Questões de Concurso Público SEDUC-PI 2015 para Professor - Língua Portuguesa

Foram encontradas 26 questões

Q548546 Português

TEXTO III


                                     NADA VALE A PENA - A ESCRITA E O IMPOSSÍVEL 


Apenas

       Utilizada pelas principais culturas antigas para desenhar e escrever, a pena se transmuta no universo do discurso. Parte destacada de um organismo vivo, ela se torna um instrumento que não interessa a não ser pelas marcas que imprime sobre uma superfície, que aguarda esse ato.

        A pena também se transmuta em dor, pois pode assumir o significado de castigo e sofrimento. Forma de pagamento imposto devido à violação de uma lei, ela se torna uma saída através do martírio de um para se haver com o Outro. Dá pena, mas também vale a pena, pois ganha valor no pagamento de uma dívida.

         Por derivação, encontramos outra acepção corrente do significante "pena", na língua portuguesa. Trata-se de um sentido figurado, que remete a um modo pessoal, singular de realizar ou executar algo, por exemplo: o estilo de escrita de um dado autor, sua unicidade. Trata-se de algo que se repete, sempre o mesmo.

         É surpreendente descobrir que estilo é também antônimo de confusão ou seja, da ação de juntar, reunir, misturar (Houaiss, 2001). Nesse caso, na separação, estamos diante de outra saída para a dívida, embora não sem dor, como testemunham escritores fingi(dores) das dores que de fato sentem.

         Da pena, chegamos à escrita, cuja etimologia remete ao latim scribère, que significa marcar com estilo, cujo diminutivo é estilete (id. ibid.). Trata-se de um ferro pontudo utilizado para  escrever nas tábuas enceradas e nos blocos de argila nos primórdios da escrita, ou seja, um antecessor da pena.

         O retorno do estilo, na pena e na escrita, é algo a ser notado. Marca pessoal de alguém ou marca escrita sobre uma superfície, o estilo é tanto aquilo que escreve, quanto está sempre no escrito. Nesse sentido, algo se repete no escrito e, ao mesmo tempo, separa, singulariza, desconfunde.

         Há penas...


(CARREIRA, Alessandra Fernandes. Nada Vale a Pena - a Escrita e o Impossível. In. Leda Verdiani Tfouni (org.) Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010, p. 17-18). 

A palavra "pena" só NÃO é usada em sentido figurado em
Alternativas
Q548547 Português

TEXTO III


                                     NADA VALE A PENA - A ESCRITA E O IMPOSSÍVEL 


Apenas

       Utilizada pelas principais culturas antigas para desenhar e escrever, a pena se transmuta no universo do discurso. Parte destacada de um organismo vivo, ela se torna um instrumento que não interessa a não ser pelas marcas que imprime sobre uma superfície, que aguarda esse ato.

        A pena também se transmuta em dor, pois pode assumir o significado de castigo e sofrimento. Forma de pagamento imposto devido à violação de uma lei, ela se torna uma saída através do martírio de um para se haver com o Outro. Dá pena, mas também vale a pena, pois ganha valor no pagamento de uma dívida.

         Por derivação, encontramos outra acepção corrente do significante "pena", na língua portuguesa. Trata-se de um sentido figurado, que remete a um modo pessoal, singular de realizar ou executar algo, por exemplo: o estilo de escrita de um dado autor, sua unicidade. Trata-se de algo que se repete, sempre o mesmo.

         É surpreendente descobrir que estilo é também antônimo de confusão ou seja, da ação de juntar, reunir, misturar (Houaiss, 2001). Nesse caso, na separação, estamos diante de outra saída para a dívida, embora não sem dor, como testemunham escritores fingi(dores) das dores que de fato sentem.

         Da pena, chegamos à escrita, cuja etimologia remete ao latim scribère, que significa marcar com estilo, cujo diminutivo é estilete (id. ibid.). Trata-se de um ferro pontudo utilizado para  escrever nas tábuas enceradas e nos blocos de argila nos primórdios da escrita, ou seja, um antecessor da pena.

         O retorno do estilo, na pena e na escrita, é algo a ser notado. Marca pessoal de alguém ou marca escrita sobre uma superfície, o estilo é tanto aquilo que escreve, quanto está sempre no escrito. Nesse sentido, algo se repete no escrito e, ao mesmo tempo, separa, singulariza, desconfunde.

         Há penas...


(CARREIRA, Alessandra Fernandes. Nada Vale a Pena - a Escrita e o Impossível. In. Leda Verdiani Tfouni (org.) Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010, p. 17-18). 

Observe o excerto para responder à questão, a seguir.


"Nesse caso, na separação, estamos diante de outra saída para a dívida, embora não sem dor, como testemunham escritores fingi(dores) das dores que de fato sentem."


A sequência em destaque configura um recurso linguístico reconhecido como

Alternativas
Q548548 Português

TEXTO III


                                     NADA VALE A PENA - A ESCRITA E O IMPOSSÍVEL 


Apenas

       Utilizada pelas principais culturas antigas para desenhar e escrever, a pena se transmuta no universo do discurso. Parte destacada de um organismo vivo, ela se torna um instrumento que não interessa a não ser pelas marcas que imprime sobre uma superfície, que aguarda esse ato.

        A pena também se transmuta em dor, pois pode assumir o significado de castigo e sofrimento. Forma de pagamento imposto devido à violação de uma lei, ela se torna uma saída através do martírio de um para se haver com o Outro. Dá pena, mas também vale a pena, pois ganha valor no pagamento de uma dívida.

