Questões de Concurso Público Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO 2024 para Profissional de Educação Física
Foram encontradas 10 questões
Ano: 2024
Banca:
Itame
Órgão:
Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO
Provas:
Itame - 2024 - Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO - Profissional de Educação Física
|
Itame - 2024 - Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO - Professor P - I (Pedagogo) |
Itame - 2024 - Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO - Professor P - I - Educação Especial - Libras |
Q2373451
Português
Texto associado
Uma esperança
Clarice Lispector
Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica, que tantas vezes verifica-se ser ilusória, embora mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.
Houve um grito abafado de um de meus filhos:
-- Uma esperança! e na parede, bem em cima de sua cadeira!
Emoção dele também que unia em uma só as duas esperanças, já tem idade para isso. Antes surpresa minha: esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de minha cabeça numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não poderia ser.
-- Ela quase não tem corpo, queixei-me.
--Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.
Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede. Três vezes tentou renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho. Custava a aprender.
-- Ela é burrinha, comentou o menino.
-- Sei disso, respondi um pouco trágica.
-- Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.
-- Sei, é assim mesmo.
-- Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.
-- Sei, continuei mais infeliz ainda.
Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando-a como se vigiava na Grécia ou em Roma o começo de fogo do lar para que não se apagasse.
-- Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.
[...]
Trecho do texto disponível em: https://armazemdetexto.blogspot.com/2018/10/conto-
uma-esperanca-clarice-lispector.html
A palavra que funciona como um mecanismo de coesão textual, retomando um antecedente, em:
Ano: 2024
Banca:
Itame
Órgão:
Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO
Provas:
Itame - 2024 - Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO - Profissional de Educação Física
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Itame - 2024 - Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO - Professor P - I (Pedagogo) |
Itame - 2024 - Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO - Professor P - I - Educação Especial - Libras |
Q2373452
Português
Texto associado
Uma esperança
Clarice Lispector
Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica, que tantas vezes verifica-se ser ilusória, embora mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.
Houve um grito abafado de um de meus filhos:
-- Uma esperança! e na parede, bem em cima de sua cadeira!
Emoção dele também que unia em uma só as duas esperanças, já tem idade para isso. Antes surpresa minha: esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de minha cabeça numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não poderia ser.
-- Ela quase não tem corpo, queixei-me.
--Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.
Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede. Três vezes tentou renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho. Custava a aprender.
-- Ela é burrinha, comentou o menino.
-- Sei disso, respondi um pouco trágica.
-- Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.
-- Sei, é assim mesmo.
-- Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.
-- Sei, continuei mais infeliz ainda.
Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando-a como se vigiava na Grécia ou em Roma o começo de fogo do lar para que não se apagasse.
-- Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.
[...]
Trecho do texto disponível em: https://armazemdetexto.blogspot.com/2018/10/conto-
uma-esperanca-clarice-lispector.html
No período: “Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não poderia ser”, a palavra em destaque traduz um sentido de:
Ano: 2024
Banca:
Itame
Órgão:
Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO
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Itame - 2024 - Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO - Profissional de Educação Física
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Itame - 2024 - Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO - Professor P - I (Pedagogo) |
Itame - 2024 - Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO - Professor P - I - Educação Especial - Libras |
Q2373453
Português
Texto associado
Uma esperança
Clarice Lispector
Aqui em casa pousou uma esperança. Não a clássica, que tantas vezes verifica-se ser ilusória, embora mesmo assim nos sustente sempre. Mas a outra, bem concreta e verde: o inseto.
Houve um grito abafado de um de meus filhos:
-- Uma esperança! e na parede, bem em cima de sua cadeira!
Emoção dele também que unia em uma só as duas esperanças, já tem idade para isso. Antes surpresa minha: esperança é coisa secreta e costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber, e não acima de minha cabeça numa parede. Pequeno rebuliço: mas era indubitável, lá estava ela, e mais magra e verde não poderia ser.
-- Ela quase não tem corpo, queixei-me.
--Ela só tem alma, explicou meu filho e, como filhos são uma surpresa para nós, descobri com surpresa que ele falava das duas esperanças.
Ela caminhava devagar sobre os fiapos das longas pernas, por entre os quadros da parede. Três vezes tentou renitente uma saída entre dois quadros, três vezes teve que retroceder caminho. Custava a aprender.
-- Ela é burrinha, comentou o menino.
-- Sei disso, respondi um pouco trágica.
-- Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita.
-- Sei, é assim mesmo.
-- Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas.
-- Sei, continuei mais infeliz ainda.
Ali ficamos, não sei quanto tempo olhando. Vigiando-a como se vigiava na Grécia ou em Roma o começo de fogo do lar para que não se apagasse.
-- Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.
[...]
Trecho do texto disponível em: https://armazemdetexto.blogspot.com/2018/10/conto-
uma-esperanca-clarice-lispector.html
Do ponto de vista da sintaxe, sobre o período: “Aqui em casa pousou uma esperança”, pode-se afirmar que:
I. Está escrito em ordem inversa/indireta.
II. O verbo é intransitivo.
III. uma esperança tem a função de objeto direto.
I. Está escrito em ordem inversa/indireta.
II. O verbo é intransitivo.
III. uma esperança tem a função de objeto direto.
Ano: 2024
Banca:
Itame
Órgão:
Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO
Provas:
Itame - 2024 - Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO - Profissional de Educação Física
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Itame - 2024 - Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO - Professor P - I (Pedagogo) |
Itame - 2024 - Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO - Professor P - I - Educação Especial - Libras |
Q2373454
Português
Texto associado
Textos para a questão.
A última crônica
Fernando Sabino
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
[...]
[Trecho inicial do texto A última crônica, de Fernando Sabino]. Disponível em:
https://contobrasileiro.com.br/a-ultima-cronica-fernando-sabino/. Acesso em: 03 jan.
2024
Meu último poema
Manuel Bandeira
Assim eu quereria o meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
Disponível em: https://www.escritas.org/pt/t/1711/o-ultimo-poema. Acesso em: 04 jan. 2024.
São funções da linguagem comuns aos dois textos:
Ano: 2024
Banca:
Itame
Órgão:
Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO
Provas:
Itame - 2024 - Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO - Profissional de Educação Física
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Itame - 2024 - Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO - Professor P - I (Pedagogo) |
Itame - 2024 - Prefeitura de Palmeiras de Goiás - GO - Professor P - I - Educação Especial - Libras |
Q2373455
Português
Texto associado
Textos para a questão.
A última crônica
Fernando Sabino
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: “assim eu quereria o meu último poema”. Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
[...]
[Trecho inicial do texto A última crônica, de Fernando Sabino]. Disponível em:
https://contobrasileiro.com.br/a-ultima-cronica-fernando-sabino/. Acesso em: 03 jan.
2024
Meu último poema
Manuel Bandeira
Assim eu quereria o meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
Disponível em: https://www.escritas.org/pt/t/1711/o-ultimo-poema. Acesso em: 04 jan. 2024.
Fernando Sabino faz alusão ao poema de Manuel Bandeira em sua crônica, num claro exemplo de: