Questões de Concurso Público UFRJ 2016 para Contra – Mestre Ofício - Geral
Foram encontradas 10 questões
TEXTO 1
O texto adiante é de Luís Fernando Veríssimo. Leia-o com atenção e responda às questões propostas a seguir.
PRONOMES
Antes de apresentar o Carlinhos para a turma, Carolina pediu:
— Me faz um favor?
— O quê?
— Você não vai ficar chateado?
— O que é?
— Não fala tão certo?
— Como assim?
— Você fala certo demais. Fica esquisito.
— Por quê?
— É que a turma repara. Sei lá, parece…
— Soberba?
— Olha aí, ‘soberba’. Se você falar ‘soberba’ ninguém vai saber o que é. Não fala ‘soberba’. Nem ‘todavia’. Nem ‘outrossim’. E cuidado com os pronomes.
— Os pronomes? Não posso usá-los corretamente?
— Está vendo? Usar eles. Usar eles!
O Carlinhos ficou tão chateado que, junto com a turma, não falou nem certo nem errado. Não falou nada. Até comentaram:
— O Carol, teu namorado é mudo?
Ele ia dizer ‘Não, é que, falando, sentir-me-ia vexado’, mas se conteve a tempo.
Depois, quando estavam sozinhos, a Carolina agradeceu, com aquela voz que ele gostava:
— Comigo você pode botar os pronomes onde quiser, Carlinhos.
Aquela voz de cobertura de caramelo.
Luís Fernando Veríssimo. Contos de Verão, O Estado de S. Paulo, 16 jan. 2000.
Glossário:
Outrossim – igualmente, do mesmo modo.
Soberba – arrogância, presunção.
Todavia – mas, porém.
TEXTO 1
O texto adiante é de Luís Fernando Veríssimo. Leia-o com atenção e responda às questões propostas a seguir.
PRONOMES
Antes de apresentar o Carlinhos para a turma, Carolina pediu:
— Me faz um favor?
— O quê?
— Você não vai ficar chateado?
— O que é?
— Não fala tão certo?
— Como assim?
— Você fala certo demais. Fica esquisito.
— Por quê?
— É que a turma repara. Sei lá, parece…
— Soberba?
— Olha aí, ‘soberba’. Se você falar ‘soberba’ ninguém vai saber o que é. Não fala ‘soberba’. Nem ‘todavia’. Nem ‘outrossim’. E cuidado com os pronomes.
— Os pronomes? Não posso usá-los corretamente?
— Está vendo? Usar eles. Usar eles!
O Carlinhos ficou tão chateado que, junto com a turma, não falou nem certo nem errado. Não falou nada. Até comentaram:
— O Carol, teu namorado é mudo?
Ele ia dizer ‘Não, é que, falando, sentir-me-ia vexado’, mas se conteve a tempo.
Depois, quando estavam sozinhos, a Carolina agradeceu, com aquela voz que ele gostava:
— Comigo você pode botar os pronomes onde quiser, Carlinhos.
Aquela voz de cobertura de caramelo.
Luís Fernando Veríssimo. Contos de Verão, O Estado de S. Paulo, 16 jan. 2000.
Glossário:
Outrossim – igualmente, do mesmo modo.
Soberba – arrogância, presunção.
Todavia – mas, porém.
“Depois, quando estavam sozinhos, a Carolina agradeceu, com aquela voz que ele gostava:
— Comigo você pode botar os pronomes onde quiser, Carlinhos.
Aquela voz de cobertura de caramelo.”
Nesse trecho do TEXTO 1, a frase de Carolina para Carlinhos sugere claramente:
TEXTO 1
O texto adiante é de Luís Fernando Veríssimo. Leia-o com atenção e responda às questões propostas a seguir.
PRONOMES
Antes de apresentar o Carlinhos para a turma, Carolina pediu:
— Me faz um favor?
— O quê?
— Você não vai ficar chateado?
— O que é?
— Não fala tão certo?
— Como assim?
— Você fala certo demais. Fica esquisito.
— Por quê?
— É que a turma repara. Sei lá, parece…
— Soberba?
— Olha aí, ‘soberba’. Se você falar ‘soberba’ ninguém vai saber o que é. Não fala ‘soberba’. Nem ‘todavia’. Nem ‘outrossim’. E cuidado com os pronomes.
— Os pronomes? Não posso usá-los corretamente?
— Está vendo? Usar eles. Usar eles!
O Carlinhos ficou tão chateado que, junto com a turma, não falou nem certo nem errado. Não falou nada. Até comentaram:
— O Carol, teu namorado é mudo?
Ele ia dizer ‘Não, é que, falando, sentir-me-ia vexado’, mas se conteve a tempo.
Depois, quando estavam sozinhos, a Carolina agradeceu, com aquela voz que ele gostava:
— Comigo você pode botar os pronomes onde quiser, Carlinhos.
Aquela voz de cobertura de caramelo.
Luís Fernando Veríssimo. Contos de Verão, O Estado de S. Paulo, 16 jan. 2000.
Glossário:
Outrossim – igualmente, do mesmo modo.
Soberba – arrogância, presunção.
Todavia – mas, porém.
“Ele ia dizer ‘Não, é que, falando, sentir-me-ia vexado’ (...)”.
Nessa situação tratada pelo TEXTO 1, é correto afirmar que se Carlinhos tivesse dito essa frase que ele pensou em dizer:
TEXTO 2
“A UFRJ está de luto. Estamos consternados com a morte de Diego Vieira Machado, nosso estudante do curso de Português-Hebraico, da Faculdade de Letras. Ele faria 31 anos no próximo mês e saiu do Pará para estudar no Rio. Sua vida foi perdida tristemente para uma violência que não deverá passar impune.
(...) A reitoria está apurando informações sobre mensagem de ódio endereçada a estudantes com conteúdo LGBTfóbico e racista, e solicitará apoio da Polícia Federal para identificação dos autores. Não podemos admitir que qualquer integrante da comunidade universitária sinta-se sob ameaça. Indignada e entristecida, como os rostos de todas e todos na UFRJ, a Reitoria declara, nesta segunda-feira, luto por três dias, e reafirma o seu empenho para que o rigor da lei seja aplicado ao caso. (...)”
Trecho de Nota Pública do Reitor da UFRJ, Professor Roberto Leher. Cidade Universitária, 4 de julho de 2016
TEXTO 2
“A UFRJ está de luto. Estamos consternados com a morte de Diego Vieira Machado, nosso estudante do curso de Português-Hebraico, da Faculdade de Letras. Ele faria 31 anos no próximo mês e saiu do Pará para estudar no Rio. Sua vida foi perdida tristemente para uma violência que não deverá passar impune.
(...) A reitoria está apurando informações sobre mensagem de ódio endereçada a estudantes com conteúdo LGBTfóbico e racista, e solicitará apoio da Polícia Federal para identificação dos autores. Não podemos admitir que qualquer integrante da comunidade universitária sinta-se sob ameaça. Indignada e entristecida, como os rostos de todas e todos na UFRJ, a Reitoria declara, nesta segunda-feira, luto por três dias, e reafirma o seu empenho para que o rigor da lei seja aplicado ao caso. (...)”
Trecho de Nota Pública do Reitor da UFRJ, Professor Roberto Leher. Cidade Universitária, 4 de julho de 2016
Marque a alternativa com a palavra que substitui o termo “admitir”, sem alterar o sentido da frase a seguir.
“Não podemos admitir que qualquer integrante da comunidade universitária sinta-se sob ameaça.”