Questões de Concurso Público UFRJ 2018 para Técnico de Tecnologia da Informação

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Q1020701 Português

O texto adiante é um fragmento do romance Infância, de Graciliano Ramos, publicado em 1945. Leia-o e responda à questão proposta.


TEXTO 2


“Poder ser alguém em uma sociedade, para muitas pessoas sempre esteve ligado ao fato de ter conhecimento da letra, ser letrado. O pai tinha consciência da importância do poder que tinha a escrita, pois, em sua concepção, um homem letrado era um homem ‘sabido’ que possuía armas terríveis, as letras. No entanto, o sujeito aprende a ler, mas não adquire, muitas vezes, a capacidade de fazer uso da escrita. Como aconteceu com o menino: Certamente meu pai usara um horrível embuste naquela maldita manhã, inculcando-me a excelência do papel impresso. Eu não lia direito, mas, arfando penosamente, conseguia mastigar os conceitos sisudos: ‘A preguiça é a chave da pobreza – Quem não ouve conselhos raras vezes acerta – Fala pouco e bem: ter-te-ão por alguém.’

Esse Terteão para mim era um homem, e não pude saber que fazia ele na página final da carta. As outras folhas se desprendiam, restavam-me as linhas em negrita, resumo da ciência anunciada por meu pai.

- Mocinha, quem é Terteão?

Mocinha estranhou a pergunta. Não havia pensado que Terteão fosse homem. Talvez fosse. “Fala pouco e bem: ter-te-ão por alguém”.

- Mocinha, que quer dizer isso?

Mocinha confessou honestamente que não conhecia Terteão. E eu fiquei triste, remoendo a promessa de meu pai, aguardando novas decepções.”


Considerando as informações que o trecho dado oferece, assinale a alternativa com a afirmação INCORRETA.

Alternativas
Q1020704 Português

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Congênito

Luiz Melodia


Se a gente falasse menos

Talvez compreendesse mais

Teatro, boate, cinema

Qualquer prazer não satisfaz

Palavra figura de espanto, quanto

Na terra tento descansar

(...)

Mas o tudo que se tem

Não representa nada

Tá na cara

Que o jovem tem seu automóvel

O tudo que se tem

Não representa tudo

O puro conteúdo é consideração


Quem não vê!

Não goza de consideração

Quem não vê!

Então sai a consideração

Quem não vê

Não goza de considera

(...)


No trecho a seguir:


“Tá na cara

Que o jovem tem seu automóvel”.


Nesses versos da canção, Luiz Melodia destaca:

Alternativas
Q1020705 Português

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Os decanos e diretores presentes à 102ª Reunião da Plenária de Decanos e Diretores da UFRJ reafirmam a defesa da plena gratuidade nos estabelecimentos oficiais, nos termos do Art. 206, IV, da Constituição Federal, um requisito para a democracia e o desenvolvimento nacional comprometido com o bem viver de todo o povo. A gratuidade é uma conquista republicana que assegura o direito de todos à educação e estabelece o dever do Estado no fomento da educação, cultura, ciência e tecnologia, tal como ocorre nos países que possuem elevada qualidade de vida.(...)”.

Trecho inicial do documento “Futuro da universidade federal ameaçado, futuro da nação ameaçado: nota da Plenária de Decanos e Diretores da UFRJ”, de 31 de julho de 2017.


Conforme a nota de Decanos e Diretores da UFRJ, entre a gratuidade do ensino como uma conquista republicana que assegura direitos e o que ocorre nos países que possuem elevada qualidade de vida, há uma relação de:

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Q1020706 Português

    “(...) — O doutor é formado em Direito? indaguei por minha vez — Não. Formei-me em Línguas Orientais e Exegese Bíblica, na Universidade de Sófia, tendo começado o curso no Cairo. Disfarcei a vontade que me deu de rir, ouvindo tão extravagante titulo escolar. Havia alguma coisa de opereta, mas o homem era tão simpático, tinha sido tão amável e parecia tão ilustrado que me esforcei por sujeitar o meu ímpeto de rir, soltando uma frase à-toa: — Na Europa o homem de estudo tem campo, sabe onde deve chegar; aqui... — Qual, doutor! Não há como a sua terra! A questão é pendurar, quando se entra, a sobrecasaca de cavalheiro no Pão de Açúcar; e no mais — tudo vai às mil maravilhas! O padeiro ficou atônito com a cínica franqueza do julgamento do jornalista. Teve um assomo de virtude e objetou pudicamente: — Nem tanto, doutor! Nem tanto! olhe que ainda há homens honestos nesta terra e em altas posições — o que é mais raro! O doutor Gregoróvitch dardejou-lhe um breve olhar sarcástico e expelindo uma longa fumaça cheia de dúvida e de troça, disse devagar: — Pode ser, Laje! Quem sabe?”

Fragmento de “O triste fim de Policarpo Quaresma” Lima Barreto. p. 19.

Na frase “O doutor Gregoróvitch dardejou-lhe um breve olhar sarcástico (...)”, o termo em destaque apresenta um pronome: 

Alternativas
Q1020709 Português

 

Pra que discutir com madame?

De Haroldo Barbosa e Janet de Almeida (1945)


Madame diz que a raça não melhora

Que a vida piora por causa do samba,

Madame diz que o samba tem pecado

Que o samba é coitado e devia acabar,

Madame diz que o samba tem cachaça,

Mistura de raça, mistura de cor.


Madame diz que o samba democrata,

é música barata sem nenhum valor,

Vamos acabar com o samba,

Madame não gosta que ninguém sambe

Vive dizendo que samba é vexame

Pra que discutir com madame?


No carnaval que vem também concorro,

Meu bloco de morro vai cantar ópera,

E na avenida, entre mil apertos,

Vocês vão ver gente cantando concerto

Madame tem um parafuso a menos

Só fala veneno, meu Deus, que horror!

O samba brasileiro democrata

Brasileiro na batata é que tem valor.


Assinale a alternativa que apresenta uma oposição NÃO abordada na letra de “Pra que discutir com Madame?”.

Alternativas
Respostas
6: D
7: B
8: E
9: D
10: A