Questões de Concurso Público SEGER-ES 2023 para Analista do Executivo - Pedagogia

Considere as informações dadas e a teoria que privilegia os aspectos da personalidade do sujeito que aprende, correspondendo ao “ensino centrado no aluno”. O conhecimento, para essa concepção, existe no âmbito da percepção individual e não se reconhece objetividade nos fatos. A aprendizagem se constrói por meio da ressignificação das experiências pessoais. O aluno é o autor de seu processo de aprendizagem e deve realizar suas potencialidades. A educação assume um caráter mais amplo, e se organiza no sentido da formação total do homem e não apenas do estudante. Valoriza a democracia nas relações, de tal forma que o professor atua como um facilitador da aprendizagem e das relações interpessoais, e deve ser compreensivo com os sentimentos e características de personalidade de seus alunos, criando um clima favorável à aprendizagem. Podemos afirmar que se trata da teoria:

A criança deve estar envolta em oportunidades de aprendizagens pautadas em um ensino sistematizado de qualidade que seja promotor de seu desenvolvimento. Assim, é importante fazer uma leitura crítica da situação, de maneira a se ter claros os elementos culturais que necessitam ser assimilados pelos indivíduos para a sua humanização, bem como as formas mais adequadas para se concretizar esse objetivo, para propiciar o trabalho pedagógico, ou seja, os conteúdos, os procedimentos, enfim, os meios que facilitarão esse processo. No que tange ao desenvolvimento e à relevância de um ensino sistematizado, Vygotsky realizou estudos com o objetivo de verificar o curso do desenvolvimento infantil no processo de aprendizagem escolar e especificamente o desenvolvimento do conhecimento científico. A importância disso está no fato de ser esse o principal foco de trabalho dos professores em sala de aula: promover a apropriação dos conceitos científicos. Para o autor, a educação escolar é importante para o avanço dos conceitos espontâneos aos científicos. Considerando as bases psicológicas para a aprendizagem do ponto de vista de Vygotsky, o conhecimento científico:
I. É um tipo de conhecimento científico superior, que é desenvolvido a partir do ensino escolar e se apoia no espontâneo. Este, por sua vez, que é assimilado na vida cotidiana do indivíduo, inexiste antes da entrada da criança na escola, limita-se a descrições simples da realidade empírica, é a base de conceitos científicos e permite a formação de novos conceitos espontâneos.
II. Em seu campo, encontramos um nível mais elevado de pensamento que nos espontâneos. Aqueles são assimilados por meio da colaboração sistemática, organizada entre professor e criança, e apoiam-se em conceitos espontâneos já apropriados. Por outro lado, não são assimilados nem decorados pela criança, constituem-se por uma imensa tensão de toda a atividade de seu próprio pensamento.
III. São portões através dos quais a tomada de consciência penetra no reino dos conceitos infantis. Desse modo, o desenvolvimento do conceito científico começa justamente pelo que foi plenamente desenvolvido nos conceitos espontâneos, em um caminho que vai do abstrato ao concreto; inicia-se pelo trabalho com o próprio conceito como tal, pela definição verbal do conceito, por operações que pressupõem a aplicação não espontânea desse conceito.
IV. Tem relação direta com o ensino e o desenvolvimento dos conceitos espontâneos; por meio da aprendizagem tornam possíveis o surgimento, e, ao mesmo tempo, o seu desenvolvimento, na medida em que o ensino proporciona à criança a apropriação dos conhecimentos científicos produzidos ao longo da história pelo homem, influenciando o aparecimento da consciência e do pensamento teórico. A consciência reflexiva chega à criança através dos conhecimentos científicos.
Está correto o que se afirma em

Sabemos que, emocionalmente, o sujeito adolescente carrega consigo o peso de seu túnel mal cavado, ou seja, da delicada transição com suas crises, irrupções, confrontos, transbordamentos e conceitos instáveis que têm influenciado todo um modo contemporâneo de existência. A transmissão das tradições, dos valores, da memória e a responsabilidade por si e pelo outro, próprias do mundo adulto, têm sido fortemente interrogadas pelo mundo juvenil, mais do que em outros tempos. O hiperindividualismo, a inflação de imagens, a sociedade do espetáculo, a cultura do narcisismo e o imperativo da performance, como muitos afirmam, contribuem bastante para uma civilização ansiosamente jovem que, como tal, quer viver o presente sem se preocupar com o futuro e muito menos com o passado. Seu tempo é hoje, e isso não é sem consequência para nossos modos de subjetivação. Neste contexto, sobre a consequência para o desenvolvimento emocional e social do adolescente, analise as afirmativas a seguir.
I. O alongamento do tempo da adolescência de nosso século, seguramente, muito mais complexo e demandante de mais formação. Em geral, essa adolescência tem começado bem antes da puberdade.
II. O deslocamento das fontes de saber, já que no mundo tecnológico foi deslocado para a palma da mão. Já não é mais primazia dos pais, responsáveis, educadores, líderes adultos e outros mediadores a detenção desse saber, pois a tecnociência promete dizê-lo.
III. Os agrupamentos juvenis com identidades homogeneizantes ganharam um protagonismo sem igual nos dias de hoje. À medida que o laço com a família se afrouxa, é contestado ou repelido; o laço com pares da mesma idade torna-se uma necessidade vital, inclusive para espantar o medo da insignificância.
IV. As experiências da solidão, da toxicomania e da delinquência se tangenciam e têm mostrado ser bastante influentes na subjetivação de adolescentes e jovens adultos de nosso tempo.
Está correto o que se afirma em