINHEIRO-MACHADO, Rosana. In http://www.cartacapital.com.br/sociedade/marginalzinho-a-socializacao-de-uma-elite-vazia-e-covarde- 3514.html (acesso em 07/03/16). 

Em uma aula de produção textual, o uso do fragmento em análise (Marginalzinho: a socialização de uma elite vazia e covarde), como um texto motivador, conduziria o professor à possibilidade de trabalhar vários tópicos, à exceção:
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Q650893 Português

Marginalzinho: a socialização de uma elite vazia e covarde

Parada em um sinal de trânsito, uma cena capturou minha atenção e me fez pensar como, ao longo da vida, a segregação da sociedade brasileira nos bestializa


01    Era a largada de duas escolas que estavam situadas uma do lado da outra, separadas por um muro altíssimo de uma 02    delas. Da escola pública saíam crianças correndo, brincando e falando alto. A maioria estava desacompanhada e dirigia-03    se ao ponto de ônibus da grande avenida, que terminaria nas periferias. Era uma massa escura, especialmente quando 04    contrastada com a massa mais clara que saía da escola particular do lado: crianças brancas, de mãos dadas com os 05    pais, babás ou seguranças, caminhando duramente em direção à fila de caminhonetes. Lado a lado, os dois grupos não 06    se misturavam. Cada um sabia exatamente seu lugar. Desde muito pequenas, aquelas crianças tinham literalmente 07    incorporado a segregação à brasileira, que se caracteriza pela mistura única entre o sistema de apartheid racial e o de 08    castas de classes. Os corpos domesticados revelavam o triste processo de socialização ao desprezo, que tende a só 09    piorar na vida adulta. [...]

PINHEIRO-MACHADO, Rosana. In http://www.cartacapital.com.br/sociedade/marginalzinho-a-socializacao-de-uma-elite-vazia-e-covarde- 3514.html (acesso em 07/03/16). 

O sistema fonológico da língua portuguesa falada no Brasil apresenta alguns embaraços (sobretudo para os alunos) quando se estão estudando as regras de ortografia. Nesse caso, a palavra ”desprezo” (l. 09) pode ser considerado exemplo desse tipo de dificuldade para o discente, porque:
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Q650894 Português

Marginalzinho: a socialização de uma elite vazia e covarde

Parada em um sinal de trânsito, uma cena capturou minha atenção e me fez pensar como, ao longo da vida, a segregação da sociedade brasileira nos bestializa


01    Era a largada de duas escolas que estavam situadas uma do lado da outra, separadas por um muro altíssimo de uma 02    delas. Da escola pública saíam crianças correndo, brincando e falando alto. A maioria estava desacompanhada e dirigia-03    se ao ponto de ônibus da grande avenida, que terminaria nas periferias. Era uma massa escura, especialmente quando 04    contrastada com a massa mais clara que saía da escola particular do lado: crianças brancas, de mãos dadas com os 05    pais, babás ou seguranças, caminhando duramente em direção à fila de caminhonetes. Lado a lado, os dois grupos não 06    se misturavam. Cada um sabia exatamente seu lugar. Desde muito pequenas, aquelas crianças tinham literalmente 07    incorporado a segregação à brasileira, que se caracteriza pela mistura única entre o sistema de apartheid racial e o de 08    castas de classes. Os corpos domesticados revelavam o triste processo de socialização ao desprezo, que tende a só 09    piorar na vida adulta. [...]

PINHEIRO-MACHADO, Rosana. In http://www.cartacapital.com.br/sociedade/marginalzinho-a-socializacao-de-uma-elite-vazia-e-covarde- 3514.html (acesso em 07/03/16). 

O contexto em que ocorre a cena descrita pela autora expõe o contraste entre dois grupos sociais que apresentam características bem distintas (“massa escura” versus “crianças brancas”). Tal distinção é um dos condicionantes de que tipo de variação?
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Q650895 Português

Marginalzinho: a socialização de uma elite vazia e covarde

Parada em um sinal de trânsito, uma cena capturou minha atenção e me fez pensar como, ao longo da vida, a segregação da sociedade brasileira nos bestializa


01    Era a largada de duas escolas que estavam situadas uma do lado da outra, separadas por um muro altíssimo de uma 02    delas. Da escola pública saíam crianças correndo, brincando e falando alto. A maioria estava desacompanhada e dirigia-03    se ao ponto de ônibus da grande avenida, que terminaria nas periferias. Era uma massa escura, especialmente quando 04    contrastada com a massa mais clara que saía da escola particular do lado: crianças brancas, de mãos dadas com os 05    pais, babás ou seguranças, caminhando duramente em direção à fila de caminhonetes. Lado a lado, os dois grupos não 06    se misturavam. Cada um sabia exatamente seu lugar. Desde muito pequenas, aquelas crianças tinham literalmente 07    incorporado a segregação à brasileira, que se caracteriza pela mistura única entre o sistema de apartheid racial e o de 08    castas de classes. Os corpos domesticados revelavam o triste processo de socialização ao desprezo, que tende a só 09    piorar na vida adulta. [...]

PINHEIRO-MACHADO, Rosana. In http://www.cartacapital.com.br/sociedade/marginalzinho-a-socializacao-de-uma-elite-vazia-e-covarde- 3514.html (acesso em 07/03/16). 

Nos PCN, com relação à prática de produção de textos escritos, existem orientações acerca desse conteúdo, entre as quais a “utilização de mecanismos discursivos e linguísticos de coerência e coesão textuais, conforme o gênero e os propósitos do texto, desenvolvendo diferentes critérios: [...] de propriedade dos recursos linguísticos (repetição, retomadas, anáforas, conectivos) na expressão da relação entre constituintes do texto”. Quanto ao uso dos conectivos e a relação semântica existente entre os enunciados, inexistindo conectivos explícitos, considerando a necessidade de o professor transmitir tais conteúdos sem que o aluno precise memorizar um sem-número de conjunções, é exato afirmar que, em “Lado a lado, os dois grupos não se misturavam. Cada um sabia exatamente seu lugar” (l. 06), um aluno do nono ano deve ser conduzido a compreender que, entre esses dois períodos, se detecta a relação semântica de:
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Respostas
11: D
12: A
13: A
14: B
15: D