         Por derivação, encontramos outra acepção corrente do significante "pena", na língua portuguesa. Trata-se de um sentido figurado, que remete a um modo pessoal, singular de realizar ou executar algo, por exemplo: o estilo de escrita de um dado autor, sua unicidade. Trata-se de algo que se repete, sempre o mesmo.

         É surpreendente descobrir que estilo é também antônimo de confusão ou seja, da ação de juntar, reunir, misturar (Houaiss, 2001). Nesse caso, na separação, estamos diante de outra saída para a dívida, embora não sem dor, como testemunham escritores fingi(dores) das dores que de fato sentem.

         Da pena, chegamos à escrita, cuja etimologia remete ao latim scribère, que significa marcar com estilo, cujo diminutivo é estilete (id. ibid.). Trata-se de um ferro pontudo utilizado para  escrever nas tábuas enceradas e nos blocos de argila nos primórdios da escrita, ou seja, um antecessor da pena.

         O retorno do estilo, na pena e na escrita, é algo a ser notado. Marca pessoal de alguém ou marca escrita sobre uma superfície, o estilo é tanto aquilo que escreve, quanto está sempre no escrito. Nesse sentido, algo se repete no escrito e, ao mesmo tempo, separa, singulariza, desconfunde.

         Há penas...


(CARREIRA, Alessandra Fernandes. Nada Vale a Pena - a Escrita e o Impossível. In. Leda Verdiani Tfouni (org.) Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010, p. 17-18). 

Sabe-se que o locus das relações gramaticais é a linguagem feita discurso. Assim sendo, em relação ao período: "Nesse sentido, algo se repete no escrito e, ao mesmo tempo, separa, singulariza, desconfunde.", afirma-se CORRETAMENTE que, quanto à predicação,
Alternativas
Q548549 Português

TEXTO III


                                     NADA VALE A PENA - A ESCRITA E O IMPOSSÍVEL 


Apenas

       Utilizada pelas principais culturas antigas para desenhar e escrever, a pena se transmuta no universo do discurso. Parte destacada de um organismo vivo, ela se torna um instrumento que não interessa a não ser pelas marcas que imprime sobre uma superfície, que aguarda esse ato.

        A pena também se transmuta em dor, pois pode assumir o significado de castigo e sofrimento. Forma de pagamento imposto devido à violação de uma lei, ela se torna uma saída através do martírio de um para se haver com o Outro. Dá pena, mas também vale a pena, pois ganha valor no pagamento de uma dívida.

         Por derivação, encontramos outra acepção corrente do significante "pena", na língua portuguesa. Trata-se de um sentido figurado, que remete a um modo pessoal, singular de realizar ou executar algo, por exemplo: o estilo de escrita de um dado autor, sua unicidade. Trata-se de algo que se repete, sempre o mesmo.

         É surpreendente descobrir que estilo é também antônimo de confusão ou seja, da ação de juntar, reunir, misturar (Houaiss, 2001). Nesse caso, na separação, estamos diante de outra saída para a dívida, embora não sem dor, como testemunham escritores fingi(dores) das dores que de fato sentem.

         Da pena, chegamos à escrita, cuja etimologia remete ao latim scribère, que significa marcar com estilo, cujo diminutivo é estilete (id. ibid.). Trata-se de um ferro pontudo utilizado para  escrever nas tábuas enceradas e nos blocos de argila nos primórdios da escrita, ou seja, um antecessor da pena.

         O retorno do estilo, na pena e na escrita, é algo a ser notado. Marca pessoal de alguém ou marca escrita sobre uma superfície, o estilo é tanto aquilo que escreve, quanto está sempre no escrito. Nesse sentido, algo se repete no escrito e, ao mesmo tempo, separa, singulariza, desconfunde.

         Há penas...


(CARREIRA, Alessandra Fernandes. Nada Vale a Pena - a Escrita e o Impossível. In. Leda Verdiani Tfouni (org.) Campinas, SP: Mercado de Letras, 2010, p. 17-18). 

A opção em cujo(a) termo/palavra/expressão destacado(a) do excerto apresentado há uma afirmação INCORRETA em relação à denominação da estrutura linguística indicada entre parênteses é
Alternativas
Q548550 Português

TEXTO IV 


                                         TODO GÊNERO SE REALIZA EM TEXTOS 


        Todas as manifestações verbais mediante a língua se dão como textos e não como elementos linguísticos isolados. Esses textos são enunciados no plano das ações sociais situadas e históricas. Bakhtinianamente falando, toda a manifestação linguística se dá como discurso, isto é, uma totalidade viva e concreta da língua e não como uma abstração formal que se tornou o objeto preferido e legítimo da linguística. O enunciado ou discurso não é um ato isolado e solitário, tanto na oralidade como na escrita. O discurso diz respeito aos usos coletivos da língua que são sempre institucionalizados, isto é, legitimados por alguma instância da atividade humana socialmente organizada. (...) 

(Marcuschi, L. A. Gêneros textuais: configuração, dinamicidade e circulação. In. Acir M. Karwoski, Beatriz Gaydeczka e Karim S. Brito (orgs.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008, p. 17). 


Depreende-se do texto acima que
Alternativas
Respostas
11: C
12: B
13: A
14: E
15: A